Este documento resume o livro "Morte e Vida de Grandes Cidades" de Jane Jacobs. Ele discute as críticas de Jacobs ao urbanismo moderno e ortodoxo e como ela defende a diversidade urbana, mistura de usos e alta concentração de pessoas. O documento também resume os principais pontos do livro sobre calçadas, parques, cortiços e a guerra entre automóveis e pedestres.
Este documento resume o livro "Morte e Vida de Grandes Cidades" de Jane Jacobs. Ele discute as críticas de Jacobs ao urbanismo moderno e ortodoxo e como ela defende a diversidade urbana, mistura de usos e alta concentração de pessoas. O documento também resume os principais pontos do livro sobre calçadas, parques, cortiços e a guerra entre automóveis e pedestres.
Este documento resume o livro "Morte e Vida de Grandes Cidades" de Jane Jacobs. Ele discute as críticas de Jacobs ao urbanismo moderno e ortodoxo e como ela defende a diversidade urbana, mistura de usos e alta concentração de pessoas. O documento também resume os principais pontos do livro sobre calçadas, parques, cortiços e a guerra entre automóveis e pedestres.
FICHAMENTO: MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES DE JANE
JACOBS
TEORIA DO URBANISMO I
CURITIBA 2015
MARLIA SANTANA SCHEMBERG
FICHAMENTO: MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES DE JANE
JACOBS
Trabalho apresentado disciplina de
Teoria do Urbanismo I, do DACOC, do Curso de Arquitetura e Urbanismo,da UTFPR (Universidade Tecnolgica Federal do Paran) Orientador: Prof. PhD. Tatiana Maria Cecy Gadda
CURITIBA 2015
Publicado em 1961, o livro de Jane Jacobs trs os seus leitores vrios
diversos questionamentos sobre o planejamento urbano e a reurbanizao moderna. E acaba nos mostrando que mesmo tenso sido publicado em 1961, o livro e seus temas ainda so muito atuais, pois so discutidos at os dias de hoje. A autora inicia o livro expondo seu ponto de vista emn relao
ao
urbanismo moderno e ortodoxo e como o planejamento de muitas coisas na
cidade s feito, pois est instalado no pensamento de alguns urbanistas e planejadores, medidas que devem ser adotadas sem levar em considerao as consequncias disso e sua real eficcia, isso acaba sendo um destruidor de cidades e de seus recursos. Jane Jacobs tambm critica alguns pensadores, o primeiro deles o com o pensamento ortodoxo, Ebenzer Howard. Pensador que teorizou e construiu as cidades jardins. Algumas cidades dos EUA foram criadas a partir dessa ideia, mas a maior crtica sobre o crescimento demogrfico, e como as cidades acabarias sendo isoladas e como a organizao poltica seria extremamente autoriatria. A autora ainda a Cidade Radiosa, ou Ville Radieuse, de Le Corbusier, que serviu de exemplo para Braslia, onde o carro era o principal meio de deslocamento. A City Beautiful, criado po Daniel Burham tambm citado. Que tinha como objetivo tornar os lugares mais agradveis, como grandes edifcios, monumentos, alm de boulevares e parques. Porm essa ideia no obteve muito sucesso. A autora ainda resalta a importncia das caladas como uma das partes funcionais da cidade. As caladas e a rua esto diretamente ligadas como as pessoas enxergam a cidade. Uma viso ampla e utpica sobre essa questo, que se as ruas e as caladas forem seguras, toda a cidade ser vista como segura tambm. A sensao de inegurana nas cidades provm de diversos fatores, um exemplo como o nmero de desconhecidos circulando no ambiente. Jane Jacobs resalta que
a importncia
das ruas serem
movimentadas para trazer sensao de segurana. Jacobs chama isso de
sistema de vigilncia cidad: algo como um sistema de monitoramento de
segurana feito por vizinhos e proprietrios de estabelecimentos prximos.
