Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Que Desligar e o Que Ligar
O Que Desligar e o Que Ligar
EM TERMOS DE EDUCAÇÃO
ROBERTO SILVESTRIN
Mestrando em Educação em Ciências e Matemática da PUC-RS
INTRODUÇÃO
DESPLUGADO/PLUGADO
PLUGANDO A EDUCAÇÃO
O professor tem uma série de fatores que condicionam e limitam seu horizonte de
atuação: o programa da disciplina, os parâmetros curriculares, as atribuições profissionais,
entre tantos outros que poderiam ser citados. No entanto, a seleção dos meios didáticos é
uma decisão que está afeita a suas atribuições. Ligar ou não ligar a aula ao ciberespaço é
uma opção que está ao seu alcance.
Ao optarmos por desenvolver a Unidade de Aprendizagem de forma presencial e
também utilizando o recurso do grupo na internet, estávamos assumindo a importância da
necessidade de levarmos a pesquisa e a discussão dos assuntos a ela pertinentes para fora
dos limites da sala de aula. Buscávamos incluir as pessoas com as quais os alunos se
relacionavam no processo de construção do conhecimento: amigos, colegas, parentes,
outros professores, e, por que não, a cibercomunidade (“world wide web”).
Disponibilizamos um grupo no Yahoo! Grupos, denominado Instelet2006-1.
Utilizamos o recurso “arquivos” para a criação de pastas, cada uma delas com a
identificação e descrição de seu conteúdo, que podiam ser acessadas pelos alunos via
internet, a qualquer hora e de qualquer lugar. Algumas dessas pastas cumprem a função de
gerenciamento e organização de compromissos e tarefas, enquanto outras são reservadas a
abrigar o resultado das tarefas propostas nas diversas atividades da Unidade de
Aprendizagem.
A EDUCAÇÃO LIGADA
OCUPANDO O CIBERESPAÇO
A ocupação do ciberespaço é uma decorrência do acelerado desenvolvimento das
tecnologias de informação e comunicação, assim como da globalização da economia
estendendo seus tentáculos a tudo o que possa ser identificado como algum tipo de mercado
consumidor. Segundo Morin, “uma das conquistas preliminares no estudo do cérebro
humano é compreender que uma das suas superioridades sobre o computador é poder
trabalhar com o insuficiente e o vago”. (Morin, 2003, p.53).
A partir dessas reflexões, pretendemos verificar se os indicadores de pensamento
crítico, identificados por Newman, Webb e Cochrane (1995), a partir dos estágios de
pensamento crítico de Garrison (1991, apud Newman, Webb e Cochrane, 1995), avaliando
itens como relevância, importância, novidade, conhecimento/experiência, ambigüidades,
associação de idéias/ interpretação, justificativa, avaliação crítica, utilidade prática e
extensão da compreensão, manifestam-se nos textos produzidos pelos alunos, dando
continuidade ao previsto nos objetivos propostos na dissertação de mestrado.
Acredito ser necessária urgência no avanço da reflexão e do debate a respeito da
incorporação das tecnologias da informação e comunicação como meio didático, quando
menos não seja para não corrermos o risco de parecer aos alunos sermos tenazes defensores
da pena, do tinteiro e do mata-borrão.
AGRADECIMENTOS
Para finalizar, gostaria de registrar minha gratidão a algumas pessoas e organizações
pelo apoio e significação no ambiente intelectual que possibilitou a germinação das idéias
aqui trazidas para a critica e debate. São eles, sem qualquer pretensão de ordenação, os
professores do Mestrado em Educação em Ciências e Matemática da PUC-RS, a minha
orientadora, Profª. Dra. Regina Maria Rabello Borges, meus alunos da disciplina de
Instalações Elétricas do curso de arquitetura da UCS-RS e, por fim, à Fapergs pelo apoio
sob a forma de bolsa de estudo.
REFERÊNCIAS
3. DEMO, Pedro. Conhecer & aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre:
Artmed. 2000.