Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD - Gouvêa de Souza, fala sobre a necessidade das empresas investirem já em Sustentabilidade e Consumo Consciente, sob pena de se tornarem irrelevantes para os clientes
Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD - Gouvêa de Souza, fala sobre a necessidade das empresas investirem já em Sustentabilidade e Consumo Consciente, sob pena de se tornarem irrelevantes para os clientes
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Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD - Gouvêa de Souza, fala sobre a necessidade das empresas investirem já em Sustentabilidade e Consumo Consciente, sob pena de se tornarem irrelevantes para os clientes
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* Por Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
Os movimentos que convergem para o crescimento de importância dos temas
Sustentabilidade e Consumo Consciente criam o que se convencionou chamar de Profecia Autorrealizável.
São tantas frentes contribuindo para a sensibilização e tomada de consciência
sobre esses assuntos, em todos os níveis, que sua importância na vida das pessoas, das empresas e na sociedade, se tornará, de forma exponencial e irreversível, muito mais importante. Até que não se possa deixar de considerar suas implicações nas discussões sobre quaisquer aspectos.
Na imprensa esses temas têm ocupado crescente e permanente espaço, com
notícias diárias em jornais, pauta permanente nas principais revistas e programas semanais na televisão dedicados ao assunto.
Nas escolas, em todos os níveis, os temas são debatidos, trabalhos são
realizados e visitas são feitas para criar maior consciência nos estudantes.
Novos livros são constantemente lançados focando os temas. Só na Amazon,
estão catalogadas 433 obras sobre o assunto, que vão de discussões globais sobre o tema até orientação de alinhamento pessoal com melhores práticas.
Muitas empresas de varejo, como Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour, só para
mencionar as três maiores no Brasil, entenderam a importância do assunto e, rigorosamente, disputam entre si a liderança na percepção positiva dos consumidores sobre suas ações nessas áreas.
E a importância do setor varejista na transformação sustentável no cenário
global é vital, pois sua ação junto aos fornecedores desencadeia um efeito multiplicador em toda a cadeia de abastecimento, chegando até os fornecedores de sementes e insumos para os produtos perecíveis, só como exemplo.
Mas envolve igualmente toda a cadeia de todos os produtos, insumos e
serviços utilizados por essas organizações, podendo prestigiar os fornecedores mais alinhados com essas propostas ou cortar outros que não se alinham com as melhores práticas, como aconteceu com a Office Depot nos Estados Unidos, que eliminou fornecedores de papel pela destruição de florestas na Ásia.
Grandes corporações, como Petrobras, Vale, Banco Itaú, Bradesco e
Santander, só para falar de algumas das mais relevantes em volume de transações, também disputam a liderança ou, ao menos, o reconhecimento do alinhamento “verde” e sustentável.
Empresas de médio e pequeno porte, de alguma maneira, também buscam
prestar contas sobre o assunto e envolvem seus funcionários e fornecedores sobre esses temas.
Governos se veem na obrigação de elevar a importância que vinham dando ao
assunto ante o crescimento da consciência e demandas das sociedades, passando a priorizar o debate das ideias e a adoção de medidas coercitivas para um comportamento mais alinhado com as práticas recomendáveis.
ONGs e outras entidades sem fins lucrativos multiplicam-se em defesa cada
vez mais eloquente do assunto. Não deixa de ser exemplar o diálogo ouvido na Avenida Paulista, em São Paulo, na sexta-feira passada, na hora do almoço. Alguns militantes do Greenpeace, devidamente identificados, abordavam as pessoas para falar sobre sua causa e, um deles, meio apressado, ao ser abordado, antes mesmo que o militante pudesse começar a falar, já se manifestou dizendo que queria se integrar ao grupo, pois compartilhava das mesmas preocupações. É quase uma mobilização coletiva pela conscientização.
Diversos fundos e empresas de venture capital já analisam seus investimentos
levando em consideração o alinhamento das empresas com as melhores práticas na área de Sustentabilidade, chegando em casos extremos a não colocar recursos em organizações que não tenham políticas e práticas bem definidas.
Multiplicam-se empresas de consultoria, auditoria, avaliação e implantação de
projetos no campo ambiental, responsabilidade social, de sustentabilidade, rastreamento, cultura orgânica e todas as possíveis modalidades convergentes com os temais centrais.
A consequência natural de todo esse processo é que os temas
Sustentabilidade e Consumo Consciente, que estavam no plano da Responsabilidade Social e tratados muitas vezes de forma periférica, migram para a “sala principal” e passam a disputar a atenção estratégica da cúpula das organizações, demandando mais tempo, investimentos e atenção, sob pena de um alinhamento equivocado e maiores consequências no futuro. Um futuro cada vez mais próximo.
Este é mais um artigo sobre o Metaconsumidor, tema que será
apresentado e debatido durante o 13º Fórum de Varejo da América Latina, nos dias 19 e 20 de outubro em São Paulo, que ocorre como parte do Multiretail – evento focado nas tendências e perspectivas do segmento de varejo no Brasil e promovido pela GS&MD – Gouvêa de Souza.