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Universidade Federal do Maranhão – UFMA

Centro de Ciências Sociais – CCSo

Curso de Administração

Introdução à Administração – Cléber Mendes Silva

Augusto Pinheiro; Caroline Rios; Janilson Mota; Manoel França; Maricy Fideles

AS ORGANIZAÇÕES
ENQUANTO PESSOAS
RACIONAIS
AS ORGANIZAÇÕES ENQUANTO PESSOAS RACIONAIS

Augusto Pinheiro;
Caroline Rios;
Janilson Mota;
Manoel França;
Maricy Fideles

Resumo: As pessoas não atuam isoladamente, mas através de interações com


outras pessoas, para poderem alcançar da melhor maneira os seus objetivos.
Nas interações humanas, as pessoas envolvidas se influenciam mutuamente.
Graças às diferenças individuais, cada pessoa tem características, capacidades e
limitações particulares. Para poderem superar suas limitações e ampliar suas
capacidades, as pessoas precisam cooperar entre si para melhor alcançar seus
objetivos. É através da participação pessoal e da cooperação entre as pessoas
que surgem as organizações.

Palavras-Chaves: Organizações, Pessoas, Motivação, Liderança.

1. INTRODUÇÃO

Do grego "organon", organização significa instrumento, utensílio. Em sentido


geral organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para
arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações.

Em Administração, organização tem dois sentidos:

- Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos


coletivos. As organizações são compostas de estrutura física, tecnológica e pessoas;

- Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.

Segundo Robbins (1990), a organização é “uma entidade social


conscientemente coordenada, com uma fronteira relativamente identificável, que
funciona numa base relativamente contínua para alcançar um objetivo ou objetivos
comuns”.
2. A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES

2.1. O QUÊ?

Uma organização é constituida por pessoas. As instituições não funcionam


sozinhas, os cargos que fazem parte do plano de carreira não tem vida própria.
Equipes, empresas, corporações ou governos é resultado do trabalho de um grupo de
pessoas. Entretanto, cada ser humano é único e, como tal, cria o seu próprio
pensamento individual.

Robert W. Woodruff, ex-diretor executivo da Coca-Cola afirma que “são as


pessoas e suas reações que fazem as empresas serem bem-sucedidas ou quebrar”. É a
base da ‘Teoria das relações humanas’- que ganhou força em 1929, com a quebra da
bolsa de valores de Nova Iorque. Segundo esta teoria deve-se conhecer as atividades e
os sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos.

Dessa forma, a figura do trabalhador-mecânico é deixada de lado e começa-se a


pensar na participação dos funcionários, na tomada de decisões e na disponibilização
das informações acerca da empresa a qual eles trabalham.

2.2. COMO?

Quando fala-se em organizações enquanto seres racionais, enxerga-se o


homem como membro de um grupo social, entendendo a necessidade de conciliar a
função econômica (produção bens e serviços) e a função social (satisfação dos
trabalhadores) das organizações.

O homem passa a fazer parte da organização, deixando de ser apenas uma peça
no processo produtivo. Com isso, também evoluiu o papel do líder, que deixa de ser o
temido “chefe”, e passa a ser um facilitador das relações de trabalho, tornando-se um
motivador; gestor de pessoas.

Nesse contexto insere-se a teoria motivacional de Maslow, que baseia-se na


pirâmide de necessidades humanas (Figura 1). Para ele, as necessidades fisiológicas
precisam ser saciadas para que se possa saciar as necessidades de segurança. Estas, se
saciadas, abrem campo para as necessidades sociais, que se saciadas, abrem espaço
para as necessidades de auto-estima. Se uma destas necessidades não está saciada, há
incongruência. Quando todas estiverem de acordo, abre-se espaço para a auto-
realização, que é um aspecto de felicidade do indivíduo que pode ser encontrado por
meio dos grupos sociais com que interage.
Figura 1. Pirâmide das necessidades de Maslow.
Fonte: http://www.suamente.com.br /2010.

2.3. ONDE?

A obtenção de um grande desempenho em uma organização resulta da


construção, manutenção e desenvolvimento do equilíbrio entre três elementos
fundamentais: a estratégia, a estrutura organizacional e o ambiente operacional.

