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tea cn RD PNT Dero) do Instituto Superior Técnico Revista de Engenharia Mf Publicacgéo da INSTITUT PARA A EURC APOIAMOS A INOVACAO TECNOLOGICA CRIAMOS "DESENVOLVIMENTO" Vv A + FORMAGAO AVANCADA EM AREAS ESTRATEGICAS v + INVESTIGACAO & DESENVOLVIMENTO + ORGANIZAGAO E PLANEAMENTO DE PROJECTOS COMUNITARIOS + PRESTAGAO DE SERVICOS PARA A INDUSTRIA + ESTAGIOS INTERNACIONAIS PARA RECEM-LICENCIADOS + INCUBACAO DE EMPRESAS A Av. Rovisco Pais + 1096 LISBOA CODEX + Telef. 803660 - ext. 1538/1657 + Fax 899242 ca, revista de Engenharia Primeiro numero de 1991 Abril 1991 tes ico Editorial .... 2 Normas de Admissao de Trabalhos e aro Instrug6es para os Autores ..........22.222ee eee 3 ! Artigo Convidado Aspectos Estatisticos da Analise Espectral e Analdgica F.E.RebeloSimOes 2.2... coerce 5 Notas Técnico-Cientificas Analise Monte-Carlo da Regido do Espaco Catdédico numa Descarga Luminescente de Azoto Mério J. Pinheiro 21 Mechanistic Aspects of Fireside Corrosion in Boilers pt A.C. Sequeira 27 ida. Generalized Factorization and Singular Integral Equations in L2 MC. Camara 31 Controlo Inteligente de Trafego para redes de AGVs Pedro M. Domingos, Paulo R. Oliveira 35 jares Aspectos Relevantes de Cronopotenciometria M.A. G. Martins, C.A.C. Sequeira ... a ANonrecursive Cepstral Factorization Algorithm 1250800 M.D. Ortigueira . oo 55 12 SSS STS 0s artigos publicados sao da exclusiva responsabilidade dos respectivos autores. ite numero: ie Nacional de Investigacao Cientifica e Tecnologica Conselho Directivo do Intituto Superior Técnico Técnica -91/1 1 EDITORIAL A regularidade que se pretendia para a revista foi conseguida. Este é 0 terceiro numero desta nova fase e o primeiro, jé, de 1991. Consideramos extremamente positivo que estes factos se tenham acompanhado de um imediato aumento de interesse e de colaboracao: originais j4 enviados, promessa de outras valiosas colaboragées, artigos convidados que j4 séo uma realidade num futuro pr6ximo. Isto mostra que os docentes do IST, e ainda outros, estavam atentos e punham expectativa nos rumos da TECNICA. No entanto, o original de que dispomos, embora valioso e ndo escasso, ainda nao é suficiente para garantir um crescimento automatico e natural da revista. Outro factor material de limitagao é a publicidade veiculada pela revista Julgamos que no universo vasto que a TECNICA interessa, haverd quem encontré motivos fortes para anunciar na revista. Além da acgdo normal de qualquer publicidade, representa um investimento importante nos docentes mais jovens © ainda nos futuros engenheiros. Finalmente, desejamos salientar que sem o apoio importante do Conselho Directivo do IST néo teria sido possivel conseguir o que em tao pouco tempo se conseguiu. Aprecidvamos, era justo, que outros seguissem o exemplo do Conselho Directivo desta Escola. 2 Técnica -91/1 NORMAS DE ADMISSAO DE TRABALHOS E INSTRUCOES PARA OS AUTORES A revista TECNICA, em principio, publicaré anualmente quatro nimeros de natureza técenico-cientifica. Atendendo ao contexto onde se insere e pablico a que, em conformidade e de modo principal, se destina, a revista integra-se a partir das trés seguintes formas de publicacao: ARTIGOS POR CONVITE ‘Sao da iniciativa da Direc¢ao da Técnica e destinam-se, em principio, a trabalhos de sintese no dominio das ciéncias basicas ou ciéncias da engenharia. Além do mais, Procura-se que estes artigos se constituam fontes recomendadas de estudo aos alunos e de consulta para docentes. ARTIGOS TECNICO-CIENTIFICOS Sao artigos submetidos a publicacao. Destinam-se essencialmente a dar noticia sobre aquisigées actuais da ciéncia e da técnica mas em termos que se va além da simples divulgacéo, sendo desejével que nesses trabalhos figurem parametros referéncias que permitam elaborar juizos criticos e comparativos. Fundamental- mente, uma noticia sucinta, com carfcter critics, dando conta de uma aquisi¢ao recente e importante para a técnica é a marca fundamental destes artigos que vao traduzir, em principio, investigac ao cientifica realizada pelo autor. NOTAS CIENTIFICAS Destinam-se essencialmente a apresentac&o de novos resultados no dominio da investigacao cientifica ou do desenvolvimento teenolégico. Pretende-se uma nota curta, realcando os resultados alcangados e referenciando conveniente- mente trabalhos afins, evitando a exposic¢do longa de antecedentes, que dever4 ser remetida para referéncias. Deste modo, a originalidade que se pretende e se traduziré pelos resultados novos que o autor apresenta é a marca fundamental de uma nota cientifica. Sempre que tal se ofereca conveniente, a TheNICs ouviré especialistas sobre a esséncia e estrutura dos trabalhos subme- tidos @ publicagdo, com natural excepgo dos Artigos por Convite. Quando 0 autor ou autores orem alunos é necessério que do trabalho conste @ indicacéo de um super- visor de reconhecida idoneidade cientffica e téenica que tenha comparticipado na investigadores e analise critica e prévia discussao do trabalho em causa. 4 Os Artigos por Convite e os Artigos Técnico-Cientificos, deverao ser escritos em lingua portuguesa. As Notas Cientificas poderdo ser escritas em inglés ou francés. 5 Os autores deverao atender na elaboragao dos artigos as seguintes condigoes: ~ os Artigos por Convite nao poderao exceder 30 paginas dactilografadas, in eluindo o espago reservado a ilustrasées; -os Artigos Técnico-Cientificos nao poderdo exceder 15 paginas dactilogra radas, incluindo 0 espaco reservado a ilustragées; ~ as Notas Cientificas nao poderao exceder 8 paginas dactilografadas, incluindo o espaco reservado a ilustracées; ~ nome exacto com que desejam figurar; = ordem de entrada dos autores, havendo mais do que um; — instituigdo(6es)' a que pertencam e que desejem referir, indicando claramente 0 nome dessa instituigao, morada e sigla. 6 Os trabalhos devem ser dactilografados a dois espagos, em folhas modelo A4, devidamente numeradas. 7+ Os trabalhos devem ser enviados em triplicado, recomendando-se aos autores que conservem uma cépia. 8 Conjuntamente com o trabalho, devem ser enviados: — titulo do trabalho em portugués e inglés; = resumo em portugués e abstract em inglés, pelo menos; = nome, direccao e telefone do autor ¢ demais dados que facilitem o processo de revisdo de provas. 9 Os autores deverao assegurar-se, antes de enviarem os originais, que estes nao contenham erros, falta de dados, ete., pois que, na fase de revisdo de provas, j nao se admite inclusdo de novo original e apenas se corrigirao erros de composi¢ao tipo gréfica. 10 As referéncias bibliogréficas serao indicadas no texto por ordem numérica, usando algarismos érabes entre colchetes [), ea lista das mesmas, no final do artigo, obedeceré as seguintes normas: Artigos de revistas: ; Nome(s) do(s) autor(es) e iniciais (ano de publicagao entre paréntesis). Nome do Técnica -91/1 3 artigo, Nome da revista, numero do volume, pégina(s). Livros: Nome(s) do(s) autor(es) ¢ iniciais (ano de publicacao entre paréntesis). Titulo, editora, pagina(s). Convem distinguir claramente entre referéncias ¢ outra bibliografia que se recomende, ‘Trabalhos em que a matéria apresentada nao esteja referenciada nao sao, em principio, publicados. Este € um ponto fundamental em que se insiste. 11 Os quadros ou tabelas, numerados em romano, devem figurar no texto dactilografado, podendo ser encimados por um titulo coneiso. 12 _ Os gréficos devem, de preferéncia, ser desenhados a tinta da china, em folhas separadas e de modo a estarem prontos para serem reproduzidos com a maior nitidez e qualidade grafica possivel. Quaisquer letras ou algarismos que neles figurem deverdo ser suficientemente grandes para permitir a sua reducdo que, Em prinelpio, fea ao eritério do editor. As folhas’'com os graficos, figuras ou fotografias, deverao ser numeradas, indicando-se o trabalho a que dizem respeito. Além disso, no texto, indicar-se-4 o local para a respectiva inclusio, NOTA: A TECNICA salienta a necessidade de os autores, quando for o caso, obterem em tempo as devidas autorizagées de reprodugéo de excertos de outras obras, sendo esta matéria da inteira responsabilidade do autor. A TECNICA ofereceré cinco exemplares da Revista, por cada trabalho publicado, independentemente do numero de autores, Técnica -91/1 F.E, Rebelo Simoes Aspectos Estatisticos da Andlise Espectral Analogica F. E. Rebelo Simées Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores do 1.5.1. Centro de Andlise e Processamento de Sinais da Universidade Técnica de Lisboa (I.N.I.C.) RESUMO Apresenta-se um estudo estatistico do sinal de saida do analisador espectral analégico de banco de filtros, para sinais de entrada gaussianos estaciondrios Define-se um estimador para o espectro dos sinais de entrada, cujas descentragem e variéncia so discutidas, assim como o erro quadratico médio. Calculam-se as expressdes aproximadas dos 3° e 4° cumulantes do sinal de saida e as suas versées, normalizadas, em fungéo dos parametros "Largura de banda de ordem n" e “tempo de integragdo de ordem n™, Faz-se em seguida a comparagao daqueles ‘cumulantes com os correspondentes das distribuicbes, 42 ¢ lognormal. Sao feitas ainda consideragoes de indole numérica relativas a varios cumulantes de ‘ordem superior, que apontam para um afastamento da distribuicdo do sinal de saida e do consequente estimador espectral jé referido, em relagao a distribuigéo habitualmente proposta do x2, ¢ maior proximidade da lognormal, situagao esta resultant essencialmente da utilizagéo dum integrador exponencial. Finalmente descreve-se brevemente o funciona— ‘mento do analisador heterodinico e mostra-se que, em determinadas condi¢ées para o filtro de banda, todo 0 estudo estatistico anteriormente feito ¢ extensivel este analisador. Introdugao Em ingmeros problemas de Engenharia, Geofisica, Fisiologia e Econometria surge o conceito de espectro de poténcia e dai a necessidade de determinar esta grandeza empiricamente; isto pode fazer-se em tempo real directamente a partir das medidas feitas no ‘momento ou, em tempo diferido, a partir de registos efectuados previamente. Nesta diltima situacdo, se dispusermos por exemplo de tum registo magnético, tanto podemos tratar os dados digitalmente - 0 que abre maiores possibilidades de processamento - como passar 0 registo por um analisador analégico, 0 que o coloca na primeira situagao mais restritiva, te, estes aparelhos dispdem ‘em geral de 2 ou 3 filtro fxos em lugar de 1, eada um com uma diferente largura debanda, Original racebido para publicagao em 6 de Dezembrode 1889 ABSTRACT. A statistical study is presented of the output of an analog spectral analyzer of the bank of filters typ. with a stationary Gaussian input signal, ‘The bias, varianee and mean square error of the spectral estimator thus obtained are discussed. Some approximate expressions are derived for the 3"¥ and 4th cumulants of the output signal and their normalized versions, as functions of the "nth order filter bandwidth" and the “nth order integration time" of the low pass filter. Then a comparison is made between these cumulants and the eumulants of the x2 and lognormal distributions. Some numerical considerations are made regarding the nth order cumulants, which point to the output distribution being more close to the lognormal distribution than the commonly suggested y? distribution, This