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Espiritismo
Dalmo Duque dos Santos
Ressurreição de todos
José Reis Chaves
Jesus foi ressuscitado por Deus (At 5,30), que nos ressuscitará a todos,
também. A ressurreição não é, pois, um privilégio só para Jesus. E ela é
do espírito e perispírito, inclusive a de Jesus. “...morto, sim, na carne,
mas ressuscitado no espírito” (1 Pedro 3,18, e 1 Co 15,44). ”. E o espírito
tanto ressuscita no mundo espiritual, como na carne (reencarnação), até
que ressuscite em definitivo no mundo espiritual, de outras dimensões.“Ao
vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais
sairá...”(Ap.3,12). E é isso o que querem dizer os teólogos cristãos,
quando afirmam que Jesus nos precedeu! As aparições Dele são
materializações, de que há vários outros exemplos bíblicos. Os anjos,
além de se materializarem em episódios bíblicos, a exemplo de Jesus, até
comiam também (Gn 19,3). E vemos esses fenômenos de materializações
em todas as culturas, comprovados por grande número de cientistas
renomados.
Fragmentos de
Kardec
Orson Peter Carrara
Para concluir, nada melhor que trazer aos leitores Uma Prece de Allan
Kardec, também extraída de Obras Póstumas, onde podemos sentir toda
grandeza d’alma deste nobre espírito: “Senhor! Se vos dignastes lançar os
olhos sobre mim, para satisfazer os vossos desígnios, seja feita a vossa
vontade! A minha vida está em vossas mãos disponde do vosso servo.
Para tão alto empenho, eu reconheço a minha fraqueza. A minha boa
vontade não faltará, mas podem trair-me as forças. Supri a minha
insuficiência, dai-me as forças físicas e morais, que me sejam necessárias.
Sustentai-me nos momentos difíceis e com o vosso auxílio e o dos vossos
celestes mensageiros esforçar-me-ei por corresponder às vossas vistas”.
Recorramos à Bíblia.
Mas havia Lot, sua esposa e as duas filhas. Eles não eram maus e seriam
livrados da catástrofe divina. Na hora da fuga de Sodoma, a mulher de
Lot, vencida pela curiosidade, olha para trás e vira estátua de sal. Sobram
o pai e as duas donzelas, que vão morar numa gruta. Lá, elas
embebedam o genitor, com ele mantêm relação sexual e ficam grávidas.
As crianças que nascem são, ao mesmo tempo, filhos e netos de Lot.
O rei Davi, autor das decantadas maravilhas dos Salmos, seduz Betsabá,
espoça do seu general Urias. Ela fica grávida, ele manda buscar o marido
que lutava na guerra, para que a infiel, dormindo com ele, o convencesse
de que gerara o filho que já estava no seu ventre. Urias a evita,
argumentando que não podia usufruir prazeres enquanto seus camaradas
sofriam e morriam nos combates. O soberano, então, o devolve à frente
de batalha, levando uma ordem secreta ao comandante geral do exército,
no sentido de que envie Urias para a morte, e é prontamente obedecido.
Salomão, o mais sábio dos homens, era casado com a filha do faraó e
mantinha um harém com 300 concubinas e 700 princesas.
Até o próprio Jesus teve problemas em família. Seus irmãos - São Mateus
cita quatro, nominalmente: Tiago, José, Simão e Judas, e fala em irmãs -
não o consideravam. São Marcos relata que seus irmãos tentaram
expulsá-lo da Judéia, considerando-o louco.
As penas futuras
segundo o
Espiritismo
Octávio Caúmo Serrano
No capítulo VII da primeira parte do livro “O Céu e o Inferno”,
encontramos interessantes questões sobre a vida futura.
Para ser ditoso o espírito necessita da perfeição. Como isso é raro neste
mundo, é fácil concluir-se que a erraticidade que circunda o planeta é
ainda um vale de lágrimas, semelhante ao mundo material. É essa
comunidade que nos rodeia e influencia os nossos pensamentos, exigindo
de nós muita oração e vigilância.
Estas notícias deixam claro que não há castigo de Deus porque Deus é a
Lei. Não pune nem dá prêmios. Toda imperfeição, e as faltas dela
nascidas, embute o próprio castigo em condições naturais e inevitáveis.
Assim como toda doença é uma punição contra os excessos, como da
ociosidade nasce o tédio, não é necessária uma condenação especial para
cada falta ou para cada pessoa em particular. Quando segue a lei o
homem pode livrar-se dos problemas pela sua vontade. Logo, pode
também anular os males praticados e conseguir a felicidade.
