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Legislação Cooperativista

Resoluções do Conselho
Nacional de Cooperativismo
Legislação Cooperativista

Lei nº 5.764, de 16.12.71


Lei nº 7.231, de 23.10.84
Decreto 90.393, de 30.10.84

Resoluções do Conselho
Nacional de Cooperativismo

7ª Edição
1998

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Capítulo XIV Do Conselho Nacional de Cooperativismo 24
ÍNDICE SISTEMÁTICO Capítulo XV Dos Órgãos Governamentais 27
Capítulo XVI Da Representação do Sistema Cooperativista 27
Capítulo XVII Dos Estímulos Creditícios 29
Capítulo XVIII Das Disposições Gerais e Transitórias 29

Lei Nº 5.764, de 16.12.71


Lei Nº 7.231, de 23.10.84
Capítulo I Da Política Nacional de Cooperativismo 05 Transfere o controle e a fiscalização das cooperativas do INCRA para
Capítulo II Das Sociedades Cooperativas 06 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA e dispõe sobre a composição do
Capítulo III Do objetivo e Classificação das Sociedades Conselho Nacional de Cooperativismo 31
Cooperativas 06
Capítulo IV Da Constituição das Sociedades Cooperativas 08
Seção I Da Autorização de Funcionamento 08 DECRETO Nº 90.393, DE 30.10.84
Seção II Do Estatuto Social 09
Capítulo V Dos Livros 10 Cria a Secretaria de Cooperativismo - SENACOOP e dispõe sobre a
Capítulo VI Do Capital Social 10 composição do Conselho Nacional de Cooperativismo 33
Capítulo VII Dos Fundos 11
Capítulo VIII Dos Associados 12
Capítulo IX Dos Órgãos Sociais 13
Seção I Das Assembléias Gerais 13 RESOLUÇÕES DO CNC
Seção II Das Assembléias Gerais Ordinárias 14
Seção III Das Assembléias Gerais Extraordinárias 15 01 Operações da cooperativa com não-associados 37
Seção IV Dos Órgãos de Administração 15 02 Grupos seccionais de associados, nos termos do art. 42, § § 3º e 6º,
Seção V Do Conselho Fiscal 16 da Lei 5.764 38
Capítulo X Fusão, Incorporação e Desmembramento 17 04 Participação de cooperativas em sociedades não-cooperativas 39
Capítulo XI Da Dissolução e Liquidação 18 05 Modifica a alínea “b”, item II, da Resolução CNC nº 01 41
Capítulo XII Do Sistema Operacional das Cooperativas 20 07 Dissolução das Cooperativas será complementada pela liquidação 42
Seção I Do Ato Cooperativo 20 10 Capital rotativo 42
Seção II Das Distribuições de Despesas 21 11 Cooperativas Escolares 43
Seção III Das Operações da Cooperativa 21 12 Administração das cooperativas e renovação obrigatória apenas do
Seção IV Dos Prejuízos 22 Conselho de Administração 45
Seção V Do Sistema Trabalhista 23 15 Regulamentação dos arts. 17, 18, 20 e 97, IV, da Lei 5.764 45
Capítulo XIII Da Fiscalização e Controle 23 16 Fundo Nacional de Cooperativismo 48

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17 Voto único dos associados individuais nas Centrais e Federações 50
18 Juros do capital só serão devidos havendo sobras 51
19 Suprime a alínea “b”, item V, da Resolução CNC nº 04 51
20 Extensão do FGTS aos Diretores não-empregados da cooperativa 52
21 Filiação de cooperativa singular a outra cooperativa singular 52
22 Contribuição Cooperativista 53
23 Cooperativas-Escola 54
24 Regulamenta os arts. 20 e 97, IV, da Lei 5.764, que tratam da
reforma dos estatutos e recursos para o CNC 56
26 Revoga as Resoluções 03 e 09 e o item XVII da Resolução 15 58
27 Correção monetária do balanço das cooperativas 58
28 Filiação de Cooperativa Central ou Federação de Cooperativas a
outra Central ou Federação 59
29 Contabilização dos resultados das aplicações no mercado

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financeiro feitas pelas Cooperativas
Cancelamento da autorização para funcionar e do registro nos
60 Lei nº 5.764,
casos de dissolução das Cooperativas (art.63, § único, da Lei de 16 de dezembro de 1971
5.764) 60
31 Condições para o exercício de cargos eletivos da administração e
fiscalização das cooperativas 61
32 Altera o texto do item VI da Resolução nº 01 62
33 Cadastro Geral das Cooperativas 62
34 Filiação de Confederação de Cooperativas a outra Confederação 63

RESOLUÇÕES REVOGADAS (03,06,08,09,13,14 e 25) 64

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Lei Nº 5.764 de 16 de dezembro de 1971

Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico


das sociedades cooperativas e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DA POLÍTICA NACIONAL DE COOPERATIVISMO

Art. 1º Compreende-se como Política Nacional de Cooperativismo a


atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema
cooperativo, originárias de setor público ou privado, isoladas
ou coordenadas entre si, desde que reconhecido seu interesse
público.

Art. 2º As atribuições do Governo Federal na coordenação e no


estímulo às atividades de cooperativismo no território nacional
serão exercidas na forma desta lei e das normas que surgirem
em sua decorrência.

Parágrafo único - A ação do Poder Público se exercerá,


principalmente, mediante prestação de assistência técnica e de
incentivos financeiros e creditórios especiais, necessários à
criação, desenvolvimento e integração das entidades
cooperativas.

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VII retorno da sobras líquidas do exercício, proporcionalmente
CAPÍTULO II às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação
DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS em contrário da Assembléia Geral;

VIII indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência


Art. 3º Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que Técnica, Educacional e Social;
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços
para o exercício de uma atividade econômica, de proveito IX neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e
comum, sem objetivo de lucro. social;

Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e X prestação de assistência aos associados, e, quando prevista
natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a nos estatutos, aos empregados da cooperativa;
falência, constituídas para prestar serviços aos associados,
distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes XI área de admissão de associados limitada às possibilidades
características: de reunião, controle, operações e prestação de serviços.

I adesão voluntária, com número ilimitado de associados,


salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;
CAPÍTULO III
DO OBJETIVO E CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
II variabilidade do capital social, representado por quotas- COOPERATIVAS
partes;
Art. 5º As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer
III limitação do número de quotas-partes do capital para cada gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o
associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da
de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o expressão “cooperativa” em sua denominação.
cumprimento dos objetivos sociais; Parágrafo único - É vedado às cooperativas o uso da expressão
“Banco”.
IV incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros,
estranhos à sociedade; Art. 6º As sociedades cooperativas são consideradas:

V singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, I singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20
federações e confederações de cooperativas, com exceção (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida
das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as
proporcionalidade; mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas
físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos1;
VI “quorum” para o funcionamento e deliberação da
Assembléia Geral baseado no número de associados e não (1) Filiação de cooperativa singular a outra cooperativa singular: V.Resolução CNC nº
21
no capital;

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II cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as Art. 9º As confederações de cooperativas têm por objetivo orientar e
constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo, coordenar as atividades das filiadas, nos casos em que o vulto
excepcionalmente, admitir associados individuais1; dos empreendimentos transcender o âmbito de capacidade ou
conveniência de atuação das centrais e federações.
III confederações de cooperativas as constituídas, pelo menos,
de 3 (três) federações de cooperativas ou cooperativas
centrais, da mesma ou de diferentes modalidades2; Art. 10 As cooperativas se classificam também de acordo com o objeto
ou pela natureza das atividades desenvolvidas por elas ou por
§ 1º Os associados individuais das cooperativas centrais e seus associados.
federações de cooperativas serão inscritos no Livro de
Matrícula da sociedade e classificados em grupos § 1º Além das modalidades de cooperativas já consagradas,
visando à transformação, no futuro, em cooperativas caberá ao respectivo órgão controlador apreciar e
singulares que a elas se filiarão. caracterizar outras que se apresentem.

§ 2º A exceção estabelecida no item II, in fine, do “caput” § 2º Serão consideradas mistas as cooperativas que
deste artigo não se aplica às centrais e federações que apresentarem mais de um objeto de atividades.
exerçam atividades de crédito.
§ 3º Somente as cooperativas agrícolas mistas poderão criar e
Art. 7º As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta manter seção de crédito.
de serviços aos associados.

Art. 8º As cooperativas centrais e federações de cooperativas Art. 11 As sociedades cooperativas serão de responsabilidade limitada,
objetivam organizar, em comum e em maior escala, os serviços quando a responsabilidade do associado pelos compromissos da
econômicos e assistenciais de interesse das filiadas, integrando sociedade se limitar ao valor do capital por ele subscrito.
e orientando suas atividades, bem como facilitando a utilização
recíproca dos serviços.
Art. 12 As sociedades cooperativas serão de responsabilidade ilimitada,
Parágrafo único - Para a prestação de serviços de interesse quando a responsabilidade do associado pelos compromissos da
comum, é permitida a constituição de cooperativas centrais, às sociedade for pessoal, solidária e não tiver limite.
quais se associem outras cooperativas de objetivo e finalidades
diversas.
Art 13 A responsabilidade do associado para com terceiros, como
membro da sociedade, somente poderá ser invocada depois de
judicialmente exigida da cooperativa.
(1) Filiação entre si de cooperativas centrais ou federações de cooperativas:
V.Resolução CNC nº 28
(2) Filiação entre si de confederações de cooperativas: V.Resolução CNC nº 34.

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CAPÍTULO IV Art. 18 Verificada, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da
DA CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS data de entrada em seu protocolo, pelo respectivo órgão
executivo federal de controle ou órgão local para isso
Art. 14 A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da
credenciado, a existência de condições de funcionamento da
Assembléia Geral dos fundadores, constantes da respectiva ata
cooperativa em constituição, bem como a regularidade da
ou por instrumento público.
documentação apresentada, o órgão controlador devolverá,
devidamente autenticadas, 2 (duas) vias à cooperativa
Art. 15 O ato constitutivo, sob pena de nulidade, deverá declarar:
acompanhadas de documento dirigido à Junta Comercial do
I a denominação da entidade, sede e objeto de
Estado, onde a entidade estiver sediada, comunicando a
funcionamento;
aprovação do ato constitutivo da requerente1.
II o nome, nacionalidade, idade, estado civil, profissão e
residência dos associados fundadores que o assinaram,
§ 1º Dentro desse prazo, o órgão controlador, quando julgar
bem como o valor e número da quota-parte de cada um;
conveniente, no interesse do fortalecimento do sistema,
poderá ouvir o Conselho Nacional de Cooperativismo,
III aprovação do estatuto da sociedade;
caso em que não se verificará a aprovação automática
prevista no parágrafo seguinte.
IV o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência
dos associados eleitos para os órgãos de administração,
fiscalização e outros.
§ 2º A falta de manifestação do órgão controlador no prazo a
que se refere este artigo implicará a aprovação do ato
Art. 16 O ato constitutivo da sociedade e os estatutos, quando não
constitutivo e o seu subsequente arquivamento na Junta
transcritos naquele, serão assinados pelos fundadores.
Comercial respectiva.
SEÇÃO I
DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
§ 3º Se qualquer das condições citadas neste artigo não for
atendida satisfatoriamente, o órgão ao qual compete
Art. 17 A cooperativa constituída da forma da legislação vigente
conceder a autorização dará ciência ao requerente,
apresentará ao respectivo órgão executivo federal de controle,
indicando as exigências a serem cumpridas no prazo de
no Distrito Federal, Estados ou Territórios, ou ao órgão local
60 (sessenta) dias, findos os quais, se não atendidas, o
para isso credenciado, dentro de 30 (trinta) dias da data da
pedido será automaticamente arquivado.
constituição, para fins de autorização, requerimento
acompanhado de 4 (quatro) vias do ato constitutivo, estatuto e
lista nominativa, além de outros documentos considerados
necessários1.
(1)V.Resolução CNC nº 15
(1)V.Resolução CNC nº 15.

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§ 4º À parte é facultado interpor da decisão proferida pelo § 9º A autorização para funcionamento das cooperativas de
órgão controlador, nos Estados, Distrito Federal ou habitação, das de crédito e das seções de crédito das
Territórios, recurso para a respectiva administração cooperativas agrícolas mistas subordina-se, ainda à
central, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contado da política dos respectivos órgãos normativos.
data do recebimento da comunicação e, em segunda e
última instância, ao Conselho Nacional de § 10º A criação de seções de crédito nas cooperativas agrícolas
Cooperativismo, também no prazo e 30 (trinta) dias, mistas será submetida à prévia autorização do Banco
exceção feita às cooperativas de crédito, às seções de Central do Brasil.
crédito das cooperativas agrícolas mistas e às
cooperativas habitacionais, hipótese em que o recurso Art. 19 A cooperativa escolar1 não estará sujeita ao arquivamento dos
será apreciado pelo Conselho Monetário Nacional, no documentos de constituição, bastando remetê-los ao Instituto
tocante às duas primeiras, e pelo Banco Nacional de Nacional de Colonização e Reforma Agrária2, ou respectivo
Habitação1 em relação às ultimas. órgão local de controle, devidamente autenticados pelo diretor
do estabelecimento de ensino ou a maior autoridade escolar do
§5º Cumpridas as exigências, deverá o despacho do município, quando a cooperativa congregar associados de mais
deferimento ou indeferimento da autorização ser exarado de um estabelecimento de ensino.
dentro de 60 (sessenta) dias, findos os quais, na ausência
de decisão, o requerimento será considerado deferido. Art. 20 A reforma de estatutos obedecerá, no que couber, ao disposto
Quando a autorização depender de dois ou mais órgãos nos artigos anteriores, observadas as prescrições dos órgãos
do poder público, cada um deles terá o prazo de 60 normativos3.
(sessenta) dias para se manifestar.
SEÇÃO II
§ 6º Arquivados os documentos na Junta Comercial e feita a DO ESTATUTO SOCIAL
respectiva publicação, a cooperativa adquire
personalidade jurídica, tornando-se apta a funcionar. Art. 21 O estatuto da cooperativa, além de atender ao disposto no art. 4º,
deverá indicar:
§ 7º A autorização caducará, independentemente de qualquer
despacho, se a cooperativa não entrar em atividade I a denominação, sede, prazo de duração, área de ação,
dentro do prazo de 90 (noventa) dias contados da data em objeto da sociedade, fixação do exercício social e da data
que foram arquivados os documentos na Junta do levantamento do balanço geral;
Comercial.

§8º Cancelada a autorização, o órgão de controle expedirá


comunicado à respectiva Junta Comercial, que dará baixa (1) V.Resolução CNC nº 11.
(2) Em lugar do INCRA, à SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).
nos documentos arquivados. (3) V.Resolução CNC nº 24.
(1) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Dec.Lei 2.291, de 21.11.86, art.1º , § 1º)

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CAPÍTULO V
II os direitos e deveres dos associados, natureza de suas DOS LIVROS
responsabilidades e as condições de admissão, demissão,
eliminação e exclusão e as normas para sua representação
nas assembléias gerais; Art. 22 A sociedade cooperativa deverá possuir os seguintes livros:

III o capital mínimo, o valor da quota-parte, o mínimo de I de Matrícula;


quotas-partes a ser subscrito pelo associado, o modo de II de Atas das Assembléias Gerais;
integralização das quotas-partes, bem como as condições III de Atas dos Órgãos de Administração;
de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou de IV de Atas do Conselho Fiscal;
exclusão do associado; V de Presença dos Associados nas Assembléias Gerais;
VI outros, fiscais e contábeis, obrigatórios.
IV a forma de devolução das sobras registradas aos associados,
ou do rateio das perdas apuradas por insuficiência de Parágrafo único - É facultada a adoção de livros de folhas
contribuição para cobertura das despesas da sociedade; soltas ou fichas.

