Você está na página 1de 6

BOLETIM Nº 15 ABRIL/JUNHO 99

GTPOS
G r u p o

EDITORIAL
d e T r a b a l h o e P e s q u i s a

“Pensamento -
e m O r i e n t a ç ã o S e x u a l

N
a última edição do Bo-
letim GTPOS, no final
de 1998, nossa atenção
Sexualidade e Cultura”
se voltava para a questão da ado-
lescência atual, assunto que
novamente ocupa os meios de
uma contribuição
comunicação, em face da violên-
cia nas escolas.
Com o lançamento do álbum
psicanalítica
didático Adolescência e
Vulnerabilidade, o GTPOS Por Maria Cristina Domingues Pinto
espera estar contribuindo e
instrumentalizando educadores, o sentir um certo “Mal mento para o conhecimento, e por-
no seu trabalho com jovens, em
torno da questão dos valores,
dos rumos, e da identidade da
juventude atual.
A estar na civilização” atual,
me indaguei fazendo uma
brincadeira com o texto Freu-
tanto, para o pensar do indivíduo,
como coisas separadas.
Só em 1920 sob o impacto de
diano: o mal estar não estaria na sua descoberta do Impulso de
Este primeiro número do própria civilização? Na sua consti- Morte, isto é, da agressividade
Boletim GTPOS de 1999 abor- tuição arbitrariamente repressora, destrutiva do ser humano, é que
da, de ângulos diversos, questões que ora reprime, ora escancara a ele repensa a questão dos impul-
contemporâneas e atuais em sexualidade mas cujo objetivo pa- sos, reagrupando de um lado: o
nosso trabalho: a sexualidade, rece ser o mesmo: separar o ra- “impulso de conhecer”, junto com
vista a partir da densidade con- cional do afetivo, a palavra da o “impulso sexual”; ambos sob a
ceitual da psicanálise, e estendi- emoção, a objetividade da subje- denominação de Eros ou Impulso
da à vida de todos nós; um tra- tividade, fazendo com que as pes- de Vida e de outro lado os impul-
balho criativo e inovador na área soas se relacionem mais através de sos agressivos destrutivos, sob o
da prevenção da Aids; e ainda, a suas defesas racionais, reativas, do nome de Tânatos ou Impulso de
polêmica questão do sadomaso- que através de possibilidades amo- Morte.
quismo. rosas, sexualizadas, humanizado- Segundo ele, Eros e Tânatos es-
Superadas as dificuldades que ras. tariam sempre em relação um com
nos impediram de manter a regu- Pretendo neste trabalho, abor- o outro dentro do indivíduo e em
laridade desta publicação, esta- dar o pensamento que permeia e é proporções variáveis de pessoa
mos felizes em retomar esta permeado pela emoção, sem a qual para pessoa, agindo simultanea-
conversa gostosa, que temos seria um pensamento vazio. mente. Daí em diante não po-
feito com tantos colegas de todo No entanto, o próprio Freud demos mais falar em pensamentos
o Brasil, através do nosso como produto do modelo posi- isolados, mas sim em pensamentos
Boletim! Um abraço a todos, tivista da civilização moderna, ca- ligados à sexualidade, estando ela
racterizada pelo racionalismo ci- a serviço da vida ou da morte.
entífico, no início de sua teoria
GTPOS CONTINUA NA PÁGINA 2
pensava a sexualidade e o movi-
C A P A