Quando falta ao espírito a crença na vida futura, fica difícil ele lutar por
algo que não acredita e, nesse caso, pratica o mal sem preocupar-se com
futuras conseqüências. Por isso, é comum aos espíritos atrasados
acreditarem que continuam vivos, materialmente, mesmo após a
desencarnação. Continuam com as mesmas necessidades que tinham
quando eram humanos. Sentem fome, frio e enfermidades, como qualquer
encarnado.
- O que tiver que ser, será.. Deus me abrirá as portas que julgar
necessário.
Ou ainda:
Tal maneira de pensar é totalmente falsa. Jesus, há quase dois mil anos já
nos advertia: "Estreita é a porta que conduz à Verdadeira Vida”.
Porque ao contrário do que imagina, coisa alguma se lhe cairá aos pés.
Evolução é, muito ao contrário do que imaginam quase todos os que ainda
não conhecem a Doutrina Espírita, Evolução é uma opção.
Meditações acerca da
inteligência
Hermínio C. Miranda
- “Ele quase sempre nos guia e algumas vezes com mais segurança do
que a razão. Nunca se transvia”. (Os destaques são meus,
evidentemente).
Mas, nestas reflexões, por mais atraentes que sejam, nos afastamos um
pouco do nosso tema. Ou não?
Seria interessante, por exemplo, desdobrar ainda mais este aspecto para
examinar o papel que desempenha nisso tudo a memória, ou, ainda, a
intuição, mas seria ir muito longe num artiguete como este, que pretende
apenas levantar questões para estudo, sem a tola pretensão de resolvê-la.
Revelação e Evolução
Juvanir Borges de Souza
Por que assim aconteceu? Por que não teria dado Jesus, invariavelmente,
o ensino claro, despido do véu da letra?
Novo enviado celeste virá à Terra. Não sabemos da época exata de tal
evento. Todos os que aceitam a mensagem crística precisam estar
vigilantes, para não se deixarem envolver pelos cânticos dos falsos Cristos
e falsos profetas.
O homem foi o último ser da escala animal a vir habitar a crosta terrestre.
Antes dele, em milhões e milhões de anos, muitas espécies de animais e
vegetais surgiram e desapareceram da face do orbe.
“Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém o sabe, nem os anjos que
estão no céu, nem o Filho, mas somente o Pai.” (Marcos, cap. XIII, v.
32.)
As palavras de Jesus não ficarão sem cumprimento integral, eis que elas
se constituem no caminho e na verdade.
A segunda vigília começa com a Era Nova. Ele virá pela segunda vez,
então para presidir à colheita, “separar os bodes das ovelhas” e mostrar
toda a Verdade.
Trabalho e Evolução
Alberto de Souza Rocha
- Meti Pai trabalha cem cessar E Eu também trabalho." - terá dito o Mestre
dos Mestres. E em "O Livro dos Espíritos" (questão 676) muito
apropriadamente lemos: "Sem o trabalho, o homem permaneceria na
infância intelectual.”
Vida e Evolução
Ivan Régis de Arruda Frota
A Ciência atual estima que o Homem primitivo deve ter surgido em algum
ponto da escala evolutiva situado entre o "Honro Erectus" e o "Honro
Sapiens". Obviamente, as datas e as classificações aqui mencionadas não
podem ser tomadas com rigor absoluto, embora possuam certo consenso
cientifico. Este é um campo no qual tanto a Ciência como a Doutrina
Espírita ainda tem muita a revelar.
Mediunidade no
tempo de Jesus
Paulo da Silva Neto Sobrinho
Introdução
A mediunidade e Jesus
“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam
prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham
cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e
açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de
governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para
eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem
preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa
hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não
serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará
através de vocês”. (10,16-20).
A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem
que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho,
porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as
serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do
dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.
A mediunidade no apostolado
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos
os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com
Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse
derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas
estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34),
daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a
um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em
suas expressões de religiosidade.
Em Atos 8, 17-18:
Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da
região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João,
ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de
que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse
as mãos, também recebessem o Espírito Santo.
Conclusão
O verdadeiro espírita
Jamil Salomão
Que é Deus ?