V o modo de administração e fiscalização, estabelecendo os Art. 23 No livro de Matrícula, os associados serão inscritos por ordem
respectivos órgãos, com definição de suas atribuições, cronológica de admissão, dele constando:
poderes e funcionamento, a representação ativa e passiva I o nome, idade, estado civil, nacionalidade, profissão e
da sociedade em juízo ou fora dele, o prazo do mandato, residência do associado;
bem como o processo de substituição dos administradores
e conselheiros fiscais; II a data de sua admissão e, quando for o caso, de sua
demissão a pedido, eliminação ou exclusão;
VI as formalidades de convocação das assembléias gerais e a
maioria requerida para a sua instalação e validade de suas III a conta corrente das respectivas quotas-partes do capital
deliberações, vedado o direito de voto aos que nelas social.
tiverem interesse paricular sem privá-los da participação
nos debates; CAPÍTULO VI
DO CAPITAL SOCIAL1
VII os casos de dissolução voluntária da sociedade;
Art. 24 O capital social será subdividido em quotas-partes, cujo valor
VIII o modo e o processo de alienação ou oneração de bens unitário não poderá ser superior ao maior salário mínimo vigente
imóveis da sociedade; no pais.

IX o modo de reformar o estatuto;


(1) V.Resolução CNC nº 10, que dispõe sobre o capital rotativo.
X o número mínimo de associados.

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Art.27 A integralização das quotas-partes e o aumento do capital social
§ 1º Nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um poderão ser feitos com bens avaliados previamente e após
terço) do total das quotas-partes, salvo nas sociedades em homologação em Assembléia Geral ou mediante retenção de
que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao determinada porcentagem do valor do movimento financeiro de
movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo cada associado.
dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou
transformados ou, ainda, em relação à área cultivada ou § 1º O disposto neste artigo não se aplica às cooperativas de
ao número de plantas e animais em exploração. crédito, às agrícolas mistas com seção de crédito e às
habitacionais.
§ 2º Não estão sujeitas ao limite estabelecido no parágrafo
anterior as pessoas jurídicas de direito público que § 2º Nas sociedades cooperativas em que a subscrição do
participem de cooperativas de eletrificação, irrigação e capital for diretamente proporcional ao movimento ou à
telecomunicações. expressão econômica de cada associado, o estatuto
deverá prever sua revisão periódica ajustamento às
§ 3º É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie condições vigentes.
de benefício às quotas-partes do capital ou estabelecer
outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em
CAPÍTULO VII
favor de quaisquer associados ou terceiros, excetuando-
se os juros até o máximo de 12% (doze por cento) ao ano DOS FUNDOS
que incidirão sobre a parte integralizada1.
Art. 28 As cooperativas são obrigadas a constituir:
I Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao
Art. 25 Para a formação do capital social poder-se-á estipular que o desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10%
pagamento das quotas-partes seja realizado mediante prestações (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do
periódicas, independentemente de chamada, por meio de exercício;
contribuições ou outra forma estabelecida a critério dos
respectivos órgãos executivos federais. II Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social,
destinado à prestação de assistência aos associados, seus
familiares e, quando previsto nos estatutos, aos
Art. 26 A transferência de quotas-partes será averbada no Livro de empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por
matrícula, mediante termo que conterá as assinaturas do cento), pelos menos, das sobras líquidas apuradas no
cedente, do cessionário e do diretor que o estatuto designar. exercício.

§ 1º Além dos previstos neste artigo, a Assembléia Geral


poderá criar outros fundos, inclusive rotativos, com
(1) V.Resolução CNC nº 18. recursos destinados a fins específicos, fixando o modo de
formação, aplicação e liquidação.

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Art. 31 O associado que aceitar e estabelecer relação empregatícia com
§ 2º Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência a cooperativa perde o direito de votar e ser votado, até que
Técnica, Educacional e Social poderão ser executados sejam aprovadas as contas do exercício em que ele deixou o
mediante convênio com entidades públicas e privadas. emprego.

CAPÍTULO VIII Art. 32 A demissão do associado será unicamente a seu pedido.


DOS ASSOCIADOS
Art. 33 A eliminação do associado é aplicada em virtude de infração
Art. 29 O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar legal ou estatutária, ou por fato especial previsto no estatuto,
os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos mediante termo firmado por quem de direito no Livro de
propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no Matrícula, com os motivos que a determinaram.
estatuto, ressalvado o disposto no art. 4º, item 1, desta lei.

§ 1º A admissão dos associados poderá ser restrita, a critério Art. 34 A diretoria da cooperativa tem o prazo de 30 (trinta) dias para
do órgão normativo respectivo, às pessoas que exerçam comunicar ao interessado a sua eliminação.
determinada atividade ou profissão, ou estejam
vinculadas a determinada entidade.
§2º Poderão ingressar nas cooperativas de pesca e nas Parágrafo único - Da eliminação cabe recurso, com efeito
constituídas por produtores rurais ou extrativistas, as suspensivo, à primeira Assembléia Geral.
pessoas jurídicas que pratiquem as mesmas atividades
econômicas das pessoas físicas associadas.
§3º Nas cooperativas de eletrificação, irrigação e Art. 35 A exclusão do associado será feita:
telecomunicações, poderão ingressar as pessoas jurídicas
que se localizem na respectiva área de operações.
§4º Não poderão ingressar no quadro das cooperativas os I por dissolução da pessoa jurídica;
agentes de comércio e empresários que operem no II por morte da pessoa física;
mesmo campo econômico da sociedade. III por incapacidade civil não suprida;
IV por deixar de atender aos requisitos estatutários de
ingresso ou permanência na cooperativa.
Art. 30 À exceção das cooperativas de crédito e das agrícolas mistas
com seção de crédito, a admissão de associados, que se efetiva
mediante aprovação de seu pedido de ingresso pelo órgão de Art. 36 A responsabilidade do associado perante terceiros, por
administração, complementa-se com a subscrição das quotas- compromissos da sociedade, perdura para os demitidos,
partes de capital social e sua assinatura no Livro de Matrícula. eliminados ou excluídos até quando aprovadas as contas do
exercício em que se deu o desligamento.

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Parágrafo único - As obrigações dos associados falecidos, § 1º As Assembléias Gerais serão convocadas com
contraídas com a sociedade, e as oriundas de sua antecedência mínima de 10 (dez) dias, em primeira
responsabilidade como associado em face de terceiros, passam convocação, mediante editais afixados em locais
aos herdeiros, prescrevendo, porém, após um ano contado do apropriados das dependências comumente mais
dia da abertura da sucessão, ressalvados os aspectos peculiares frequentadas pelos associados, publicação em jornal e
das cooperativas de eletrificação rural e habitacionais. comunicação aos associados por intermédio de
circulares. Não havendo, no horário estabelecido, “
quorum “ de instalação, as assembléias poderão ser
Art. 37 A cooperativa assegurará a igualdade de direito dos associados, realizadas em segunda ou terceira convocações desde que
sendo-lhe defeso: assim permitam os estatutos e conste do respectivo edital,
quando então será observando o intervalo mínimo de 1
I remunerar a quem agencie novos associados; (uma) hora entre a realização por uma ou outra
convocação.
II cobrar prêmios ou ágio pela entrada de novos associados
ainda a título de compensação das reservas; § 2º A convocação será feita pelo Presidente, ou por qualquer
dos órgãos de administração, pelo Conselho Fiscal, ou
III estabelecer restrições de qualquer espécie ao livre após solicitação não atendida, por 1/5 (um quinto) dos
exercício dos direitos sociais. associados em pleno gozo dos seus direitos.

§ 3º As deliberações nas Assembléias Gerais serão tomadas


por maioria de voto dos associados presentes com direito
CAPÍTULO IX de votar.
DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Art. 39 É da competência das Assembléias Gerais, ordinárias ou
extraordinárias, a destituição dos membros dos órgãos de
SEÇÃO I administração ou fiscalização.
DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS
Parágrafo único - Ocorrendo destituição que possa afetar a
regularidade da administração ou fiscalização da entidade,
poderá a Assembléia designar administradores e conselheiros
Art. 38 A Assembléia Geral dos associados é órgão supremo da provisórios, até a posse dos novos, cuja eleição se efetuará no
sociedade, dentro dos limites legais e estatutários, tendo prazo máximo de 30 (trinta) dias.
poderes para decidir os negócios relativos ao objeto da
sociedade e tomar as resoluções convenientes ao Art. 40 Nas Assembléias Gerais o “quorum” de instalação será o
desenvolvimento e defesa desta, e suas deliberações vinculam a seguinte:
todos, ainda que ausentes ou discordantes.

13
§ 3º O estatuto determinará o número de delegados, a época e
I 2/3 (dois terços) do número de associados, em primeira forma de sua escolha por grupos seccionais de associados
convocação; de igual número e o tempo de duração da delegação.
II metade mais 1 (um) dos associados em segunda
convocação; § 4º Admitir-se-á, também, a delegação definida no parágrafo
III mínimo de 10 (dez) associados na terceira convocação, anterior nas cooperativas singulares cujo número de
ressalvado o caso de cooperativas centrais e federações e associados seja inferior a 3.000 (três mil), desde que
confederações de cooperativas, que se instalarão com haja filiados residindo a mais de 50 km (cinquenta
qualquer número. quilômetros) da sede.

Art. 41 Nas Assembléias Gerais das cooperativas centrais, federações e § 5º Os associados, integrantes de grupos seccionais, que não
confederações de cooperativas, a representação será feita por sejam delegados, poderão comparecer às Assembléias
delegados indicados na forma dos seus estatutos e credenciados Gerais, privados, contudo, de voz e voto.
pela diretoria das respectivas filiadas1.
Parágrafo único - Os grupos de associados individuais das § 6º As Assembléias Gerais compostas por delegados decidem
cooperativas centrais e federações de cooperativas serão sobre todas as matérias que, nos termos da lei ou dos
representados por 1 (um) delegado, escolhido entre seus estatutos, constituem objeto de decisão da Assembléia
membros e credenciado pela respectiva administração. Geral dos associados.

Art. 42 Nas cooperativas singulares, cada associado presente não terá Art. 43 Prescreve em 4 (quatro) anos a ação para anular as deliberações
direito a mais de um voto, qualquer que seja o número de suas da Assembléia Geral viciadas de erro, dolo, fraude ou
quotas-partes2 3. simulação, ou tomadas com violação da lei ou do estatuto,
contando o prazo da data em que a Assembléia foi realizada.
§ 1º Não será permitida a representação por meio de
mandatário.
SEÇAO II
§ 2º Quando o número de associados, nas cooperativas DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIAS
singulares, exceder a 3.000 (três mil), pode o estatuto
estabelecer que os mesmos sejam representados, nas Art. 44 A Assembléia Geral Ordinária, que se realizará, anualmente nos
Assembléias Gerais, por delegados que tenham a 3 (três) primeiros meses após o término do exercício social,
qualidade de associados no gozo de seus direitos e não deliberará sobre os seguintes assuntos que deverão constar da
exerçam cargos eletivos na sociedade. ordem do dia:

I prestação de contas dos órgãos de administração


acompanhada de parecer do Conselho Fiscal,
(1) V.Resolução CNC nº 17. compreendendo:
(2) Redação da Lei nº 6.981, de 30 de março de 1982.
(3) V.Resolução CNC nº 02.

14
a) relatório da gestão;
SEÇÃO III
b) balanço; DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS EXTRAORDINÁRIAS

c) demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas Art. 45 A Assembléia Geral Extraordinária realizar-se-á sempre que
decorrentes da insuficiência das contribuições para necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto de
cobertura das despesas da sociedade e o parecer do interesse da sociedade, desde que mencionado no edital de
Conselho Fiscal; convocação.

II destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas Art. 46 É da competência exclusiva da Assembléia Geral Extraordinária
decorrentes da insuficiência das contribuições para deliberar sobre os seguintes assuntos:
cobertura das despesas da sociedade, deduzindo-se, no
primeiro caso, as parcelas para os Fundos Obrigatórios; I reforma do estatuto;
II fusão, incorporação ou desmembramento;
III eleição dos componentes dos órgãos de administração, do III mudança do objeto da sociedade;
Conselho Fiscal e de outros, quando for o caso; IV dissolução voluntária da sociedade e nomeação de
liquidantes;
IV quando previsto, a fixação do valor dos honorários, V contas do liquidante.
gratificações e cédula de presença dos membros do
Conselho de Administração ou da Diretoria e do Conselho Parágrafo único - São necessários os votos de 2/3 (dois terços)
Fiscal; dos associados presentes, para tornar válidas as deliberações de
que trata este artigo.
V quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os
enumerados no art. 46.
SEÇÃO IV
DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO
§ 1º Os membros dos órgãos de administração e fiscalização
não poderão participar da votação das matérias referidas Art. 47 A sociedade será administrada por uma Diretoria1 ou Conselho
nos itens I e IV deste artigo. de Administração, composto exclusivamente de associados
eleitos pela Assembléia Geral, com mandato nunca superior a 4
§ 2º À exceção das cooperativas de crédito e das agrícolas (quatro) anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3
mistas com seção de crédito, a aprovação do relatório, (um terço) do Conselho de Administração2.
balanço e contas dos órgãos de administração, desonera
seus componentes de responsabilidade, ressalvados os
casos de erro, dolo, fraude ou simulação, bem como a
infração da lei ou do estatuto. (1) Diretores de Cooperativas e FGTS: V. Resolução CNC nº 20.
(2) V.Resolução CNC nº 12.

15
Parágrafo único - Não podem compor uma mesma Diretoria
§ 1º O estatuto poderá criar outros órgãos necessários à ou Conselho de Administração os parentes entre si até 2º
administração. (segundo) grau, em linha reta ou colateral.

§ 2º A posse dos administradores e conselheiros fiscais das Art. 52 O diretor ou associado que, em qualquer operação, tenha
cooperativas de crédito e das agrícolas mistas com seção interesse oposto ao da sociedade, não pode participar das
de crédito e habitacionais fica sujeita à prévia deliberações referentes a essa operação, cumprindo-lhe acusar o
homologação dos respectivos órgãos normativos. seu impedimento.

Art. 53 Os componentes da Administração e do Conselho Fiscal, bem


Art. 48 Os órgãos de administração podem contratar gerentes técnicos como os liquidantes, equiparam-se aos administradores das
ou comerciais, que não pertençam ao quadro de associados, sociedades anônimas para efeito de responsabilidade criminal.
fixando-lhes as atribuições e salários.
Art. 54 Sem prejuízo da ação que couber ao associado, a sociedade, por
Art. 49 Ressalvada a legislação específica que rege as cooperativas de seus diretores, ou representada pelo associado escolhido em
crédito, as seções de crédito das cooperativas agrícolas mistas e Assembléia Geral, terá direito de ação contra os
as de habitação, os administradores eleitos ou contratados não administradores, para promover sua responsabilidade.
serão pessoalmente responsáveis pelas obrigações que
contraírem em nome da sociedade, mas responderão Art. 55 Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de
solidariamente pelos prejuízos resultantes de seus atos, se sociedades cooperativas pelos mesmos criadas gozarão das
procederem com culpa ou dolo. garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da
Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
Parágrafo único - A sociedade responderá pelos atos a que se de maio de 1943).
refere a última parte deste artigo se os houver ratificado ou
deles logrado proveito.