situation stems primarily from the use of an exponential integrator, Finally the heterodyne analyzer is briefly deseribed and itis shown that, under certain speeified conditions for the passband filters, all the statistical study previously made is still applicable to this analyzer. E desta situagao mais restritiva, mas mais expedita e econdmica, que nos ocuparemos, Vamos considerar dois tipos de analisadores espectrais: o analisador de banco de filtros, em que a frequéncia central de cada filtro pereorre 0 espectro a analisar - continuamente ou por saltos - e 0 analisador heterodinico, de filtro fixo, em que inversamente 6 0 espectro que se desloca até a frequéncia a analisar coincidir com a frequéncia central fixa do filtro do aparelho Quanto aos sinais @ analisar, sabemos que os de maior interesse em Anélise Espectral Analégica so os sinais estacionarios (do ponto de vista da poténcia ou valor quadratic médio). Estée nestas condig6es os sinais periédicos (deterministicos ou ndo), de espectro disereto, € 05 sinais aleatorios estaciondrios em sentido lato, de espectro continuo. ‘Vamos restringir-nos a estes ultimos, dada a sua ‘maior importancia e a maior delicadeza da Sua andlise Técnica -91/1 5 | Pringiplo de funcionamento © gequema simplifieads dum analivador oxpectral ‘analigheo no heterodinico ¢ esencialmente » indicado ‘oa figuew 1.1 © procesmamento do sinal implica portanto os trés ‘olementos prinedpain veguintes: - wt filtro de banda estreita, centrado na frequéncia F ‘om que se pretende estudar o espectro, e que produ 0 inal o(t) x partir de x(¢) x Alt Ode ay vi x(0 *h(O= | ‘om que A(t) 6 resposta impulsional do filtro, A variagio de F consegue-se a custa de um jogo de filtros ou dum filtro Gnico de frequéneia central variavel -um sistema quadratico que realiza a fungdo ou operagéo HO=0 2 - um filtro passa-baixo, de resposta impulsional git), que fornece o valor 0: ora | yogtt—ode 1.3) No caso normalizado tem-se [evden os ¢, admitindo-se que g(t) & causal, o filtro passa-baixo comporta-se como um integrador (ponderado) , que realiza a média ponderada do sinal y(t) =v2(0) , ou seja, da poténcia instantanea do sinal filtrado (0) A saida 2(t) parece assim, intuitivamente, dar uma indicagdo da poténcia média por banda de frequéncia, ou seja da densidade espectral de poténcia, mais vulgarmente chamada espectro de poténcia, do sinal de entrada x(t). Notemos no entanto que esta perspectiva é temporal, visto ser baseada no conceito de poténcia média temporal. Ora 0s sinais (de entrada) em apreciagao so aleatérios, constituindo um proceso estocastico (estaciondrio), ao qual corresponde um espectro definido 8 partir do conceito de poténcia média estatistica, Anpecties atatiatioos da Andlive Kapectral Analogica Coneomitantemente os sinais de saida 2(t) sao igqualmente aleatorios, constituinde eles proprios um proceso estocdstico igualmente estacionario® No modelo que vamos adoptar existe equivaléncia entre as médias temporais usadas e as correspondentes médias estatisticas (ergodicidade) , tanto para os sinais de entrada como para os de saida. Como 6 de esperar, 8 ergodicidade da saida resulta da suposta existente para entrada, Bsta ergodicidade dos sinais de saida permite-nos comparar com fundamento as previsoes teéricas (estatisticas) com os resultados obtides ao longo do tempo, nomeadamente as flutuagdes do sinal. 1.2 Estimador espectral §,(a) 1.2.1 Determinagao de E{ 2(t) } Vamos precisar as afirmagées anteriormente feitas ‘quanto ao significado do sinal de saida z(t), estudando as suas propriedades estatisticas ¢ relacionando-o com 0 espectro que se pretende analisar, de forma a deduzir dai um estimador espectral. Bste estimador ficaria completamente caracterizado pela sua distribuicao estatistica. Dado porém que a determinagdo desta representa um problema bastante dificil, limitar-nos-emos a estudar a descentragem, a varianeia e 0 erro quadrético médio, dando ainda algumas indicagées sobre distribuigdes que se aproximam da real. Consideremos entdo um sinal real x(t) pertencente @ um proceso estocdstico estaciondrio (em sentido lato) , de densidade espectral S,(w), e vamos procurar relacionar 2(t), através da sua média Ejz(t)}, com o espectro S,(w) em questao. ‘Se atendermos as expressdes(1.1)-(1.4), tem-se E tka }= | Eq) }e—vde= ~ (1.5) alt-Dde= R,(0) aa em que Ry{v) € a (autoleorrelagdo do sinal filtrado v(t), dada por 2 No caso geral para que 21) seje eatacionario em sentido lato & ecessiri e suficiente que xt sejaestacionariode 2*« 4° ordens, Adevido ao elemento quadratico, No caso particular de x(0) ser tussiano a estacionariedade deste processo em sentido lato Impliea& sua estacionariedade de qualquer ordem, 0 mesmo sdizendo para o procesco att da said. 6 Técnica -91/1 R, (= Elo (t+), a) © R,{0) 6 a poténcia daquele sinal. Ora, se designarmos por So) 0 espectro de ui), 0 qual 6, como sabemos, a transformada de Fourier (TF) de Rr), tem-se Baioi= | syo) 2 =| sone? 2 0 oO On * 2n onde H(q) é a resposta de frequéncia do filtro de banda, com (ef. figura 1.4) He) (18) [Troe a io figura 1.2 Resposta impuisional do filtro passa-baixo. a(t-d) figura 1.3 Acgdo do filtro passa-baixo sobre a poténciainstantinea & ‘aida do filtro de banda, yt) = wt). A expresso (1.7) 6 absolutamente geral ¢ ndo se pode simplificar, a menos que se conhegam exactamente os dois factores da integranda. Vamos admitir no que se segue que o filtro tem resolucdo suficiente para o espectro S,(«) a analisar, isto 6, que a banda ¢ suficientemente estreita de forma a que S,{q) varie lentamente dentro da gama em que |H(w)) toma os valores mais elevados. Podemos precisar um pouco esta hipdtese, definindo a banda equivalente de ruido do filtro F.E. Rebelo Simoes, da Hw) P— {it t Qn 1.9) HP Vemos que By representa a largura de banda de um filtro rectangular de ganho |H(@)|max que produzisse a mesma poténcia que o filtro real produz para uma entrada de ruido branco. (Fig. 1.5) Com esta definigao a hipotese anterior pode eserever-se: 0 espectro S,(a) tom pequena variagio & escala de Bp. Nestas condigoes (1.7) toma a forma aproximada . (1.10) E(0}= 2B, S, nF) (of fem que F 6a frequéncia central do filtro. A relagao anterior sugere que utilizemos para estimador espectral a grandeza 20 7 2B, \Hoe, Vemos assim que a estatistica de $,{«) é aparte um factor constante, a mesma que ade 2 (0). S,@= aay Sx a w 1H (oo)? —4 w ° 270F ‘figura 1.4 spectro de poténcia do sinal de entrada e fungio de transterénca quadratica do filtro de bands. (oon? fen] c te ° F a figura 1.5 Largura de banda equivalente de ruido dum fitro de anda Aten dorectingl ¢ igual area do gratia de Imo Técnica -91/1 7 Aspectos Estatisticos da Andlise Espectral Analdgica 1.2.2 Descentragem A relagao (1.10) 6, como vimos, uma relagio aproximada. A escolha de (1.11) para estimador mostra-nos que existe um erro de descentragem ou enviesamento ("bias"), definido por DS,)=KS (0) ~ 8, (0) resultante da variagéo de S,(w) dentro da banda do filtro. ‘Se esta variagdo for pequena em valor relativo, pode obter-se com boa aproximagdo uma expresso para a descentragem. Para esse efeito usa-se o desenvolvimento aproximado (3 termos) em torno da frequéncia F, 1.12) S,(@)=S,2nF) + V—F)S QnF) + (em que as derivadas sdo em ordem a /=«/2n) e substitui-se na expressdo (1.7) de E(2(0)}. Obtéem-se Etd}= 2S, nF) | (Hw? ap ° + 28,20 | G-F HGP ap + ° +28,e0 | lH)? af + . (1.14) +8iea" | UF PH? af + ° +28 enn,» | (FQ |H(a)P df + ° +S) @nr)r,-F? [ier af em que Fo é a frequéncia do eixo de simetria (aproximada) de |H(@)|?. Notemos que nos bancos de filtros reais de banda constante existe em geral aquela simetria, tendo-se neste caso F9=F. Nos bancos de filtros de banda de percentagem constante existe assimetria em relagado a F, mas hé uma simetria aproximada em relagdo a uma outra frequéncia Fy. Para filtros de banda igual ou inferior a 1/3 de oitava (ex: 10%, 3% ), Fo-F °"+ | ae (e8 2nP yy? ° mar ‘Todas estas expressdes sdo gerais, ndo se podendo explicitar melhor, a menos que se coneretizem as grandezas que caracterizam o problema, e que sao: - Oespectro $,(w) a analisar ~A fungdo de transferéncia quadratica |H(«)|* dos filtros de banda -A fungao de transferéncia quadratica |G/w)|* do integrador. Técnica -91/1 9 Aspectos Estatisticos da Andlise Espectral Analogica 1.2.4 Caleulo exacto de var(Sx(w)} em condigées ideais ‘A titulo ilustrativo, ¢ para fornecer ordens de grandeza, vamos considerar uma situagao em que ¢ possivel ocfileulo exaeto da varys(t}. "Trata-se do caso em que o filtro é rectangular (médulo de H), o integrador 6 exponencial no tempo (situagiio comum, com um circuit RC) e 0 espectro Sy) se supe constante dentro da banda do filtro ‘A situagao éilustrada pelas figuras 1.7. 1.8 IH(w)?? f ° F figura 1.7 Fungio de transterénca quadratica dum fi Syo() == -4BSx(270F)= A Ala yp ° B 2F-B 2F FB figura 1.8 Espectrode poténcia do sinal yet) yithEly(0) para.0 {asodo titra rectangular da igure tendo-se |e@@'=$——, (1.35) 1+(@RC? S, (w)= 48; 2nF)(8—|fll \10¢ inferior a 9%, para N >25 ¢ inferior a 5% € para N> 1006 inferior « 1,4%. Nestas condigdes pode-se escrever var S20, 5 1 var (8, (QnF)}=(1 —8,)—— $2 2nF) (1.49) 6, @nP)}=0 -0,) 57 S20nF) ‘em que 62 € 0 erro de aproximagao assintotica no ealeulo de var{$,(2uF)}, com 0<62<1, ese fez T=2RC, 10 Técnica -91/1 ‘A grandeza T - tempo equivalente de integragao - 60 verso da largura de banda do integrador, como se pode verificar facilmente [c. 1.56]. ee (150) . A variancia normalizada o? é dada por (1.31), ou seja 1 =(1-0,)— (51) (10) 5 21 (052) oss BT Note-se que na hipétese assumida de S,(w) nao variar dentro da banda, ndo existe descentragem, pelo que @=o2. 1.2.5 O caso geral dos filtros reais Neste caso ndo se pode fazer uma anélise exacta, Em vver disso podemos determinar expresses aproximadas para var($,(2nF)}, pondo apenas duas hipdteses simplificativas A. O espectro $,(w) varia lentamente a escala da banda do filtro B, A banda do filtro € muito superior a banda do integrador. A hipétese B corresponde a admitir que Gla) esta muito concentrada junto & origem, em eomparagao com S,,(«), © que equivale a supor que a escala das flutuagoes de (0), 0 filtro passa-baixo tem um tempo de integragao grande, permitindo reduzir aquelas flutuagées. Esta hipétese esta ilustrada na figura 1.9. ao figura 1.9 Espectro de poténcia do sinal yl) =yiU-E(y(0) para um fitro real efungho de ransterencia quaaratica do ito passa-baixa Podemos nestas condiges tomar, no integral (1.25) S,,(@) como constante ¢ igual a Sy,(0), sem cometer erro apreciavel. Vem assim varlz(Q}=S_ (0) | |G)? af= Yo Saw (1.53) =2| Siw) df | 1Gtu)? af Usando agora a hipétese A, vem (1.54) S (a) ~ 8, 2nF)| Ho)? donde, recorrendo a relagéo de Parseval para o filtro passa-baixo e 4 paridade de H(a), F.E. Rebelo Simoes var eas? an | etna | {itta) tap (98) Jo Se definirmos largura de banda By do integrador como pee Pa a,-[ emp opis 059) eo) e utilizarmos (1,10), vem finalmente car{ett) By (157) tetany By em que B, banda estatistica do filtro -é definida como | | | Ho)!” ay| B= ———___ (1.58) I [Hoyt df o E evidente que da relagao $,(2nF)=Cz(t) resulta var{S,2nF) varity) By 1 eS, anryP eer BL BP, em que T, é 0 tempo equivalente de integragao, inverso de By, (1.59) De notar que, no caso do filtro rectangular, B,=B,=B No caso dos filtros reais pode provar-se que se tem By>By Por exemplo nos filtros dos analisadores Briel e Kjaer tem-se A expressdo (1.59) mostra que a hipétese B pode ser escrita equivalentemente 4B, 4B, ou ainda ten) oat Na realidade a expressdo (1.59) 6, como vimos, uma expresso assinttica, devendo eserever-se com mais rigor var $, (2uF)} B, fl es 4-9) ~ 5 8,) "Br, Alias a anélise que acabamos de fazer contempla 0 caso do filtro rectangular estudado anteriormente, bastando por em (1.61) B,=B. O estudo exacto feito antes permite-nos, na realidade, determinar o valor de 0, em fungao de BT. Voltemos a expresso do erro quadratico médio normalizado. (1.61) IES, (nF)? [5 No caso do integrador exponencial T=2KC, como ja vimos. No caso geral ¢ por definigao. inverso da largura de banda B Técnica -91/1 " Aspectos Estatisticos da Andlise Espectral Analogica Da exproasao (1.84) de €2 conelui-se que para tornar esta grandeza arbitrariamente pequena € necessario actuar nas duas parcelas - a da variancia ea da descentragem, Para reduzir a primeira 6 preciso aumentar indefinidamente o produto B,T Para reduzir a segunda ¢ preciso inversamente diminuir By (ef 1.19), ¢ portanto B,, E obvio que estas condigées implicam B70 T,+0 (1.62) BT +0 ‘que se consegue fazendo decrescer mais depressa 1/7, ou seja By, do que By. Podemos portanto concluir que, se fizermos variar B,e T de acordo com us condigoes anteriores, o erro (relativo) do estimador $,(2uF) pode tornar-se Lio pequeno quanto quise Isto 6 Him €*(8 @nuky)=0 Byrytoe* Bo (1.63) ou ainda Lim. 8,00F=8 un) (184) Isto significa que o estimador $,(2nF) é consistente. 