Paulo Roberto Martins
Kardec já tomava por base que para iniciar e ter total empenho nas suas
pesquisas espíritas, nunca seria demais a máxima frieza e o sistemático
controle das paixões evitando descambar-se para a religiosidade muito
forte da época, para a curiosidade pueril, para a sede do sobrenatural ou
quaisquer manifestações deste gênero. Tanta convicção tinha neste
comportamento que mais adiante advertiria os seus seguidores: "O
Espiritismo será científico ou não subsistirá".
Nosso sistema solar faz parte de uma pequena galáxia conhecida por Via
Láctea, um aglomerado de cerca de 100 bilhões de estrelas, com pelo
menos cem milhões de planetas e conforme os astrônomos, no mínimo
cem mil com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a
nossa.
Não seria melhor tentarmos entender uma concepção mesmo que não a
conheçamos bem? Como por exemplo: o que sabemos a respeito do que
somos (espírito)? Qual a imagem fiel que temos do mesmo? Ninguém
sabe, ou melhor, conhecemos bem o corpo material, e relativamente o
periespiritual, mas não o espírito. Conforme Allan Kardec, o espírito é
alguma coisa formado por uma substância, mas cuja matéria, que afeta
nossos sentidos, ele não nos pode dar uma idéia.
Nem oito, nem oitenta, o Espiritismo deve ser o fiel da balança das leis
morais e deixar as carolices ou impertinências dos ideólogos quixotescos
que pensam revolucionar o mundo, no disparatar acidulante da
verborragia desvairada no matraquear desnecessário dos propagadores da
discórdia.
E para encerrar:
Comunicação com os
mortos na Bíblia
Introdução
“Esses fenômenos ... não são mais sobrenaturais que todos os fenômenos
aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos
numa outra época. Todos os fenômenos espíritas, sem exceção, são a
conseqüência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza,
poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas
que a observação demonstra estar na ordem das coisas”. (p. 401).
A primeira coisa que teremos que buscar para apoio é algo que venha nos
dar uma certeza da sobrevivência do espírito, pois ela é a peça
fundamental nas comunicações. Leiamos:
Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos eram
fatos corriqueiros na vida dos hebreus. Por outro lado, quase todos os
povos, com quem mantiveram contato, tinham práticas relacionadas à
evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada
necromancia. O Dicionário Bíblico Universal nos dá a seguinte explicação
sobre ela:
A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tinha poderes para
fazer consultas a Deus, ou receber da divindade as revelações que
deveriam ser transmitidas ao povo. Em razão de querer a exclusividade
das consultas a Deus, por meio dos profetas, é que Moisés disse que:
“Javé seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em
seu meio, e vocês ouvirão”. (Dt 18,15). Elucidamos essa questão com o
seguinte passo: “Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar
a Deus, costumava dizer: 'Vamos ao vidente'. Porque, em lugar de
'profeta', como se diz hoje, dizia-se 'vidente'”. (1Sm 9,9). O que é vidente
senão quem tem a faculdade de ver os espíritos? Poderá, em alguns
casos, ver inclusive o futuro, daí a idéia de que poderia prever alguma
coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta. Podemos
confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, pela explicação
dada à passagem Dt 18,9-22:
Dito isso, podemos agora concluir que Moisés não era totalmente contra o
profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que
davam a essa faculdade. Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma
com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11,
24-30:
Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso
da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos
fizessem como eles.
Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de
como nos comportar diante deles, para sabermos suas verdadeiras
intenções. Citamos: “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas
examinai os espíritos para ver se são de Deus,...” (1 Jo 4, 1).
Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contato com os
espíritos. De fato, já que podemos confirmar isso com o Apóstolo dos
gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade),
conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14).
Nela ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de
falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade
senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-
las.
Inicialmente, se diz que Saul consultou a Javé, como não obteve resposta,
resolveu então procurar uma necromante para que, pessoalmente ,
pudesse consultar-se com um espírito. Isso foi o que dissemos sobre uma
das razões da proibição de Moisés. Saul diante da necromante foi
taxativo: quero que adivinhe o futuro evocando um morto. Aqui é o
próprio rei que vai consultar-se com um morto, pelo motivo de querer
saber o futuro. Se os mortos nunca tivessem revelado o futuro, estaria o
rei numa situação ridícula dessa?
Com isso, fica fácil entender por que Saul, após certificar-se de que
Samuel-espírito estava ali, se prostra diante dele (v. 14). Atitude própria
de quem endeusava os espíritos e, conforme já o dissemos anteriormente,
esse foi um dos motivos pelo qual Moisés proibiu a comunicação com os
mortos.