“Pensamento - Sexualidade e Cultura” -


uma contribuição psicanalítica
CONTINUAÇÃO

Falaremos então em pensamentos orais, anais, que na mão contrária da história do indivíduo,
fálicos, genitais, entendendo esses pensamen- exige repressivamente, a renúncia desse mesmo
tos sexualizados como modos de ser e com- desejo, em “prol do bem comum”, e cujo obje-
preender o mundo, como formas das relações, tivo maior é sem dúvida, criar a unidade. Uma
formas das paixões amorosas ou odiosas. espécie de voz única! A massificação do pensar
O pensamento desse modo, passa a ter a e do agir. Geradora de alienação, conflitos e
mesma função do impulso: colocar o ser huma- incontáveis sofrimentos psíquicos.
no em movimento, em busca de dor ou prazer. Podemos hoje perceber na pele e porque não
Nessa configuração não há ato humano ou dizer, na ausência de pensamento afetivo, que
pensamento sem raiz sexual. leva em conta as diferenças, as conseqüências
Mas o que seria então, funcionar através de dessa crescente frustração social.
“pensamentos orais”? Um bom exemplo, pen- Talvez a civilização pudesse ser melhor su-
sando na nossa civilização, seria o do indiví- cedida e conseguisse chegar à tão almejada
duo que ao invés de usar a própria cria- genitalidade se pudesse dar mais atenção
tividade para sua realização pessoal, à felicidade, à sexualidade a serviço da
tenta sugá-la de outra pessoa, vam- vida, integrando-a afetivamente ao
pirizando a idéia do outro! Prática seu discurso racional e individual.
comum e muito estimulada nos Pensamentos Individual como sinônimo de
dias atuais, através de pa- singular. No re-conhecimen-
drões rígidos de compor- sexualizados to e no acolhimento do
tamento em massa, são modos grande paradoxo do ser
ditados pela mídia, ali- humano que está na
jando o indivíduo de sua de ser e sua condição individual
real originalidade, verda- de: “Dependência x Ser Só”.
deiro culto à mesmice narcísi-
compreender Ser único! Diverso! Original!
ca! Na continuação... “pensa- o mundo Reconhecer e acolher em si tal
mentos anais”: tão estimulados paradoxo, é condição “amorosa-
quanto os anteriores têm na acumu- pensante” necessária, para reconhecer
lação e retenção de riqueza sua significa- e acolher o outro, sem o susto e a conse-
tiva expressão, “gozando” de grande prestí- qüente defesa de afastamento por dele
gio em nossa cultura capitalista. depender, e sem a “indignação narcísica” de
Já os pensamentos fálicos, são os respon- “ter que fazer” e “ser, por si só”. Aí dá até para
sáveis pelo cumprimento rigoroso dos anterio- permanecer com o outro, sem o medo de nele
res, “metendo-os” goela abaixo, aqueles que se perder.
“sado-masoquisticamente estão por cima”.
A metáfora serve, ela própria, para ilustrar a neste processo de apropriação da própria
originalidade da descoberta: movimentos men-
tais, sexualizados, situando a sexualidade na
intersecção do somático com o psíquico.
É identidade e do sentido da vida, consti-
tuída na interação da relação emocional
compartilhada e prenhe de significados para a
“É da urgência do corpo em satisfazer seus dupla, seja ela de um casal de namorados, ou a
instintos e de seu futuro domínio pela cultura relação professor-aluno, aonde o “Conhecer”, é
que nasce a psicossexualidade. Nesse espaço se “Conhecer no Afeto”, é que ocorrem os mo-
organiza o psiquismo: área da cultura indivi- mentos de genitalidade criativa e criadora do
dual” (Leo Nosek). ser, transformadora de conhecimento. O pensa-
Do mesmo modo que a sexualidade na sua mento nasce do reconhecimento da dualidade
relação com a cultura origina e organiza o da afetividade, da saída necessária do narcisis-
psíquico, desorganiza-o também, criando dis- mo com sua mesmice paralizante.
torções e perversões do pensamento, quando Pensamentos são movimentos mentais se-
tenta reduzir a sexualidade de bilhões de indi- xualizados, fertilizando outros e como nos
víduos, unos, seres pulsantes, desejantes de disse Bion (psicanalista inglês) “Criando o
encontrarem satisfação para seus desejos lícitos espaço do sonho à dois, onde a unidade mortal
ou não, à sexualidade do processo civilizatório, é o par”.

