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Por razões óbvias, a estreia na travessia das dunas esteve longe de ser fácil para Nuno Matos e Filipe Serra, com a
dupla que lidera a Taça Internacional FIA de Bajas (Agrupamento T2) a chegar a necessitar de quase 1h30 para
cumprir três dezenas de quilómetros em pleno deserto do Sahara. Mas com o capital de experiência que foram
adquirindo ao longo dos 360 quilómetros da etapa que hoje começou e terminou em Er Rachidia, os pilotos foram
recuperando do atraso inicial e, no final, já demonstraram a competitividade habitual. Para isso também em muito
contribuiu a Isuzu D-Max, que apesar de ser quase de série, resistiu ao calor e à extrema dureza do percurso.
À chegada a Er Rachidia, Nuno Matos admitiu que “o dia de hoje foi um dos maiores desafios que enfrentei na
minha carreira. Houve alturas em que quase cheguei a desanimar, pelo esforço e tempo dispendidos na travessia
das primeiras dunas. Na realidade, é um mundo completamente diferente daquele que até hoje tinha vivido em
qualquer prova da Taça Internacional FIA de Bajas. Por outro lado, é incrível a resistência que a Isuzu D-max e os
pneus Fedima estão a demonstrar, pelo que estamos todos de parabéns pela forma como as coisas estão a
correr”.
A dupla Nuno Matos/Filipe Serra é a única ainda em prova aos comandos de uma viatura do mais restritivo
Agrupamento T2, mas apesar da luta desigual que está a travar, acredita que é possível chegar a Marraqueche, no
domingo, entre os 10 primeiros. “Hoje já estávamos à espera de não sermos tão competitivos e o 16º lugar
conquistado na etapa está de acordo com as nossas expectativas. Com esse resultado, descemos para a 11ª
posição absoluta, mas acreditamos que podemos chegar ao top 10 nos próximos dias. Ainda faltam quase 800
quilómetros disputados ao cronómetro, onde tudo pode acontecer”.
Amanhã disputa-se a sexta etapa do Rally TT Estoril-Portimão-Marrakech, entre Er Rachidia e Zagora, numa distância
de 350 quilómetros.