A frase “Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim” tem
a seguinte tradução em outras Bíblias: “O Senhor fez como tinha
anunciado pela minha boca”, do que podemos concluir que naquele
momento não estava falando pela sua boca, usava a boca da mulher, pela
qual confirmou o que tinha falado a Saul quando vivo, não deixando então
nenhuma dúvida que era mesmo Samuel-espírito quem estava ali.
Estamos dizendo isso, porque com algumas interpretações distorcidas,
bem à moda da casa, querem insinuar que quem se manifestou foi o
demônio. A isso, poderemos, além do que já dissemos, colocar para
corroborar nosso pensamento uma explicação dada a 28,15-19:
Ao que parece, a consulta aos mortos era fato tão corriqueiro, que, às
vezes, era esperada, conforme podemos ver em Isaías:
Isaías até sabia o que iriam dizer, realidade da época, com certeza.
Quanto à expressão seus deuses, explicam-nos que equivale a os
espíritos dos antepassados (Bíblia Sagrada, Ed. Ave Maria, pág. 950).
O que vem reforçar a justificativa para a proibição de Moisés, que buscava
fazer o povo hebreu aceitar o Deus único. Interessante que essa
passagem irá nos remeter a uma outra, que fala exatamente dos
antepassados, como uma explicação que nos ajudará a entendê-la.
Vejamo-la:
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os
levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou
diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram
brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias,
conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus:
"Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas:
uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias." Pedro ainda estava
falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da
nuvem saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho amado, que muito me
agrada. Escutem o que ele diz." Quando ouviram isso, os discípulos
ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se
aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se, e não tenham medo." Os
discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser
somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: "Não
contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha
ressuscitado dos mortos".(Mt 17,1-9).
Podemos ainda ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a
comunicação com os mortos, só disse aos discípulos para não contassem
a ninguém sobre aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua
ressurreição. E se ele mesmo disse: “tudo que eu fiz vós podeis fazer e
até mais” (Jo 14,12) os que se comunicam com os mortos estão seguindo
o exemplo de Jesus. Os cegos até poderão ficar contra, mas os de mente
aberta não verão nenhum mal nisso.
Conclusão
Rio de Janeiro - RJ
Com Jesus
Estes e os demais temas abaixo formam a nossa página sobre o Espiritismo, elaborada a partir das perguntas
que nos são mais frequentemente endereçadas. Para um estudo completo, indicamos consulta aos livros da
Codificação Espírita.
.
01. ESPIRITISMO
02. ESPIRITISMO OU ESPIRITUALISMO?
03. O QUE É ESPIRITISMO?
04. QUEM FOI ALLAN KARDEC?
05. ESPIRITISMO NO MUNDO
06. ESPIRITISMO NO BRASIL
07. O ESPIRITISMO E AS RELIGIÕES AFRO-
BRASILEIRAS
08. BEZERRA DE MENEZES
09. EMMANUEL
10. ANDRÉ LUIZ
11. FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
12. DIVALDO PEREIRA FRANCO
13. MOVIMENTO ESPÍRITA
14. UNIFICAÇÃO ESPÍRITA
15. O ESPIRITISMO E O FUTURO
"Fé inabalável só é a que pode encarar
a razão, face a face,
em todas as épocas da Humanidade." -
ALLAN KARDEC
01. ESPIRITISMO: O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio
de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas
relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa
sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes
da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje
incompreendidos e, por isso, relegados para o domínio do fantástico e do
maravilhoso. É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí
vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente
interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo
fácil.
A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo
Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas
não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado,
não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os
pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários.
É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo
espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes
tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera.
Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o
Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” Nada ensina
em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em
termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem
cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das
coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o
anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra. (Fonte: O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, nº 5 O Espiritismo)
"O Espiritismo esclarecido, como o é hoje, procura destruir as idéias supersticiosas, mostrando
o que há de real ou de falso nas crenças populares, denunciando o que nelas existe de absurdo,
fruto da ignorância e dos preconceitos.
O sobrenatural desaparece à luz do facho da Ciência, da Filosofia e da Razão, como os deuses
do paganismo ante o brilho do Cristianismo. Sobrenatural é tudo o que está fora das leis da
Natureza, O positivismo nada admite que escape à ação dessas leis; mas, porventura, ele as
conhece a todas?
