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AULA DEMONSTRATIVA
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma 3a5
3. Metodologia 6e7
4. Teoria 7 a 48
APRESENTAÇÃO
Oi Pessoal,
Agora é real! Edital do TRT GO está na Praça.
Não há tempo para “dormir”. É de notório conhecimento que o nível dos
candidatos está cada vez mais “pavoroso”, por isso é condição sine qua
non para o sucesso uma ótima preparação por meio de cursos
direcionados. Enfim, é ideal definir a estratégia, e que seja cirúrgica.
E, se você procura estratégia, não perca tempo, vem para o curso
estratégia. Aqui no sítio do curso on-line estratégia você vai encontrar
os melhores Professores, os melhores materiais.
A banca definida é a ilustre organizadora FCC.
Com relação à banca FCC, é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores
organizadoras de concursos públicos. Tempos atrás eu falava horrores da
instituição. Hoje o meu “verbo” é distinto. A banca tem prezado pela
qualidade dos certames, porém nem sempre preza pela novidade, o que é
um lado positivo para os Professores de cursinhos preparatórios, afinal
sempre acertamos na mosca! Esse será o meu caso, é claro! No último
concurso [ICMS SP], das 10 questões de Direito Administrativo, 9 delas
foram trabalhadas de forma expressa durante o curso aqui no Estratégia
Concursos!
Ah! Apesar de ser um curso mais dirigido aos entendimentos
“FCCEANOS”, e, quiçá, outra banca a ser escolhida, é um curso de
teoria, e, enquanto tal, servirá para todas as carreiras fiscais, jurídicas e
Tribunais em geral. É só curtir!
O fato de ser um curso teórico, teremos muitos exercícios de fixação.
No site www.tecconcursos.com.br, temos mais de 39 mil questões
comentadas das mais diversas disciplinas. Depois passem por lá.
Cyonil Borges.
PROGRAMA E CRONOGRAMA
A seguir, vejamos a distribuição do nosso curso para todos os cargos
(Analista e Técnico). Todas as aulas já estão disponíveis:
Técnico Judiciário
METODOLOGIA
Passando à metodologia a ser adotada no presente curso, informo
que ela está baseada, essencialmente, em três pilares:
I) Objetividade: procuro tratar dos assuntos de forma direta, sem
“pirotecnias jurídicas", buscando o que há de mais importante para ser
destacado em cada questão, sem, obviamente, perder de vista os pontos
cruciais (mais cobrados em concurso) de tão rica disciplina que é o Direito
Administrativo;
II) Concisão: este curso visa ser claro e preciso, sem incorrer na
prolixidade tão comum dos estudos acadêmicos, a qual, apesar de ser
importante nas discussões doutrinárias, muitas vezes acaba por afastar o
aluno do foco pretendido, qual seja: a indicação da posição correta
que está sendo adotada pelas principais bancas examinadoras,
com destaque especial para sua organizadora; e
III) Abordagem da matéria sem perda de conteúdo: ressalto que a
objetividade e a concisão almejadas não foram pensadas com sacrifico do
conteúdo necessário.
ORIENTAÇÕES FINAIS1
A seguir, gostaria de tecer breves considerações a respeito da
experiência como professor de cursos preparatórios, somada à própria
trajetória como concursando.
Não há um método único para a aprovação em concurso. Não existe
uma “receita de bolo” infalível que possa ser utilizada por todas as
pessoas. Também não há como pré-determinar de forma generalizada um
número de horas mínimo ou máximo por dia que o aluno deve se dedicar
aos estudos, como se fosse a “chave do sucesso”. Não se pode dizer,
ainda, que está certo ou errado estudar somente uma matéria (ou mais
de uma) numa semana. Em síntese, o segredo é: crie a sua própria
estratégia.
Claro que, a partir de experiência própria, como estudante e,
sobretudo, como colaborador na preparação de alunos para concursos,
principalmente os realizados pela Esaf, Cespe e FCC, cheguei a algumas
conclusões:
1. Planejamento: é preciso que se estabeleça um ciclo de estudos.
No ciclo, independentemente do número de horas de estudo que for
1
As dicas são sintéticas, fruto de minha experiência colhida no magistério, especialmente em minhas turmas
de Tribunal de Contas da União, que tive o prazer de orientar nos ciclos de estudo no ano 2003 em Brasília.
Para um maior aprofundamento, recomendo a excelente e criativa obra do autor Alexandre Meirelles.
Simplesmente adorável.
Princípios da Administração
1. REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em alguns editais de concursos públicos, há a menção aos “princípios da
Administração”. Porém, os manuais clássicos de Direito Administrativo,
preliminarmente ao estudo de tal conteúdo, avançam pelo Regime
Jurídico Administrativo.
De pronto, vamos definir a expressão “regime” isoladamente.
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios aplicáveis a
uma determinada situação. Muitas vezes a expressão é conjugada com
um qualificativo, um termo, que lhe trará adjetivação. Por exemplo:
- Regime de concurso público: para passar no concurso público,
devemos seguir um conjunto de normas e de princípios, caso contrário, o
resultado final (passar no concurso) não será facilmente alcançável.