Esse sistema s ser eficaz e possvel se houver uma diversidade no uso dos edifcios da regio. A sensao de segurnaa s ser possvel quando tiver movimento de pessoas. [...] A partir de diversas situaes do cotidiano se conhece pessoas que tornam o dia-a-dia mais seguro. Sejam comerciantes, vizinhos ou pessoas ou pessoas que sempre fazem o mesmo percurso com voc, esses contatos resultam em uma compreenso da identidade pblica e ainda geram uma rede de respeito mutuo e apoio em eventual dificuldade. (JACOBS, 1961)
O urbanismo responsvel por desenvolver cidades com diversidade
urbana , de forma que sejam locais convenientes para diferentes planos e ideias, considerando a integrao constante que dever existir entre os empreendimentos pblicos (parques, praas, hospitais, escolas, teatros, museus, etc) e os privados (residncias, comrcios, escritrios, etc). Os fatores das alteraes urbanas e as foras que influem positiva e negativamente na vitalidade das cidades esto sempre inter-relacionadas. A autora ainda fala sobre os parques. Jacobs afirma que a populao deve querer conviver com os parques para que tenham vitalidade. Ainda resalta que os parques no so os pulmes das cidades, desmistificando tal afirmao. Resalta os quatro pontos essenciais para o sucesso de um parque, so eles: o parque como centro, a diversidade de usos, a existncia dos edifcios ao redor lhe dar ofrma e o sil como cenrio. Para Jane Jacobs, importante a formao de comunidades que tenham interesses em comum para o xito de uma cidade. Com relao aos bairros, Jacobs afirma que no h como ter uma relao entre boa moradia e bom comportamento, isso algo muito relativo. Afirma ainda que o melhor seria se elas fosses autogovernados, diferente de autossuficientes, os moradores teriam que ser responsvies por manterm eles saudveis e agradveis, ou seja, as comunidades deveriam ser coesas. Segundo Jacobs, a principal responsabilidade do urbanismo o planejamento urbano, desenvolver as cidades em empreendimentos pblicos e
privados.
Isso
deve
acarretar
em
uma
vida
urbana
que
funcione
adequadamente e construtivamente, lvando a populao a se preservar e se
desenvolver. Para isso a autora cita quatro condies para gerar a diversidade, so elas: boas combinaes de usos principais, ruas frequentes, densa mistura de idades das construes e alta concentrao de pessoas. (...) uma combinao diversificada de usos em determinado local na cidade torna-se nitidamente atraente e prspera como um todo. (JACOBS, 1961. p.269).
Em seu livro, a autora ainda discrre sobre a formao e recuperao de
cortios. Segundo Jane Jacobs, os cortios e sua populao so vtimas dos problemas interminveis que os reforam mutuamente. Isto , os cortios atuam como um ciclo vicioso onde as causas dos problemas e seus sintomas confundem-se encadeados de modo complexo. Jacos desaprova a erradicao dos cortios substituindo-os por conjuntos habitacionais. Atos assim s transferem o cortio de lugar, seus problemas permanecem os mesmos e acaba comprometendo de degradabdo ainda mais sua condio. Esse problema s seria solucionado se compreendessem as comunidades, suas necessidades, se incentivassem ela a evoluir e se desenvolver. Jane Jacobs ainda afirma que artrias virias, estacionamentos, postos de gasolina e drive-ins so instrumentos de destruio urbana poderosos e persistentes. Em favor dos automveis, ruas so destrudas e transformadas em espaos imprecisos, sem sentido e vazios para o pedestre. Surge ento a guerra entre os automveis e os pedestres, entre os automveis e a cidade, e com isso buscam-se estratgias para melhorar a situao. No captulo final, Jacobs retorna razo de ser de seu livro que de esclarecer uma forma nova de problematizar e raciocinar sobre a cidade. Para isso, a autora estabelece um paralelo com o pensamento cientfico, que invariavelmente influenciou a forma como abordamos os problemas urbano at os dias de hoje.