Art. 50 Os participantes de ato ou operação social em que se oculte a SEÇÃO V


natureza da sociedade podem ser declarados pessoalmente DO CONSELHO FISCAL
responsáveis pelas obrigações em nome dela contraídas, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art. 56 A administração da sociedade será fiscalizada, assídua e


Art. 51 São inelegíveis, além das pessoas impedidas por lei, os minuciosamente, por um Conselho Fiscal, constituído de 3
condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos associados
acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de eleitos anualmente pela Assembléia Geral, sendo permitida
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra apenas a reeleição de 1/3 (um terço) dos seus componentes.
a economia popular, a fé pública ou a propriedade.

16
§ 1º Não podem fazer parte do Conselho Fiscal, além dos Art. 58 A fusão determina a extinção das sociedades que se unem para
inelegíveis enumerados no art. 51, os parentes dos formar a nova sociedade que lhes sucederá nos direitos e
diretores até 2º (segundo) grau, em linha reta ou obrigações.
colateral, bem como os parentes entre si até esse grau.

§ 2º O associado não pode exercer cumulativamente cargos Art. 59 Pela incorporação, uma sociedade cooperativa absorve o
nos órgãos de administração e de fiscalização. patrimônio, recebe os associados, assume as obrigações e se
investe nos direitos de outra ou outras cooperativas.
CAPÍTULO X
FUSÃO, INCORPORAÇÃO E DESMEMBRAMENTO Parágrafo único - Na hipótese prevista neste artigo, serão
obedecidas as mesmas formalidades estabelecidas para a fusão,
limitadas as avaliações ao patrimônio da ou das sociedades
Art. 57 Pela fusão, duas ou mais cooperativas formam nova sociedade.
incorporadas.
§ 1º Deliberada a fusão, cada cooperativa interessada indicará
nomes para nomes para comporem comissão mista que
Art. 60 As sociedades cooperativas poderão desmembrar-se em tantas
procederá aos estudos necessários à constituição da nova
quantas forem necessárias para atender aos interesses dos seus
sociedade, tais como o levantamento patrimonial,
associados, podendo uma das novas entidades ser constituída
balanço geral, plano de distribuição de quotas-partes,
como cooperativa central ou federação de cooperativas, cujas
destino dos fundos de reserva e outros e o projeto de
autorizações de funcionamento e os arquivamentos serão
estatuto.
requeridos conforme o disposto nos arts. 17 e seguintes.
§ 2º Aprovado o relatório da comissão mista e constituída a
nova sociedade em Assembléia Geral conjunta, os
Art. 61 Deliberado o desmembramento, a Assembléia designará uma
respectivos documentos serão arquivados, para aquisição
comissão para estudar as providências necessárias à efetivação
de personalidade jurídica, na Junta Comercial
da medida.
competente, e duas vias dos mesmos, com a publicação
do arquivamento, serão encaminhadas ao órgão
§ 1º O relatório apresentado pela comissão, acompanhado dos
executivo de controle ou ao órgão local credenciado.
projetos de estatutos das novas cooperativas, será
apreciado em nova Assembléia especialmente convocada
§ 3º Exclui-se do disposto no parágrafo anterior a fusão que
para esse fim.
envolver cooperativas que exerçam atividades de crédito.
Nesse caso, aprovado o relatório da comissão mista e
§ 2º O plano de desmembramento preverá o rateio, entre as
constituída a nova sociedade em Assembléia Geral
novas cooperativas, do ativo e passivo da sociedade
conjunta, a autorização para funcionar e o registro
desmembrada.
dependerão de prévia anuência do Banco Central do
Brasil.

17
§ 3º No rateio previsto no parágrafo anterior atribuir-se-á a
cada nova cooperativa parte do capital social da V pela redução do número mínimo de associados ou do
sociedade desmembrada em quota correspondente à capital social mínimo se, até a Assembléia Geral
participação dos associados que passam a integrá-la. subsequente, realizada em prazo não inferior a 6 (seis)
meses, eles não forem restabelecidos;
§ 4º Quando uma das cooperativas for constituída como
cooperativa central ou federação de cooperativas, prever- VI pelo cancelamento da autorização para funcionar;
se-á montante das quotas-partes que as associadas terão
no capital social. VII pela paralisação de suas atividades por mais de 120 (cento
e vinte) dias.
Art. 62 Constituídas as sociedades e observando o disposto nos art. 17
e seguintes, proceder-se-á às transferências contábeis e Parágrafo único - A dissolução da sociedade importará no
patrimoniais necessárias à concretização das medidas adotadas. cancelamento da autorização para funcionar e do registro2.

CAPÍTULO XI Art. 64 Quando a dissolução da sociedade não for promovida


DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO voluntariamente, nas hipóteses previstas no artigo anterior, a
medida poderá ser tomada judicialmente a pedido de qualquer
associado ou por iniciativa do órgão executivo federal.
Art. 63 As sociedades cooperativas se dissolvem de pleno direito1:
Art. 65 Quando a dissolução for deliberada pela Assembléia Geral, esta
I quando assim deliberar a Assembléia Geral, desde que os
nomeará um liquidante, ou mais, e um Conselho Fiscal de 3
associados, totalizando o número mínimo exigido por esta
(três) membros para proceder à sua liquidação.
lei, não se disponham a assegurar a sua continuidade;
§ 1º O processo de liquidação só poderá ser iniciado após a
II pelo decurso do prazo de duração;
audiência do respectivo órgão executivo federal.
III pela consecução dos objetivos predeterminados;
§ 2º A Assembléia Geral, nos limites de suas atribuições,
poderá em qualquer época, destituir os liquidantes e os
IV devido à alteração de sua forma jurídica;
membros do Conselho Fiscal, designando os seus
substitutos.

Art. 66 Em todos os atos e operações, os liquidantes deverão usar a


denominação da cooperativa, seguida da expressão: “Em
liquidação.”
(1) V.Resoluções CNC nº 07.
(2) V.Resolução CNC nº 30.

18
Art. 67 Os liquidantes terão todos os poderes normais de administração,
podendo praticar atos e operações necessários à realização do ativo VIII fornecer aos credores a relação dos associados, se a
e pagamento do passivo. sociedade for de responsabilidade ilimitada e se os
recursos apurados forem insuficientes para o pagamento
Art. 68 São obrigações dos liquidantes: das dívidas;

IX convocar a Assembléia Geral, cada 6 (seis) meses ou


I providenciar o arquivamento, na Junta Comercial, da Ata sempre que necessário, para apresentar relatório e balanço
da Assembléia Geral em que foi deliberada a liquidação; do estado da liquidação e prestar contas dos atos praticados
durante o período anterior;
II comunicar à administração central do respectivo órgão
executivo federal e ao Banco Nacional de Crédito X apresentar à Assembléia Geral, finda a liquidação, o
Cooperativo S.A. a sua nomeação, fornecendo cópia da respectivo relatório e as contas finais;
Ata da Assembléia Geral que decidiu a matéria;
XI averbar, no órgão competente, a Ata da Assembléia Geral
III arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde que considerar encerrada a liquidação.
quer que estejam;
Art. 69 As obrigações e as responsabilidades dos liquidantes regem-se
IV convocar os credores e devedores e promover o pelos preceitos peculiares aos dos administradores da sociedade
levantamento dos créditos e débitos da sociedade; liquidanda.

V proceder nos 15 (quinze) dias seguintes ao de sua Art. 70 Sem autorização da Assembléia não poderá o liquidante gravar
investidura e com a assistência, sempre que possível, dos de ônus os móveis e imóveis, contrair empréstimos, salvo
administradores, ao levantamento do inventário e balanço quando indispensáveis para o pagamento de obrigações
geral do ativo e passivo; inadiáveis, nem prosseguir, embora para facilitar a liquidação,
na atividade social.
VI realizar o ativo social para saldar o passivo e reembolsar os
associados de suas quotas-partes, destinando o Art. 71 Respeitados os direitos dos credores preferenciais, pagará o
remanescente, inclusive o dos fundos indivisíveis, ao liquidante as dívidas sociais proporcionalmente e sem distinção
Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A.; entre vencidas ou não.

VII exigir dos associados a integralização das respectivas Art. 72 A Assembléia Geral poderá resolver, antes de ultimada a
quotas- partes do capital social não realizadas, quando o liquidação, mas depois de pagos os credores, que o liquidante
ativo não bastar para a solução do passivo; faça rateios por antecipação da partilha, à medida em que se
apurem os haveres sociais.

19
Art. 73 Solucionado o passivo, reembolsados os cooperados até o valor Parágrafo único - Decorrido o prazo previsto neste artigo,
de suas quotas-partes e encaminhado o remanescente conforme sem que, por motivo relevante, esteja encerrada a liquidação,
o estatuído convocará o liquidante Assembléia Geral para poderá ser o mesmo prorrogado, no máximo por mais 1 (um)
prestação final de contas. ano, mediante decisão do órgão citado no artigo, publicada,
com os mesmos efeitos, no Diário Oficial.
Art. 74 Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação e a sociedade se
extingue, devendo a Ata da Assembléia ser arquivada na Junta Art. 77 Na realização do ativo da sociedade, o liquidante deverá:
Comercial e publicada.
I mandar avaliar, por avaliadores judicias ou de instituições
Parágrafo único - O associado discordante terá o prazo de 30 Financeiras Públicas, os bens da sociedade;
(trinta) dias, a contar da publicação da Ata, para promover a
ação que couber. II proceder à venda dos bens necessários ao pagamento do
passivo da sociedade, observadas, no que couber, as
Art. 75 A liquidação extrajudicial das cooperativas poderá ser normas constantes dos arts. 117 e 118 do Decreto-lei nº
promovida por iniciativa do respectivo órgão executivo federal, 7.661, de 21 de junho de 1945.
que designará o liquidante, e será processada de acordo com a
legislação específica e demais disposições regulamentares, Art. 78 A liquidação das cooperativas de crédito e da seção de crédito
desde que a sociedade deixe de oferecer condições das cooperativas agrícolas mistas reger-se-á pelas normas
operacionais, principalmente por constatada insolvência. próprias legais e regulamentares.

§ 1º A liquidação extrajudicial, tanto quanto possível, deverá


ser precedida de intervenção na sociedade.
CAPÍTULO XII
§ 2º Ao interventor, além dos poderes expressamente DO SISTEMA OPERACIONAL DAS COOPERATIVAS
concedidos no ato de intervenção, são atribuídas
funções, prerrogativas e obrigações dos órgãos de
administração.
SEÇÃO I
DO ATO COOPERATIVO
Art. 76 A publicação, no Diário Oficial, da Ata da Assembléia Geral da
Sociedade, que deliberou sua liquidação, ou da decisão do
órgão executivo federal quando a medida for de sua iniciativa,
Art. 79 Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as
implicará a sustação de qualquer ação judicial contra a
cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas
cooperativa, pelo prazo de 1 (um) ano, sem prejuízo,
cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos
entretanto, da fluência dos juros legais ou pactuados e seus
objetivos sociais.
acessórios.

20
Parágrafo único - O ato cooperativo não implica operação de SEÇÃO III
mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou DAS OPERAÇÕES DA COOPERATIVA
mercadoria.

Art. 82 A cooperativa que se dedicar a vendas em comum poderá


registrar-se como armazém geral, e nessa condição, expedir “
SEÇÃO II Conhecimentos de Depósitos “ e “ Warrants “ para os
DAS DISTRIBUIÇÕES DE DESPESAS produtos de seus associados conservados em seus armazéns,
próprios ou arrendados, sem prejuízo emissão de outros títulos
decorrentes de suas atividades normais, aplicando-se, no que
Art. 80 As despesas da sociedade serão cobertas pelos associados couber, a legislação específica.
mediante rateio na proporção direta da fruição de serviços.
§ 1º Para efeito deste artigo, os armazéns da cooperativa se
Parágrafo único - A cooperativa poderá, para melhor atender à equiparam aos “Armazéns Gerais” , com as prerrogativas
equanimidade de cobertura das despesas da sociedade, e obrigações deste, ficando os componentes do Conselho
estabelecer: de Administração ou Diretoria Executiva, emitente do
título, responsáveis, pessoal e solidariamente, pela boa
guarda e conservação dos produtos vinculados,
I rateio, em partes iguais, das despesas gerais da sociedade respondendo criminal e civilmente pelas declarações
entre todos os associados, quer tenham ou não, no ano, constantes do título, como também por qualquer ação ou
usufruído dos serviços por ela prestados, conforme omissão que acarrete o desvio, deterioração ou perda dos
definidas no estatuto; produtos.

§ 2º Observado o disposto no § 1º, as cooperativas poderão


II rateio, em razão diretamente proporcional, entre os operar unidades de armazenagem, embalagem e
associados que tenham usufruído dos serviços durante o frigorificação, bem como armazéns gerais alfandegados,
ano, das sobras líquidas ou dos prejuízos verificados no nos termos do disposto no Capítulo IV da Lei nº 5.025,
balanço do exercício, excluídas as despesas gerais já de 10 de junho de 1966.
atendidas na forma do item anterior.
Art. 83 A entrega da produção do associado a sua cooperativa significa
a outorga a esta de plenos poderes para a sua livre disposição,
Art. 81 A cooperativa que tiver adotado o critério de separar as inclusive para gravá-la e dá-la em garantia de operações de
despesas da sociedade e estabelecido o seu rateio na forma crédito realizadas pela sociedade, salvo se, tendo em vista os
indicada no parágrafo único do artigo anterior deverá levantar usos e costumes relativos à comercialização de determinados
separadamente as despesas gerais. produtos, sendo de interesse do produtor, os estatutos
dispuserem de outro modo.

21
Art. 84 As cooperativas de crédito rural e as seções de crédito das Art. 87 Os resultados das operações das cooperativas com não
cooperativas agrícolas mistas só poderão operar com associados, mencionados nos arts. 85 e 86, serão levados à
associados, pessoas físicas, que de forma efetiva e conta do “ Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social“
predominante: e serão contabilizados em separado, de molde a permitir
cálculo para incidência de tributos.
I desenvolvam, na área de ação da cooperativa, atividades
agrícolas, pecuárias, ou extrativas; Art. 88 Mediante prévia e expressa autorização concedida pelo
respectivo órgão executivo federal, consoante as normas e
II se dediquem a operações de captura e transformação do limites instituídos pelo Conselho Nacional de Cooperativismo,
pescado. poderão as cooperativas participar de sociedades não
cooperativas, públicas ou privadas, em caráter excepcional,
Parágrafo único - As operações de que trata este artigo só para atendimento de objetivos acessórios ou complementares1.
poderão ser praticadas com pessoas jurídicas, associadas, desde
que exerçam exclusivamente atividades agrícolas, pecuárias ou Parágrafo único - As inversões decorrentes dessa participação
extrativas na área de ação da cooperativa ou atividades de serão contabilizadas em títulos específicos e seus eventuais
captura ou transformação do pescado. resultados positivos levados ao “ Fundo de Assistência Técnica,
Educacional e Social”.
Art. 85 As cooperativas agropecuárias e de pesca poderão adquirir
produtos de não associados, agricultores, pecuaristas ou
pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento
de contratos ou suprir capacidade ociosa de instalações SEÇÃO IV
industriais das cooperativas que as possuem1. DOS PREJUÍZOS

Art. 86 As cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não


associados, desde que tal faculdade atenda aos objetivos Art. 89 Os prejuízos verificados no decorrer do exercício serão
sociais e estejam de conformidade com a presente lei1. cobertos com recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se
insuficiente este, mediante rateio, entre os associados, na razão
Parágrafo único - No caso das cooperativas de crédito e das direta dos serviços usufruídos, ressalvada a opção prevista no
seções de crédito das cooperativas agrícolas mistas, o disposto parágrafo único do art.80.
neste artigo só se aplicará com base em regras a serem
estabelecidas pelo órgão normativo.