1.3. Outros parametros da distribuicdo de z(t) 13.1 ‘A determinagéo exacta da estatistica de 2/t) - ou de $,(o) - 6 um problema naturalmente mais dificil do que ada varianeia, que jé considerémos, sendo dum modo geral inviavel analiticamente. A literatura da especialidade apresenta duas atitudes diferentes nesta matéria: - uma simplista , mais corrente, em que se aproxima a distribuigéo por uma distribuigéo em x - mais precisamente - Ay,? - em que o factor A eo namero v de graus de liberdade sao determinados de forma a fornecer a mesma média e a mesma varidncia que av. - outra, muito pouco frequente, em que se determina numericamente - dadas certas hipoteses relativas ao filtro ou ao integrador - a distribuigéo, através por exemplo do célculo numérico da transformada de Laplace da fungdo geradora de momentos (ver por ex: (21). Vamos tomar aqui uma posigdo um pouco diferente - vamos, embora sem o rigor numérico da segunda atitude, procurar ir mais além do que se faz na primeira atitude, isto é vamos determinar aproximadamente alguns momentos de ordem superior de 2(t) ‘comparé-los com os correspondentes da distribuigdo 1°, a fim de coneluir da validade de usar esta distribuigao ‘como modelo. 1.3.2- 0 3° momento 1.3.2, Na realidade vamos determinar 0 3° momento central de 2(0), que coincide eom 0 3° cumulante (precisaremos adiante este conceito) Seguiremos um caminho paralelo ao seguido na rminagéo da var{z}, que 6 um 2° momento central Assim vamos obter este momento ys’ a partir do cespectro (proprio) de 3* ordem de 2/0) - Transformada de Fourier dupla da fungo eumulante Ky'e 12) - dado que K4(0,0). O espectro de 3" ordem de 2(t) relaciona-se com o de ¥@) através de uma fungao de transferéneia de 3" ordem. Sera pois necessério determinar 0 espectro ‘S2'(w1,02), 0 que se faz por TF dupla do 3° momento central (cumulante) Kg'(t,12) Como y=v2, o referido momento 6 na verdade um momento de 6* ordem do processo gaussiano de média nula v(t). Gragas as propriedades dos processos gaussianos aquela grandeza calcula-se facilmente, assim se completando a operagéo. Veremos a seguir em pormenor como se procede Vejamos entdo. Para a 3* ordem a fungo cumulante identifica-se com a covariancia de 3* ordem, tendo-se para 2(0)estacionério™ Ke) = CHE 8Q)= Bet) — BlAO}eAt+ 1) — BlAO LAL vg) ECO} Pode definir-se o espectro de 3* ordem ou bispectro de at) de (1.65) - Hoyt Fogg) ae, dy, ("-66) S5(0,.0,)= i Ki le.ty) € que com Kg‘(t1,t2) constitui um par de Fourier 4 2 Kaye do, do, (1.67) Por outro lado, e em relagao as grandezas correspondentes do sinal y(t), tem-se, de (1.3) “yf +2 Hoyt testy) 2 (1.68) em que Tw,w2) 6 @ fungao de transferéneia de 3° ordem do passa-baixo, que é dada por S}0,0)=S30,0) Te0,0) (1.69) ‘A grandeza pretendida k's que estende para a 3* ordem 0 conceito de variancia, obtém-se a partir da funcdo cumulante com 1 =12=0. Portanto T,(0,0,)= Gw,)G(,)G(—0,~0,) 1300 Yop) Tyo ay) dojdeoy (1.70) © Lim. limite om media quadratica(imitin the mean) 7 Verna, 12 Técnica -91/1 © problema que se poe entdo é a determinacao de S9'(«1,2), 0u seja, do bispectro (proprio) do sinal y(t). Para esse efeito vamos caleular K"s(r1,12) Se fizermos a7) ytW= ry e atendermos a que a fungdo cumulante de 3* ordem se identifica com a fun¢do momento central, vem fécilmente Kg = (172) Bb,294}-(BY,)B0.94), +280, Bogeb) em que { }3 representa todas as permutagées possiveis sem repeticdo. O primeiro termo do segundo membro desta expressdo 60 momento de 6* ordem E{v2%(t) v2(¢ +11) v?(t +12). Para 0 cdleulo deste momento utilizamos a relacdo geral, valida para o caso gaussiano [1] de média nula Ee,ogry0igvg)= lov. MBloyv Blogug},, (1.73) Quanto ao segundo termo, é constituido por 3 parcelas do tipo Ef v2(t) } Ef v%(t+1,) v2(t+t2) } produto dum momento de 2* ordem por um de 4* ordem [ef (1.27) ]. Efectuando os caleulos e reduzindo os termos semelhantes, chega-se sem dificuldade ao resultado, Key nJ=B Ro) Rey Roy 179) aque 6 uma primeira generalizagdode (1.28), 13.2.2 Bispectro (proprio) de y(t). Caleulo de k's ‘Trata-se como dissemos da TF dupla da expressao anterior. ‘Tem-se assim Sree nal [asp mopngsg-aye on Exprimindo por exemplo Ry(tz-t) na sua TF, Sw), resulta finalmente ” an (1-76) “3,008 Ata) 8 (hte, +o) AS Ato Sse, rape que é a primeira extensdo da expressdo (1.29) Para o célculo de ks" teremos de recorrer a (1.70), ‘Tal como na 2* ordem, esta expressdo s6 se pode determinar com rigor se se conhecer exactamente Sy(), ou seja, S,(a) e H(a), podendo no entanto caleular-se aproximadamente se se fizer 0 mesmo tipo de ssimplificagdes que se adoptaram para a 2* ordem. Assim, vamos admitir que S,(o) varia lentamente dentro da banda do filtro e que esta é muito superior & do Yo,oy=s] 5 “O bispestrecalculado a partirda fungho de correlagao de3*ordem do inal yt), de média diferente de zero, contém fungées deltas. ‘notae sentido um bispectroimpr6prio. FE, Rebelo Simoes integrador. Admitimos assim que concentragao de T,(w1,2) junto & origem 6 muito superior a de (1,02), € vamos tomar em (1.70) S3(0,0) em lugar de Ss(c1,02). £ de esperar que o erro cometido, por excesso, para uma mesma relagdo By/Bp, seja superior ao da 2° ordem, dada a subida de dimensdo (basta comparar, para caso do filtro rectangular, as concentragoes de Ty ¢ Sy’ ao longo dos eixos principais e da bissectriz = 02) Viré entao «77 j= (1 -0,) $3(0,0) | | Tang denydeng! 4? = -0,)8 | _ SKo) df | [- T,@,.0,) dodajan? em que 03 6 0 erro cometido (0<83 <1) ®) Ora | sto df= 28%20n| latoy® df (1.78) -= ° Por outro lado a | an? 17 [ee aparv,-vpda,do, 7 T foya,) dodo, a | h(t dt como se pode verificar, exprimindo G(-c1-ws) em git) Finalmente i= —0) 16820) | jayPar |g? axl") 0 ° ara 0 caso real em que o integrador é causal. ‘A expressao (1.80) com 63=0 representa a expresséo assint6tica de kg, quando By/By, tende para zero, (175)1.3,3 0 4° momento 1.3.3.1. ‘Ao contrario do que sucede nas ordens inferiores, 0 ‘momento central é distinto do cumulante. Sigamos um caminho andlogo aos anteriores e comecemos por caleular a fungao cumulante de 4* ordem de y(t). Esta fungao é igual a covaridneia miltiplalt! das varidveis Hao ayer) ay (8) y= very) (tt) 3 Notar que, para uma mesma relago B,iB, se deve tor o<0p<03<1 Técnica - 91/1 13 Aspectos Estatisticos da Andlise Espectral Analégica Por definigiio esta grandeza obtom-se por recorréncia, por subtraccdo sucessiva de lodas as covurianeias miltiplas de ordem inferior, a partir do momento de 4° ordem. Ky y BODE UE OY KA U9 Kgry ly UK oe Kebyyg hy 82) Kop Kop Koy Kg KQ)=EO) © K,oy)=RO,9) 89) ‘© em que como sempre as chavetas indexadas indicam todas as permutagdes que conduzem a resultados distintos. Usando os resultados da 2* orden obtém-se ¢ da 3" ordem KO yp7g90= Fo gaa 1B bg = {Bb JBY,y,}), + AED IEOIEOY ~ 6 Eb EY, JEO EY} O primeiro termo do 2" membro é 0 momento de 8° ordem Ef v2(t) v2(t+1;) v2(t+r2) v2(t+r3) }. Para o céleulo destes momentos usamos a relagéo geral, valida para varidveis gaussianas de média nulal1) (1.84) Bepneered=tEoPeyepBlegr)lee°85) constituido pelas 3X5X7=105 permutagoes possiveis dos indices 1 a 8 sem repetir parcelas. Os restantes termos fazem intervir momentos de v0) de 2*, 4* © 6" ordens, ja estudados. Substituindo as expressdes de todos estes momentos em (1.84) reduzindo os termos semelhantes, obtém-se, apos simplifieagdo Yc ty t= 16 1R (EDR (0) RB l0,— 4 R(t) + FRR GR GYR (y+ +R (DR GDR (QW) (1.86) 1.3.3.2 Trispectro (proprio) de y(t). Calculo de k*4 ‘Trata-se agora da ‘TF tripla da grandeza anterior. Exprimindo Re(t-11), Ru(tg-t1), Ru(tg-rp) no espectro Sow), resulta finalmente S1@,,0,0,)= (1.87) 16 0,0,.0,)+1(0,.0,0,)+ 1(oy0,,0,) em que EN S0+0,+0,+0) 5 que uma extensao natural do integral de (1.76) Notar a relagao de simetria os. (1.89) 1, (00,009) =Iylayoye) Procedendo agora como para a 3" ordem, ver SiOp Oy a) = (1,90) Silo, Wy 0) T (yy 0, com Pid y og) = aon = Glo) Go) Glo) G(-0, -0,-0,) fungio de transferéneta de 4* ordem do integrador, E finalmente SoKjonn 92 Sa} | [Laseventargsnnso ty auese dove comparar com (70) Para\a caleulo evaclo desta grandeza poe-se 23 sucrmna gunrles is pusemea fan enone anecioren Retin teste igualigente'@ revue ap eAlealo fprorimado,duma (rma semelhante ao que fa fit, que - vé-se intuitivamente - vai conduzir a um erro por excesso, superior aos das ordens inferiores. Tem-se assim T toy Wy 0g) di, ding ding -asjanel [ [TE co 0 Como | Siw) df= 28% nm | [H(wrSap (1-94) =o ° e por outro lado se tem iia an [ [fF tptoy oye do, dodo, (195) gtd resulta finalmente w 4 4, ” * 1.96) ~o96syiant | nestar| eta ° ° para um integrador causal. Chegamos assim a uma expressao homéloga de (1.80), senda de esperar que se tenha 6 >65. Note-se que U2, 0, 04 podem fazer-se arbitrariamente pequenas, a custa da pequenez do valor By/By de que dependem, ou seja, da pequenez de 02 (ou de €2, se desprezarmos a descentragem), ficando as expressoes de Wa, Hye 4, com §;=0, como expressdes assintoticas. 14 Tecnica - 91/1 9 1.3.4, Resumo dos cumulantes estudados. Generalizagao. 2 aris * 1.55) Kyo 4098200 | matter oa ° o 2 * 1.80) k= 6-9) 9} (aur | \car| gwar o ° = 2 196) k= 9600p stann| imoPar[ gina? * ° Jo 1>0,>0,>0,>0 © tim 0, a jB,0 As expressbes anteriores so generalizéveis, embora com erro erescente com n, podendo obter-se [3] Hagen —nistiann | “pri ar [eo auto, (97) A mr) ° i Notar que também aqui. lim 0,=0 2 0240 e que se tem formalmente k; =E/2(1)}, representando 67 a descentragem normalizada (neste caso podendo ser 6;<0). Fazendo P= | mia (198) 0 @,=[ soa (1.99) (1.97) escreve-se ° Ki =2"(n—DIST2nFIP,Q,1-0,) (1-100) ou, sob forma normalizada, e desprezando o erro de descentragem 0; K PQ “=n DI -0, ey Pay A expresso anterior pode tomar outro aspecto, se introduzirmos os conceitos de largura de banda e de tempo de integragdo de ordem n, respectivamente By, € Tp ‘Assim, se definirmos estas grandezas , para n=2, através das relagoes 2.101) (1.102) uo) F.E. Rebelo Simoes pet (1-103) "a, resulta in)! e=0-6, ee z (1,104), "ery que se deve comparar com a expressao homéloga de ordem (1.61). 