2 BOLETIM GTPOS Nº 15 ABR/JUN 99


RECADO AOS EDUCADORES

Adolescência / Vulnerabilidade
por Elisabeth Bahia
Figueiredo

GTPOS lançou em 28

O de abril p. p. o Álbum
Seriado “Adolescência
e Vulnerabilidade” , elaborado
a partir de um trabalho de 2
anos com adolescentes de dife-
rentes grupos sociais e regiões
da cidade de São Paulo. Esses
adolescentes foram formados
multiplicadores em prevenção
das DST/Aids e sexualidade,
através do Projeto Trance essa
Rede em parceria com a
Coordenação Nacional das
DST/Aids - MS.
O objetivo do álbum é
estimular a criação de novas
Capa do álbum
formas de trabalho e ações educativas junto
seriado publicado
aos diferentes grupos de jovens. Através das
pelo GTPOS
11 pranchas contendo imagens e conceitos, o
álbum dá suporte e apoio metodológico aos
educadores que trabalham com jovens na área
da sexualidade e prevenção das DST/Aids.
Embora tenha sido elaborado para trabalhar
DST/Aids, o álbum poderá ser utilizado em
várias situações como material didático em
sala de aula, abrangendo temas como gênero,
gravidez na adolescência, diversidade, etc..
C D I I N D I C A O evento aconteceu no SESC Pompéia –
São Paulo e a mesma emoção e prazer que nos
acompanha nestes 2 anos na construção desta
Rede estiveram presentes durante a noite, tanto
Filme nas apresentações dos adolescentes quanto em
nós, profissionais que estamos envolvidos no
◆ Para quem quer ir curtindo o Projeto. Compareceram ao lançamento mais
assunto do “sadomasoquismo”, de 400 pessoas e foram distribuídos cerca de
vale conferir o filme inglês Clube 300 álbuns.
do Fetiche (Preaching to the
Pervered), de 1997, disponível em Como adquirir o álbum:
vídeo, distribuidora Cannes. A distribuição é gratuita para instituições,
escolas ou profissionais que comprovem o tra-
balho com jovens, e está sendo feita na sede
O CDI – Centro de do GTPOS, de 2ª a 6ª feira das 10:00 às 17:00
Documentação e Informação do horas. Para envio postal, é necessária uma
GTPOS sugere livros, vídeos e outros solicitação via fax/telefone (011) 822.2174,
materiais relacionados ao tema do
Boletim, com o intuito de auxiliar o
seguida de depósito bancário referente a taxa
educador em seu trabalho. do correio.
Não comercializamos este material,
podemos apenas fornecer  Elisabeth Bahia Figueiredo é

endereços de quem os produz. membro do GTPOS

3 BOLETIM GTPOS Nº 15 ABR/JUN 99


EVENTOS P O L Ê M I C A
PARA ALÉM DO POLÍTICAMENTE CORRETO,
AQUI CABEM AS MAIS ATREVIDAS INDAGAÇÕES
III CONGRESSO DE
PREVENÇÃO DAS
DST/AIDS A Tiazinha,
Dias 8, 9 e 10 de dezembro
de 1999
o prazer e a dor
Campus da UERJ / RJ
Tema Central: DST/Aids na
população em situação de
pobreza
por Antonio Carlos Egypto
14º WORLD dramaturgo Nelson Rodrigues, nos anos 50, cunhava
CONGRESS OF
SEXOLOGY