(1) V.Resolução CNC nº 04.

(1) V.Resolução CNC nº 01.

22
SEÇÃO V
DO SISTEMA TRABALHISTA § 1º Mediante autorização do Conselho Nacional de
Cooperativismo, os órgãos controladores federais
Art. 90 Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo poderão solicitar, quando julgarem necessário, a
empregático entre ela e seus associados. colaboração de outros órgãos administrativos, na
execução das atribuições previstas neste artigo.
Art. 91 As cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos
seus empregados para os fins da legislação trabalhista e
previdenciária. § 2º As sociedades cooperativas permitirão quaisquer
verificações determinadas pelos respectivos órgãos de
controle, prestando os esclarecimentos que lhes forem
solicitados, além de serem obrigadas a remeter-lhes
anualmente a relação dos associados admitidos,
CAPÍTULO XIII demitidos, eliminados e excluídos no período, cópias de
atas, de balanços e dos relatórios do exercício social e
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
parecer do Conselho Fiscal.

Art. 92 A fiscalização e o controle das sociedades cooperativas, nos


termos desta lei e dispositivos legais específicos, serão Art. 93 O Poder Público, por intermédio da administração central dos
exercidos, de acordo com o objeto de funcionamento, da órgãos executivos federais competentes, por iniciativa própria
seguinte forma: ou solicitação da Assembléia Geral ou do Conselho Fiscal,
intervirá nas cooperativas quando ocorrer um dos seguintes
I as de crédito e as seções de crédito das agrícolas mistas casos:
pelo Banco Central do Brasil;
I violação contumaz das disposições legais;
II as de habitação pelo Banco Nacional de Habitação1;
II ameaça de insolvência em virtude de má administração da
III as demais pelo Instituto Nacional de Colonização e sociedade;
Reforma Agrária2.
III paralisação das atividades sociais por mais de 120 (cento e
vinte) dias consecutivos;

IV inobservância do art. 56, § 2º.

Parágrafo único - Aplica-se no que couber, às cooperativas


(1) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Dec.lei 2.291, de 21.11.86, art. 1º § 1º).
(2) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84) habitacionais, o disposto neste artigo.

23
Art. 94 Observa-se-á, no processo de intervenção, a disposição
constante do § 2º do art. 75. Parágrafo único - A entidade referida no inciso V (quinto)
deste artigo contará com 3 (três) elementos para fazer-se
representar no Conselho.
CAPÍTULO XIV
Art. 96 O Conselho, que deverá reunir-se ordinariamente uma vez por
DO CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO
mês, será presidido pelo Ministro da Agricultura, a quem
caberá o voto de qualidade, sendo suas resoluções votadas por
Art. 95 A orientação geral da política cooperativista nacional caberá ao maioria simples, com a presença, no mínimo, de 3 (três)
Conselho Nacional de Cooperativismo - CNC, que passará a representantes dos órgãos oficiais mencionados nos itens I a IV
funcionar junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma do artigo anterior.
Agrária - INCRA1, com plena autonomia administrativa e
financeira, na forma do art. 172 do Decreto-lei nº 200, de 25 de Parágrafo único - Nos seus impedimentos eventuais, o
fevereiro de 1967, sob a presidência do Ministro da substituto do Presidente será o Presidente do Instituto Nacional
Agricultura e composto de 8 (oito) membros indicados pelos de Colonização e Reforma Agrária1.
seguintes órgãos representados2:

I Ministério do Planejamento e Coordenação Geral; Art. 97 Ao Conselho Nacional de Cooperativismo compete:


II Ministério da Fazenda, por intermédio do Banco Central I editar atos normativos para a atividade cooperativista
do Brasil; nacional;
III Ministério do Interior, por intermédio do Banco Nacional II baixar normas regulamentadoras, complementares e
de Habitação3; interpretativas da legislação cooperativista;
IV Ministério da Agricultura, por intermédio do Instituto III organizar e manter atualizado o cadastro geral das
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA4, e cooperativas nacionais2;
do Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A;
IV decidir, em última instância, os recursos originários de
V Organização das Cooperativas Brasileiras. decisões do respectivo órgão executivo federal3;

(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP. (1) Secretário Executivo da SENACOOP (Lei 7.231/84, art. 4º, 3º)
(2) Ver Lei 7.231/84, art. 4 e Decreto 90.393/84, art. 3. (2) V.Resolução CNC nº 33.
(3) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Dec.lei 2.291, de 21.11.86, art. 1º § 1º). (3) V.Resoluções CNC nº 15 e 24.
(4) V. Decreto 90.393/84 art.3º , I.

24
V apreciar os anteprojetos que objetivam a revisão da Art. 98 O Conselho Nacional de Cooperativismo - CNC contará com
legislação cooperativista; uma Secretaria Executiva que se incumbirá de seus encargos
administrativos, podendo seu Secretário Executivo requisitar
funcionários de qualquer órgão da Administração Pública.
VI estabelecer condições para o exercício de quaisquer cargos
eletivos de administração ou fiscalização de cooperativas1;
§ 1º O Secretário Executivo do Conselho Nacional de
Cooperativismo será o Diretor do Departamento de
VII definir as condições de funcionamento do empreendimento Desenvolvimento Rural do Instituto Nacional de
cooperativo a que se refere o art. 18; Colonização e Reforma Agrária - INCRA, devendo o
Departamento referido incumbir-se dos encargos
administrativos do Conselho Nacional de
VIII votar o seu próprio regimento; Cooperativismo1.

§ 2º Para os impedimentos eventuais do Secretário Executivo,


IX autorizar, onde houver condições, a criação de Conselhos este indicará à apreciação do Conselho seu substituto2.
Regionais de Cooperativismo, definindo-lhes as
atribuições; Art. 99 Compete ao Presidente do Conselho Nacional de
Cooperativismo:

X decidir sobre a aplicação do Fundo Nacional de I presidir as reuniões;


Cooperativismo nos termos do art. 102 desta lei; II convocar as reuniões extraordinárias;
III proferir o voto de qualidade.

XI estabelecer em ato normativo ou de caso a caso, conforme


julgar necessário, o limite a ser observado nas operações Art. 100 Compete à Secretaria Executiva do Conselho Nacional de
com não associados a que se referem os arts. 85 e 862. Cooperativismo:

Parágrafo único - As atribuições do Conselho Nacional de I dar execução às resoluções do Conselho;


Cooperativismo não se estendem às cooperativas de habitação,
às de crédito e às seções de crédito das cooperativas agrícolas
mistas, no que forem regidas por legislação própria.

(1) O Secretário Executivo do CNC é o titular da SENACOOP, à qual cabem os


encargos administrativos do Conselho (Decreto 90.393/84, art. 3º § 2)
(1) V.Resolução CNC nº 31 (2) O Secretário Executivo do CNC indica a seu substituto (Lei 7.231/84, art. 4º § 2º)
(2) V.Resolução CNC nº 01.

25
Art. 102 Fica mantido, junto ao Banco Nacional de Crédito Cooperativo
II comunicar às decisões do Conselho ao respectivo órgão S.A., o “Fundo Nacional de Cooperativismo”, criado pelo
executivo federal; Decreto-lei nº 59, de 21 de novembro de 1966, destinado a
prover recursos de apoio ao movimento cooperativista
III manter relações com os órgãos executivos federais, bem nacional1.
assim com quaisquer outros órgãos públicos ou privados,
nacionais ou estrangeiros, que possam influir no
aperfeiçoamento do cooperativismo; § 1º O Fundo de que trata este artigo será suprido por:

IV transmitir aos órgãos executivos federais e entidade


superior do movimento cooperativista nacional todas as I dotação incluída no orçamento do Ministério da
informações relacionadas com a doutrina e práticas Agricultura para o fim específico de incentivo às
cooperativistas de seu interesse; atividades cooperativas;

V organizar e manter atualizado o cadastro geral das II juros e amortizações dos financiamentos realizados com
cooperativas nacionais e expedir as respectivas certidões; seus recursos;

VI apresentar ao Conselho, em tempo hábil, a proposta III doações, legados e outras rendas eventuais;
orçamentária do órgão, bem como o relatório anual de suas
atividades; IV dotações consignadas pelo Fundo Federal Agropecuário e
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
VII providenciar todos os meios que assegurem o regular - INCRA2.
funcionamento do Conselho;

VIII executar quaisquer outras atividades necessárias ao pleno § 2º Os recursos do Fundo, deduzido o necessário ao custeio
exercício das atribuições do Conselho. de sua administração, serão aplicados pelo Banco
Nacional de Crédito Cooperativo, obrigatoriamente, em
Art. 101 O Ministério da Agricultura incluirá, em sua proposta financiamento de atividades que interessem de maneira
orçamentária anual, os recursos financeiros solicitados pelo relevante o abastecimento das populações, a critério do
Conselho Nacional de Cooperativismo - CNC, para custear seu Conselho Nacional de Cooperativismo.
funcionamento.

Parágrafo único - As contas do Conselho Nacional de


Cooperativismo - CNC serão prestadas por intermédio do
Ministério da Agricultura, observada a legislação específica
que regula a matéria. (1) V.Resolução CNC nº 16
(2) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Decreto 90.393/84, art. 2º nº 1)

26
§ 3º O Conselho Nacional de Cooperativismo poderá, por CAPÍTULO XVI
conta do Fundo, autorizar a concessão de estímulos ou DA REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA COOPERATIVISTA
auxílios para execução de atividades que, pela sua
relevância sócio-econômica, concorram para o
desenvolvimento do sistema cooperativista nacional. Art. 105 A representação do sistema cooperativista nacional cabe à
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, sociedade
civil, com sede na Capital Federal, órgão técnico-consultivo do
CAPÍTULO XV governo, estruturada nos termos desta lei, sem finalidade
DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS lucrativa, competindo-lhe precipuamente:

a) manter neutralidade política e indiscriminação racial,


Art. 103 As cooperativas permanecerão subordinadas, na parte religiosa e social;
normativa, ao Conselho Nacional de Cooperativismo, com
exceção das de crédito, das seções de crédito das agrícolas b) integrar todos os ramos das atividades cooperativistas;
mistas e das de habitação, cujas normas continuarão a ser
baixadas pelo Conselho Monetário Nacional, relativamente às c) manter registro de todas as sociedades cooperativas que,
duas primeiras, e Banco Nacional de Habitação1, com relação à para todos os efeitos, integram a Organização das
última, observado o disposto no art. 92 desta lei. Cooperativas Brasileiras - OCB;

Parágrafo único - Os órgãos executivos federais, visando à d) manter serviços de assistência geral ao sistema
execução descentralizada de seus serviços, poderão delegar sua cooperativista, seja quanto à estrutura social, seja quanto
competência, total ou parcialmente, a órgãos e entidades da aos métodos operacionais e orientação jurídica, mediante
administração estadual e municipal, bem como, pareceres e recomendações, sujeitas, quando for o caso, à
excepcionalmente, a outros órgãos e entidades da administração aprovação do Conselho Nacional de Cooperativismo -
federal. CNC;

Art. 104 Os órgãos executivos federais comunicarão todas as alterações e) denunciar ao Conselho Nacional de Cooperativismo
havidas nas cooperativas sob a sua jurisdição ao Conselho práticas nocivas ao desenvolvimento cooperativista;
Nacional de Cooperativismo, para fins de atualização do
cadastro geral das cooperativas nacionais. f) opinar nos processos que lhe sejam encaminhados pelo
Conselho Nacional de Cooperativismo;

g) dispor de setores consultivos especializados, de acordo


com os ramos de cooperativismo;
(1) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Dec.lei 2.291, de 21.11.86, art. 1º § 1)

27
h) fixar a política da organização com base nas proposições
emanadas de seus órgãos técnicos; Art. 107 As cooperativas são obrigadas, para seu funcionamento, a
registrar-se na Organização das Cooperativas Brasileiras ou na
i) exercer outras atividades inerentes à sua condição de órgão entidade estadual, se houver, mediante apresentação dos
de representação e defesa do sistema cooperativista; estatutos sociais e suas alterações posteriores.

j) manter relações de integração com as entidades congêneres Parágrafo único - Por ocasião do registro, a cooperativa
do exterior e suas cooperativas. pagará 10% (dez por cento) do maior salário mínimo vigente,
se a soma do respectivo capital integralizado e fundos não
§ 1º A Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB será exceder de 250 (duzentos e cinquenta) salários mínimos, e 50%
constituída de entidades, uma para cada Estado, (cinquenta por cento) se aquele montante for superior.
Território e Distrito Federal, criadas com as mesmas
características da organização nacional. Art. 108 Fica instituída, além do pagamento previsto no parágrafo único
do artigo anterior, a Contribuição Cooperativista, que será
§ 2º A Assembléias Gerais do órgão central serão formadas recolhida anualmente pela cooperativa após o encerramento de
pelos representantes credenciados das filiadas, 1 (um) seu exercício social, a favor da Organização das Cooperativas
por entidade, admitindo-se proporcionalidade de voto. Brasileiras de que trata o art. 105 desta lei1.

§ 3º A proporcionalidade de voto, estabelecida no parágrafo § 1º A Contribuição Cooperativista constituir-se-á de


anterior, ficará a critério da OCB, baseando-se no importância correspondente a 0,2% (dois décimos por
número de associados pessoas físicas e as exceções cento) do valor do capital integralizado e fundos da
previstas nesta lei - que compõem o quadro das sociedade cooperativa no exercício social do ano
cooperativas filiadas. anterior, sendo o respectivo montante distribuído, por
metade, a suas filiadas, quando constituídas.
§ 4º A composição da Diretoria da Organização das
Cooperativas Brasileiras - OCB será estabelecida em § 2º No caso das cooperativas centrais ou federações, a
seus estatutos sociais. Contribuição de que trata o parágrafo anterior será
calculada sobre os fundos e reservas existentes.
§ 5º Para o exercício de cargos de Diretoria e Conselho
Fiscal, as eleições se processarão por escrutínio secreto, § 3º A Organização das Cooperativas Brasileiras poderá
permitida a reeleição para mais um mandato consecutivo. estabelecer um teto à Contribuição Cooperativista, com
base em estudos elaborados pelo seu corpo técnico.
Art. 106 A atual Organização das Cooperativas Brasileiras e as suas
filiadas ficam investidas das atribuições e prerrogativas
conferidas nesta lei, devendo, no prazo de 1 (um) ano,
promover a adaptação de seus estatutos e a transferência da
sede nacional. (1) V.Resolução CNC nº 22.

28
CAPÍTULO XVII CAPÍTULO XVIII
DOS ESTÍMULOS CREDITÍCIOS DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 111 Serão considerados como renda tributável os resultados


positivos obtidos pelas cooperativas nas operações de que
Art. 109 Caberá ao Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. tratam os arts. 85, 86 e 88 desta lei.
estimular e apoiar as cooperativas, mediante concessão de
financiamentos necessários ao seu desenvolvimento. Art. 112 O Balanço Geral e o Relatório do exercício social que as
cooperativas deverão encaminhar anualmente aos órgãos de
controle serão acompanhados, a juízo destes, de parecer emitido
§ 1º Poderá o Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. por um serviço independente de auditoria credenciado pela
receber depósitos das cooperativas de crédito e das Organização das Cooperativas Brasileiras.
seções de crédito das cooperativas agrícolas mistas.
Parágrafo único - Em casos especiais, tendo em vista a sede
§ 2º Poderá o Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. da Cooperativa, o volume de suas operações e outras
operar com pessoas físicas ou jurídicas, estranhas ao circunstâncias dignas de consideração, a exigência da
quadro social cooperativo, desde que haja benefício para apresentação do parecer pode ser dispensada.
as cooperativas e estas figurem na operação bancária.
Art. 113 Atendidas as deduções determinadas pela legislação específica,
§ 3º O Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. manterá às sociedades cooperativas ficará assegurada primeira
linhas de crédito específicas para as cooperativas, de prioridade para o recebimento de seus créditos de pessoas
acordo com o objeto e a natureza de suas atividades, a jurídicas que efetuem descontos na folha de pagamento de seus
juros módicos e prazos adequados, inclusive com sistema empregados, associados de cooperativas.
de garantias ajustado às peculiaridades das cooperativas a
que se destinam. Art. 114 Fica estabelecido o prazo de 36 (trinta e seis) meses para que as
cooperativas atualmente registradas nos órgãos competentes
§ 4º O Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. manterá reformulem os seus estatutos, no que for cabível, adaptando-se
linha especial de crédito para financiamento de quotas- ao disposto na presente lei.
partes de capital.
Art. 115 As Cooperativas dos Estados, Territórios ou do Distrito
Federal, enquanto não constituírem seus órgãos de
Art. 110 Fica extinta a contribuição de que trata o art. 13 do Decreto-lei representação, serão convocadas às Assembléias da OCB, como
nº 60, de 21 de novembro de 1966, com a redação dada pelo vogais, com 60 (sessenta) dias de antecedência, mediante
Decreto-lei nº 668, de 3 de julho de 1969. editais publicados 3 (três) vezes em jornal de grande circulação
local.

29
Art. 116 A presente lei não altera o disposto nos sistemas próprios
instituídos para as cooperativas de habitação e cooperativas de
crédito, aplicando-se ainda, no que couber, o regime instituído
para essas últimas às seções de crédito das agrícolas mistas.

Art. 117 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário e especificamente o Decreto-lei nº
59, de 21 de novembro de 1966, bem como o Decreto nº
60.597, de 19 de abril de 1967.

Brasília, 16 de dezembro de 1971


(Publicada no D.O. de 16/12/71)

30
Lei nº 7.231, de 23 de outubro de 1984.

Transfere competência do INCRA para o Ministério da


Agricultura, dispõe sobre o regime jurídico do pessoal do
INCRA e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1º Passam à competência do Ministério da Agricultura as


Lei nº 7.231, atividades relacionadas com o desenvolvimento rural,
atualmente atribuídas ao Instituto Nacional de Colonização e
de 23 de outubro de 1984. Reforma Agrária - INCRA, no campo do cooperativismo,
associativismo rural e eletrificação rural.

Art. 2º A fiscalização e o controle das sociedades cooperativas, de que


trata a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, bem como as
atribuições de extensão rural e eletrificação rural, a cargo do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA,
passam à competência do Ministério da Agricultura.

Art. 3º As contribuições de que trata o art. 1º, item I, nº s 1 e 2, do


Decreto-lei nº 1.146, de 31 de dezembro de 1970, são devidas
de acordo com o art. 6º do Decreto-lei nº 582, de 15 de maio de
1969, e com o art. 2º do Decreto-lei nº 1.110, de 09 de julho de
1970, ao INCRA.

Parágrafo único - O Poder Executivo, mediante Decreto,


fixará percentual das contribuições de que trata este artigo a ser
transferido ao Ministério da Agricultura, para fazer face às
despesas com as atividades previstas nos arts. 1º e 2º desta Lei.

31
Art. 4º O Conselho Nacional de Cooperativismo passa a funcionar
junto ao Ministério da Agricultura, com plena autonomia
administrativa e financeira, sob a presidência do Ministro de
Estado da Agricultura, composto de representantes de
Ministérios e de representantes da Organização das
Cooperativas Brasileiras.

§ 1º A Organização das Cooperativas Brasileiras contará com


3 (três) elementos para se fazer representar no Conselho.

§ 2º O Ministro de Estado da Agricultura designará o


Secretário-Executivo do Conselho Nacional de
Cooperativismo e este indicará o seu substituto eventual.

§ 3º Nos seus impedimentos eventuais, o Ministro de Estado


da Agricultura será substituído, na Presidência do
Conselho Nacional de Cooperativismo, pelo Secretário-
Executivo.

Art. 5º .. (*)
Art. 6º .. (*)
Art. 7º .. (*)
Art. 8º .. (*)
Art. 9º .. (*)
Art. 10 .. (*)

Art. 11 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 23 de


outubro de 1984; 163º a Independência e 96º da República.

(*) Estes artigos dispõem exclusivamente sobre o Regime Jurídico de Pessoal do


INCRA.

32
DECRETO Nº 90.393, DE 30 DE OUTUBRO DE 1984.

Cria a Secretaria Nacional de Cooperativismo, no Ministério


da Agricultura, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que


lhe confere o art. 81, itens III e V, da Constituição e tendo em
vista o disposto na Lei nº 7.231 de 23 de outubro de 1984,
decreta:

Art. 1º É criada, no Ministério da Agricultura, diretamente subordinada


ao Ministro de Estado e incluída entre os órgãos relacionados
Decreto nº 90.393, no art. 2º, item V, do Decreto nº 80.831, de 28 de novembro
de 1977, a Secretaria Nacional de Cooperativismo -
de 30 de outubro de 1984 SENACOOP, órgão autônomo, de que trata o art. 172 do
Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967.

Art. 2º Compreendem-se nos objetivos da SENACOOP:

I Fomentar, prestar assistência técnica, coordenar e


fiscalizar as atividades relativas à expansão do sistema
cooperativista e do associativismo rural, de conformidade
com as diretrizes do Conselho Nacional de Cooperativismo
- CNC;

II Colaborar com os órgãos do Ministério do Trabalho,


incumbidos da sindicalização rural, visando a harmonizar
as atividades sindicais com os propósitos econômicos e
sociais da agricultura;

33
III Colaborar com os órgãos do Ministério da Educação e VIII quatro das Cooperativas Centrais ou Federações de
Cultura, incumbidos do ensino rural, visando ao Cooperativas.
desenvolvimento do cooperativismo e, por intermédio
dele, da assistência técnica, capacitação e treinamento de
mão-de-obra rural, através de cooperativas-escola e § 1º O Conselho Nacional de Cooperativismo terá um
universidades; Secretário Executivo que substituirá o Presidente nos
seus impedimentos eventuais.
IV Autorizar o funcionamento, promover a fiscalização, o
controle, a intervenção e a liquidação de entidades
cooperativas brasileiras, com exceção das de crédito e § 2º O Secretário Executivo do CNC é o Titular da Secretaria
seções de crédito das agrícolas mistas e das de habitação, Nacional de Cooperativismo - SENACOOP, cabendo a
de conformidade com as diretrizes do Conselho Nacional esta Secretaria os encargos Administrativos do Conselho.
de Cooperativismo - CNC;

V Promover sistemas estruturais e funcionais que contribuam Art. 4º Das contribuições de que trata o artigo 1º, item I, números 1 e
para o aperfeiçoamento dos métodos operacionais das 2, do Decreto-lei nº 1.146, de 31 de dezembro de 1970, devidas,
cooperativas, nos diversos segmentos que compõem as de acordo com o artigo 6º do Decreto-lei nº 582, de 15 de maio
suas atividades. de 1969, e com o artigo 2º do Decreto-lei nº 1.110, de 9 de
julho de 1970, ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Art. 3º O Conselho Nacional de Cooperativismo - CNC, que passa a Agrária - INCRA, será destacado o percentual de 15% (quinze
funcionar junto ao Ministério da Agricultura, sob a presidência por cento), anualmente, ao Ministério da Agricultura, para
do respectivo Ministro de Estado, será composto de 14 atender às despesas decorrentes de transferência de encargos,
(quatorze) membros, representantes dos seguintes órgãos ou nos termos dos artigos 1º e 2º da Lei nº 7.231, de 23 de outubro
entidades: de 1984, e deste Decreto.

I dois do Ministério da Agricultura;


II um do Ministério do Trabalho;
III um do Ministério da Indústria e Comércio; Art. 5º São criadas e incluídas na Tabela Permanente do Ministério da
IV um da Secretaria de Planejamento da Presidência da Agricultura, de que trata o Decreto nº 77.824, de 15 de junho de
República; 1976, três funções de confiança - uma de Secretário Nacional
V um do Banco Central do Brasil; de Cooperativismo, código LT-DAS-101.4, e duas de Adjunto
VI um do Banco Nacional de Habitação - BNH1; do Secretário Nacional de Cooperativismo, código LT-DAS-
VII três da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB; 101.2.

(1) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Dec.lei 2.291 de 21.11.86, art. 1º § 1º)

34
Art. 6º Fica incluída a Secretaria Nacional de Cooperativismo no
regime de autonomia limitada de que trata o Decreto nº 86.212, Art. 7º Fica a Secretaria Nacional de Cooperativismo - SENACOOP
de 15 de julho de 1981. autorizada a estabelecer convênios com qualquer órgão ou
entidade da administração pública ou privada, visando ao
cumprimento da suas finalidades e, com o INCRA, para
Parágrafo único - A autonomia a que se refere este artigo prestação, sem ônus, de serviços administrativos.
abrange a competência para a prática dos seguintes atos:
Art. 8º A organização, o funcionamento e as atividades da
SENACOOP serão definidas em Regimento Interno, a ser
I Contratar especialistas, de nível médio ou superior, e de aprovado pelo Ministro de Estado da Agricultura, nos termos
consultores técnicos, nos termos e sob as limitações do do Decreto nº 68.885, de 6 de julho de 1971.
Decreto nº 86.549, de 6 de novembro de 1981, conforme
Tabela a ser submetida à aprovação do Presidente da Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
República pelo Ministro de Estado da Agricultura; revogadas as disposições em contrário.

II Elaborar, com base em dotações específicas, o seu


orçamento próprio, aprovado pelos órgãos competentes,
segundo classificação adotada no Orçamento da União; Brasília, 30 de outubro de 1984; 163º da Independência e 96º da
República.
III Efetuar, no âmbito do próprio órgão, a discriminação
detalhada das dotações orçamentárias globais, logo que
publicada a Lei Orçamentária ou o Decreto de abertura de
crédito adicional, ou aprovadas quaisquer outras receitas;

IV Movimentar, no âmbito do órgão, seus créditos


orçamentários ou adicionais;

V Submeter, anualmente, à aprovação do Ministro de Estado


da Agricultura o Programa de atuação do órgão, em nível
nacional;

VI Elaborar a Tabela de Preços de seus serviços, em


conformidade com a legislação em vigor, para aprovação
do Ministro de Estado da Agricultura.

35
Conselho Nacional
de Cooperativismo - CNC

Resoluções vigentes em
julho de 1987.

36
RESOLUÇÃO CNC Nº 01 - de 04 de setembro de 19721 c) cópia da comunicação expedida à Delegacia da Receita
Federal, assinalando a decisão de operar com terceiros,
nos termos da Lei nº 5.764/71 e desta Resolução.
Dispõe sobre as operações das Cooperativas com não-
associados, nos termos dos artigos 85 e 86 da Lei nº 5.764, de
III Na segunda hipótese, a Cooperativa, para pôr em prática a
16 de dezembro de 1971.
opção, deverá obter prévia e expressa autorização da
Secretaria Executiva do Conselho Nacional de
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
Cooperativismo, que examinará o requerimento com vistas
sessão realizada em 4 de setembro de 1972, com base no que
às normas legais e regulamentares vigentes.
dispõem os artigos 95 e 97, item XI, da Lei nº 5.764, de
16.12.71,
IV O requerimento a que se refere o item anterior, além dos
documentos mencionados no item II, supra, deverá conter
RESOLVEU: prova da existência de capacidade ociosa das instalações
da Cooperativa ou necessidade de cumprimento de
I A Cooperativa interessada na execução das operações
contratos (artigo 85 na Lei nº 5.764/71) ou prova de que as
previstas nos artigos 85 e 86 da Lei nº 5.764, de 16.12.71,
operações em mira contribuirão para o atendimento dos
deverá optar entre realizá-las em bases que não superem
seus objetivos sociais (artigo 86 da mesma Lei).
30% (trinta por cento) ou 100% (cem por cento) do maior
montante das transações realizadas nos três últimos
V Cumpre à Secretaria Executiva do Conselho Nacional de
exercícios.
Cooperativismo levar ao imediato conhecimento dos
órgãos Fazendários competentes e à Cooperativa
II Na primeira hipótese, a opção deverá ser comunicada à
interessada o documento comprobatório do recebimento da
Secretaria Executiva do Conselho Nacional de
comunicação ou da concessão da autorização previstas nos
Cooperativismo, juntando-se, na oportunidade, a seguinte
itens I e III desta Resolução.
documentação:
VI Fica dispensada do disposto nesta Resolução a cooperativa
a) cópia da Ata da Assembléia Geral em que foi tomada a
cujas operações com não associados decorrerem de
decisão ou cópia do Estatuto, caso nele já haja a
transação com órgão oficial de abastecimento, de
necessária autorização;
solicitação governamental ou forem efetuadas com
b) declaração fornecida pela Organização das
entidade governamental ou empresa concessionária de
Cooperativas Brasileiras - OCB, de que a Cooperativa
serviço de utilidade pública1.
está registrada no seu quadro associativo2;

(1) Publicada no D.O.U de 15.9.72, Seção I


(1) Redação dada pela Resolução nº 32, de 22.11.86, publicada no D.O. de 27.11.86,
(2) Redação dada pela Resolução CNC nº 05, de 13 de fevereiro de 1973, publicada
Seção I, pág. 17.809.
no D.O de 25 do mesmo mês e ano, Seção I, Parte I

37
VII Nos termos do parágrafo único do artigo 86, da Lei nº RESOLUÇÃO CNC Nº 02 - de 04 de novembro de 19721
5.764/71, o oferecimento de bens e serviços a não
associados, nos casos de Cooperativas de Crédito e das
Seções de Crédito das Cooperativas Agrícolas Mistas e das
Cooperativas Habitacionais, constitui matéria que não se Dispõe sobre os grupos seccionais de associados, nos termos
submete à disciplina traçada nesta Resolução e que será do artigo 42, parágrafos 3º e 6º, da Lei nº 5.764, de 16 de
regida pelas normas que vierem a ser baixadas pelo órgão dezembro de 1971.
Normativo competente.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
VIII Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. sessão realizada em 04 de novembro de 1972, com base no que
dispõe o artigo 42, parágrafos 3º e 6º da Lei nº 5.764, de
16.12.71,
Walter Ramos da Costa Porto
Presidente em exercício RESOLVEU:

I Os grupos seccionais de associados a que se refere. 0 § 3º


do artigo 42, da Lei nº 5.764/71, serão sempre de igual
número, mas os delegados, nas assembléias gerais,
representarão apenas os associados que tomaram parte nas
reuniões dos respectivos grupos que os escolheram, com
exclusão dos que, posteriormente foram demitidos,
excluídos ou eliminados da Cooperativa.

II O disposto no § 6º do artigo 42 da Lei nº 5.764/71 deve ser


entendido no sentido de que os associados, integrantes de
grupos seccionais, que não sejam delegados, quer tenham
comparecido, ou não, à reunião de seu grupo seccional,
que procedeu à escolha de seu representante, poderão
comparecer às Assembléias Gerais, privados, contudo, de
voz e voto.

(1) Publicada no D.O. de 24.01.73, Seção I, Parte I

38
III É lícito ao estatuto dispor a respeito de suplente de RESOLUÇÃO CNC Nº 04 - de 16 de janeiro de 19731
delegado.
Dispõe sobre a participação de Cooperativas em sociedades
IV Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. não-cooperativas, nos termos do artigo 88, da Lei nº 5.764, de
16 de dezembro de 1971.
Walter Ramos da Costa Porto O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
Presidente em exercício sessão realizada em 16 de janeiro de 1973, com base no que
dispõe o artigo 88 da Lei nº 5.764, de 16.12.71,

RESOLVEU:

I As Cooperativas interessadas em participar de sociedade


não cooperativas, para atendimento de objetivos acessórios
ou complementares, deverão requerer prévia e expressa
autorização ao Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA2.

II O requerimento deve ser acompanhado dos seguintes


documentos:

a) cópia da Ata da Assembléia Geral da Cooperativa, que


autoriza a participação;

b) exposição de motivos que demonstre atender essa


participação a objetivos acessórios ou complementares;

(1) Publicada no D.O. de 24.01.73, Seção I, Parte I.


(2) Atualmente, a autorização é da competência da Secretaria Nacional de
Cooperativismo - SENACOOP (Lei 7.231, de 23.10.84 e Decreto 90.393, de
30.10.84).

39
c) estatuto da sociedade não cooperativa, balanço d) a participação visar apenas a obter dividendo sobre o
patrimonial e demonstrativo das contas de Lucros e capital empregado;
Perdas, dos três (3) últimos exercícios, se houver, e e) a participação em sociedade sem fins lucrativos se faça
balancetes dos dois (2) últimos meses; apenas por benemerência e não para usufruir serviços
desta;
d) certidão negativa de títulos protestados da empresa não
cooperativa e seus diretores;
f) existir, na localidade, cooperativa que possa atender aos
e) certidão de que a Cooperativa está registrada na mesmos objetivos acessórios e complementares;
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB.

g) a cooperativa estiver com sua situação irregular perante


III Dependerá, também, de prévia e expressa autorização do o órgão executivo federal, Instituto Nacional de
respectivo órgão executivo federal, a constituição de Colonização e Reforma Agrária - INCRA1.
sociedade não cooperativa, por grupo de cooperativas, com
ou sem a participação de outros sócios.

IV Independe de autorização prévia e expressa a participação VI A participação das cooperativas nas sociedades não
de cooperativas em empresas que explorem serviços de cooperativas, públicas ou privadas, deve ser,
necessidade ou utilidade pública, por obrigação legal ou preferencialmente, através de subscrição de ações
como condição para usufruir os seus serviços. ordinárias.

V A autorização será negada quando:


VII As inversões decorrentes dessa participação serão
contabilizadas em títulos específicos e seus eventuais
a) a sociedade não cooperativa for de responsabilidade resultados positivos levados à conta do “FUNDO DE
ilimitada, qualquer que seja tipo, natureza ou forma ASSISTÊNCIA TÉCNICA, EDUCACIONAL E SOCIAL
jurídica; - FATES”.

b) suprimida pela Resolução nº 19, de 22.02.79, publicada


no D.O. de 15.03.79;

c) a participação da cooperativa implicar na transferência


de todas as suas funções específicas para a empresa de
que participar; (1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).

40
VIII A falta de pronunciamento do Instituto Nacional de RESOLUÇÃO CNC Nº 05 - de 13 de fevereiro de 19731
Colonização e reforma Agrária - INCRA, no prazo de 60
(sessenta) dias, a contar da data da entrada do
requerimento, importará na autorização solicitada. Na Modifica o texto da alínea “b” do item II, da Resolução CNC nº
hipótese em sejam formuladas exigências, por parte do 01, de 04.09.72.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
INCRA, o prazo aqui fixado somente começará a ser sessão realizada em 13 de fevereiro de 1973, com base no que
contado quando do atendimento, pela cooperativa, das dispõem os artigos 95 e 97, item XI, da Lei 5.764, de 16 de
novas exigências1. dezembro de 1971,
IX Do indeferimento, caberá recurso ao Conselho Nacional de
Cooperativismo - CNC, dentro do prazo de 30 (trinta) dias RESOLVEU:
a contar da data do recebimento da notificação da decisão.

X Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. I A alínea “b” do item II da Resolução CNC nº 01, de 04 de
setembro de 1971, passa a ter a seguinte redação:

b) declaração fornecida pela Organização das Cooperativas


Walter Ramos da Costa Porto Brasileiras - OCB, de que a Cooperativa está registrada no
Presidente em exercício seu quadro associativo.

II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Walter Ramos da Costa Porto


Presidente em exercício

(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84). (1) Publicada no D.O. de 26.02.73

41
RESOLUÇÃO CNC Nº 07 - de 03 de abril de 19731 RESOLUÇÃO CNC Nº 10 - de 22 de janeiro de 19741

Dispõe sobre a dissolução e liquidação das Cooperativas. Dispõe sobre a criação do capital rotativo nas Cooperativas.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
sessão realizada em 03 de abril de 1973, com base no que sessão realizada em 22 de janeiro de 1974, com base no que
dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16.12.71, dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16.12.71.

RESOLVEU:
RESOLVEU:
I Os estatutos da Cooperativa poderão admitir a criação do
I A dissolução da sociedade em todos os casos enumerados capital rotativo, fixando o modo de sua formação e as
no artigo 63, da Lei nº 5.764/71, será sempre condições de sua retirada no prazo estabelecido ou nos
complementada pela liquidação. casos de demissão, eliminação ou exclusão do associado;

II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. II A Assembléia Geral, desde que o assunto conste
expressamente do edital de convocação, poderá criar o
capital rotativo, observado o disposto no item anterior;

III No que couber, aplica-se ao capital rotativo as disposições


legais referentes ao capital, notadamente as que se referem
à manutenção do capital mínimo;
Walter Ramos da Costa Porto
Presidente em exercício IV Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Walter Costa Porto


Presidente em exercício

(1) Publicada no D.O. de 04.02.74, Seção I, Parte II.


(1) Publicado no D.O. de 05.04.73, Seção I, Parte II.

42
RESOLUÇÃO CNC Nº 11 - de 05 de março de 19741 II O órgão executivo federal de controle ou órgão local para
isso credenciado, dentro no prazo de 60 (sessenta) dias, a
contar da data de entrada em seu protocolo, uma vez
constatada a existência de condições de funcionamento e
Dispõe sobre a organização e funcionamento das Cooperativas
regularidade da documentação apresentada, devolverá,
Escolares, nos termos do artigo 19 da Lei 5.764, de 16.12.71.
devidamente autenticadas, (duas) vias da documentação à
cooperativa, acompanhadas do certificado de autorização
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
para funcionamento.
sessão realizada em 05.03.74, com base no que dispõem os
artigos 95 e 97, item XI, da Lei 5.764, de 16.12.71,
III A falta de manifestação do órgão controlador, no prazo a
que se refere o item anterior, implicará na aprovação do
ato constitutivo.
RESOLVEU:

IV Se qualquer das condições mencionadas nesta Resolução


I A Cooperativa Escolar, para efeito de autorização de
não for atendida satisfatoriamente, o órgão controlador
funcionamento, deverá encaminhar ao INCRA2 ou
dará ciência ao requerente, indicando as exigências a
respectivo órgão local de controle:
serem cumpridas no prazo de 60 (sessenta) dias, findos os
quais, se não atendidas, o pedido será automaticamente
arquivado.
a) requerimento acompanhado de 4 (quatro) vias do ato
constitutivo, estatuto e lista nominativa, devidamente
autenticados pelo Diretor do estabelecimento de ensino
V À cooperativa escolar constituída é facultado interpor da
ou a maior autoridade escolar do município, quando a
decisão proferida pelo órgão controlador recurso para a
cooperativa congregar associados de mais de um
respectiva administração central, dentro do prazo de 30
estabelecimento de ensino;
(trinta) dias, contados da data do recebimento da
comunicação e, em segunda e última instância, ao CNC,
também no prazo de 30 (trinta) dias, após a manifestação
b) a remessa dos documentos referidos no item anterior
do órgão central.
deverá ser feita até 30 (trinta) dias da data de
constituição da cooperativa.
VI Cumpridas as exigências estabelecidas no item IV, deverá
o despacho de deferimento ou indeferimento da
autorização ser exarado dentro de 60 (sessenta) dias, findos
(1) Publicada no D.O. de 13.03.74, Seção I, Parte II.
os quais, na ausência de decisão, o requerimento será
(2) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84). considerado deferido.

43
VII A cooperativa escolar deverá entrar em atividade dentro do b) à mais alta autoridade do ensino no município, quando a
prazo de 90 (noventa) dias, contados da data do cooperativa congregar alunos de mais de um
recebimento dos documentos mencionados no item II. estabelecimento;

VIII No caso de cooperativa escolar constituída por mais de um c) à pessoa maior de idade, designada por essas autoridades.
estabelecimento de ensino, poderão os estatutos determinar
o número de delegados, a época e a forma de sua escolha, XI O orientador deverá ainda receber do Tesouro numerário
por estabelecimento de ensino, e o tempo de duração da pertencente à cooperativa e responder por ela perante
delegação, cujo máximo será de 1 (um) ano: terceiros, assumindo compromissos de compra e
pagamentos.
a) as cooperativas deverão organizar assembléias
seccionais que escolherão os respectivos delegados, os XII Aplicam-se às cooperativas escolares, no que couber, os
quais terão tantos votos quantos os dos associados que dispositivos da legislação vigente.
os escolheram, com exclusão dos que, posteriormente,
forem demitidos, excluídos ou eliminados da XIIIEsta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
cooperativa;

b) os estatutos poderão dispor a respeito de suplente de


delegado;

c) os associados integrantes dos estabelecimentos de Jorge Antônio Cavalcante da Silva


ensino poderão comparecer às Assembléias Gerais, Presidente em exercício
privados, contudo, de voz e voto;

d) as Assembléias Gerais compostas de delegados


decidem sobre todas as matérias que, nos termos da Lei
5.764, de 16.12.71 e dos estatutos sociais, constituem
objeto de decisão da Assembléia Geral dos associados. Odair Zanatta
Secretário Executivo do CNC
IX O ingresso na cooperativa escolar é livre aos alunos do 1º
grau.

X A orientação dos trabalhos da cooperativa compete:

a) ao Diretor do estabelecimento de ensino a que a


cooperativa pertencer;

44
RESOLUÇÃO CNC Nº 12 - de 23 de abril de 19741 RESOLUÇÃO CNC Nº 15 - DE 27 DE OUTUBRO DE 1976

Dispõe sobre a administração da sociedade cooperativa.


O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em Regulamenta os artigos 17,18,20 e 97, item IV, da Lei nº 5.764,
sessão realizada em 23 de abril de 1974, com base no que de 16 de dezembro de 1971.
dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16 de O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
dezembro de 1971, em sessão realizada em 27 de outubro de 1976, com base no
que dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16 de
RESOLVEU: dezembro de 1971.

I Nos termos do artigo 47 da Lei nº 5.764, de 16.12.71, a


SOCIEDADE COOPERATIVA será administrada por um RESOLVEU:
dos seguintes órgãos:
a) Diretoria;
b) Conselho de Administração, em que todos os I A Cooperativa constituída na forma da legislação vigente
componentes tenham funções de direção; apresentará, na respectiva Unidade da Federação, à
c) Conselho de Administração constituído por uma Coordenadoria Regional, Divisão Estadual ou Divisão
Diretoria Executiva e por membros vogais. Territorial Técnica do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA dentro de 30 (trinta) dias da
II A renovação obrigatória, referida no artigo 47 da Lei nº data da constituição, para fins de autorização,
5.764, de 16.12.71, só se aplica aos Membros do requerimento acompanhado de 04 (quatro) vias do ato
Conselho de Administração. constitutivo, estatutos, lista nominativa e outros
documentos considerados necessários pelas Resoluções do
III No caso previsto na alínea “c” do item I, o terço Conselho Nacional de Cooperativismo.
obrigatório renovável será computado sobre o total dos
Membros do Conselho, mas todos os Diretores poderão ser
reeleitos. Parágrafo único - Enquanto os órgãos do INCRA2, referidos
neste artigo, não estiverem autorizados pela administração
IV Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. central para a aprovação dos atos constitutivos das
Cooperativas, a documentação será por eles remetida ao
Alysson Paulinelli Departamento de Desenvolvimento Rural da Autarquia, já
Presidente devidamente autuada e com prévio parecer.

Renato Pimentel
Secretário Executivo-Substituto (1) Publicada no D.O.U. de 26.01.77.
(3) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).
(1) Publicado no D.O. de 23.04.74, Seção I, Parte II.

45
II Verificada, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a V Se qualquer da condições citadas nesta Resolução não for
contar da data da entrega dos documentos pela atendida satisfatoriamente, o Departamento de
Cooperativa, a existência de condições de funcionamento, 1
Desenvolvimento Rural do INCRA , por intermédio do
bem como a regularidade da documentação apresentada, o órgão regional remetente, dará ciência à requerente,
Departamento de Desenvolvimento Rural no INCRA, por mediante Aviso de Recepção (AR) ou outro comprovante
intermédio do respectivo órgão remetente, devolverá, de recebimento emitido pela interessada, indicando as
devidamente autenticadas, duas vias à Cooperativa, exigências a serem cumpridas no prazo de 60 (sessenta)
acompanhadas do documento dirigido à Junta Comercial dias, contados do recebimento da comunicação pela
da Unidade Federativa, onde a entidade estiver sediada, interessada, findo os quais, se não atendidas, o pedido será
comunicando a aprovação do ato constitutivo da automaticamente arquivado.
requerente.
§ 1º A Cooperativa receberá cópia de todo documento que,
juntado aos autos de seu requerimento, possa influir na
decisão final, sobre o mesmo se manifestando dentro do
III Dentro do prazo mencionado no item anterior, o prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados na forma
Departamento de Desenvolvimento Rural do INCRA, da parte final do item VIII.
quando julgar conveniente, no interesse do fortalecimento
do sistema, poderá ouvir o Conselho Nacional de § 2º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, será
Cooperativismo, caso em que não de verificará a interrompido, 10 (dez) dias, o prazo a que se refere o
aprovação automática prevista no item seguinte. item seguinte.

VI Cumpridas as exigências, deverá o despacho do


deferimento ou indeferimento da autorização ser exarado
Parágrafo único - A consulta ao Conselho Nacional de dentro de 60 (sessenta) dias de seu recebimento pelo
Cooperativismo será encaminhada por ofício e redigida em INCRA, findo os quais, na ausência de decisão, o
termos genéricos, não contendo o número do processo, nem o requerimento será considerado deferido. Quando a
nome da Cooperativa interessada. autorização depender de dois ou mais órgãos do Poder
Público, cada um deles terá o prazo de 60 (sessenta) dias
para se manifestar.

