Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Patrocnio:
Realizao:
A GUARDI DA FLORESTA
Cleusa Sarzdas
A GUARDI DA FLORESTA
Cleusa Sarzdas
A Ursinha Julinha morava sozinha em uma casa
de papel. De papel amassado e misturado com gua e
ltex, um suco leitoso extrado de uma rvore, a seringueira. Com essa mistura, ela levantou paredes e
teto to fortes que a chuva e o vento no derrubavam.
Dentro, o ar circulava fresco e agradvel devido a
pequenos orifcios feitos no alto de todas as paredes.
Os mveis eram de cip tranado e forrados com folhas secas achadas no cho.
A ursinha muito trabalhou para ter seu lar e,
toda prosa, agradecia cada elogio que recebia dos
amigos que viviam na floresta.
Faceira, saa a passear com grande lao na
cabea, feito de folha comprida, na cor amarela. Outro lao contornava-lhe a cintura e nos ps calava
sandalinha de cip macio, na cor verde. Todas as tardes ia floresta colher alimentos para armazenar e
usar na poca do frio.
resta. L chegando, reuniu o pessoal, exps a situao e planejou um ataque aos racionais. Julinha comandava a ao como um general. Os animais passaram por trilhas e alcanaram o bando se preparando
para a destruio. As serras prontas para derrubar as
grandes rvores, que cairiam sobre as pequenas, provocando grande vazio na vegetao.
A ursinha, muito esperta, disse aos companheiros: Vamos atac-los em bando. Os menores
iro na frente, os rasteiros subiro pelas suas pernas,
tomando conta de todo o corpo deles e os maiores
chegaro em seguida. Os macacos jogaro frutos
maduros sobre eles e os pssaros faro coc em suas
cabeas. Enquanto isso, arrastaremos as serras para
dentro do rio. Se, mesmo assim, no forem vencidos,
usaremos a corneta e chamaremos nossos irmos
maiores, que os expulsaro daqui.
Quando os racionais ligaram as serra, os animais pequenos os atacaram em bando. Foi uma loucura! Tentaram livrar-se deles, mas o pavor cresceu
quando tiraram as roupas, num frenesi, e viram seus
corpos cobertos de criaturas rastejantes. Os pssaros
os bicavam e o coc mole escorria-lhes pelo rosto;
frutas atiradas das rvores se desfaziam sobre eles.
Os racionais pulavam, gritavam e se debatiam de
pavor, mas no conseguiam se livrar dos teimosos
bichinhos com tantas perninhas. No mais suportando as ferroadas, eles caram inertes no cho.
As serras foram jogadas no fundo do rio. Os
animais maiores ficaram aguardando o despertar dos
FIM