14 14.1. Conforme dissemos no inicio, vamos comegar por seguir a via jd referida em 1,3.1., de comparar os cumulantes calculados aproximadamente (n=2, 3, 4) com os cumulantes da distribuicao x2 com a mesma média e a mesma varianeia, ou seja, com a mesma varidneia normalizada. Comparagao coma distribuigao x2 Para z= Ay’, tem-se de um modo geral [4] Bao" Ain! (1.105) donde, sob forma normalizada é tt (1.106) Em particular . 2, (1.107) pelo que se pode eserever, explicitando esta grandeza, ef stn 1)l04™ (1-168) Comparando agora (1.104) e (1.108), ¢ tendo em atengdo que a igualdade de o? nas duas distribuigdes implica ) (1.109) v Br, resulta a a (1.110) e e Hl", aay eB ‘em que fy(6/, dado por 12) F109) 1-0"! ao, 60 factor de corree¢ao em relagao a expressio assintotica de i‘,/k™, (proximo da unidade para n=3 e n=4e para 021) © rq é um coeficiente que se pode decompor em dois factores py € qa, devidos respectivamente ao filtro © Técnica -91/1 15 ‘Aspectos Estatisticos da Anélise Espectral Analogica ‘ao integrador 0.113) -( t, y (aay ale Como se vé, este factor r, é 0 Gnico responsavel, na situagao assintética f,(62)=1, pelo maior ou menor ‘afastamento da distribuicdo de 2(¢) em relagdo ao. x. Quanto ao namero de graus de liberdade vy da distribuicéo x2 com a qual estamos a comparar a distribuigéo de 2(¢) tem-se, de (1.109) 2 _ 2Byly oe 1-8 Consideremos agora o caso particular do conjunto filtro rectangular (na frequéncia) + integrador rectangular (no tempo) : tem-se B,=B, Tn=T, pelo que ke,/k%, =fq(02), isto 6, a distribuicdo de 2(¢) € ‘assintoticamente x2, com v=2BT graus de liberdade Repare-se porém que, & medida que o? aumenta (e com ela 62), a distribuigdo se vai afastando do x? gracas ao factor fn(69). ‘Este factor 6 dificil de determinar no caso geral, para qualquer filtro e para qualquer integrador. Tanto 0 factor 1-0, como o factor (1-02)"1 diminuem quando n aumenta, para um mesmo Bg/Bp ; 0 primeiro porque 0 erro de aproximagéo usada 6 cada vez mais grosseiro, © segundo porque 1-62 <1. Resulta deste modo uma certa compensagéo entre as duas diminuigées. ‘Com a finalidade de determinar a ordem de grandeza deste factor fy(02) foi estudado exactamente um exemplo com filtro rectangular e integrador ndo causal com Tesposta de frequéncia exponencial, obtendo-se para (1.115) f(O2) valores como os que a seguir se exemplificam no quadro 1.2. Foram feitas determinagdes de By e Py para varios filtros, de bandas nominais entre 3 e 300 Hz ainda de 1/3 de oitava centrada em 1000 Hz, dos analisadores Briel & Kjaer jé referidos. Para n=3 e n=4 obtiveram-se os resultados do quadro 1.3 yoitava 270.2 258.7 2528 vio] 112[ 1.09 ta7 | 131] 1.22 quadro 13 Por outro lado, para o integrador RC usado naqueles analisadores tem-se 1.116) donde (1.117) resultando 4 a= 5 4a? O valor global ry no caso dos filtros exemplificados é 3Hz | 300Hz]| joitava Te) var [ tao [14s va) 253[ 261] 244 quadrota ‘Vemos que a influéncia do integrador RC ¢ muito mais importante que a dos filtros reais no que respeita ao afastamento em relagao ao x2. Este facto acentua-se drasticamente com a ordem n. Por exemplo para o filtro de 300 Hz, obtém-se pi = 430 [pis = 13.03 [p20 = 41.10 369] 931] 672] 630| 306] Jaqjg=s12 [ars = 1092 [azo = 26214 ‘998 | 993|.985|.973|-926| 849] [r,q = 220 [ris = 14231 [rao = 1077530 19995 998 | 996] 994 | 984] 968 qatrots quadrot2 Os cumulantes de 3* ¢ 4* ordens permitem calcular Para filtros reais f,(02) diminui em comparacdo com 0 caso rectangular. No trabalho jé referido, dada a dificuldade de um eéleulo exacto foram feitas certas conjecturas sobre a natureza do factor fn(02), obtendo-se nesta hipétese uma redugéo moderada daquele factor, para um filtro de 1/3 de oitava (analisador Brael & Kjaer 2113) e para um filtro de 300 Hz, menos rectangular que o anterior (Briel & Kjaer 2010) Verifica-se que para o? suficientemente pequeno (c2<0.02) se podem obter erros pequenos até ordens elevadas. No caso presente em que apenas comparamos ‘cumulantes de 3* e 4* ordens, o erro em causa parece ser da ordem de 2% para o? = 0.025, (o= 0.15) sendo portanto perfeitamente aceitel o uso da expressdo assintotica 16 dois parametros relevantes : 0 coeficiente de assimetria a kurtosis. Para esse efeito definem-se os parametros 1 ¢ Bo. 2 ky) “ae (0.118) 5 119) O coeficiente de a 6 definido como o quociente entre a diferenga média menos moda e © desvio padrao, e mede a assimetria relativa da Técnica -91/1 distribuigdo, Verifica-se que para uma larga familia de distribuigoes, esta grandeza é dada pela expressao VB, 6,+3) 268,-6,-9) Dada a relativa complexidade da expressao, ¢ mais usual utilizar simplesmente a expresso Sk =J6, que também dé uma boa indicagao da assimetria. Quanto & kurtosis pode ser definida pelo proprio pardimetro fy e mede 0 maior ou menor achatamento do pico da fungéo densidade de probabilidade em relagao a distribuigao normal : mais achatada se f2<0, mais agugada se f2>0. Caleulemos entao fi ef no caso x2. Ora de (1.108) tira-se ee (1.120) 151 q.r21) pelo que (1.122) (1.123) Vejamos agora as expressdes de Vp; e apara a saida 2(t) do analisador, Recorrendo a (1.104), dado que as formas adimensionais de f; e Bz permitem usar cumulantes normalizados, e utilizando (1.112), ver (0.124) 8, =2/,0,,0 (1.125) By= 6/0)" Coneluimos assim que (sh 2 (1.126) (sat 6,F Slog (1.127) By Para 02<0.1, fs(02) e fs(02) sao muito proximos da tunidade : dentro das conjecturas feitas so superiores a 0.96 e 0.93 respectivamente, para os filtros habituais Nestas condigées os valores de (1.126) e (1.127) sao apenas ligeiramente inferiores aos do quadro 1.4, 0 que significa que 0 coeficiente de assimetria a kurtosis séo cerea de 1.4 vezes ¢ cerea de 2.3 a 2.4 vezes respectivamente os correspondentes a distribuigao x2 Por outras palavras, tanto a assimetria da fungéo densidade de probabilidade de 2(0), como o seu ‘agugamento em torno da moda sdo mais acentuados do que na distribuigao x2 F - Rebelo Simoes Coneluimos assim, quer pelos parametros anteriores derivados dos cumulantes de 3° e 4° ordens, quer principalmente pelos cumulantes de ordem superior (ver Q 1.5), que a distribuigao parece afastar-se da distribuigao x2, mesmo se tivermos em conta as correccées que se devem introduzir através do factor fnlO2) devido aos erros de aproximagao cometidos no calculo de kn. 1.5 Comparagao com a distribuigao Lognormal ‘A fungao de distribuigao lognormal tem um. andamento semelhante ao do x2, apresentando no entanto momentos e cumulantes que crescem muito ‘mais depressa com a ordem do que nesta distribuigao. Dados os valores elevados ja referidos encontrados para kp# nas ordens superiores, é natural comparar as 2 distribuigoes (2 e lognormal), pelo menos para alguns valores de n, a fim de ver se este modelo é viavel. Embora alguns estudos anteriores [3] mostrem a proximidade dos cumulantes das 2 distribuigoes para valores de n até ordens relativamente elevadas (n=20), ‘vamos limitar-nos a considerar, como fizemos com 0 x2, 0 3°e0 4° cumulantes. Assim, para a distribuigdo lognormal, a partir da expresso do momento de ordem n, pode obter-se HN agg? LN ao LN 43543 +02 (1.128) He atots +08) HN [anes eo! ey Ss (2.20) na, age 41% 96 + 2,00? +WO)Peos 20, em que se definiram + ae 220 = [ite ta,y?s (aye 22 10 | _ lilo ag fo 0" t. (222) Jo= | te-oye forays," Note-se que as 3 primeiras parcelas constituem 0 quadrado de Jegt ~ingt Twe ° +K we Se substituirmos (2.21) nesta expressio obtém-se fécilmente, tendo em conta o caracter real ¢ par de /H(w)P ¢ de So) ¢ as expressdes (2.4) ¢ (2.6), 0 valor (4la2) Ry(), pelo que se tem finalmente (2.23) [Ho + J0¥Pcos 20, Conclui-se assim que 6 a presenga da segunda parcela da expressao anterior, através da grandeza J(x) que, no caso geral, impede a verificagao da relagao (2.9), traduzindo assim 0 caracter ndo gaussiano do processo 0. Notemos que a referida parcela se anulara se e s6 se 0 produto $,(w) H(w-wy) H(w+ep) se anular (anulando J(z)). Se néo pusermos nenhuma restrigdo ao espectro S,(0), isto equivale a condigao Hw-a)Hor+a,)=0 (2.24) Esta condigao é satisfeita, dentro da classe dos filtros passa banda, para a situagdo esquematica representada na fig 2.3, em que "0 tIH(an? figura 2.3 Fangio. satsta Na pratica tem-se a situagdo da fig 2.4 Em conclusdo : para filtros satisfazendo a co (2.24), de acordo com a fig 2.4, verifica-se (2.9), tal como no caso nao-heterodinico em que u(t) é gaussiano, 23 Adistribuicao de z(t) A presenga do factor cos(wot +a) implica no caso geral que vit) ndo é gaussiano, pelo que os cumulantes de 2(1) ndo tomam a forma estudada no capitulo anterior, nao sy va lo BA Bm ‘ figura 2.4 situacio tipca dum anaisadorheterodinic com fitrode banda estreitasatnfazendo scondigao (224) parecendo em prineipio muito vidvel tirar quaisquer conclusoes sobre a distribuigao de 20). Na situagao porém que acabémos de estudar, em que é valido (2.9), 0 problema modifica-se. Com efeito pode provar-se !7l que a condigdo (2.24) nao implica apenas (2.9) mas sim que v(t) € um proceso exactamente gaussiano, Nesta conformidade, ndo s6 E/2(t)) © var/z(t)} apresentam os mesmos valores obtidos no eap. 1, como também sao validas todas as expressdes (assintéticas) dos cumulantes ai estudados. Concluimos assim que, nas condigées (2.24), o8 analisadores heterodinicos apresentam necessa-iamente para a saida 2t)-e correspondente estimador $,(2nF) -a mesma distribuigao que os analisadores nio-heterodinicos, nao havendo portanto distingaio entre 08 2 tipos de analisadores do ponto de vista estatistie. REFERENCIAS [1] Stratonovich (1963), Topics in the Theory of Random Noise, vol 1, Gordon and Breach. [2] Helstrom (1986), Distribution of the filtered output of a quadratic rectifier computed by numerical contour integration, Trans IEEE, IT-32, 450-463, [3] Rebelo Simbes (1982), Distribuigdo do sinal de saida do analisador espectral, Relatério CAPS; idem, Aditamento (1983). [4] Hastings & Peacock Distributions, Butterworth, [5] Kendall & Stuart (1969), The Advanced Theory of Statistics, vol 1, Griffin, [6] Rebelo Simoes (1980), A aplicabilidade do estudo do analisador espectral ndo-heterodinico ao caso heterodinico, Relatério CAPS. {7] Rebelo Simées (1985), On the linear filtering of a sinusoidal carrier amplitude-modulated by a Gaussian Process, Relatorio CAPS. (1975), Statistical 20 Tecnica -91/1 Mario J. Pinheiro Andlise Monte-Carlo da Regiado do Espaco Catédico numa Descarga Luminescente de Azoto Mario J. Pinheiro Centro de Electrodinamica do I.N.I.C., Portugal Laboratoire de Physique des Décharges, Ecole Superieur d'Electricité, Plateau du Moulon-91190 - Gif-sur-Yvette (France) Laboratorio associado ao C.N.R.S. RESUMO Neste artigo sdo analisadas as relagdes existentes entre algumas indieagdes espectroseépicas da energia electronica na regido do espago catédico de uma descarga luminescente de azoto ¢ 0 modelo de cinética, electronica num gas fracamente ionizado estudado por simulagéo Monte-Carlo. 