Em todos os tempos foram reputados sobrenaturais os fenômenos cuja causa não era
conhecida; pois bem: o Espiritismo vem revelar uma nova lei, segundo a qual a conversação
com o Espírito de um morto é um fato tão natural, como o que se dá por intermédio da
eletricidade, entre dois indivíduos separados por uma distância de cem léguas; o mesmo
acontece com os outros fenômenos espíritas.
O Espiritismo repudia, nos limites do que lhe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora das
leis da Natureza; ele não faz milagres nem prodígios, antes explica, em virtude de uma dessas
leis, certos efeitos, demonstrando, assim, a sua possibilidade. Ele amplia, igualmente, o domínio
da Ciência, e é nisto que ele próprio se torna uma ciência; como, porém, a descoberta dessa
nova lei traz conseqüências morais, o código das conseqüências faz dele, ao mesmo tempo,
uma doutrina filosófica.
Deste último ponto de vista, ele corresponde às aspirações do homem, no que se refere ao seu
futuro; e como a sua teoria do futuro repousa sobre bases positivas e racionais, ela agrada ao
espírito positivo do nosso século." - ALLAN KARDEC (O que é o Espiritismo)
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Esta questão, que muitas vezes confunde inclusive aos espíritas, é respondida aqui
pelo próprio Allan Kardec e inserido no Opúsculo " O que é o Espiritismo":
A. K. — De há muito tem já a palavra espiritualista uma acepção bem determinada; é
a Academia que no-la dá: Espiritualista, aquele ou aquela pessoa cuja doutrina é
oposta ao materialismo.
Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Aquele que
crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não
implica a crença nos Espíritos e nas suas manifestações. Como o podereis distinguir
daquele que tem esta crença? Ver-vos-eis obrigado a servir-vos de uma perífrase e
dizer: É um espiritualista que crê ou não crê nos Espíritos.
Para as novas coisas são necessários termos novos, quando se quer evitar
equívocos. Se eu tivesse dado à minha Revista (Rèvue Spirite - nota nossa), a
qualificação de espiritualista, não lhe teria especificado o objeto, porque, sem
desmentir-lhe o título, bem poderia nada dizer nela sobre os Espíritos, e até
combatê-los.
Já há algum tempo, li num jornal, a propósito de uma obra filosófica, um artigo em
que se dizia tê-la o autor escrito do ponto de vista espiritualista; ora, os partidários
dos Espíritos ficariam singularmente desapontados se, confiantes nessa indicação,
acreditassem encontrar alguma concordância entre o que ela ensina e as idéias por
eles admitidas.
Se adotei os termos espírita, espiritismo, é porque eles exprimem, sem equívoco, as
idéias relativas aos Espíritos.
Todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são
espíritas. (Grifos nossos - Instituto André Luiz)
Ainda que os Espíritos fossem uma quimera, havia utilidade em adotar termos
especiais para designar o que a eles se refere; porque as falsas idéias, como as
verdadeiras, devem ser expressas por termos próprios.
As palavras espiritualismo e espiritualista são inglesas, e têm sido empregadas nos
Estados Unidos desde que começaram a surgir as manifestações dos Espíritos; no
começo e por algum tempo, também delas se serviram na França; logo, porém, que
apareceram os termos espírita, espiritismo, compreendeu-se a sua utilidade, e foram
imediatamente aceitos pelo público.
Hoje, seu uso está tão generalizado que os próprios adversários, aqueles que no
princípio os classificavam de barbarismos, não empregam outros. Os sermões e as
pastorais que fulminam o Espiritismo e os espíritas viriam produzir enorme confusão,
se fossem dirigidos ao espiritualismo e aos espiritualistas.
Bárbaros ou não, esses termos estão hoje incluídos na língua usual e em todas as
línguas da Europa; são os únicos empregados em todas as publicações, favoráveis ou
contrárias, feitas em todos os países. Eles ocupam o vértice da coluna da
nomenclatura da nova ciência; para exprimir os fenômenos especiais dessa ciência,
tínhamos necessidade de termos especiais; o Espiritismo hoje possui a sua
nomenclatura, tal como a Química.
As palavras espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos,
não são hoje mais empregadas senão pelos adeptos da escola americana.
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- No livro, você compara a doutrina espírita francesa, fundada por Allan Kardec, com
a brasileira. Elas acabaram se tornando religiões diferentes? Ou as diferenças são,
basicamente, resultantes de comportamentos culturais distintos?
