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52 anos depois uma grande erupção...

O vulcão dos capelinhos encontra-se aproximadamente


nas coordenadas 38° 35' 12" N, 28° 42' 51" W, freguesia
do Capelo, poente da Ilha do Faial, Região Autónoma dos
Açores.
O vulcão foi fotografado, observado, estudado e interpretado
desde o respectivo início (cerca da 7h da manhã do dia 27
de Setembro 1957) até ao "adormecimento", na tarde de
24 de Outubro de 1958
De 16 a 27 de Setembro de 1957, sentiu-se uma crise
sísmica na ilha com mais de 200 sismos, de intensidade não
superior a 5º da Escala de Mercalli.
No dia 21 de Setembro de 1957, a água do mar
começou a fervilhar. Três dias depois, a
actividade aumentou intensamente havendo
emissão de jactos negros de cinzas vulcânicas
de cerca de 1 000 m de altura e uma nuvem de
vapor de água que subia por vezes a mais de
4000 m.
A 27 de Setembro, iniciou-se uma erupção submarina a 300
m da Ponta dos Capelinhos.
A partir de 3 de Outubro, as explosões de piroclastos e a
erupção, evoluiu formando primeiro uma ilha a 10 de Outubro,
chamada de "Ilha Nova" (e ainda, por "Ilha do Espirito
Santo" ou "Ilha dos Capelinhos"), com 800 m de diâmetro e
99 m de altura, ficando com a cratera aberta ao mar.
Com o aparecimento de um istmo (uma porção de terra
estreita cercada por água em dois lados e que conecta
duas grandes extensões de terra), ao fim de poucos meses,
a ilha liga-se à Ilha do Faial.
Em Novembro de 1957, aumentou progressivamente a
actividade atingindo o seu máximo na primeira quinzena
de Dezembro, surgindo um segundo cone vulcânico.
A 16 de Dezembro, depois de uma noite de chuvas
torrenciais e abundante queda de cinza, cessou a
actividade explosiva tendo começado a efusão de lava.
Nestes meses, as erupções assumiram ora o aspecto de
repuxos e torrentes de lamas, ora o aspecto de fortes
explosões acompanhadas da formação de nuvens de
cinzas e da emissão de algumas toneladas de bombas,
projectadas a alturas que variam entre os 300 e os 1500
metros.
A 12 de Maio de 1958 deu-se novo aumento da
actividade do vulcão que expeliu jactos de lava com
cerca de 50 m de altura. De seguida o vulcão entrou
num período de acalmia. Em resultado da erupção, a
área da ilha aumentou em 2,40 km².
Entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958, a crise
sísmica associada à erupção vulcânica e à queda de
cinzas e materiais de projecção, provocou a destruição
generalizada das habitações, soterramento do farol e
campos das freguesias do Capelo, da Praia do Norte e
Cedros.
Após esta catástrofe natural, as consequências que se
fizeram sentir foi no campo demográfico, pois as pessoas
abandonaram o seu próprio país e emigraram, o que
contribuiu para uma diminuição da população do Faial em
aproximadamente 17 mil pessoas. Não se registaram
vítimas mortais, devido à intensidade sísmica ter aumentado
gradualmente.
Actualmente, a área da ilha ficou reduzida em cerca de
metade devido à fraca consolidação das rochas e à acção
das ondas.
No Cabeço Norte, existe uma pequena fenda que é um
respiradouro do vulcão.
Hoje em dia, o vulcão dos Capelinhos encontra-se inactivo.
Todo o arquipélago dos Açores tem origem vulcânica,
sendo a Ponta dos Capelinhos um dos locais onde,
actualmente, é possível observar o que resta das
últimas manifestações da actividade vulcânica no
Faial. Toda esta área foi constituída como área de
paisagem protegida de elevado interesse geológico e
faz parte da Rede Natura 2000.

...é uma rede ecológica cujo


objectivo é a conservação da
diversidade biológica e ecológica
dos Estados Membros da
Comunidade Europeia atendendo
às exigências económicas, sociais
e culturais das diferentes regiões
que a constituem.
Contudo também existiram consequências vantajosas
para a Ilha do Faial, pois ocorreu um aumento do
turismo, principalmente na região de Capelo,
contribuindo assim para o sector económico. Portugal
também acrescentou alguns quilómetros quadrados à
sua área.
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