1 Introdugao A anélise espectroscépica de certas riseas do azoto possibilita a determinagdo de algumas propriedades do plasma, tais como a distribuicdo da energia electrénica e outras, permitindo considerar o seu controlo em vista de aplicagdes a laser. ‘Trata-se entao de um indicador atil para testar o grau de adequagao de um modelo de cinética electronica que é simulado por método Monte-Carlo e foi desenvolvido por J.P. Boeuf [1,2]. Baseado em indicagdes espectroscépicas fornecidas pelo grupo experimental do Laboratoire de Physique des Décharges (cf. figs. 1 2) 0 nosso trabalho consistiu em figue txensiade uminoss ee srr A em continuo), fears detorminar oa factores relevantes na razto das Intensidades das riseas (39144) / 1(3577A) numa descarga luminescente de azote ‘As distribuigdes espuciais das invensidades luminosas spreventam um maximo na entrada da luminesetneia \s rscas 3914 A (em pontihado) ¢ 10 longo da descarga luminescente Hoven 4 publieagao em 1988, ABSTRACT ‘This paper analyses the connections between some spectroscopic indications of the electron energy in the cathode region of a glow discharge and a model of electron kinetics in a weakly ionized nitrogen gas studied by Monte-Carlo simulation, 14 i A} a? Mi E10 ' g \ 5° ! ptJ i, Boa = t 2 1 de ol. 0 et aE) SET ETc na figuia2_razdo das intensidadesluminosas1(3914A)/1(3577A) 20 longo da descarga luminescemte negativa e, como seria de esperar, a intensidade da risea 39144 ébem mais pronuneiada Néo obstante, a razdo das duas intensidades apresenta 0 seu valor maximo antes da entrada da lumineseéncia negativa e ao longo desta zona a sua razdo é constante, o que se revela inesperado. 2 A Simulacao pelo Método de Monte-Carlo 2.1 O principio do método © método de Monte-Carlo ¢ utilizado para simular as trajectorias de um grande namero de electroes numa descarga em campo eléctrico de, incluindo os electroes secundarios, de modo a estabelecer um balanco estatistico do seu comportamento © a determinar os valores das grandezas macroscépicas tais como as distribuigdes de densidade electronica, velocidade de deriva, coeficiente de difusdo, coeficiente de ionizacdo Pode-se encontrar uma exposicao deste método aplicado ‘A modelizacao da cinética electronica na referéneia [2] Tecnica - 1/91 21 “Anélise Monte-Carlo da Regido do Espago Catédico numa Descarga Luminescente de Azoto Os dados iniciais da simulagao Monte-Carlo séo 0 campo eléetrico (fig.3), a distribuigdo electrénica inicial eas earacteristicas do gas (que estado compreendidas nas secgbes efieazes de colisdo electrao-molécula) 1500 Ve = 488.5 6 = 0.57 ern 0.7 Torr po 1000 E (Volt / em) 500 ° ° 5E-1 x(em) figuras Campo eléctrico entre 0 ctodo@ o nod V.= 489.5 Vol 6.057 em, p=0.7 Tort © primeiro tratamento teérico de modelizagao do ‘espace eatddico foi feito por Von Engel e M. Steebeck 13]. [AL Neste modelo assume-se que a carga eléctrica perto do eétodo é predominantemente a dos ides que, devido & sua inéreia, permanecem mais tempo do que os electrodes nesta zona. A densidade dos ides nj é largamente superior & densidade dos electrées ne : ni > Mev Tesultando assim uma forte carga de espago positiva € tal que px) = pp seja constante dentro da regiao do ‘espago catédico de. ‘Aequagao de Poisson az ax de onde resulta o potencial veo=av, (1-3) ‘Naturalmente que este modelo simplifica em demasia a complexidade fisica do problema, na medida em que {sola artificialmente o espago catédico das outras regides da descarga, em particular a luminescéncia negativa, de onde provém parte dos ides, fotdes ¢ moléculas tnetastaveis, e que desempenham um papel essencial no balango energético da descarga. Desprezamos igualmente as variacdes radiais do campo eléctrico axial, hipétese largamente verificada para grandes Superficies de descarga. Nao obstante, medidas experimentais mostram que o campo electrico decresce préticamente linearmente em razodvel acordo com este Modelo tedrico [5], motivo este que justifica @ sua ‘aplicagdo no presente problema. ‘As secgdes eficazes referentes aos processos + tet, + pet y= e+ NZ PEs vO) ret Ny BPEL V=O) 3 . 7 e+ Nj BI v=0) +e + N,Cnv=D 22 Ete) 26| “NES =N(°D") figuid a Diagrama esquematico dosnivels de energia noazotoe Fepresentagho de duas transicbes estudadas foram extraidas de [6] (ver figura 9). 2.2 Resultados numéricos Os resultados numéricos foram obtidos por meio de ‘um programa Monte-Carlo exposto em {1,2,71 {) A distribuigio da densidade electronica, ‘Se bem que a estatistica seja baixa observa-se que 08 electroes se acumulam na zona da luminescéncia nogativa, para lé da distancia d, do cdtodo. A frente ‘Sabita que surge em d, néo tem significado fisico mas € justificada pela baixa estatistica. Pelo mesmo motivo, a densidade electronica parece nula na zona catodiea, mas ina realidade existe um factor de multiplicagao, que ¢ © fluxo electrénico deo emitido pelo cdtodo Na zona de queda catédica, os electrées permanecem menos tempo porque sao fortemente acelerados pelo ‘campo eléctrico, (ef. fig.5). 5 $4 8 3 WB 2 3 ° ° Met 4-1 SET BEST TED neal Técnica - 1/91 ii) Velocidade de deriva, V,. Como se pode verificar pela figura 6, a velocidade de ; fim 3 i, % : figura 6 Evolugdo da velocidade de deriva ao longo de descarga. deriva aumenta ao longo de uma zona de néo-equilibrio devido @ diminuigéo do campo eléetrico, mas perto do meio da queda catédica encontra-se quase em equilibri decrescendo posteriormente com o campo eléctrico. ligeiro aumento de V, perto do anodo deve-se & absorgao dos electroes, iii) Energia média, e. Verifiea-se uma grande semelhanga entre a curva de e ede Vy, (ef. fig. 7) 70 — \ \ 60 50 40. 30 € (ev) 20 10 ° 0 1 aE OEST mex/t figura 7 Evolugio da energia méia a0 longo da descarga. ee-1—1E0 iv) Primeiro coeficiente de Townsend, a A fig. 8 ilustra a distribuicao espacial de valores de a, © primeiro cocficiente de Townsend calculado pela expresséo 0, (ev flxelde a= yy © normalizando a funcdo de distribuigéo da seguinte forma: noo = | fx,vdv onde v designa a velocidade dos electroes, e= 1/2 mv? a sua energia cinética e ng(x) a densidade electronica Tecnica - 1/91 Mario J. Pinheiro 18 i 10 § 8 5 ° om ee ae-1 «ED figuras Evolugio espacial do primero coficiente de Townsend. Observa-se valores nulos enquanto os electroes nao possuem energia suficiente para ionizar as moléculas, aumentando bruscamente até atingir valores nitidamente inferiores a distribuigdo de equilibrio [2] e mantendo valores néo nulos para 1é da luminescéncia nogativa, em oposigao ao que seria de esperar se considerassemos a sua distribuigdo em equilibrio com 0 ‘campo local 2.3 Factores determinantes na razéo da intensidade das riscas. ‘Tendo sido experimentalmente observada uma relagdo constante das intensidades luminosas ao longo da lumineseéncia negativa, pretendia-se verificar por céleulo numérico efectuado por resolugéo Monte-Carlo da equagao de Boltzmann, o grau de fiabilidade que oferecia esta aproximagao como modelo teérico. ‘A figura 9 apresenta as curvas das seccdes eficazes das transig6es analisadas, Ne KA 20mm 1 -500] '0 \ o 3514 Elev figura 9 Seccbes eficazes das iscas 3577 A e3914A e funcao de dlistribuigao electronica em dois pontos da descarga luminescente ‘A fungdo de distribuigdo electréniea em energia, no inicio x=0.8em ¢ no final x=1.2 em da luminescéneia negativa (ef. fig.9) mostram a existéncia de um namero consideravel de electroes de energia suficiente para 23 Anélise Monte-Carlo da Regio do Espaco Catédico numa Descarga Luminescente de Azoto ionizar e excitar as moléculas de Nz. Esse nimero decresce a medida que se aproximam do anodo. A intensidade luminosa das riscas é proporcional & frequéncia de excitagao das mesmas. Estas est tracgadas na figura 10 a um factor I/n, aproximadamente: olw)vf(v)dv =n onde N é a densidade dos neutros, célculo este efectuado para cada posigéo x da célula do espago das fases. 12 0 SE-1 2 2 1 x (em) {figura 10 Frequéncias de excitagso ea raz 4.3914 A)/(3577 A) no ‘casode uma distribuigsouniforme (8 = 0.0). A razao | (3914A) /I (357A) resulta efectivamente constante ao longo da luminescéncia negativa. Foi utilizado neste célculo uma seccao eficaz diferencial simples de ionizagao isotrépica, tal como foi proposta por G.D.Alkhazov [8], e que permite avaliar a influéncia de diversos esquemas de balango energético, tais como: um electrdo incidente de energia cinética t<, colide com uma molécula e arranea um electrdo de energia v. A energia final pés-colisdo disponivel é ¢<-v)=-V).Designemos por 8 a percentagem de energia distribuida a um dos electrées. Pode-se ver representadas na fig.11, trés 10 eet > Fae 2) 2-1 | ° 0 2) ae) EET figura 11 Primeiro coeticiente de Townsend calculado utiizando secgoes eficazes diferenciais simples de ionizacio nos Seguintes casos: (1) distribugao nao -uniforme: (2) (3) distribuigde uniforme. distribuigdes do primeiro coeficiente de Townsend a (x) em fungao da distancia ao catodo. Procurou-se determinar em que medida uma modificagao de 5 influiria sobre a(x) e, por consequéneia, sobre o factor de multiplicagdo electronica M(x) =explJ,‘ a (x).dx|. A 24 curva (1) corresponde a 8 = 0.2 (isto 6, um dos electroes transporta 20% de energia disponivel pés-colisdo) € a curva (3) foi tragada para 6 = 0.0 (i., probabilidade de distribuigdo de energia uniformemente repartida por tiragem de um namero aleatério R equidistribuido sobre © intervalo [0,1] ). Note-se a igualdade de ambas as curvas (resultando os picos de flutuagées estatisticas) onde se supés que o trabalho minimo de extraccao de um ‘electrao no eatodo é em média de Wo = 10 eV. ‘A curva (2) foi calculada com W, = 2eVe 6 = 0.0€ presenta uma distribuigo que se mantém para além da entrada da lumineseéneia negativa. O primeiro coeficiente de Townsend a (x) apresenta uma distribuigdo diferente daquela que se obteria para coeficiente de ionizagdo dgq(x) em campo uniforme que 6 dada por uma relagdo classica do tipo B hp onde r é da ordem de 1/2, A e B sao constantes dependendo da natureza do gés, E/p uma varidvel reduzida do campo eléctrico aplicado sobre a presséo do 4s. Mas a possui valores ndo nulos para la de d. devido & existéncia de um numero superior de electroes de elevada energia em relagdo ao esperado para uma distribuigdo de equilibrio, facto que é bem patente sobre a figura 8. © parametro 6 nao modifica significativamente a razdo das duas intensidades (ef. fig.12). Pode-se 4, (8) =A pexp 10 — ae-1 cent | = | 1 w/ | °o ee) te figura 12 Vatiagio espacial da trequéncia de exctagio das 3914 A (curva (,)) 63577 A (curva (ws) ea razdo(w tvs) to aso. ume secyao ica iferendl de fonzags0 ‘ounitorme comparar no grafico da fig.13 as frequéncias de excitagao da banda BPD," > x Z," (v"=0—+ v'=0) para Wy = 10 eVeW, = 2eV, verificando-se uma constrigdo da curva (2) e um acréscimo do maximo em relagdo a curva (1), 0 que se deve ao aumento de probabilidade de excitagao desta banda devido & presenca de electrées mais energéticos. O grafico da fig. 14 ilustra as alteragoes sofridas na razdo 1(3914A)/1(3517A) considerando dois Wo diferentes para o cétodo Da comparagao da curva teérica e experimental na figura 15 ressalta um bom acordo, tendo em consideracao as limitagoes de ordem experimental relacionadas com o poder de resolugao da rede, a selecgao de determinada banda espectral e sensibilidade dos aparelhos. Técnica - 1/91 Mario J. Pinheiro i Referéncias 7 VA [1] BoeufJ. P., Marode,E.,(1984). J. Phys. D. all Appl.Phys., 17, 1133 oy [2] Boeuf,J. P..