23 a 27 de agosto de 1999
O frases provocativas como esta: “Nem todas as mulheres
gostam de apanhar, só as normais”.
Neste final de anos 90 a personagem Tiazinha, da modelo Su-
zana Ferreira Alves, torna-se o grande símbolo sexual, de máscara,
Hong Kong chicote na mão, exibindo seus dotes físicos e subjugando os ho-
Informações: mens a seus pés. Ah! então são os homens que gostam de apanhar?
Federation of Medical Na verdade, ninguém “gosta” de apanhar. A violência nas re-
Societies of Hong Kong
lações humanas, especialmente no relacionamento homem-mu-
4/F, Duke of Windsor Social
Service Building lher, é um absurdo que não pode ser tolerado.
15 Hennessy Road,Wanchai - Mas não é de violência que se trata aqui. É de excitação por
Hong Kong meio da dor, simulação de dominação-submissão, agressividade e
Telefone: (852) 2527-8898 representação. Estamos no terreno do desejo e das fantasias.
Fax: (852) 2866-7530 O que a personagem da Tiazinha traz à tona é que o tabu que
e-mail: cerca o sadomasoquismo já pode aparecer e ser admitido como
sigfmshk@netvigator.com desejo, possível de ser vivido. Já não assusta tanto como no pas-
home-page: sado e pode ser entendido, sem ser taxado de imoral, pornográfi-
http://w.w.w.glink.net.hk/~hkse co ou “anormalidade”.
a/was É possível viver fantasias agressivas e até de humilhação,
enquanto fantasias, desde que haja respeito e ninguém seja força-
do a nada.
O risco é o limite ser ultrapassado e alguém sair machucado,
física ou emocionalmente. Mas se existe o desejo, é possível
POESIA encontrar maneiras adequadas de experimentá-lo. Muitos já as
encontraram e até compartilham suas vivências e seu fetiche pelo
José Luiz Brant de couro, outros materiais e objetos, em encontros e congressos
públicos. Alguns livros chegam a tratar do tema com seriedade e
Carvalho espírito prático, ensinando como obter prazer sem comprometer a
saúde, utilizando adereços e objetos diversos.
A expressão sadomasoquista, ainda que como simples moda,
Eles batem palmas pode ultrapassar os ambientes dos clubes fechados. O “piercing”
nos mamilos, por exemplo, mostra que prazer e dor podem se
Eles fazem roda aproximar com charme. A personagem “soft” da Tiazinha depilan-
É como se fosse uma do meninos “ignorantes” e encantando as platéias masculinas de
meia lua todas as idades, pode abrir caminho para discussões mais consis-
tentes a respeito do tema do sadomasoquismo. Quem sabe?
Uma noite, pode ser
Desejos e fantasias estão no imaginário dos seres humanos,
hoje, vai virar uma dentro de cada um de nós. Podem ser fortemente reprimidos, su-
lua cheia blimados, negados, deslocados, se expressarem das formas mais
Eles falam variadas. A estimulação erótica agressiva acompanha a manifes-
tação carinhosa, com muita freqüência na vida das pessoas. As
E nós adultos
mordidas e os chupões de amor que o digam!
batemos palmas Os adeptos do sadomasoquismo assumem e cultuam, velada ou
Agora somos todos lua abertamente, sua preferência sexual. Numa sociedade aberta para
cheia a diversidade, o sadomasoquismo tem direito a expressar-se.