- A doutrina de Allan Kardec teve uma larga difusão na França, assim como no Brasil,
no século 19. Nestes dois países, porém, as características assumidas pela doutrina
não foram as mesmas. Na França, a produção das obras de Allan Kardec tinha como
tema central a teoria da evolução. Essa era a tônica dos debates científicos e
religiosos na Europa na época. Já no Brasil, apenas em círculos sociais restritos esse
debate encontrou ressonância. Em contrapartida, o aspecto moral da doutrina
espírita foi rapidamente assimilado, por seu estreito comprometimento com o ideário
cristão. O que demonstro no livro é que esse ideário foi aqui reinterpretado, criando-
se um ''estilo católico de ser espírita''. O médium Chico Xavier é o paradigma dessa
construção. Sua imagem pública foi construída com base na noção católica de
santidade. Isso se expressa no estilo de vida por ele adotado, marcado pela
incorporação gradativa dos votos monásticos católicos: obediência, castidade,
renúncia aos bens materiais. Traduzidas como ''sacrifício de si'', essas práticas,
juntamente à caridade, também assimilada do universo católico, conferem ao
espiritismo uma marca arraigadamente católica, cultura religiosa dominante no país.
Não se trata, porém, de uma outra religião, já que os preceitos doutrinários do
espiritismo no Brasil são os mesmos lançados na França.
- O que muda?
- Os temas principais são os mesmos - carma, evolução, intervenção dos espíritos
etc. -, porém o alvo não é a vida futura, mas o aqui e agora. Usando uma linguagem
mais coloquial, moderna e situações do cotidiano, essa literatura encontra
ressonância especialmente entre os segmentos de classe média, ultrapassando os
limites do espiritismo. Nesse sentido, esta literatura também contribui para a
disseminação de temas fundamentais da doutrina espírita. A diferença é que nessa
literatura o tema do livre-arbítrio ganha centralidade, enfatizado como instrumento
de ''realização pessoal'', o que permite relativizar, por exemplo, a idéia do carma
como destino inexorável.
- Muitas pessoas hoje se assumem como espiritualistas. Como você definiria esse
conceito?
- Como outros conceitos, por exemplo de Nova Era ou ''neo-esoterismo'', estes são
rótulos que demarcam um campo de trocas, disputas e diálogos e não um modo de
identidade. Quem se diz espiritualista pode num dado momento estar realizando
meditação de estilo zen, freqüentar sessões de ioga, massagem tibetana, consumir
incensos, colecionar medalhas de santos católicos. Meses depois, pode ter
abandonado um ou mais destes itens e estar envolvido numa nova síntese. Esse
exercício da espiritualidade pouco afeito a fidelidades institucionais é o que
caracteriza a religiosidade contemporânea. Talvez seja um dos principais desafios
das instituições religiosas. [28/FEV/2004 - JEITO BRASILEIRO DE SER ESPÍRITA].
VEJA também artigo sobre "Espiritismo no Brasil - Suas Origens" no site do Centro
Espírita Ismael..
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09. EMMANUEL:
Emmanuel foi o inesquecível guia de Chico Xavier, durante o seu longo apostolado
mediúnico. Mostrou-se, em seu primeiro contato, dentro de raios luminosos em
forma de cruz e com a aparência de um bondoso ancião. Mais tarde, captado por
tintas mediúnicas, Emmanuel revelou-se um belo homem, ainda jovem, de porte
atlético (vide imagem de materialização, em Fotografias e Lembranças), andar elegante
e olhar encantador. Instado a revelar sua identidade, esquivou-se repetidas vezes,
alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua
última passagem pelo Planeta, padre católico (Manuel da Nóbrega), desencarnado no
Brasil. (Chico Xavier, in "Emmanuel", 1938).
Veja mais sobre Nóbrega aqui.
Embora Chico Xavier tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de
1927 (fonte: FEB), apenas a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos,
sendo para este, segundo suas próprias palavras, um "viajante muito educado
procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa
excursão". (Pinga-Fogo, Edicel).
Apesar de apontamentos seguidos sobre a rígida disciplina aplicada por Emmanuel
sobre Chico Xavier, este apenas teve sempre, sobre seu mentor, palavras de carinho
e gratidão. E uma profunda admiração também, perceptível nesta declaração:
"Solicitado para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, notei-lhe sempre o mais
alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando todos os problemas com o
máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros." Ou então: "Emmanuel
tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que tolera
as falhas, e pela bondade com que repete as lições que devo aprender. Em todos
estes anos de convívio estreito, quase diário, ele me traçou programas e horários de
estudo, nos quais a princípio até inclui datilografia e gramática, procurando
desenvolver os meus singelos conhecimentos de curso primário, em Pedro Leopoldo,
o único que fiz agora, no terreno da instrução oficial."