IV A falta de manifestação do órgão controlador no prazo a


que se refere o item II implicará na aprovação do ato
constitutivo e no seu subsequente arquivamento na Junta
Comercial da respectiva Unidade da Federação.
(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84)

46
§ 1º A autoridade competente para o recebimento do recurso
VII Enquanto perdurar a situação prevista no parágrafo único não mais se manifestará sobre o mérito da questão,
do ítem I, a comunicação à requerente do indeferimento de pondo em relevo apenas a sua intempestividade, se for o
seu pedido será sempre acompanhada da informação de caso, a fim de ser apreciada, como preliminar, no
que a decisão foi do Departamento de Desenvolvimento julgamento final.
Rural do INCRA1.
§ 2º A petição do recurso será anexada aos autos, que serão
VIII Quando os órgãos mencionados no item I já estiverem remetidos à autoridade “ad quem” competente para o seu
devidamente aparelhados e autorizados pela administração julgamento, no prazo de 20 (vinte) dias contados da data
central do INCRA para a aprovação dos atos constitutivos de sua entrada no protocolo da repartição da autoridade
das Cooperativas, da decisão denegatória por eles recorrida.
proferida caberá recurso para o Departamento de
Desenvolvimento Rural da mencionada Autarquia, dentro § 3º A autoridade competente terá o prazo de 30 (trinta) dias
do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do para a apreciação e julgamento do recurso, cuja decisão
recebimento da comunicação pela Cooperativa, o que se será comunicada à recorrente dentro de 10 (dez) dias a
verificará da juntada ao processo do Aviso de Recepção contar de sua prolação.
Postal (AR) ou outro comprovante de recebimento emitido
pelo representante da interessada. § 4º O Conselho Nacional de Cooperativismo apreciará e
julgará os recursos na forma e nos prazos estabelecidos
IX Das decisões denegatórias proferidas pelo Departamento em seu Regimento Interno.
de Desenvolvimento Rural do INCRA em primeira
instância (item VII), ou em grau de recurso (item VIII), XI Arquivados os documentos na Junta Comercial e feita a
caberá, em última instância, recurso para o Conselho respectiva publicação, a Cooperativa adquire
Nacional de Cooperativismo, dentro do prazo de 30 (trinta) personalidade jurídica, tornando-se apta a funcionar.
dias contados na forma do item anterior.
XII Quando o despacho do deferimento ou indeferimento não
X O recurso, interposto por petição dirigida à autoridade que for exarado, nos prazos estabelecidos nos itens II e VI, o
indeferiu o pedido de aprovação do ato constitutivo da órgão do INCRA1 expedirá “ex-ofício” ou por solicitação
cooperativa, conterá o nome da recorrente, o órgão da interessada e dentro de 20 (vinte) dias contados da
competente para sua apreciação, os fundamentos de fato e expiração do prazo ou do protocolo do requerimento,
de direito e o pedido de nova decisão. certidão de que, na ausência de decisão, o pedido de
Autorização de Funcionamento foi considerado deferido,
certidão essa que será o documento hábil para a Junta
Comercial arquivar os documentos de constituição da
Cooperativa.

(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).


(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84)

47
XIIIA autorização caducará, independentemente de qualquer RESOLUÇÃO CNC Nº 16 -de 27 de abril de 19771
despacho, se a Cooperativa não entrar em atividade dentro
do prazo de 90 (noventa) dias contados da data em que Estabelece normas operacionais do Fundo Nacional de
forem arquivados os documentos na Junta Comercial. Cooperativismo, nos termos do art. 102, da Lei nº 5.764/71.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
XIV Cancelada a autorização, o órgão do INCRA1, que a em sessão realizada em 27 de abril de 1977, com base no que
concedeu expedirá comunicação à respectiva Junta dispõe o art. 97, item X, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de
Comercial, que dará baixa nos documentos arquivados. 1971,
XV A criação de seções de crédito nas Cooperativas RESOLVEU:
Agrícolas Mistas, após a prévia autorização do Banco
Central do Brasil, obedecerá ao disposto nesta I O Fundo Nacional de Cooperativismo, mantido no BNCC,
Resolução. de acordo com o art. 102 da Lei nº 5.764, de 16.12.71,
rege-se pelas normas estabelecidas nesta Resolução.
XVI Revogado pelo nº XIII da Resolução nº 24, de 25.01.83, II A política geral de aplicação dos recursos do Funacoop
publicada no D.O. de 05.12.83, Seção I, pag. 20.489. emana do CNC, na conformidade da origem dos mesmos
e das recomendações ou objetivos específicos dos
XVII Revogado pela Resolução nº 26, de 08.05.84, publicada doadores, respeitadas as atividades básicas e a doutrina do
no D.O. de 22.05.84, Seção 1, pág. 7.221. cooperativismo.
XVIII Esta Resolução entrará em vigor no dia 1º de janeiro de III Compete ao BNCC administrar o Funacoop em todos os
1977. detalhes e modalidades de aplicação e controle, podendo
fazê-lo através de convênios, contratos e outros
instrumentos que permitam o acompanhamento,
fiscalização, avaliações e prestações de contas mensais ao
CNC.
Alysson Paulinelli
Presidente IV Os custos da gestão do Funacoop são cobertos pelas
receitas oriundas das dotações específicas e pelas rendas
dos recursos aplicados, na conformidade de orçamentos
anuais apresentados pelo BNCC ao CNC.

(1) Publicada no D.O.U de 07.06.77, Seção I, Parte II.


(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84)

48
V O Funacoop é suprido por: VIII Têm prioridade, atendidos os requisitos do item anterior:

a) dotação incluída no orçamento do Ministério da a) as cooperativas que sejam filiadas a cooperativas


Agricultura, para o fim específico de incentivo às centrais ou federações, através das quais os recursos
atividades cooperativas; lhes possam ser repassados;

b) juros e amortizações dos financiamentos realizados


com seus recursos; b) as cooperativas centrais ou federações que congreguem
filiadas enquadradas na situação indicada.
c) doações, legados e outras rendas eventuais;

d) dotações consignadas pelo Fundo Federal Agropecuário IX Afora os financiamentos, os recursos do Funacoop são
e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma utilizados na concessão de estímulos e auxílios para a
Agrária - INCRA1. execução de atividades que, pela sua relevância sócio-
econômica, concorram para o desenvolvimento do sistema
cooperativista nacional.

VI Os recursos do Funacoop, deduzido o necessário ao custeio


de sua administração, são aplicados obrigatoriamente em X O CNC concederá auxílios, com recursos do Funacoop,
financiamento de atividades que interessem de maneira através do BNCC, a cooperativas e instituições públicas
relevante ao abastecimento das populações. ou privadas, com os objetivos seguintes, além de outros:

a) de desenvolver projetos de pesquisa científica ou


VII Preferentemente, os recursos visam a operacionalizar e tecnológica que aproveitem a atividade cooperativista
fortalecer a estrutura de cooperativas de associados de em qualquer aspecto;
baixa renda, assim entendidas aquelas cujo quadro social
ativo se componha de pelo menos 50% de associados de
receita anual inferior a 50 vezes o maior valor de b) de patrocinar bolsas de estudo em estabelecimentos de
referência. ensino legalmente reconhecidos, que incluam
cooperativismo no seu “curriculum” disciplinar;

(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84). c) de fomentar a produção intelectual sobre a doutrina e
prática do cooperativismo;

49
RESOLUÇÃO CNC Nº 17 - de 30 de janeiro de 19781
d) de subsidiar a elaboração de projetos agroindustriais e
outros para cooperativas.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
XI Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. sessão realizada em 30 de janeiro de 1978, com base no
disposto no parágrafo único do artigo 41 e artigo 97, item II,
da Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971,

RESOLVEU:
Alysson Paulinelli
Presidente I Na Assembléias Gerais das Cooperativas Centrais e
Federações de Cooperativas, os associados individuais,
qualquer que seja o seu número e dos Grupos ou Núcleos,
aos quais estejam classificados, serão representados apenas
por um Delegado, com direito a um só voto.

II O disposto nesta Resolução não se aplica às Centrais e


Federações que exerçam atividades de crédito.

III Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Alysson Paulinelli
Presidente

(1) D.O. nº 29 (13.02.78)

50
RESOLUÇÃO CNC Nº 18 - de 13 de dezembro de 19781 RESOLUÇÃO CNC Nº 19 - de 22 de fevereiro de 19791

Dispõe sobre o pagamento dos juros referidos no artigo 24, § Supressão de alínea de Resolução.
3º, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em Sessão realizada em 22 de fevereiro de 1979.
sessão realizada em 13 de dezembro de 1978, com base no
disposto no artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16 de
dezembro de 1971. RESOLVEU:

RESOLVEU: I Fica suprimida a alínea “b” item V, da Resolução CNC nº


04, de 16.01.73.

I As sociedades cooperativas somente poderão pagar juros


sobre o valor das quotas-partes integralizadas do capital II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
quando tiverem sido apuradas sobras.

II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de dezembro de 1978.

Alysson Paulinelli
Presidente
Alysson Paulinelli
Presidente

(1) Publicada no D.O. de 27.12.78


(1) Publicada no D.O. de 15.03.79, Seção I, Parte II.

51
1
RESOLUÇÃO CNC Nº 21 - de 20 de outubro de 19811
RESOLUÇÃO CNC Nº 20 - de 20 de outubro de 1981

Dispõe sobre a extensão do Fundo de Garantia por Tempo de Dispõe sobre a filiação de Cooperativa singular a outra
Serviço aos Diretores não-empregados de sociedade Cooperativa singular.
cooperativa. O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em sessão realizada em 20 de outubro de 1981, com base no
sessão realizada em 20 de outubro de 1981, com base no disposto no art. 97, itens I e II da Lei nº 5.764, de 16 de
disposto no art. 97, itens I e II, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 e tendo em vista o parecer da Organização
dezembro de 1971 e tendo em vista o parecer da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), de 19.08.81, aprovado na
das Cooperativas Brasileiras (OCB), de 27/08/81, aprovado na forma do art. 105, alínea “d” da referida Lei,
forma do art. 105, alínea “d”, da referida Lei,

RESOLVEU: RESOLVEU:

I A sociedade Cooperativa, tendo em vista a faculdade


concedida pela Lei nº 6.919, de 2 de junho de 1981, poderá I É permitida a associação de Cooperativa singular a outra
estender aos seus Diretores não-empregados o regime do Cooperativa singular independentemente de suas
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. modalidades, objetos sociais, atividades e áreas de ação ou
admissão serem iguais ou diferentes.
II É da competência exclusiva da Assembléia Geral a decisão
sobre a extensão do regime do FGTS aos Diretores não- II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
empregados.

III Quando a decisão tiver sido do Conselho de Administração


ou da Diretoria a Assembléia Geral imediatamente
subsequente deliberará soberanamente, tomando as
medidas que lhe parecerem convenientes. Ângelo Amaury Stábile
Presidente
Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Ângelo Amaury Stábile


Presidente

(1) Publicada no D.O. de 27.11.81 - pag. 2.546


(1) Publicada no D.O. de 27.11.81 - pág. 22.546.

52
RESOLUÇÃO CNC Nº 22 - de 20 de outubro de 1981 IV Em qualquer das hipóteses previstas nos itens anteriores,
(com as modificações da RESOLUÇÃO Nº 35, será observado o teto estabelecido pela Organização das
de 14 de fevereiro de 1990) Cooperativas Brasileiras - OCB.

V No prazo de 90 (noventa) dias contados da data em que


Dispõe sobre a Contribuição Cooperativista
foram arquivados na Junta Comercial os documentos de
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em
sua constituição, e de acordo com o objeto de seu
sessão realizada em 20 de outubro de 1981, com base no que
funcionamento, as Cooperativas enviarão a prova de seu
dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16.12.71,
registro na Organização das Cooperativas Brasileiras OCB
ou na entidade estadual, se houver:
RESOLVEU:
a) ao Banco Central do Brasil, as de crédito e as agrícolas
I A Contribuição Cooperativista, instituída pelo art. 108 da
mistas com seção de crédito;
Lei nº 5.764/71, constituir-se-á de importância
correspondente a 0,2% (dois décimos por cento) do valor
b) ao Banco Nacional de Habitação1, as de habitação;
do capital integralizado corrigido e quaisquer fundos e
reservas, inclusive os resultantes de correção monetária,
c) ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma
existentes em 31 de dezembro, e será recolhida a favor da
Agrária2, as demais.
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, após o
encerramento do exercício social de uma só vez ou em
VI As cooperativas são obrigadas a remeter anualmente aos
prestações de acordo com as normas e prazos por ela
respectivos órgãos federais de fiscalização e controle,
estabelecidos1.
juntamente com os documentos referidos no § 2º do artigo
92 da Lei nº 5.764/71, bem como ao Banco Nacional de
II Não coincidindo o ano social com o civil, a Contribuição
Crédito Cooperativo S/A, prova de sua quitação com a
será calculada sobre os valores referidos no item anterior,
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB.
existentes no dia do encerramento do exercício social e o
seu recolhimento se fará na forma prevista no item
Parágrafo Único - A prova da quitação será dada pela
anterior2.
respectiva Organização Estadual de Cooperativas, quando
devidamente credenciada pela Organização das Cooperativas
III No caso de cooperativas centrais, federações ou
Brasileiras - OCB.
confederações, a Contribuição Cooperativista será
calculada sobre os fundos e reservas existentes.

(1) Sucedido pela Caixa Econômica Federal (Decreto-lei 2.291, de 21.11.86, Art. 1º §
(1) (2) Redação dada pela Resolução Nº 35, de 14.02.90, publicada no D.O. de
1.)
19.02.90, Pág. 3.320
(2) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).

53
VII Fica revogada a Resolução CNC nº 08, de 06 de julho de RESOLUÇÃO CNC Nº 23 - de 09 de fevereiro de 19821
1973.

VIII Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Dispõe sobre a organização e funcionamento de Cooperativas-
Escola.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
em Sessão realizada em 09 de fevereiro de 1982, com base no
que dispõem os incisos I,II e VIII2, do art.97, da Lei nº 5.764,
de 16 de dezembro de 1971,
Ângelo Amaury Stábile
Presidente
RESOLVEU:

I A Cooperativa organizada por alunos de estabelecimento


de ensino agrícola classifica-se como Cooperativa-Escola;

II Além dos alunos integrantes do respectivo estabelecimento


de ensino agrícola, poderão associar-se à Cooperativa-
Escola o próprio estabelecimento e entidades a que o
mesmo esteja vinculado;

III O estabelecimento de ensino se fará representar na


Cooperativa-Escola por um professor-coordenador, com
atribuições de coordenar suas atividades pedagógico-
operacionais e poderes para praticar todos os atos
administrativos, conjuntamente com a Diretoria ou com
um ou mais diretores da Cooperativa-Escola na forma do
estatuto;

(1) Publicado no D.O. de 15.02.82, pág. 22.766


(2) Houve engano da referência ao item VIII: o certo seria item VII.

54
IV A Cooperativa-Escola terá como objetivos básicos: IX A Cooperativa-Escola será sempre de responsabilidade
limitada.

a) Educar os alunos dentro dos princípios do X Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Cooperativismo e servir de instrumento operacional do
processo de aprendizagem;

b) Objetivando a aquisição de material didático e


insumos em geral, necessários ao exercício da vida Ângelo Amaury Stábile
escolar e do processo ensino-aprendizagem; Presidente

c) Realizar a comercialização dos produtos agropecuários,


decorrentes do processo ensino-aprendizagem, bem
como a prestação de outros serviços da conveniência do
ensino e do interesse dos associados.

V Ao processo de autorização e registro da Cooperativa-


Escola se aplica o disposto no art. 18, da Lei nº 5.764, de
16.12.71.

VI Poderão ingressar na Cooperativa-Escola os alunos de


qualquer grau de ensino agrícola, maiores de 12 anos.

VII A incapacidade dos menores, relativa ou absoluta, será


suprida na forma da legislação civil.

VIII A Cooperativa-Escola será administrada e fiscalizada


somente por associados civilmente capazes, podendo
contar com um Conselho de Representantes integrado por
associados maiores de 16 anos.