4 BOLETIM GTPOS Nº 15 ABR/JUN 99


A R T I G O

Os bares da vida e a
prevenção às DSTs/Aids
por Silvio Bock

ossa proposta de traba- prioritariamente bebidas alcoóli-

N lhar com homens nu-


ma oficina de pre-
venção às DST/Aids fi-
Um trabalho
com homens
cas e refrigerantes. O assunto
rotineiro é futebol e mulhe-
res, portanto é um ambi-
cou esvaziada, quando ente machista por exce-
constatamos que além da na comunidade lência.
freqüência flutuante, a postura de Heliópolis Enquanto dentro do bar
dos participantes era a de quem passava o vídeo, do lado de fora
“não tem nada a aprender sobre ocorria a ação de entrega de camisi-
sexualidade”. nhas para as pessoas que passavam e
Observamos que os homens se reu- que eram atraídas pelo pequeno alvoroço
niam, de fato, nos bares: lá tomavam sua causado pela intervenção.
cerveja, conversavam, passavam tempo. Co- A reação à entrega das camisinhas era dife-
meçamos a entender que o “espaço” do homem renciada. Mulheres dificilmente as aceitavam,
naquela comunidade, não é sua casa como o é crianças as pegavam para brincar, adolescentes
para as mulheres, não é a escola como para os (rapazes e moças) as aceitavam com mais faci-
adolescentes, não é o seu trabalho como se lidade, talvez pelo excelente trabalho de pre-
poderia supor (inclusive pela alta incidência de venção feito pelo grupo de jovens da comu-
desemprego) e que seu “espaço” de pertinência nidade. Alguns homens a recusavam dizendo
é o bar. que não precisavam, pois eram casados; outros
A idéia original, com o trabalho em bares, aceitavam com o pretexto de estarem precavi-
seria realizar uma etapa de sensibilização para dos para as eventuais situações “emergenciais”.
depois encaminhar os homens para as salas de Alguns recebiam a camisinha e procuravam
aula para promover a prevenção. Aos sábados, escondê-la na carteira: “imagine se a mulher
íamos aos bares previamente contatados pelas encontra a camisinha...”. Percebemos que a
lideranças da comunidade e lá instalávamos entrega da camisinha causava desconforto, mas
uma TV com vídeo, alguns cartazes e uma a “brincadeira” mais comum era a aceitação
mesa com camisinhas. para uso eventual fora do relacionamento de
O vídeo começava (passamos vídeos que casamento ou namoro. Em todo o caso, o pre-
abordavam a Aids, relações de gênero, sexuali- servativo para adultos é coisa séria e tem
dade) e os homens continuavam a jogar seu bil- grande apelo à ação multiplicadora, isto é, sua
har e tomar sua cerveja. Parecia que não estava entrega provoca uma “desorganização nas
acontecendo nada, mas de vez em quando idéias” já estabelecidas, o que abre uma brecha
alguns comentários a respeito do tema surgiam para ações preventivas.
em volta do pano verde da mesa. Percebemos
que poucos assistiam o vídeo inteiro, mas ele s vezes, numa pequena roda algumas
levantava alguns comentários bastante perti-
nentes sobre o tema tratado ou mesmo a
respeito da postura ou da atitude de alguma
À discussões aconteciam, por exemplo:
um homem dizia que todos deviam usar
a camisinha sempre e em qualquer situação,
personagem. porque todo mundo era safado (tanto homens
A ação no bar confirmou a idéia que este é quanto mulheres), fato que gerou uma dis-
um espaço do homem. Dificilmente mulheres cussão a respeito de religião, fidelidade, casa-
entravam, enquanto os homens não só en- mento, responsabilidade, machismo, uso da
travam, como permaneciam, jogavam, bebiam, camisinha. O interessante é que a discussão
conversavam. As mulheres sequer “olhavam” ocorreu como uma conversa de bar; podería-
para dentro do bar. É necessário frisar que esta- mos dizer que todos os argumentos eram váli-
mos falando de pequenos bares que vendem CONTINUA NA ÚLTIMA PÁGINA

5 BOLETIM GTPOS Nº 15 ABR/JUN 99


CURSOS DO GTPOS ARTIGO
BOLETIM GTPOS CONTINUAÇÃO
é uma publicação trimestral
do GTPOS - Grupo de 30, 31 DE JULHO E 1º DE AGOSTO
Trabalho e Pesquisa em Capacitação Inicial para o Trabalho de
Orientação Sexual financiada
pela UNESCO e CN DST/ Orientação Sexual junto a Adolescentes Os bares da vida e a
AIDS - Ministério da Saúde.

