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Para a garantia de produção de um açúcar branco de boa qualidade, com baixa coloração,
características uniformes e constantes, além de baixo teor de sulfito e outros materiais
estranhos, é necessário contar-se com sistemas de tratamento eficientes e confiáveis.
Atenta a essas questões, a ENGENHO NOVO/ TECEN desenvolveu uma nova versão do seu
já consagrado sistema AIR-JET de contato gás-líquido para a sulfitação do caldo de cana em
usinas de açúcar. O processo é realizado através de ejetores de mistura líquido-gás, que
proporcionam a sucção do ar necessário para a queima total do enxofre, além de garantir uma
mistura perfeita e controlada entre o gás sulfuroso (SO2), o caldo, e as suas impurezas.
A Sulfitação do Caldo
Na grande maioria das usinas, o gás sulfuroso é gerado através da combustão do enxofre em
fornos de queima. Quando esta queima não é conduzida de maneira correta e apropriada,
pode causar problemas de natureza ambiental, além de problemas de processo e de
manutenção, originados pela queima deficiente do enxofre, tais como:
. Produção de gás sulfúrico e posteriormente ácido sulfúrico, responsável por severa corrosão
em equipamentos e tubulação; e
. Queima incompleta e/ou deficiente do enxofre, com a deposição do material não queimado
nas tubulações e equipamentos, causando entupimentos.
Por outro lado, a dispersão ineficiente do gás no caldo pode originar outros problemas, como
por exemplo:
. Inversão da sacarose, devido a existência de zonas com pH muito baixo onde o gás não foi
misturado ao caldo de maneira eficiente;
A maioria dos sistemas de sulfitação existentes utiliza equipamentos do tipo coluna de contato
ou do tipo multi-jatos para dispersar o SO2 no caldo de cana.
Colunas de Sulfitação:
Nas colunas de sulfitação, o caldo de cana é alimentado pela parte superior do equipamento,
fluindo em contra-corrente com o gás sulfuroso que é alimentado pela parte inferior do vaso.
No interior da coluna, existem vários pratos perfurados, através dos quais o gás é borbulhado
no caldo, fluindo de prato em prato.
No fundo das colunas o gás é admitido e o caldo sulfitado é retirado. Dessa forma, nessa
região o gás se encontra mais concentrado e mais ativo enquanto o pH do caldo também é
mais ácido. Com isso, formam-se zonas com pH muito baixo na parte inferior da coluna, que
favorecem a inversão da sacarose, além de corrosão localizada. Outro inconveniente das
colunas deve-se à sua pouca flexibilidade operacional no que se refere a variações de vazão,
uma vez que estas só operam bem em condições próximas à sua vazão de projeto.
Finalmente, as colunas de sulfitação ainda exigem uma infraestrutura complementar externa
para promover a sucção do ar para o interior dos fornos de queima de enxofre assim como
para promover a exaustão dos gases em excesso que saem pelo topo do equipamento.
Multi-Jatos:
Os multi-jatos, por sua vez, são equipamentos de vácuo baseados no princípio de venturi.
Utilizam o próprio caldo de cana para gerar vácuo e succionar o gás sulfuroso que se mistura
ao meio e, conseqüentemente, o ar necessário à queima do enxofre no forno. Os multi-jatos
são equipamentos bem mais compactos que as colunas de sulfitação, e dispensam os
sistemas acessórios de alimentação de gases. Contudo, os multi-jatos usualmente utilizados
foram concebidos originalmente apenas para a geração de vácuo e não garantem uma mistura
eficiente entre o gás e o caldo de cana. No interior da coluna do multi-jato, o caldo escoa
paralelamente ao gás sulfuroso, constituindo um fluxo bifásico onde as duas fases (gás e
caldo) praticamente não interagem entre si. Dessa forma, a mistura entre o gás e o caldo
ocorre efetivamente apenas no tanque que recebe o caldo sulfitado, onde as perdas de SO2
para a atmosfera são consideráveis e a ocorrência de super-sulfitação em algumas zonas do
caldo já se fizeram sentir. Ao longo da coluna de saída do multi-jato e também no próprio
tanque que recebe o caldo sulfitado, se formam zonas de baixo pH, de forma ainda mais
severa do que no caso das colunas de sulfitação, resultando em uma maior inversão da
sacarose além de problemas de corrosão em equipamentos.
ENGENHO NOVO TECNOLOGIA TecEN COMERCIAL
Sistema de Sulfitação ENGENHO NOVO
No interior do sistema AIR-JET, o caldo passa em alta velocidade através de bicos ejetores,
gerando o vácuo que succiona o gás sulfuroso. Em seguida o caldo bombeado e o gás
aspirado passam por uma zona de mistura, onde existem turbulência e cisalhamento ideais
para que todo o gás se disperse muito rapidamente e de maneira homogênea no caldo. Dessa
forma ocorre uma sulfitação completa e, praticamente, instantânea, onde não existem
condições para formação de gradientes de pH (isto é, não existem variações de pH entre as
diferentes regiões no caldo), eliminando assim os riscos de inversão da sacarose e de corrosão
em equipamentos. Com isso, as perdas de SO2 para a atmosfera são virtualmente eliminadas.