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A construo civil costuma refletir o desempenho da economia de um pas.

Se as
obras esto paradas, alguma coisa no vai bem no cenrio nacional. Mas se os
canteiros pulsam, h a certeza de um perodo de bonana. No toa, o setor vive
atualmente um momento delicado no Brasil. Em meio a um ambiente recessivo, um
dos principais motores da atividade econmica apresenta sinais claros de
enfraquecimento: as demisses comearam e as projees para 2015 so de forte
queda.
Especialistas acreditam que o perodo promissor da construo civil, observado
principalmente entre 2007 e 2010, chegou mesmo ao fim. Nas obras de
infraestrutura, no mercado imobilirio e no varejo, a estagnao da economia
derrubou a demanda e interrompeu de vez o ritmo acelerado de contrataes e
investimentos.
Desde abril de 2014, o nmero de vagas vem caindo, constata o presidente da
Cmara Brasileira da Construo Civil (Cbic), Jos Carlos Martins. Somente nos
ltimos cinco meses, foram fechados 250 mil postos de trabalho, nmero
significativo para um setor que emprega cerca de 13 milhes de pessoas em toda a
cadeia produtiva. Em 2014, setor encolheu 2,6%. Este ano, a queda estimada ser
de 5%. A situao vai piorar. No esto previstas contrataes para os prximos
meses.
A tendncia de que a construo civil siga degringolando se a economia no
mudar de rumo. Na avaliao de Martins, os investimentos devem cair,
especialmente por conta da operao Lava-Jato, da Polcia Federal o investigado
esquema de corrupo na Petrobras que atingiu as maiores empreiteiras do pas.
O empresrio investe se o pas voltar a crescer. Se o setor pblico no fizer a parte
dele, as empresas tambm no faro, afirma.

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