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Santos, Junior - 2012 - Roupas de Proteção Individual Um Horizonte Importante para As Indústrias Têxteis e de Confecção Do Brasil Protec PDF
Santos, Junior - 2012 - Roupas de Proteção Individual Um Horizonte Importante para As Indústrias Têxteis e de Confecção Do Brasil Protec PDF
Resumo
Este ensaio visa relatar alguns dos principais desenvolvimentos no setor de
equipamentos de proteo individual - roupas de proteo - exibidos na Feira
Internacional de Segurana e Proteo 2012. Atravs de observaes in loco,
conversas com representantes comerciais e profissionais do ramo, pesquisa
bibliogrfica e consulta a catlogos de fabricantes, percebeu-se a relevncia
econmica deste segmento, o alto emprego de tecnologia na rea de fibras e
beneficiamentos qumicos e os desafios que a indstria txtil e de confeco
nacional precisaro enfrentar para tornarem-se competitivas no ramo.
Palavras- chave: Roupas. Proteo. Trabalho. Segurana. Txtil.
Abstract
This work aims to relate some of the main developments in the field of personal
protective equipment - protective clothing - exhibited at International Fair of Safety
and Security 2012. Through in loco observations, conversations with textile
professionals and representatives of the suppliers, catalog consulting and
bibliographic research, it was perceived the economic importance of this segment,
the high use of technology in the chemical fibers and finishing field and the
challenges that national textile and apparel industry will need to tackle to become
competitive in the business.
Keywords: Clothing. Protection. Working. Security. Textile.
INTRODUO
Atualmente, o Brasil ocupa a sexta posio na economia mundial, e vem passando
nos ltimos anos por um forte investimento em infraestrutura, tendo em vista, alm
da melhoria das condies sociais, promover o avano ou permitir a continuidade do
crescimento econmico (COSTA, 2011). Outros fatores que colaboram para o
impulso dos investimentos infraestruturais so a Copa do Mundo de futebol em 2014
e os Jogos Olmpicos de 2016, ambos sediados em territrio verde-amarelo.
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Figura 2: (a) uniforme comum e (b) uniforme com caracterstica de proteo individual
Fonte: (a) Mhuniformes, 2012 e (b) Aliexpress, 2012
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condutibilidade,
inflamabilidade
influncias
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CATEGORIA DE
RISCO
ENERGIA
INCIDENTE
2
(cal/cm )
ATPV Mnimo
(cal/cm2)
Mnimo
At 1,2
No aplicvel
Leve
1,2 4
Moderado
4,1 8
Elevado
8,1 25
25
Elevadssimo
25,1 40
40
Fonte: Manual de orientao para especificao das vestimentas de proteo contra efeitos trmicos
do arco eltrico e do fogo repentino BRASIL, 2012 (Adaptado de NATIONAL..., 2004)
importante salientar que, tanto o tecido plano ou de malha, assim como a pea
confeccionada, devem passar pelos ensaios de conformidade para arco eltrico,
obtendo os valores finais de ATPV. Portanto, fornecedores de tecidos e
confeccionistas, devem arcar, individualmente, com os custos de ensaio. Isto ocorre
porque muitas vezes o tecido pode ser apropriado ao risco, porm isso no garante
que a pea confeccionada tambm ser. Modelagem, aviamentos, linhas de costura
e montagem da pea podem apresentar pontos fracos, componentes combustveis
ou falhas de projeto, fazendo com que a roupa de proteo final no seja efetiva.
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Assim sendo, testar o tecido previamente confeco a condio sine qua non
para utiliz-lo ou no como matria-prima de uma vestimenta de proteo. Contudo,
o ensaio da vestimenta pronta, tambm exigido. Apesar de j existir um comit
nacional de discusso e normalizao sobre a temtica, o Brasil ainda no
possui normalizao especfica sobre o assunto, assim como laboratrios para
ensaios de arcos eltricos. Desta forma, buscar a normalizao internacional ainda
a soluo.
1.2.2 Fogo Repentino
O fogo repentino decorrente de uma reao de combusto acidental
extremamente rpida devido presena de materiais combustveis ou inflamveis
desencadeada pela energia de uma centelha ou fonte de calor (BRASIL, 2012).
O Programa de certificao norte-americano de vestimentas resistentes ao fogo
repentino, NFPA 2112, determina os requisitos mnimos para avaliao, ensaios e
aprovao da vestimenta pronta, conforme modelo e medidas preestabelecidas. So
determinadas as linhas de corte para os ensaios realizados nas vestimentas e nos
tecidos. A conformidade das roupas de proteo ao fogo repentino em relao
Norma NFPA 2112 deve ser comprovada pelos relatrios de ensaio do equipamento
de acordo com as Normas ASTM F 1930 e ASTM D 6413 (BRASIL, 2012).
A norma ASTM F 1930, um mtodo de teste que proporciona avaliao do
desempenho de uma vestimenta contra fogo repentino, utilizando um manequim
instrumentado
com
vestimenta
pronta
conforme
modelo
medidas
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Figura 4: (a) Manequim instrumentado (b) Nveis de queimadura Anlise ASTM F 1930
Fonte: (a) Santanense, 2012 e (b) NC State University, 2012
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Algodo
Celulose Regenerada FR
Modacrlica
Aramidas
Polibenzimidazol
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1.3.1 Algodo
Fibra natural, de origem vegetal, de semente, cuja composio polimrica a
celulose. caracterizada, basicamente, pelo conforto ao usurio, devido alta
hidrofilidade da matria-prima, e pelo baixo custo, quando comparada s fibras
tecnolgicas relacionadas no segmento de proteo (AGUIAR NETO, 1996)
Possuindo caractersticas de flamabilidade e combustibilidade altas, as fibras ou
tecidos de algodo necessitam de tratamento qumico, para tornarem-se resistentes
chama. Uma das formas de tratamento por meio de polimerizao da fibra com
agentes ignfugos, mantendo as caractersticas de proteo, mesmo aps longo
perodo de uso ou inmeras lavagens.
1.3.2 L
A l uma fibra animal, derivada do pelo de ovinos que, depois de tosquiada,
industrialmente processada para fins txteis. O tecido feito de l serve como isolante
trmico, no aquece tanto quando exposto ao sol (mantm a temperatura do corpo
em mdia 5 a 8 graus mais baixa quando comparada aos tecidos sintticos expostos
ao sol), permite que o corpo respire", naturalmente elstico, portanto mais
confortvel, e no amassa. muito utilizada em acessrios de inverno, tais como
luvas, gorros e cachecis.
A l significativamente um retardante de chamas no seu estado natural, entrando
em combusto a temperaturas mais elevadas que o algodo e algumas fibras
sintticas. A proteo trmica fornecida elevada, devido superfcie peluda dos
tecidos, que reduz o grau de contato do tecido com a pele. Tecidos de l possuem
ampla utilizao em vestimentas de proteo de trabalhadores de fundio, pelo fato
que respingos de metal fundido no aderem s peas do vesturio.
1.3.3 Celulose Regenerada FR
Fibra artificial, oriunda da polpa de celulose, possui caractersticas de resistncia a
chamas, devido a uma substncia retardadora incorporada ao longo da seo
transversal da fibra. Comercialmente conhecida como Lenzing FR, a fibra possui
excelente poder de absoro de umidade e arejamento, de fcil tingibilidade, alm
de toque extremamente agradvel, semelhante s fibras Lyocell ou Modal, possui
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misturas
com
aramidas.
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REFERNCIAS
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2. (Srie Tecnologia Txtil)
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<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A31F92E6501321734945907BD/manual
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