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Quando era adolescente, sempre gostei de ler estórias em quadrinhos.

De certo,
também, tinha o meu herói preferido, a saber, O HOMEM-ARANHA.

Gosto de suas pitadas de humor. Gosto do seu


poder. Gosto do conflito que tem consigo
próprio, nas palavras do TIO BEN - grandes
poderes trazem grandes responsabilidades, ou
algo parecido. Enfim, sou FÃ do herói, em
quadrinhos, do cara.

Acho super saudável o incentivo à leitura. E,


nada melhor, quando ainda adolescente, ler algo
interessante, aventureiro, com heróis, vilões,
mocinhas em perigo etc... Acho que pegou a ideia!

Desta feita, aconselho a leitura.

No entanto, o fato é que são heróis fictícios. Nada mais! Nada menos!

Um fato interessante
sobre o universo dos
quadrinhos, a propósito,
era profundamente
mergulhado nesse
universo. Um breve relato
dessa minha imersão
neste universo: comecei
lendo HOMEM-
ARANHA, parti para o
SUPER-HOMEM, depois me vi envolvido tanto no universo
DC, quanto no universo MARVEL. Mas, continuando, o interessante é que,
quando um filme desses heróis ganha vida, ou seja, produção Hollywoodiana,
algumas pessoas que assistem não entendem o filme. Dizem que é mentiroso. Um
homem balançar de um prédio ao outro com
auxílio de uma teia. Voar. Exibir garras de
adamantium. Ficar verde e com força
descomunal. Assim por diante.

Muitas das pessoas que assistem a tais filmes,


não entram no universo da personagem, se
opondo, assim por dizer, das características
da mesma, que são sua força, sua relação
com o heroísmo, seus conflitos pessoais – o
fato de ser herói contrapõe com o fato de ter
uma família; que por sua vez, contrapõem
com o fato de poder ter uma família ou não (casos como o SUPER-HOMEM e
LOIS LANE – ela poderá engravidar do SUPER?), entre outros fatores ao qual o
herói está fadado a passar, viver, sofrer...

O problema, a meu ver, é quando trazemos essa carga emotiva, essa admiração
por personagens fictícios, para as “personagens” da vida real. Imaginamos, assim
como nos quadrinhos, uma pessoa com superpoderes, com uma vida secreta
interessante, querendo, ou, de certa forma, influenciando, na maioria das vezes,
pelo bem da humanidade. Arriscando sua vida em prol de outras, sem a nítida e
mínima intenção de receber um obrigado ao final. E por aí vai.

Nesses últimos dias estamos chocados,


estarrecidos, incomodados com o caso BRUNO.
Sim, o caso BRUNO!
É verdade? É mentira? Somente ao final do
processo saberemos. Pensando como um jurista,
direi que todos somos inocentes até que provem
do contrário. Logo, BRUNO é inocente, até
provarem do contrário.

Sou FLAMENGUISTA e, de certa forma, essa situação


me incomoda. Não pelo fato de atribuí-lo um poder
específico, ser um deus, ou, qualquer outra coisa parecida,
mas, simplesmente, pelo fato de ser torcedor do
FLAMENGO.

Em meu achismo, acredito que a “nação”, somos mais de


32.600.000 (trinta e dois milhões e seiscentos – site do
flamengo
http://www.flamengomtm.kit.net/torcida/maior_do_mundo.htm ) espalhados pelo
mundo, está sentida com o caso.

Não é por menos. Tem suspense, drama, requinte de crueldade, caso amoroso,
enfim, uma história que gostaríamos que fosse somente uma estória. Daquelas
que ao final, tudo acaba bem.

Como disse antes, não que fosse nosso HERÓI, mas, ficamos realmente sentidos.

O que me faz lembrar do CAZUZA. Não foi ele quem


cantou que seus heróis foram mortos por overdose?
Burguês que caçoava da própria linhagem, assim por
dizer, dizendo ser diferente! Será?

Dizia ser artista. Dizia que enquanto houvesse


burguesia, não haveria poesia.
Dizem que foi poeta! Foi burguês, isto é fato. Logo, não fosse o empenho do seu
pai pela sua educação, o seria? Fato é, ficava na “vagabundagem” (Extraído de
sua Biografia, site: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_3829.html ).
Sua vida era vivia sob o trinômio: SEXO, DROGAS e ROCK’N ROLL. Além, é
claro, de sua opção sexual, era bissexual.

Engraçado que o mesmo burguês arrogante, que não ligava para a vida, que vivia
o hoje, não pensava no amanhã, sob o trinômio acima descrito, depois de ser
acometido de doença terminal (à época), suplica por uma ideologia prá viver.

Já ouviu essa música antes, IDEOLOGIA? Já? Prestou atenção à letra? Não?
Então, preste nesses trechos que cortamos:

“Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...”

“...
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..”

“...
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...”

FREUD diria que acima, encontra-se uma pessoa brigando com o


que foi, e, vendo que “tudo” o que foi, não o levou a lugar algum.
Uma pessoa dividida entre suas crenças e, a constatação que,
enfim, elas não o levaram a nada.

Um derrotado. Um LOSER! (no bom inglês).

Dito isto, finalizo com a simples indagação: e você? Quem é o seu HERÓI?
Meu irmão, saiba onde está depositando sua fé. Sua esperança.

Ah! Caso queira saber o meu, na boa, na real, sempre foi DEUS. Deposite n’Ele,
e somente n’Ele suas esperanças que, com certeza, ao final de sua estada aqui na
terra, poderá dizer igual ao APÓSTOLO PAULO: “COMBATI O BOM
COMBATE, ACABEI A CARREIRA, GUARDEI A FÉ. (2 Tm 4:7)”

Amém!

http://letras.terra.com.br/cazuza/43860/ IDEOLOGIA
http://letras.terra.com.br/cazuza/43858/ BURGUESIA

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