- Regime de peso: para emagrecer devemos seguir um conjunto de
regras (caminhar uma hora/dia) e de princípios (evitar a gula), sob pena
de não alcançarmos o objetivo desejado.
- Regime de escola militar: para cumprir o estágio militar, devemos
acordar cedo, malhar (natação, corridinha mixuruca que não dá nem pra
cansar), estudar, passar pela provação das refeições (carne de monstro,
jacuba das cores mais variadas), enfim, cumprir uma série de princípios e
de regras, sob pena de não alcançarmos a excelência na formação militar.
Trazendo agora para a nossa realidade, há, igualmente, regime jurídico.
Há regime jurídico de servidores. Há regime jurídico de licitações.
Nesses casos, a expressão diz respeito às normas principais aplicáveis
aos servidores e às licitações, respectivamente. Enfim, a
Administração Pública convive com um conjunto de normas e de
princípios, no Regime Jurídico da Administração.
A expressão “regime jurídico da Administração” é o gênero, que comporta
como espécies o Regime de Direito Privado e o Regime Jurídico
Administrativo (normas e princípios de Direito Público). Para a Professora
Maria Sylvia Di Pietro, a expressão regime jurídico da Administração
Pública é utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de
direito público e de direito privado a que pode submeter-se a
Administração Pública. Já a expressão regime-jurídico administrativo
é reservada tão-somente para abranger o conjunto de traços, de
conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a
Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação
jurídico-administrativa.
Fácil concluir, portanto, que o regime jurídico adotado pela
Administração não é formado só por normas de Direito Público. Nem
sempre a Administração acha-se em posição de verticalidade
(unilateralidade, império) sobre os administrados. Vamos entender um
pouco melhor o assunto, ao velho estilo “Jack” (por partes).
2
O item está ERRADO. Não é uma questão trivial. A expressão regime jurídico administrativo, em sentido
amplo, pode ser utilizada como sinônimo para Regime Jurídico da Administração. Este, por sua vez, refere-se
ao conjunto de normas de Direito Público e Direito Privado. Perceba que, no quesito, há a afirmação de que o
Regime, em sentido amplo, assegura “regime especial”. Na verdade, apenas o regime jurídico administrativo,
em sentido estrito, é que garante prerrogativas.
Proc (BACEN)/BACEN/2002
Tratando-se da relação jurídico-administrativa, assinale a opção
falsa.
a) Nesta relação, uma das partes está em posição de supremacia
em relação à outra.
b) A presunção de legitimidade dos atos administrativos decorre da
natureza desta relação.
c) Um ato de gestão de pessoal de uma fundação pública de direito
público, quanto a seu servidor, insere-se nesta relação.
d) O fundamento da ação administrativa nesta relação é,
necessariamente, a realização do interesse público.
e) Para se configurar esta relação, basta que uma das partes seja
pessoa jurídica integrante da Administração Pública Direta ou
Indireta.4
3
A resposta é letra A. Em todas as alternativas há atos praticados pelo Estado e regidos pelo Direito Público,
ou seja, pelo Regime Jurídico Administrativo. No entanto, na alternativa “A”, temos situação regida pelo
Direito Privado (contrato de locação).
4
A resposta é letra “E”. A CEF e o BB são entidades integrantes da Administração Indireta, no entanto, pessoas
jurídicas de Direito Privado. Não estão sujeitas, em estrito senso, ao regime jurídico-administrativo, assim
entendido como conjunto de normas e princípios de Direito Público.
5
O item está CERTO.
AFT/MTE/2003
O regime jurídico administrativo consiste em um conjunto de
princípios e regras que balizam o exercício das atividades da
Administração Pública, tendo por objetivo a realização do interesse
público.
Vários institutos jurídicos integram este regime. Assinale, entre as
situações abaixo, aquela que não decorre da aplicação de tal
regime.
a) Cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos.
b) Autoexecutoriedade do ato de polícia administrativa.
c) Veto presidencial a proposição de lei.
d) Natureza estatutária do regime jurídico prevalente do serviço
público.
e) Concessão de imissão provisória na posse em processo
expropriatório.7
6
A resposta é letra A.
7
A resposta é letra C. Excelente questão. Em todos os itens há prerrogativas da Administração Pública, enfim,
sinal de força, de imperatividade, de verticalidade. Porém o “veto presidencial” não é praticado pelo
presidente da República no exercício da função administrativa. O veto faz parte do processo legislativo, mais
próximo, portanto, do conceito de atos de governo ou políticos.
8
A resposta é letra “B”. Em todos os itens há prerrogativas, exceto na letra “B”. A realização de concurso
público não é um poder da Administração (prerrogativa), mas sim uma restrição (dever).
9
A resposta é letra “E”. As prerrogativas são os direitos da Administração. É que lhe asseguram a possibilidade
de impor as medidas em desfavor dos administrados e em preservação ao interesse público. Perceba que, no
item “E”, há um dever do Estado, portanto, uma restrição.