Emmanuel permaneceu ao lado de Chico até suas derradeiras horas no Planeta. O
médium morreu na noite de domingo, 30 de junho, aos 92 anos, de parada cardíaca,
na cidade de Uberaba, MG, e onde passou grande parte de sua vida.
É impossível falar em Espiritismo ou em Chico Xavier, principalmente, sem recordar
este grande Espírito que ao longo de várias e laboriosas décadas, consolidou a
Doutrina Espírita no Brasil. Foi através de múltiplos ensinamentos e mensagens, que
Emmanuel popularizou a Terceira Revelação sobre o solo brasileiro. Suas preciosas
lições e incansáveis recomendações ecoam até hoje, através de livros e lembranças,
a perpetuar um trabalho de imensurável valor e que se desenvolveu, certamente,
sob a direção direta do Cristo. ( ©2005-2006 Instituto André Luiz - Conforme Lei dos
Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98. VEJA MAIS)
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"A 30 de junho de 2002, por volta das 19h30, desencarnou em Uberaba o médium
mineiro Francisco Cândido Xavier, em meio às vibrações de alegria do povo brasileiro
pela conquista de mais um troféu mundial de futebol, como se o Plano Espiritual
Superior quisera, propositadamente, diluir as repercussões que a partida do médium,
por certo, viria causar em todos os segmentos da nossa sociedade. À medida que a
notícia da desencarnação se espalhava pela cidade, centenas de pessoas se dirigiam
para a casa do médium, de onde saiu o corpo, por volta das 23h, para ser velado no
Grupo Espírita da Prece, ali permanecendo por cerca de 48 horas para receber as
homenagens derradeiras do povo que ele tanto amou." (Fonte:Reformador
julho/2002 – Edição especial)
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"Para que a doutrina da vida futura doravante dê os frutos que se devem esperar, é
preciso, antes de tudo, que satisfaça completamente à razão; que corresponda à
idéia que se faz da sabedoria, da justiça e da bondade de Deus; que não possa ser
desmentida de modo algum pela Ciência. É preciso que a vida futura não deixe no
espírito nem dúvida, nem incerteza; que seja tão positiva quanto a vida presente,
que é a sua continuação, do mesmo modo que o amanhã é a continuação do dia
anterior. É necessário seja vista, compreendida e, por assim dizer, tocada com o
dedo. Faz-se mister, enfim, que seja evidente a solidariedade entre o passado, o
presente e o futuro, através das diversas existências.
Tal a idéia que da vida futura apresenta o Espiritismo, O que a essa idéia dá força é
que ela absolutamente não é uma concepção humana com o mérito apenas de ser
mais racional, sem contudo oferecer mais certeza do que as outras. Ë o resultado de
estudos feitos sobre os testemunhos oferecidos por Espíritos de dife¬rentes
categorias, nas suas manifestações, que permitiram se explorasse a vida
extracorpórea em todas as suas fases, desde o extremo superior ao extremo inferior
da escala dos seres. As peripécias da vida futura, por conseguinte, já não constituem
uma simples teoria, ou uma hipótese mais ou menos provável: decorrem de
observações. São os habitantes do mundo invisível que vêm, eles próprios, descrever
os seus respectivos estados e há situações que a mais fecunda imaginação não
conceberia, se não fossem patenteadas aos olhos do observador.
Ministrando a prova material da existência e da imortalidade da alma, iniciando-nos
em os mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal,
tornando-nos palpáveis as inevitáveis conseqüências do bem e do mal, a Doutrina
Espírita, melhor do que qualquer outra, põe em relevo a necessidade da melhoria
individual. Por meio dela, sabe o homem donde vem, para onde vai, por que está na
Terra; o bem tem um objetivo, uma utilidade prática. Ela não se limita a preparar o
homem para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade.
Melhorando-se moralmente, os homens prepararão na Terra o reinado da paz e da
fraternidade.
A Doutrina Espírita é assim o mais poderoso elemento de moralização, por se dirigir
simultaneamente ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido."
ALLAN KARDEC, Obras Póstumas, CREDO ESPÍRITA - Preâmbulo.
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