(1985). These d'Etat, N@ 3043, Orsay ¢ \ [3] Von Engel, A.,Steebeck, M., Elektrische \ Gasentladungen (I, 1932), ill, 1934) Springer, Berlin [4] Von Engel, A., (1958). Ionized Gases; Clarendon Press, Oxford. 15] Gordon, F., (1956). Handbuch der Physik, xxii, 53 1E-6 [6] P.Laborie, J., Rocard, M., Rees, J.A., (1971). ° BM r0 Electronic Cross-sections. Macroscopic Coefficients, Weiaa '6 a se dhecraw7e.® + ox,* Dunod, Paris ue 12 eenergisadeaxtacslonocitodsdieremes: (7! Segur, P., Yousfi,M., Boeuf, J. -P , Marode,E., Wo=2eV:(2)Wy=10eV Davies A. J., e Evans, C. J.,(1983). Electrical Breakdown and Discharges in Gases, NATO ASI us series, Editado por E. E. Kunhardt e H. Luessen, 89a, 331 _ Toe [8] Alkhazov, G. D., (1970). Soviet Physics-Technical 2 Mg =10 0 E 100 Physics, 15, NL = 5 50 02 OF 06 08 1 x (em) figura 14 Curva de (3916 A)/1(3577 A) ao longo da descarga e para: (1)Wo=20V: (2) Wy= 100V- 15 = o 5 10 B 8 5 10 15 20 \cétovo x (mm) nono 7 figura 15 DistribuigBes espaciais de 1(3914 A)/1(3577 A). -500V/V,=0Vid44=20 mm Agradecimentos Para finalizar, gostaria de agradecer o acolhimento ¢ apoio prestados pelo Dr. Jean-Pierre Boeuf durante a minha curta estadia no Laboratério de Physique des Décharges. Técnica - 1/91 25 Associacao dos Estudantes do Instituto Superior Técnico aeist 0) Aniversario 80 anos de existéncia 80 anos de vivéncia académica So nossos objectivos: Melhoria das Condigoes de Ensino Melhor Apoio Social Melhor Formagéao Humana Incentivar a Actividade Cultural Incentivar a Actividade Desportiva Incrementar a Ligacdo Universidade-Industria Proporcionar Melhores Servigos aos Estudantes C. A.C. Sequeira Mechanistic Aspects of Fireside Corrosion in Boilers C. A.C. Sequeira Laboratorio de Electroquimica, Instituto Superior Técnico RESUMO. Neste artigo faz-se uma breve andlise dos ‘mecanismos da corrosdo sulfética nas caldeiras. ‘Apresenta-se uma andlise termodinamica da corroséo metélica em sais fundidos, em termos dos diagramas potencial-pSO3. Descrevem-se medigdes electrocinéticas do comportamento de agos de construgdo, para caldeiras, em meio sulfatico. As caracteristicas metalograficas da corrosao em sais, fundidos sio também analisadas, incluindo a carburizagéo do substracto, os fenémenos de oxidagdo/sulferatagao interna e a morfologia dos filmes de oxidacdo. 0s efeitos benéficos de aditivos basicos para 0 controlo da corrosio sio referidos e o desenvolvimento de um sensor electroquimico para monitorizar a corrosividade dos materiais em servico ¢ considerado. Aponta-se a necessidade de mais R&D para a ‘minizagao desta forma de corrosio. Introduction High-temperature fireside corrosion in coal and oil- fired steam generating plants and generally in heat-recovery units is a well-known problem caused by molten inorganic sulphates deposited on superheated steam tubes. In modern pulverised fuel fired boilers, it is generally prevalent on final steam tubes (Fig. 1) which have fireside surface metal temperatures of 600-700°C, carrying steam at nominally 568%C/I70 bar (super heaters) and 568°C/40 bar (reheaters). ‘The molten sulphate deposits are complex mistures of sodium, potassium and magnesium sulphates [41, containing free sulphur trioxide which attacks the scale by dissolving the protective oxid as iron (and chromium) sulphates; for example: Fe203 +3803 + 3K S04=2KsFe(SO4), a ‘The rate of this continuous dissolution process determines the rate of corrosion, which is therefore highly dependent upon the temperature gradient between the hot gas and the metal surface. Another important variable is the concentration of gaseous sulphur trioxide formed within the outer porous ash, since, for a given temperature, this determines the ido para publicagao em 13 de Abril de 1988. Técnica - 1/91 ABSTRACT Fuel ash corrosion is a well known problem in the Power Plant Industry, and is caused by molten alkali metal sulphate deposited on superheated steam tubes. Its consideration from a chemical and an electrochemical point of view is presented ‘A thermodynamic analysis of metal corrosion in molten sulphates is given in terms of potential-pSOs diagrams. Electrokinetie measurements on the behaviour of constructional boiler steels in sulphate media are reported. Also discussed are some of the ‘metalographie feactures of molten salt corrosion, including substrate carburization, internal oxidation! sulphidation and corrosion scale morphology. ‘The beneficial effects of basic additives in retarding this form of corrosion is outlined and the development of an electrochemical probe to monitor the field deposits corrosiveness is considered. It is concluded that @ number of outstanding questions need to be resolved for alternative operational options to be considered to control this fireside corrosion, hopefully at an economic benefit. chemical stability of the molten deposit and controls the temperature at which dissolved metal is re-precipitated as solid oxide. ‘The exact mechanism of the high-temperature fireside corrosion is a matter of controversy, but it is accepted that the presence of molten sulphate deposits is the dominant feature in the corrosion process. In general, it is assumed that corrosion of metals in molten salts is an electrochemical process (6), and therefore an emphasis on the electrochemical aspects of fireside corrosion should receive a high priority. ‘Thermodynamic Analysis For a thermodynamic prediction of the processes which take place during boiler corrosion, consideration of the chemistry of four distinet phases is required; these phases are the metal itself, the layer of corrosion product overlying the metal, the sulphatic deposit formed by deposition of alkali metal salts from the flue gas, and the flue gas itself. At temperatures below 900°C the flue gases themselves contain only a small proportion of the S03 which would be expected on the basis of calculations of the equilibrium position of reaction: 809+ 1/202=S03 cy ‘This is due to the flue gases flowing too quickly through the boiler for equilibrium to be established 27 Mechanistic Aspects of Fireside Corrosion in Boilers Superheater and Fefeater corrosion ‘on leading pendants Nee forresien. Worst on sidewalls Figure 1) Typical boiler, with indication of affected regions Some of the O2 and SO2 are dissolved in the sulphatic deposit, however, and in the presence of an abundance of catalytically active material, i. e. heavy metal oxides, equilibrium is established, the activity of the dissolved ‘803 being equivalent to the calculated pressure. = =P tog N24 0 ‘This SOs is of particular importance when considering the next. stage of the corrosion process, namely the interaction of the protective corrosion product layer with the deposit. This may be expressed by the equation: MO+S0,=M?* +S02- i) ‘Toa first approximation, at any given temperature it may be assumed that if the activity of SOs in the melt is greater than the equilibrium pressure of SO3 which would be generated over the sulphate of metal M, when held at that temperature, then the oxide will begin to dissolve, and the protection it affords to the underlying metal will be reduced. Using thermodynamics, a further step can be taken in refining this concept. This is shown in Fig. 2, which depicts a Pourbaix diagram. Basically this describes the behaviour of an element, in this case Ni at 600°C, in contact with an 78 mole % LiSOq-13.5 mole % K2804-8.5 mole % NagSOx melt, when exposed to different partial pressures of SOs and Oy, The enclosed areas indicate the thermodynamically preferred corrosion products for the particular sets of conditions, the Ni? region referring to NiSOq being the preferred produet, ‘The upper log (Ni?+) scale refers to the activity of Ni2+ ions in solution; at zero, this indicates an activity of unity, so that NiSOq is favoured. The negative extension of the seale indicates the activity of the Ni2+ ions which would exist at equilibrium, dissolved in the sulphatie deposit, but in a region in which NiO rather than NiSO, is the preferred corrosion product. It is normally considered that when this activity falls below 10, the metal will, to all intents, be inert. From this diagram it ean be deduced what these conditions are for Ni at the given temperature. It should be appreciated that these equilibrium diagrams are based on simplified 20 J Smmunity <4 1 log (Hi24 fe yin io pu ni2* Corrosion = ++Sulphate to = sulphide NiS Sulphide covered 204 60) =i “og Pa Figure 2 Nlin molten iSO, + K,$04 + Na,S0,.t 600°C 28 1 “10 0 10 Técnica - 1/91 assumptions and the interpretation of the metallic corrosion in the alkali metal sulphate melts which form boiler deposits, purely based on their application, may led to conflicting situations. In particular, the oxide and/or sulphide films generated at the metal-melt interface, do not confer a proper passivity, as in aqueous, media [7-9] Electrokinetic Measurements When one considers anodic dissolution of metals in sulphate melts, one can subdivide the metals in two groups: Active Metals and Active-Passive Metals. Materials in active condition (e.g. Ag, Cu, Ni) show a ‘Tafel-like linear behaviour between the logarithm of the anodic dissolution current, i, and the potential, B, at the metal/melt interface (Fig. 3,8). Materials which form surface films (e.g. Cr- containing alloys) have many similarities to the active passive metals in aqueous solutions (Fig. 3,b). The anodic polarization curves of these materials show areas of severe corrosion and of "passive-film” formation. The working temperature, the electrode potential at the metal/melt interface, and the acidie content of the melt (e.g. 803, V205, MoOs or other acidic compounds) influence the composition of the passive film, and therefore its ability to enhance or reduce corrosion. Electrokinetic measurements on a number of steels and other constructional boiler materials in molten sulphates showed that the high-chromium Cr-Ni alloys, of composition 23Cr-4Ni-1.25Mo-0.4Nb, 30Cr-50Ni 2Mo-0.2Ti-0.0222r, 28Cr-43Ni-6W, are definitely highly resistant to sulphate corrosion. This satisfactory behaviour has also been confirmed by non electrochemical observations [31 Metallographic Aspects ‘The major metallographic features of molten sulphate corrosion include carburization of the metal substrate, the formation of Fe-Cr-Ni spinel oxides rather than the protective chromium sesquioxide, and internal oxidation/sulphidation of the metal substrate. In our electrochemical studies, we did not observe any carburization attack, but association of the fireside corrosion with carburised layers is reported in detail in the literature [2] ‘The transformation from Cr203 type scale to spinel has been observed in our polarization measurements: for ‘a given material which forms surface films, there is a critical potential above which this transformation ‘occurs. This "spinel-formation” potential is a function of ‘material composition, temperature, and the presence of oxidizing agents in the melt. In particular, SOs stimulates the corrosion process, shifting the spinel-formation potential in the direction of more negative values and leading to the formation of spinel/magnetite containing substantial quantities of sulphides, C. A. C. Sequeira 1%Cr-steel Ol 1 10100 i, mA/em2 Figure 3- Anodic polarization curves of different materials in molten USO, + K,50, + Nay5O, at 600°C Técnica - 1/91 