55
RESOLUÇÃO CNC Nº 24 - de 25 de janeiro de 19831
II Vencido o prazo de 30 (trinta) dias, o INCRA1 só
conhecerá do pedido de aprovação da reforma estatutária
quando o atraso for justificado pelo órgão de
Regulamenta os artigos 20 e 97, item IV, da Lei nº 5.764, de 16
Administração ou pelo Conselho Fiscal da cooperativa.
de dezembro de 1971, que tratam da REFORMA DOS
ESTATUTOS E DE RECURSOS AO CNC.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
III A reforma estatutária somente não será aprovada se tiver
tendo em vista o que foi deliberado em sessão realizada no dia
havido falta de observância das prescrições legais quanto
25 de janeiro de 1983, com base no que dispõe o artigo 97, item
à convocação, instalação e deliberação da Assembléia,
II, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971,
defeito formal na documentação apresentada ou se as
modificações, supressões ou acréscimos de dispositivos
estatutários infringirem preceitos legais.
RESOLVEU:

IV Verificando, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a


I Dentro de 30 (trinta) dias, a contar da data da Assembléia
contar da data da entrada em seu protocolo, a regularidade
Geral Extrardinária-AGE que aprovou a reforma de seus
da documentação apresentada e a adequação da reforma
estatutos, a cooperativa apresentará ao Instituto Nacional
estatutária aos preceitos legais, o INCRA1 devolverá à
de Colonização e Reforma Agrária - INCRA2, na
cooperativa, devidamente autenticadas, 3 (três) vias da ata
competente Unidade da Federação, para fins de averbação
da AGE e, ocorrendo a hipótese da alínea “b” do item I, do
da alteração estatutária, requerimento acompanhado dos
texto completo dos estatutos reformados, acompanhados
seguintes documentos, devidamente rubricados pelo
de documento dirigido à Junta Comercial do Estado, onde
Presidente da cooperativa ou seu substituto:
a entidade estiver sediada, comunicando a aprovação da
reforma estatutária da requerente.
a) 4 (quatro) vias da ata da AGE;
V A falta de manifestação do INCRA1 no prazo a que se
b) 4 (quatro) vias do texto completo dos estatutos,
refere o item anterior implicará na aprovação da reforma
reformados, caso não estejam transcritos na referida
estatutária para fins de subsequente arquivamento na Junta
ata;
Comercial respectiva.
c) prova da convocação da AGE.

(1) Publicada no D.O. de 05.12.83 - Seção I - Pág. 20.489.


(2) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84). (1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).

56
VI Havendo infringência de dispositivos legais ou defeito XII Para todos os efeitos, os estatutos reformados entrarão em
formal na documentação apresentada, o INCRA1 fará a vigor a partir da publicação de seu arquivamento na Junta
devida comunicação à cooperativa, indicando as Comercial.
exigências a serem cumpridas, no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, findo o qual, se não atendidas o pedido XIII Fica revogado o item XVI da Resolução CNC nº 15, de 27
será arquivado. de outubro de 1976.

VII Cumpridas as exigências, o despacho do deferimento ou XIV Esta Resolução entrará em vigor no primeiro dia do mês
indeferimento será exarado dentro de 60 (sessenta) dias, subsequente ao de sua publicação.
decorridos os quais, aplicar-se-á o disposto no item V.

VIII Da decisão proferida, a cooperativa poderá interpor


recurso para o Conselho Nacional de Cooperativismo,
observados os prazos e regras contidos nos três itens
seguintes.
Ângelo Amaury Stábile
IX O recurso a que se refere o item IV do artigo 97 da Lei nº Presidente
5.764 de 16 de dezembro de 1971, será interposto por
petição dirigida ao INCRA1, dentro do prazo de 30 (trinta)
dias, a partir da data do conhecimento da decisão recorrida
e conterá o nome e endereço da cooperativa recorrente, os
fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova
decisão.

X A petição do recurso será anexada aos autos, os quais serão


remetidos ao Diretor do Departamento de
Desenvolvimento Rural do INCRA1 que, ele conhecendo,
terá o prazo de 30 (trinta) dias para manter ou
reformar a decisão. Mantida a decisão, o INCRA1, dentro
de 8 (oito) dias, remeterá os respectivos autos ao Conselho
Nacional de Cooperativismo.

XI O Conselho Nacional de Cooperativismo apreciará e


julgará os recursos na forma e nos prazos estabelecidos em
seu Regimento Interno.

(1) Em lugar do INCRA, a SENACOOP (Lei 7.231/84 e Decreto 90.393/84).

57
RESOLUÇAO CNC Nº 26 - de 08 de maio de 19841 RESOLUÇÃO CNC Nº 27 - de 22 de agosto de 19841

Revoga as Resoluções CNC nºs 03 e 09 e o item XVII da Dispõe sobre a correção monetária do balanço das
Resolução CNC nº 15. cooperativas.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
sessão realizada em 08 de maio de 1984, com base no que em sessão realizada em 22 de agosto de 1984, com base no
dispõe o artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro disposto no artigo 97, item I, da Lei nº 5.764, de 16 de
de 1971, dezembro de 1971,

RESOLVEU:
RESOLVEU :
I As Cooperativas sujeitas à correção monetária do balanço
na forma do Decreto-lei nº 1.598, de 26 de dezembro de
I Ficam revogadas as Resoluções CNC nºs 03, de 16 de 1977 e legislação posterior, deverão proceder da seguinte
janeiro de 1973, e 09, de 4 de dezembro de 1973, e o item forma:
XVII da Resolução CNC nº 15, de 27 de outubro de 1976.
a) contabilizar em uma conta de “Reserva de
II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Equalização”, indivisível para fins de distribuição, os
resultados da correção realizada nos termos dos artigos
55 a 57 do Decreto-lei nº 1.598, de 26 de dezembro de
1977, bem como a de outros saldos remanescentes de
correções ou reavaliações feitas de acordo com a
legislação anterior ao referido Decreto-lei;

Nestor Jost b) contabilizar a correção monetária do capital na conta de


Presidente “Reserva de Capital”, que se transferirá para a conta de
“Reserva de Equalização”, salvo se a Assembléia
Geral, se omissos os estatutos, determinar, por proposta
do órgão de administração ou, através deste, por
solicitação de associado, que seja incorporada, no todo
ou em parte, à conta de capital dos associados;

(1) Publicada no D.O. de 22.05.84 - Seção I - Pág. 7221 (1) Publicada no D.O. de 24.09.84, Seção II, pág. 13.863

58
c) transferir o saldo da conta de correção monetária, se RESOLUÇÃO CNC Nº 28 - de 13 de fevereiro de 19861
credor, para uma conta de “Reserva de Sobras
Inflacionárias”, igualmente indivisível para fins de
Dispõe sobre a filiação de Cooperativa Central ou Federação
distribuição;
de Cooperativas a outra Cooperativa Central ou Federação de
Cooperativas.
d) transferir o saldo da conta de correção monetária, se
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
devedor, para a de “Reserva de Sobras Inflacionárias” e,
em sessão realizada em 29 de janeiro de 1986, com base no
não existindo esta ou sendo ela insuficiente, efetuar o
disposto no artigo 97, itens I e II da Lei nº 5.764, de 16 de
lançamento do total ou da diferença, conforme o caso, na
dezembro de 1971,
conta de “Reserva de “Equalização” ou de “Sobras e
Perdas”.
RESOLVEU:
II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,
I É permitida a associação de Cooperativa Central ou
revogadas a Instrução CNC nº 1, de 22 de fevereiro de
Federação de Cooperativas a outra Cooperativa Central ou
1979 e a Resolução CNC nº 25, de 22 de novembro de
Federação de Cooperativas independentemente de suas
1983.
modalidades, objetos sociais, atividades e áreas de ação ou
admissão serem iguais ou diferentes.

II A associação de Cooperativa Central ou Federação de


Cooperativas a outra Cooperativa Central ou Federação de
Cooperativas não impede que aquela que tenha concedido
a filiação ingresse, na mesma ocasião ou posteriormente,
no quadro social de sua associada.

III Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Eugênio Pedro Giovenardi


Secretário Executivo

(1) Publicada no D.O. de 19.02.86, Seção I, pág. 2.674

59
RESOLUÇÃO CNC Nº 29 - de 13 de fevereiro de 19861 RESOLUÇÃO CNC Nº 30 - de 22 de julho de 19861

Dispõe sobre a contabilização dos resultados das aplicações no


mercado financeiro feitas pelas Cooperativas. Dispõe sobre o cancelamento da autorização para funcionar e
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC, do registro das Cooperativas.
em sessão realizada em 29 de janeiro de 1986, com base no O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
disposto no artigo 97, item I, da Lei nº 5.764, de 16 de em sessão realizada em 22 de julho de 1986, com base no
dezembro de 1971, disposto no artigo 97, itens I e II, da Lei nº 5.764, de 16 de
dezembro de 1971,

RESOLVEU:
RESOLVEU:

I Os resultados das aplicações feitas pelas Cooperativas no


mercado financeiro serão levados à conta de resultado, I O cancelamento da autorização para funcionar e do
ficando a destinação definitiva a critério da Assembléia registro da cooperativa na Junta Comercial, previsto no
Geral ou de norma estatutária. artigo 63, parágrafo único, da Lei nº 5.764/71, somente se
efetivará depois de aprovadas as contas e encerrada a
II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, liquidação.
revogadas as disposições contrário.
II Antes do encerramento da liquidação, havendo
possibilidade de recuperação, os associados poderão
decidir pela volta da cooperativa à sua vida normal.

III Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.


Eugênio Pedro Giovenardi
Secretário Executivo

Adair Mazzotti
Secretário Executivo

(1) Publicada no D.O. de 19.02.86, Seção I, pág. 2.674 (1) Publicada no D.O. de 28.08.86 Seção I, pág. 12.919

60
RESOLUÇÃO CNC Nº 31 - de 20 de agosto de 19861 IV A presente Resolução não se aplicará às cooperativas de
crédito e às de habitação.

V Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


Estabelece condições para o exercício de cargos eletivos da revogada a de nº 13, de 15 de janeiro de 1976.
administração e fiscalização das cooperativas.
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
em sessão realizada em 20 de agosto de 1986, com base no
que dispõe o artigo 97, itens II e VI, da Lei nº 5.764, de 16 de Adair Mazzotti
dezembro de 1971, Secretário Executivo

RESOLVEU:

I Somente poderá ser eleito para órgão de administração ou


fiscalização o associado, pessoa natural, que esteja no gozo
de seus direitos sociais, na forma dos estatutos da
cooperativa, respeitadas as restrições e incompatibilidades
do art. 51 e seu parágrafo único e § 1º e 2º do art. 56 da
Lei nº 5.764/71.

II Sendo omissos os estatutos, a assembléia geral poderá


condicionar o exercício dos cargos eletivos de
administração e fiscalização à apresentação de declarações
de bens e de inexistência das restrições e
incompatibilidades legais mencionadas no item anterior.

III As declarações mencionadas no item anterior ficarão e


poder da cooperativa e, permanentemente, à disposição da
Secretaria Nacional de Cooperativismo.

(1) Publicada no D.O. de 28.08.86, Seção I, pág. 12.919.

61
RESOLUÇÃO CNC Nº 32 - de 22 de novembro de 19861 RESOLUÇÃO CNC Nº 33 - de 25 de março de 19871

Regulamenta o item III do artigo 97 da Lei nº 5.764/71.


Altera o texto do item VI da Resolução CNC nº 01, de O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
04.09.1972. em sessão realizada em 25 de março de 1987, com base no
O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO, em disposto no artigo 97, item II, da Lei nº 5.764, de 16 de
sessão realizada em 22 de novembro de 1986, com base no que dezembro de 1971,
dispõe o artigo 97, item XI, da Lei nº 5.764, de 16.12.71,

RESOLVEU:
RESOLVEU:

I Instituir o Cadastro Geral das Cooperativas Nacionais


I O item VI da Resolução CNC nº 01, de 04.09.72, passa a previsto no item III do artigo 97 da Lei nº 5.764/71,
ter a seguinte redação: através de formulários próprios aprovados pelo Conselho
Nacional de Cooperativismo.
VI Fica dispensada do disposto nesta Resolução a
cooperativa cujas operações com não associados
decorrerem de transação com órgão oficial de II A Secretaria Nacional de Cooperativismo - SENACOOP,
abastecimento, de solicitação governamental ou forem incumbida dos encargos administrativos do CNC, nos
efetuadas com entidade governamental ou empresa termos do artigo 3º, parágrafo 2º, do Decreto nº 90.393, de
concessionária de serviço de utilidade pública. 30 de outubro de 1984, ficará encarregada da coleta,
processamento e divulgação dos dados.
II Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Parágrafo único - A SENACOOP, usando da faculdade que


lhe é concedida pelo artigo 7º do Decreto nº 90.393/84, poderá
Adair Mazzotti firmar convênio com a Organização das Cooperativas
Secretário Executivo Brasileiras - OCB, incumbindo-a do cumprimento do disposto
nesta Resolução.

(1) Publicada no D.O. de 27.11.86, Seção I, pág. 17.809 (1) Publicada no D.O. de 02.04.87, Seção I, pág. 4.750

62
RESOLUÇÃO Nº 34 - de 03 de junho de 19871
III Para o atendimento desta Resolução, as cooperativas
deverão atualizar anualmente o seu cadastro, preenchendo Dispõe sobre a filiação de Confederação de Cooperativas a outra
e devolvendo os formulários enviados pela entidade Confederação de Cooperativas.
incumbida de sua execução, bem como prestar os O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,
esclarecimentos que lhe forem solicitados. em sessão realizada em 03 de junho de 1987, com base no disposto
no artigo 97, itens I e II, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de
IV Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, 1971.
revogada a Resolução CNC nº 14, de 03 de junho de 1976.
RESOLVEU:

I É permitida a associação de Confederação de Cooperativas


a outra Confederação de Cooperativas independentemente
Aldair Mazzotti de suas modalidades, objetos sociais, atividades e áreas de
Secretário Executivo ação ou admissão serem iguais ou diferentes.

II A associação de Confederação de Cooperativas a outra


Confederação de Cooperativas não impede que aquela que
tenha concedido a filiação ingresse, na mesma ocasião ou
posteriormente, no quadro social de sua associada.

III Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Adair Mazotti
Secretário Executivo

(1) Publicada no D.O. de 18.06.87 - Seção I, pág. 9.491

63
RESOLUÇÃO Nº 35 - de 14 de fevereiro de 1990 RESOLUÇÕES CNC REVOGADAS ATÉ JULHO DE 1987

O CONSELHO NACIONAL DE COOPERATIVISMO - CNC,


em sessão realizada em 14 de fevereiro de 1990, com base no que
dispõe o artigo 97, item XI, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de
1971,
Resoluções Resoluções
RESOLVEU: Revogadas Revogadoras
03 ...................................... ..................................... 26
1. Os itens I e II da Resolução CNC nº 22, de 20/10/81, 06 ...................................... ..................................... 13
passam a ter a seguinte redação: 08 ...................................... ..................................... 22
09 ...................................... ..................................... 26
I “A Contribuição Cooperativista, instituída pelo art. 108 da 13 ...................................... ..................................... 31
Lei nº 5764/71, constituir-se-á de importância 14 ...................................... ..................................... 33
correspondente a 0,2% (dois décimos por cento) do valor 25 ...................................... ..................................... 27
do capital integralizado corrigido e quaisquer fundos e
reservas, inclusive os resultantes de correção monetária,
existentes em 31 de dezembro, e será recolhida a favor da
Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, após o
encerramento do exercício social de uma só vez ou em
prestações de acordo com as normas e prazos por ela
estabelecidos.

II Não coincidindo o ano social com o civil, a Contribuição


será calculada sobre os valores referidos no item anterior,
existentes no dia do encerramento do exercício social e o
seu recolhimento se fará na forma prevista no item
anterior”.

2. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

ADAIR MAZZOTTI
Secretário Nacional de Cooperativismo

64

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