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“Motivações Eternas”

Fui convidado no dia 22 de Fevereiro na ocasião do lançamento do livro sobre os Dalits a fim da
Missão Desafio ser parceira na construção de uma escola lar para eles na Índia, e simultaneamente
na preparação de uma nova arrancada do projeto Neemias, idealizado e iniciado pela Convenção do
Estado de São Paulo, na pessoa do Pr. Luiz Fernandes Bergamin, que se dará no Simpósio de
Missões deste ano, na liderança do Pr. Joel Stevanatto.

Pensando e orando a respeito destes projetos fui inspirado pelo Espírito Santo para este assunto,
vendo o desprendimento dos seus idealizadores, cooperadores, os que divulgam e parceiros
financeiros. Muitas pessoas e muitos líderes em todas as áreas de nosso tempo, tem feito grandes
obras, e por conseqüência tem alcançado grande visibilidade nacional e internacional. Mas o que
desejo ressaltar é com que motivação elas são realizadas, quando na bíblia esta escrito: (1 Co 10.31)
“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de
Deus.

Fazer qualquer obra sem o propósito correto é desperdício de trabalho, pois se recebemos o
reconhecimento e os aplausos terrenos, desperdiçamos a oportunidade de receber a aprovação de
Deus nesta vida e depois na eternidade. Temos um tremendo personagem bíblico chamado Moisés,
que recebeu a aprovação terrena, mas perdeu a divina. Este líder por excelência deixou-se levar pelo
velho temperamento revelado lá no Egito, e preconiza na ocasião, um milagre espantoso, porém
recebeu a glória para si e esqueceu-se de oferecê-la a Deus. Sua reputação estava em jogo, pois o
povo murmurava por falta de água contra seus líderes. Ele ora para saber o que fazer e recebe a
pronta resposta: (Nm 20. 7,8) E o SENHOR disse a Moisés: “Pegue a vara, e com o seu irmão Arão
reúna a comunidade e diante desta fale àquela rocha, e dela verterá água…”. Olha só, que magnífica
oportunidade de fazer uma obra dentro dos propósitos eterno, mas o que acontece?

(9-11) Então Moisés pegou a vara que estava diante do SENHOR, como este lhe havia ordenado.
Moisés e Arão reuniram a assembléia em frente da rocha, e Moisés disse: “Escutem, rebeldes, será
que teremos que tirar água desta rocha para lhes dar?” Então Moisés ergueu o braço e bateu na
rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a comunidade e os rebanhos beberam.

1) Ele obedece e pega a vara de diante do Senhor.

2) Repreende o povo com veemência fazendo uma pergunta um tanto arrogante: Escutem, rebeldes,
será que teremos que tirar água desta rocha para lhes dar?”. Ele não fala que Deus operaria o
milagre, mas sim eles.

3) O erro fatal: Bate na rocha com a qual deveria falar, para que Deus fosse glorificado e
profeticamente ele estava falando sobre a rocha eterna que seria Jesus o redentor e não
simplesmente a operação de mais um milagre onde demonstrava a força do líder.

Milagres para Deus não são novidades, assim como boas e grandes obras, pois Ele é o eterno que
tudo pode. Por este procedimento Moisés perde a bênção de conduzir o povo a terra de Canaã.
Então como é que as coisas funcionam? Nenhuma obra humana é traduzida em linguagem
convincente a Deus a não ser o que é feito motivado pelo amor. Em 1 Co 13.1-3, entendemos que
nada feito através dos dons como, linguagem dos homens e dos anjos, profecias, conhecimento de
todos os mistérios e de toda a ciência e ter tamanha fé que chegue a transportar montanhas, a
distribuição por alguém de todos os seus bens, assim como sua auto-flagelação, ainda que tudo isto
seja feito e manifesto por alguém sem ser motivado pelo amor, não terá valor algum para Deus.

Moisés estava com motivação errada, sua preocupação não era a glorificação a Deus mas sim sua
reputação de líder. Aqueles que fazem motivados pelo amor, não acham que o trabalho é pesado
ainda que sofram, suportando sem deixar o amor perecer, sabendo que de tudo o que o homem faz
debaixo do sol é como correr atrás do vento é vaidade (oco), mas o resultado final para aqueles que
são motivados pelo amor é fazer para a glória de Deus, porque no final de toda a obra o que sobra é
isto: “fé, a esperança e o amor, O maior deles, porém, é o amor.

Naquela ocasião eu me reportei, que vantagem tem em fazer algo pelas crianças indianas ou pelas
crianças abandonadas aqui no Brasil? Só sendo motivado pelo amor, pois este tipo de ação não dá
ibope, mas sim muito trabalho e não poucas aflições, Deus abençoe aos nossos amados que se
empenham em tão digna empreitada. Não devemos trabalhar somente para que os homens nos
vejam, ou para sermos aplaudidos nesta vida, mas para ser aprovado pelo Senhor, e certamente Ele
que tudo vê não nos deixará sem sua benção eterna e seu extremado cuidado, porque? “Pois o meu
jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt 11.30).

Faça, contribua sem parcimônia e certamente recolherás muito mais logo ali na frente, pois fazê-lo
para o Senhor não é pesado.

Pastor Ivan Nunes


Presidente do Conselho Nacional

Fonte: Conselho Nacional

www.obpcpiracicaba.blogspot.com

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