29 Mechanistic Aspects of Fireside Corrosion in Boilers Corrosion Control and Monitoring Boiler corrosion can be controlled by (a) an adequate choice of the materials and/or coatings for use in the boiler, (b) the additives based on MgO or Mg(OH)2 directly in the boiler, (c) coal-blending, (¢) low NOx techniques, and (e) other experiences. It is clear that consideration of the electrochemical aspects ofthis form fof corrosion by the boiler designers, will help in the implementation of the measures needed for corrosin control. Boiler corrosion monitoring by electrochemical probes have been reported in the literature [1,5]. The continuous attack can be assessed by potentiometric electrodes which respond to the oxidizing, reducing, acidic and basic character of the melt. An additional possibility which we have been exploring is the assessment of a probe intended to act on boiler running conditions. This technique uses high electric fields and tries to take advantage of the conductivity of the boiler gaseous environment. Concluding remarks Fireside corrosion in boilers is of electrochemical nature. Therefore, an electrochemical approach is recommended. This allows the corrosion rate to be measured under controlled laboratory conditions during the course of the corrosion experiment, permiting a more detailed investigation of corrosion mechanisms, and this in turn allows the important factors which influence boiler corrosion to be defined. Our experimental data suggest that the aggressiveness of the sulphate corrosion depends of the working temperature, concentration of the oxidizing species in the melt and the composition of the materials in use in boilers. For example, materials containing more chromium and/or less nickel show less sulphidation attack. Polarizations within the passive regions lead to different corrosion rates depending on the value of the polarization potential. Coupling of these polarization experiments with measurements of the transport properties of different metal oxides may lead to new material formulations containing alloying elements which improve the oxide stability. ‘There are a number of outstanding questions to be resolved, but if a fuller understanding of the overall electrochemical mechanism is developed this will allow alternative operational options to be considered to control this boiler corrosion, hopefully at an economic benefit. 30 REFERENCES ul [21 [31 la) {51 {6} (a 18) 9] Balajka, J. (1970). Proc. Int. Symposium on Corrosion in Refuse Incineration Plants, Dasseldorf, 59. Latham, E.P., Flatley, T. and Morris, C.W. (1983), Corrosion Resistant Materials for Coal Systems, D.B. Meadoweroft and M.1. Manning (Bds.), Appl Science Publishers Ltd., London, 137. Marques, F.D.S, and Sequeira, C.A.C. 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Sdo apresentadas formulas que permitem obter essa factorizagao, no caso geral, e ‘obtém-se explicitamente a solucdo de uma certa classe de equagées integrais singulares, 1 Introduction ‘The singular integral operator of Cauchy type Sv ‘occurs quite often when dealing with problems in several areas of Physics and Engineering (such as Elasticity, Electrostaties, Aerodynamics) and the study of singular integral equations is thus of great importance. ‘The purpose of this work is to focus attention on a method for studying singular integral equations which allows us not only to draw a conclusion as to the existence and uniqueness of the solution, but also to determine it explicitly. We are particularly interested in singular integral equations in La(J) of the form LY fe) wo-2[ Pawo oc ize where JCR is a finite interval or the half axis R'=l0,+ef, Laid) is the space of square-integrable funetiona on J and géLzld) a 8 given function. As we shall see, such equations are equivalent or ean be reduced to equations of the form I pHt-x)a) de = WO ER (2) # where $,y€L2(R*) and k belongs to the space of tempered distributions s' (R). If we identify in a natural way the two spaces Ly(R*) and Lg+(R)={h4f, f €La(R)) (where by hy we mean the characteristic funetion af R*), equation (2) ean be written aa @) To? =yt (o*,w* ELS OR) Tecnica -1/91 ABSTRACT ‘A method to solve singular integral equations in Lo(d), where JCR is an interval, using the generalized factorization of the corresponding symbol, is described. Formulas that allow us to obtain this factorization, in the general case, are presented and the solution of a certain class of singular integral equations is explicitly determined ‘The operator T,, which we shall eall generalized Wiener-Hopf operator with pre-symbola, is defined by a) Totanrlare* ,otenym = where by F we denote the Fourier transform in s'(), and a=Fk is assumed to be an element of L() ‘Thus, to any equation of the form (1) we can associate a funetion a€ La(R)(.e., essentially bounded in R) which turns out to be intimately related to the Fredholm properties and invertibility of the corresponding operator. In particular, once a convenient factorization of the pre-symbol a is achieved, we can garantee the existence and uniqueness of the solution and determine it explicitly. We present here the solution of a singular integral equation of the form (1), with J=R+, as well as a method to study this type of equations in the general Finally notice that, although we have considered here only equations in Lid), singular integral equations in [y(d), 1 0, we say that a is non-singular and we define ind a, as the index of the curve corresponding toa, relative tothe origin. In fact, the pre-symbol a admits @ generalized factorization relative to Ly(R) iff a is non-singular and, in this case, ind ag (cf. [3,2] }. This provides a simple necessary and sufficient condition for the operator T, to be Fredholi or invertible), Ifa is non-singular, the factors a, and ay in (10) can be obtained through the identities (in ay) 4,0 explO+ Py GE) (nay) 17 naga) @_(= explit~) yp — | = ax} 14) xi meee where agai=atn( =) lig lo-s Py=ZUFS,) Qy=ZU-S_) HUD ‘Once these factors are known we can determine the inverse operator (Ty), as indicated in (11), Returning now to equation (1), let us show that it ean be reduced to a Wiener-Hopf equation in Lo(R*), whatever the interval J may be. In the case where J=R*, the equivalence is obvious. Considering (7), it can easily be verified that the operator in the left-hand side of equation (1) can be represented as in (4), with a(t)=-sgn t. Since its symbol fa, corresponds in the complex plane to the segment of straight line connecting the points 2=-1 and z= +1, we immediately deduce that the operator is Fredholm (and invertible) if A€|-1,1]. The explicit solution of eq, (1) ean be obtained as we shall see in the following section. As to the case where J is a finite interval, it is enough to consider J=10,1], Since ¥:L,10,11+L,(8*) (on sept) olepl—9) te R* is an isometric isomorphism from La{0,1] onto La(R*), the singular integral operator Sy defined in Ly(J) by Ly fe s,po-+{ Bae wen 08 i dy xt may be identified with the operator M=aYS,¥~!:Ly(R*) 1,8) (19) explt/2—0) 5 ee T= expe Now, since M can be written in the form M="T,, with, a(t)=th(nt), t€R, equation (1) is equivalent to an equation in L2(R+), of the form Técnica -1/91 with a(t) =A+ thin). Asa final remark, notice that a similar method can be used to reduce equations of the form ro- 2] fa wily peer ee tesacact) toa Wiener-Hopf equation in La(R+), 3. Example : Solution of a Singular Integral Equation in R+ Let us consider the equation 1 wort, Baan sent 00 Tif=e ,a(=A—sgnt ay Assuming A¢{-1,1], @ admits a canonical generalized factorization a=a.a4 where the factors a_and ay can be obtained from the identities (13) and (14) From (13) we have (22) ep (ian)(—it)* where with log 2=In|d-tiargz — ,—nSarg20) on y n* ny) We could use a similar procedure in the case where 1/20) (lei de Faraday), deve difundir de acordo com a 1* lei de Fick chegaram a seguinte expressio para CO(x,t) {12,171 ° oF Cyxy = 0 com = |” exp-2he eauy= 3G |, eshee onde 2 6uma variével auxiliar erfe(y) = 1 —erf(y) Fazendo x=0 na equagdo anterior obtém-se a seguinte expressdo para C(t) con=ce- 2 y= 09 APD através da qual 6 possivel ealcular a variagéo de concentragdo da espécie O & superficie do eléctrodo, cor o tempo, ‘Tendo em conta a definigdo de tempo de transicac apresentada na seccao 1, ter-se-4: c, 0 para Donde, por substituigdo na equagdo anterior, se obtém « seguinte expresso para o tempo de transigo t, que na é mais que uma forma simplificada da equacdo de Sand: Técnica - 1/91 e e v2 we FC} (uD ~ i onde n 6 0 nfimero de electrdes postos em jogo na reacgao electroquimica F éaconstantede Faraday e Do 6 0coeficiente de difusdo da espécie O. Esta expressio de tl/? evidencia que representarmos graficamente t!/2 em fungao de Vi obler-se-4 uma recta que intersecta os eixos na sua origem. Por outro lado podemos ainda dizer que itl? é independente da densidade de corrente i, ¢ 6 um valor constante dado pela expresséo: idl? = nO? (nD 4M” ‘Uma vez que a raiz quadrada do tempo de transigao é proporcional a concentracdo da espécie O em solugdo, © mnétodo cronopotenciométrico a corrente constante, pode ser aplicado em Anélise Quimica para o doseamento desta espécie. ‘Tendo em conta o facto de que ivi’ é um valor constante, o tempo de transigéo real pode ser ajustado por seleccéo adequada da densidade de corrente a Utilizar. Por exemplo, enquanto valores muito baixos Gnferiores a 1 milisegundos) do tempo de transigdo experimental, néo séo adequados, pelo facto da preciso da medida destes ser baixa, valores muito elevados séo também de evitar pelo facto de virem afectados por eventuais vibragées na célula de electrélise, consequentemente, pelo fenémeno da convecséo dai resultante. 2.2 Determinagao experimental Podem usar-se métodos gréficos e electrénicos para a determinagao do tempo de transi¢ao. ‘Em ambos os casos eles sdo empiricos em virtude da falta de descrigdes te6ricas detalhadas, quer da curva de potencial que se segue ao tempo de transi¢ao, quer da curva de potencial correspondente a carga da dupla camada, , no entanto, muito comum usar as determinacées gréficas recomendadas por Delahay e colaboradores [8,18] e esquematizadas nas Figs. 3¢ 4 'O método apresentado na Fig. 3 ¢ aplicével quando os trogos AB e CD séo quase paralelos. Mas nem sempre isto acontece na pratica, sucedendo muitas vezes que tais trogos séo significativamente divergentes, neste caso, 0 método exemplificado na Fig. 48] 60 mais adequado ‘O tempo de transigdo é representado pelo segmento UV, em que V 60 ponto em que se inicia 0 trogo linear da curva potencial-tempo. ‘As dificuldades encontradas na determinagao do tempo de transigéo pelos métodos graficos, aumentam ‘quando as ondas séo distorcidas, ou mal definidas. Em tais casos, houve que desenvolver métodos electrénicos, os quais envolvem a diferenciacao da onda ceronopotenciométrica (19, 20] M.A.G. Martins e C.A.C. Sequeirs Ic tempo figura Determinagho grifica do tempo de tramsicbo, segundo Destayeserstish E Z tempo figured Determinagho grica do tempo de transigéo, segundo Delahaye Mamantov (8) ‘Apresentam-se em seguida alguns estudos eronopotenciométricos tebricos, relatives aos modelos reaccionais mais comuns na pratica. 