Essas características nos remetem ao ambiente laboral, mas isso não significa
que elas tenham de se restringir a esse ambiente. A empresa do século XXI tem de
estar onde o cliente está. A esfera limítrofe que determina o campo de atuação da
organização já não existe enquanto objeto concreto.

Os desenvolvimentos mais recentes na área de processos organizacionais


abarcam as perspectivas crítica, cognitiva e pós-moderna da empresa, isto é,
objetivando o sucesso, as organizações tem por base a implementaçao de fatores que
conquistem o cliente, que o busquem, onde quer que ele esteja.

2.4. QUANDO?

Como os desafios surgem a qualquer momento, as organizações têm de estar


preparadas para agir prontamente, isto é, na totalidade do tempo. A organizações
precisam estar aptas a inovar de maneira que minem o sucesso, otimizando as
oportunidades e minimizando os riscos.

É possivel criar “organizações que aprendem”, com capacidade de serem


flexíves, elásticas e engenhosas - isto é, capazes de adequar-se às contínuas
transformações do mundo globalizado - desde que tenhamos como integrantes
pessoas racionais.

É importante observar que, pelo fato de o ser humano ser racional e crítico,
utilizando o leque de informações adquiridas, é o gerador da evolução, vencendo os
desafios propostos a todo instante.

2.5. PARA QUEM?

Pode-se entender as organizações como empreendimentos humanos: uma


soma de recursos humanos (pessoas) e não-humanos ou materiais (físico, financeiro,
tecnologico, etc.) em prol de um objetivo; ora, sendo feitas as organizações por
pessoas para atingir metas dessas últimas, então, a vida das pessoas depende das
organizações e essas dependem da atividade e do trabalho daquelas.

Os desafios aos quais as organizações procuram responder incluem a melhoria


da qualidade, as alianças estratégicas, a implementação de novas tecnologias, os
processos governamentais e controle, as reestruturações organizacionais e a
diversidade estratégica global.

Todo essa gama de resultados é dedicada a seres racionais como os que


compõem as organizações, trata-se, então, de uma rede social humana e racional de
troca de satisfações e realizações de necessidades: é o ápice da união em busca do
objetivo comum.

3. ORGANIZAÇÕES E PESSOAS RACIONAIS

Podemos, portanto, deduzir que é possível distribuir as capacidades de


inteligência e controle através de uma empresa, de modo que o sistema em sua
totalidade possa auto-organizar-se e evoluir de acordo com os novos desafios, tendo
por base, pessoas que trabalhem, racionalmente, na busca de um objetivo maior.

Segundo Chiavenato, a idéia de dar às pessoas o poder, a liberdade e a


informação que lhes permitem tomar decisões e participar ativamente da organização
permite proporcionar um elevado grau de desempenho, o que garante que estamos
diante de equipes de alto desempenho graças à excelência da sua dinâmica e aos
resultados proporcionados.
Dar poder às pessoas, delegando autoridade e responsabilidade em todos os
níveis da organização significa dar importância e confiar nas pessoas, dar-lhes
liberdade e autonomia de ação, proporcionando motivação.

A utilização de equipes autodirigidas e culturas participativas e abertas nas


organizações significam que estas estão tentando difundir e compartilhar o poder com
todos os seus membros, abrindo mão do controle centralizado, e isto parece ser a
solução viável que promove rapidez, flexibilidade e capacidade de decisão da
organização.

4. REFERÊNCIAS

ROBERTS, John. Teoria das Organizações – Redesenho Organizacional para o


crescimento e desempenho máximos. São Paulo, 2005.

MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo, 2007.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas – Transformando o executivo


em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro,


2004.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. São Paulo, 2006.

WREN, A. Daniel. Idéias de Administração – O Pensamento Clássico. São Paulo, 2007.

http://www.wikipedia.org/

http://www.administradores.com.br/
5. ESQUEMA REPRESENTATIVO DO TEMA

ORGANIZAÇÕES ENQUANTO PESSOAS RACIONAIS

PESSOAS

O QUÊ? COMO? ONDE? QUANDO? PRA QUEM?

OBJETIVO COMUM

REALIZAÇÃO PESSOAL E REALIZAÇÃO EMPRESARIAL

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