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Título
Transplante de Xaxim
Resumo
Palavras-chave
Assunto
Samambaias
Demanda
Solução apresentada
O Xaxim é uma planta arborescente, com caule rígido e espesso, ereto e fibroso (FIG. 1),
podendo atingir de 2 a 4 metros de altura, com folhagem ornamental e crescimento bastante
lento (LORENZI; SOUZA, 2008).
CULTIVO ORNAMENTAL
Para o cultivo fora do habitat natural, segundo Lorenzi; Souza (2008), o Xaxim se dá à meia-
sombra ou a sombra e em terra fértil, mantida umedecida. A planta é bastante resistente ao
frio.
O Xaxim é uma das maiores samambaias nativas do Brasil, e sua multiplicação se dá por meio
dos esporos (unidade de reprodução da planta) e também por gemas (local de crescimento)
separadas com um pequeno bloco de tronco. O próprio tronco pode regenerar a planta
(LORENZI; SOUZA, 2008).
Em projetos de paisagismo, o ideal é que o Xaxim seja disposto em maciços, reproduzindo sua
condição natural. Por se tratar de uma planta perene, isto é, tem ciclo de vida longo, não
necessita de replantio. É importante verificar a procedência da muda de Xaxim no momento da
compra, certificando-se de que o estabelecimento é autorizado para venda e que a muda não
tenha origem em mata nativa.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
O Xaxim, por ser uma espécie nativa do Bioma Mata Atlântica, e estar ameaçado de extinção,
não pode ser manejado em seu habitat natural sem prévia autorização do órgão ambiental
competente, assim como outras diversas espécies que se enquadram na mesma situação,
conforme dispõe o Artigo 11, Inciso I, da Lei Federal 11.428 de dezembro de 2006, que dispõe
sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras
providências.
I - a vegetação:
As legislações estaduais podem variar dependendo da região, mas somente poderão ter
restrição igual ou maior que a legislação federal, como é o caso da Lei Estadual 9.519, de 21
de Janeiro de 1992, que institui o Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul, que no seu
Artigo 31, restringe completamente o corte e a supressão do Xaxim, conforme segue:
As legislações municipais também poderão variar de acordo com o Estado onde estão situados
os municípios, podendo ser mais restritivas ou iguais à legislação Estadual.
TRANSPLANTE
• Caso necessário através de poda, reduzir a copa, mantendo a forma natural da planta.
Se o plantio não for imediato, aplicar nas partes podadas uma solução pastosa com adesivo, a
base de sulfato de cobre para evitar a instalação de fungos (PORTO ALEGRE, 2008);
• Após o plantio, a cova deve ser coberta de terra, de modo que todas as raízes fiquem
cobertas. A compactação da terra deve ser suave para permitir a aeração do solo. A primeira
Após o plantio terá inicio o período de manutenção que se estende por quatro meses. Neste
período a irrigação deve ser feita três vezes por semana, além do controle de pragas e revisão
da escora, caso utilizado. A manutenção periódica é a próxima fase e compreenderá poda,
adubação e irrigação até a total adaptação e consolidação da planta. Esta atividade deverá ser
mantida por um período de 18 meses (PORTO ALEGRE, 2008).
Segundo CESP, (1986) apud Borges, (2000), existem espécies tolerantes ao transplante em
qualquer fase de sua vida, mesmo adultas e com um porte bastante avantajado, outras, porém,
são altamente suscetíveis, não o aceitando, mesmo quando jovens. Por isso, o êxito de um
transplante estará condicionado a estes principais fatores limitantes: a espécie a que pertence
o vegetal, suas condições de vigor e sanidade, seu porte, sua idade, e sua capacidade de
resistir às perdas de água.
Conclusões e recomendações
A lista completa da flora brasileira ameaçada de extinção está disponível para consulta
conforme referência a seguir:
Ao adquirir uma muda de planta nativa, certifique-se que está originou-se de plantas cultivadas
e não foi extraída do ambiente natural. Ao adquirir vasos e substratos para cultivo de plantas
ornamentais, prefira os substitutivos ao Xaxim, como os vasos de fibra de coco e os substratos
naturais de palha de coco, ardósia, entre outros. Desta forma contribuir-se para a preservação
da espécie e na defesa contra o comércio ilegal de plantas nativas.
Fontes consultadas
Gomes, G. S. et al. Variability in the germination of spores among and within natural
populations of the endangered tree fern Dicksonia sellowiana Hook. (Xaxim). 2006.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-
89132006000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 21out. 2009.
RIO GRANDE DO SUL. Lei Estadual n. 9.519, de 21 de Janeiro de 1992, Disponível em:
<http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/lei_9519.htm>. Acesso em: 21 out. 2009.
Elaborado por
Data de finalização
21 out. 2009