3 Reacgao de Tranferéncia de Carga Reversivel ‘Trata-se duma reaccdo electroquimica do tipo: O+ne"=R 3.1 Caso em que o reagente e 0 produto sao solaveis No caso em que @ reaccdo electroquimica consists numa transferéncia de carga reversivel ¢ a reacgho 6 controlada por difusdo, a relagdo potencial-concentraghe Técnica - 1/91 43, Aspectos Relevantes de Cronopotenciometria obedece a equagiio de Nernst: C00 fy ©,0,0 Ty onde E* é 0 potencial padrao do eléctrodo e f, ef, séo os coeficientes de actividade das espécies 6 e R, respectivamente. Tendo em conta a eq. de Sand, que relaciona a concentragdo de ambas as espécies a superficie do eléctrodo eo tempo, a equagdo anterior viré = £9 + In 12 o, RT, foPe | Rr? E=E+~ in +—(S-1 ar Tp pe | a \ 2 ou: Esta equagéo mostra que Ey é independente da concentragao da espécie electroactiva e da densidade de corrente, isto é: By, By anc? ‘ani ‘Supondo que os coeficientes de difusio sdo iguais entre si, e que 0s coeficientes de actividade sdo iguais a unidade, tanto para a espécie oxidante, como para a espécie redutora, ter-se-d Ey4=E°, 0 que é verificado experimentalmente, Finalmente, representando E em fungdo de (v'*/t'*1), obtém-se uma recta de coeficiente angular 4 igual a Tink, 3.2 Caso em que o reagente ¢ soliivel e 0 produto 6 insolavel Neste caso pode supdr-se que a actividade da espécie reduzida R é unitaria, isto é C,(0,0) f,=1; entao a equagao E=f (t) pode ser recalculada, conduzindo a i RE uma aFinb,)?!° ante th ls Substituindo t por v4 e considerando f, donde: 4 Reaccao de Transferéncia de Carga Irreversivel Agora a reaccao electroquimica poder-se-a representar por: O+ne +R 4.1 Caso em que o reagente e o produto sdo solaveis A relagao entre o potencial de eléctrodo ¢ a concentragao superficial, no caso duma transferéncia de carga totalmente irreversivel, 6 dada pela equagao seguinte [21] w= FP innek?co,y— 2 ini an,F onde a € o cveficiente de transferéncia de carga da reaesdo de transferéncia de carga irreversivel, néo node electrées envolvidos na reaccao global, ng 6 0 nv de electrées envolvidos no passo de transferéncia de carga determinante da velocidade e K,9 € a constante de velocidade progressiva da mesma reaccéo. A equacao anterior foi derivada desprezando a Feaccao regressiva, isto é, supondo que K,0> > K, 0. Substituindo Co(0,t) pela expressao dada pela ‘equagéo de Sand, ¢ introduzindo a expresso do tempo de transigdo apresentada em 2.1, a qual é também valida para processos irreversiveis, ter-se-4 an,P | 2K? RT i RT a E= In on O grafico E versus In(v1/2-t1/2), é a linha recta de cveficiente angular RT/angF, a partir do qual é possivel caleular a. O potencial no instante t=0 depende de K,?, C9, a, ny € i pelo que 0 valor de K,” pode ealcular-se directamente da equagao anterior desde que os restantes parametros sejam conhecidos, ‘0 potencial de quarto de onda Ey, sera: 0 rr 2Kr Rr, akc%mp)® ue anF Gap anF ai donde Fig ORT Bu RP anc? an,F ani” an,F Conelui-se assim que, desde que o processo seja controlado pela reucgdo de transferéncia de carga irreversivel, o grafico Eyg versus In C’, ou In i, deve ser uma recta de coeficiente angular R'T/an,F. 44 Técnica - 1/91 4.2 Caso em que o reagente é solivel ¢ 0 produto é insoluvel De acordo com a equacio: R p= = nn PKC OD an anF Ri estabelecida por Eyring em 1939 [21], 0 potencial de eléctrodo nao depende de Ca(0,) e por conseguinte todas ‘as equgdes mencionadas em 4.1, so também aplicaveis este caso. 5 Reaccao Electroquimica em Duas tapas Sucessivas Neste caso 0 modelo em estudo €: O, tne" >R, Rt nje7 +R, Se 0, ¢ R, se descarregam a diferentes potenciais de eléctrodo,' observam-se duas ondas no cronopotenciograma, ‘A primeira onda provira da redugéo de O,, a0 potencial de descarga mais elevado. ‘A segunda resultaré da redugao da espécie intermedidria R,, mas incluiré também uma porcao devida & redugdo directa da espécie O,, que ainda se encontra a difundir para o eléctrodo. Devido a esta redugdo simultdnea durante a segunda etapa, o tempo de transigao t, esta relacionado com n, ¢ n,, pela seguinte expresséo: 25 oo nF*Dy Ch HA (2am, +03) Ge YlAnJn,) + (ayn,F1 Equagao esta que, por exemplo, foi verificada experimentalmente, por Berzins ¢ Delahay (221, para a redugao do oxigénio e do ido uranilo, e por Sequeira [23] para a redugdo do titanio em meio fundido Para n,=n, vird v,=8t, (caso, por exemplo, da redugdo do oxigénio) {2}; para n,=2n, viré v,=8t, (easo da redugdo do ido uralino)[22]; para n,=3n, vir = 161, (caso da redugao do titanio)(23) ‘No caso em que a espécie intermedidria é instavel, isto é,em que a 12 etapa é lenta e a 28 etapa é répida, s6 se observa uma onda, cuja duragdo corresponde ao n® de clectroes global, n=n,+n,. No entanto, isto nao signifiea que a reacgdo de eléctrodo se dé numa s6 etapa ou entao: 6 Duas Reagées Electroquimicas Sucessivas No caso de duas reacgées electroquimicas envolvendo substancias diferentes, e cujas espécies oxidantes 0, ¢ 0, M.A.G. Martins e C.A.C, Sequeira se reduzem a potenciais diferentes: O, tne R, 0, + ne" Ry 4 primeira onda que se obtém no eronopotenciograma, sera resultante da redugdo da espécie mais nobre (O,). A onda que se Ihe segue sera proveniente da redugao di espécie mais activa (0,) e da parte da espécie O, que ainda esteja a difundir para o eléctrodo. (0 estudo cronopotenciométrico deste modelo foi desenvolvido por Berzins e Delahay (221, que estabeleceram a seguinte relagao: ogee, aby ) 2 ty? = a Substituindo t, pelo seu valor dado pela equagao de Sand, verifica-se que o tempo de transicao t, é diferente da concentragéo de ambos os oxidantes 0, € 0, ¢ 6 dado pela seguinte expressio: nee 1269 4 ny co a= (a JleaiasPo,o,) v8.08, + "PoC, Representando { (4, +4,)*- 4!" ]em fungao de Co,’ abtem se uma linha recta, qué pode ser utilizada na determinagdo quantitativa de Co, No case em que existem q reacgoes consecutivas (q>2),« portanto 4 espécies oxidadas 0,, O,,.. O,€ 4 oecrlos Pedwridas RR We, Kelley (24 sugetia « generalizagao da equagao anterior, para a seguinte: f(D)” ty tigetty para 0 caso em que todas as espécies séo reduzidas a potenciais suficientemente diferentes, de tal modo que 0 cronopotenciograma obtido exiba q degraus. Neste caso, a soma dos tempos de transigdo de todas as espécies q, (T) encontra-se relacionada com a soma dos tempos de transigdo das (q-1) espécies, através da seguinte expresso: ® co nod (nq ) a OW 2i onde Neste caso a relagao ‘equacaol25}: onde (B)),, 60 potencial de meia onda para o pass 4. Tecnica - 1/91 45 Aspectos Relevantes de Cronopotenciometria © tempo correspondente ao potencial de meia-onda (E,),, €dado por: Representando (T,"" - T,,") versus Co,* obter-se-& uma linha recta, §ue péde ser utilizada para a determinagdo quantitativa de Co,® 7 Reacgao Electroquimica Precedida de uma Reaccdo Quimica Neste caso, 0 modelo em estudo é do tipo: y£o ie O+ne +R onde K' e K" sao as constantes de velocidade dos rocessos progressive ¢ regressivo da reaecio quimica que precede a electroquimica. Podemos considerar dois casos extremos para 0 tratamento deste esquema cinético. A densidades de corrente muito elevadas néo ha tempo para a ocorréncia da transformagao quimica e a quantidade de Y convertida em O durante o tempo t, é desprezével, ‘A densidades de corrente baixas, o consumo lento do oxidante O no eléctrodo, permite a producéo consecutiva de 0, eo sistema comporta-se como se todos 08 reagentes fossem espécies O. Supondo que o coeficiente de difuséo é o mesmo para ‘ambas as espécies Y e O, 0 produto it™™ sera dado por (22) nrc" 12? xeon com K (constante de equilibrio da reacgao quimiea)=K'/K" ou ainda, quando 0 argumento da fungdo erro 6 maior que dois, por [26 nF O(n D)"® a i’? j= ———_ - 2 2 2x(K'+K") C0 (concentragao no seio da solugéo) sera dada por: €° = C(x,0) + C, (0) Neste caso iv!” € uma fungao linear da densidade de corrente, podendo o valor (K'+K")'* ser calculado através do declive desta recta. Um decréscimo do valor de it" com 0 aumento da densidade de corrente permite diagnosticar a ocorréncia uma reac¢do quimica anterior & electroquimica Para tempos de transigao muito curtos, pode estimar: se o valor de K. Isto consegue-se expandindo a fungao de erro da equagao anterior, em série. Considerando que 46 2 («+4 v ag! a im Ina later paper [1] Schroeder showed how to relate is, directly cepstrum and predictor coefficients. We are * 4 going to describe those relations. ce ati nS at @) Let A(z) be a minimum phase polynomial a z c2"= 2 C_z ‘This fact will be useful in the next section, x C27 (2) = A(z). Ale!) i Schroder showed that the cepstrum can be computed re from (3) with with n= 1,2,..and the sum is tobe taken over k= en ay N) such that, N In order to apply the previous results we have to (4) ransform (2) into a minimum or a maximum phase polynomial, Rewrite (10) as: On the other hand, predictor coefficients, can be computed from the cepstrum by: R@= S. (2-"42") (12) a (3) Let T bea lower triangular matrix such that: 1 1 ate! (6) 13) It is not hard to conclude that the cepstrum polynomial corresponding to a maximum phase polinomial A (2"), 2" 42" ( i ate This matrix is easily obtained recursively and itw ‘igi erage para puBTCaGTS em de Dezembo de 1990 elements are given by: Técnica - 1/91 55 A Nonrecursive Cepstral Factorization Algorithm. For example with n=6 we obtain: o i0 (14) 4-1 =a eon j=0,i=2 with T,,=T,,=1and7,,=0. For example, ifn=6, we have: 10 0 ot -20 1 0-301 20-401 0 50-5010 -20 9 0 -601 Using (14) and with the change of variable defined by Co) w=2te! R(z) is converted in s Rw) => yu! =o (16) were Yo "0 ay ‘The algorithm we are going to describe is valid only if the system is minimum or maximum phase. We have to find the root distribution. If R(w) is minimum or ‘maximum phase, we ean apply it ‘We do not lose generality in normalizing y, to 1. ‘This leads to the possibility of a direct application of Schroder's formula (3) to obtain the cepstrum C¥(2). To ‘obtain C2), the cepstrum corresponding to R(2) we have to use the inverse T! of T. T* is recursively computed and it is given by: 10 o o1 201 0301 60401 01005010 20 0 150601 with this transformation it is a simple task to get C'(z) from CY%(w): As % cy to) Cc, cl wehave ola Sct(e427!)"@Dof(e4e-") Ter" 20 T 7 a ‘The use of (5) allows us to obtain a, (n=1,..., N). Ibis not hard to conclude that the algorithm remains valid if all the zeros of A(z) are on the unit circle, but are not real 3 Conclusions ‘The algorithm we have just proposed may be an alternative to the usual factorization algorithms at least for values of N not very high. However, the computational cost may be too extensive in high order values, References a Schroerder, M.R.(1981). Direct (Nonrecursive) o i0 (18) Coefficients, IEEE Trans. on ASSP, 29, 2 April jot [2] Abramowitz, M. and Stegun, I,A.(1965), Handbook ore, Fenteo of Mathematical Functions, New York, Dover init 56 Técnica - 1/91 LABORATORIOS EDP AO SERVICO DE TODOS CONTACTE-NOS SEVER KOR LH 230) au cen eC) TyTeStaT COMEMORACOES DOS 80 ANOS COTO EOD MINCE T(E) AO SOLENE DE 24 DE MAIO DE 1991 cee MELEE EAN cent Ty} SSN Rael as tor ORE MCE RE ate SCE EE PRS LEO Sea UM LL oh eT OE CONT Ce eS CELE ant ot en teterneret enh D yO UIE Nar RenmnU raat i ee erent Recital de Piano eee ee es feo ODO ees eNOS OES nate Fue SIE Un See eee Een Sa ete tet Duero tay Airey Lee eng Numero Especial da Revista Técnica Suplemento Especial de «O Expresso» era na OY AMOS.

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