DIAS 2 E 3 DE JULHO
prevenção das DSTS/Aids
Capacitação Inicial para
o Trabalho de Orientação Sexual
Rua Monte Aprazível, 199 junto a Crianças dos, muitos participaram sem o constrangi-
Vila Nova Conceição
CEP 04513-030
mento de uma sala de aula – não havia a
São Paulo/SP Brasil Oficinas de Prevenção às DST/Aids “autoridade de alguém”, todos procuravam
Fone (011) 822.8249 para empresas Projetos elaborados falar, não havia tempo, nem regras, nem
Fax (011) 822.2174
de acordo com a solicitação papéis pré-estabelecidos a serem cumpridos.
EQUIPE DO GTPOS:
Presidente de Honra: e necessidade de cada empresa O tema das DSTs despertou grande inte-
Marta Suplicy resse. Levamos um álbum seriado do Mi-
Presidente: Informações e inscrições pelos telefones:
José Luiz Brant de Carvalho nistério da Saúde e começamos a mostrar
Vice-Presidente: (011) 822.8249 e (011) 822.2174 (enquanto um video também abordava o
Ricardo de Castro e Silva
Os pagamentos podem ser parcelados em 2 vezes assunto). Quando vimos, o jogo na mesa do
Antonio Carlos Egypto, Dalva
Taveira Menocci, Elisabeth bilhar parou, os álbuns foram abertos sobre
Bahia Figueiredo, Elisabeth
Maria Vieira Gonçalves,
S E RV I Ç O a mesa e surgiu uma conversa, que a partir
Francisca Vieitas Vergueiro do tema se ampliou para outros como rela-
Vonk, Maria Aparecida ATENDIMENTO DO CDI
Barbirato, Maria Cecília Pereira ções de gênero, afetividade, casamento,
da Silva, Maria Cristina O Centro de Informação e Documentação é um
Domingues Pinto, Maria da relacionamento, Aids, fidelidade, saúde etc.
serviço do GTPOS aberto ao público.
Glória Camargo Macruz, Maria Percebemos que os homens se interessam
Rosa da Silva, Rosangela Maria Nossa biblioteca e videoteca são especializadas
Rigo, Silvio Duarte Bock e muito pelo tema DSTs pois estão muito
Yara Sayão. nos temas: sexualidade, DST/Aids e drogas.
Secretaria: Lane Ferreira expostos a ele, e cada um tem uma história
Além dos livros e vídeos, dispomos de apostilas,
Magalhães para contar sobre isso.
Atendimento CDI: Sidnei relatórios, manuais, cartilhas, anais de congressos,
Xavier dos Santos A proposta original de sensibilizar os
Coordenação Editorial: artigos veiculados na mídia.Todos os ítens podem
Francisca Vieitas Vergueiro homens para depois levá-los a uma sala para
ser consultados no local. Fornecemos listagens e
Vonk formar multiplicadores, não ocorreu. Não
Colaboraram nesta edição: indicações bibliográficas por fax, correio e e.mail.
Antonio Carlos Egypto, sabemos se o tempo foi pouco ou se deve-
Elisabeth Bahia Figueiredo, Rua Monte Aprazível, 199
Francisca Vieitas Vergueiro mos mudar os nossos objetivos, passando a
Vila Nova Conceição - São Paulo - CEP 04513-030
Vonk, José Luiz Brant de considerar o trabalho nos bares como inter-
Carvalho, Maria Cristina Fax: (011) 822.2174 / Tel: (011) 822.8249
Domingues Pinto e Silvio venção final, e buscando identificar, poste-
Duarte Bock. Atenção para os novos endereços eletrônicos:
riormente, algumas lideranças para multi-
Apoio: Fundação MacArthur gtpos@that.com.br
Jornalista responsável: plicar o trabalho. No entanto, achamos que
cdi@that.com.br
Nelma de Fátima Firmiano podemos ter encontrado uma brecha para
(MTB 13582) Netsite:http://web.that.com.br/gtpos
Projeto Gráfico e Edição de trabalhar com homens, a priori resistentes a
Arte: Moema Kuyumjian Horário de funcionamento do CDI:
Impressão: Gravasá esse tipo de conversa.
Tiragem: 8.000 exemplares
segunda à sexta-feira, das 13h30 às 17h30

BOLETIM Nº 15 ABRIL/JUNHO 98

GTPOS
GTPOS – Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual
Fone (011) 822.8249 Fax (011) 822.2174
Rua Monte Aprazível, 199 – Vila Nova Conceição
04513-030 São Paulo / SP
ÃO
GA
RA
Ç
LU

NT
VO

IDA
DE

DR / SP
PRT/SP - 4885/99
UP - ACF SANTA TERESA

IMPRESSO FECHADO
Pode ser aberto pela ECT

Você também pode gostar