Melhores momentos:
I) regime jurídico é um conjunto de normas e de princípios
aplicado à determinada situação;
II) o regime jurídico aplicável à Administração pode ser tanto de
direito público (administrativo), como de direito privado
(Regime Jurídico da Administração ou regime jurídico-
administrativo, em sentido amplo);
III) o regime jurídico-administrativo é um conjunto de
prerrogativas e sujeições concedido à Administração Pública,
para melhor cumprimento dos interesses públicos;
IV) ainda que se sujeite predominantemente a normas de
direito privado, a Administração Pública nunca se submete de
forma integral a normas de tal ramo jurídico. Por exemplo: as
empresas estatais estão sujeitas às restrições legais e
constitucionais (realização de concurso público e de licitações, por
exemplo);
V) O interesse público primário representa a Administração
Pública no sentido finalístico, extroverso, com outras palavras,
é o interesse público propriamente dito, pois dirigido diretamente
aos cidadãos (de dentro do Estado para fora – Administração
Extroversa). Já o interesse público secundário diz respeito aos
interesses do próprio Estado, internos, introversos, portanto,
inconfundíveis com os primários (propriamente ditos). Por
exemplo: a locação de um galpão para guarnecer livros, enquanto a
10
A resposta é letra B. A realização de concursos públicos é ato interno da Administração. É o que a doutrina
reconhece como interesse público secundário. Porém é induvidoso que, a despeito de secundário, deve ser
regido por princípios da Administração.
11
Celso Antônio Bandeira de Mello, por exemplo.
CONFLITO
LEIS PRINCÍPIOS
Hierarquia
Princípio da predominância
Cronológico
dos valores
Especialidade
12
Gabarito: ERRADO.
13
Gabarito: CERTO.
14
Letra E.
15
Gabarito: CERTO.
1.2.1.3. Moralidade
A ilegalidade mais grave é a que se oculta sob a aparência de
legitimidade. A violação maliciosa encobre os abusos de direito com
a capa de virtual pureza (por Caio Tácito).
16
Gabarito: CERTO. Apesar de ser tecnicamente ligada à moralidade, a probidade possui tratamento próprio
no § 4º do art. 37 da CF/1988.
17
Acrescenta-se que, no Código Civil, o parentesco por afinidade é limitado ao 2º Grau.
18
Gabarito: Certo.
19
Gabarito: ERRADO. Relembre-se que a prática do nepotismo afronta, dentre outros aspectos, a
moralidade. Não carece a Administração Pública de lei específica para ter de cumpri-lo.
1.2.1.4. Publicidade
Ultimamente, tem-se desenvolvido a ação administrativa
denominada “chamada pública”, por meio da qual a Administração
publica edital com o objetivo de divulgar a adoção de certas
providências específicas e convocar interessados para participar da
iniciativa, indicando, quando for o caso, os critérios objetivos
necessários à seleção. (por Carvalho Filho)
20
Gabarito: ERRADO.
21
Nome recebido pelo instrumento convocatório na modalidade convite.
22
Gabarito: ERRADO. Nem sempre é necessário divulgação dos atos da Administração no Diário Oficial.
1.2.1.5. Eficiência
O núcleo do princípio é a procura de produtividade e economicidade
e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios
de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos
com presteza, perfeição e rendimento funcional (por Fernanda
Marinela).
23
Gabarito: CERTO.
24
Gabarito: Letra C.
Moralidade;
Publicidade e
Eficiência.
Gabarito: alternativa A.
Ah! Para a doutrina, o serviço contínuo não precisa ser diário, por
exemplo, a Justiça Eleitoral não é um serviço diário, contudo, atende
plenamente o princípio da continuidade, pois é intermitente e regular.
Gabarito: alternativa A.
Gabarito: alternativa C.
Gabarito: alternativa D.
c) continuidade.
d) igualdade.
e) universalidade.
Comentários:
Questão de fixação. O princípio fundamental que determina que os
serviços públicos não possam sofrer solução em sua continuidade é o
princípio da continuidade dos serviços públicos. Daí a correção da
alternativa C.
Gabarito: alternativa C.
d) Moralidade
e) Proporcionalidade
Comentários:
Pode-se dizer que o princípio da impessoalidade tem uma “tripla
formulação”, “três faces”.
Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade como
princípio significa que o administrador público só deve praticar atos
voltados à consecução do interesse público. Daí a correção da letra
“C”.
Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral deve
levar em consideração não o “prestígio” social por estes desfrutado, mas
sim suas condições objetivas em face das normas que cuidam da
situação, tendo em conta o interesse público, que deve prevalecer.
Para esses doutrinadores, a atuação impessoal determina uma
atuação finalística da Administração, ou seja, voltada ao melhor
atendimento dos interesses públicos. Desse modo, o princípio da
impessoalidade é sinônimo de finalidade.
Em outra interessante acepção do princípio da impessoalidade, os
atos e provimentos administrativos são imputáveis NÃO ao
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa em nome do qual age o funcionário.
Por essa linha, pelos atos dos agentes responde a Administração
Pública, em razão da impessoalidade de atuação daqueles. A tese é
consagrada em diversos momentos da nossa atual Constituição Federal,
como no art. 37, §6º, do texto constitucional: