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Até meados do século XIX, a maior parte dos judeus vivia na Europa Oriental. O
comércio e a usura constituíam suas principais atividades econômicas. A ascendência
da burguesia como classe dominante após o colapso da ordem feudal nesta parte do
mundo, alterou profundamente a situação das comunidades judias. Os Estados
autoritários, especialmente o russo, na época dos czares, começaram a estimular o
anti-semitismo na população, acusando os judeus de serem responsáveis pelo
desemprego e pelas constantes crises econômicas. Aos olhos da grande massa, o
judeu aparecia como o explorador direto, o “homem do dinheiro”. O resultado foi o
surgimento de uma reação violenta contra os judeus, obrigando-os a iniciar uma onda
migratória, primeiro para a Europa Ocidental, depois para os Estados Unidos e
América Latina. Foi nessa conjuntura que surgiu o nacionalismo judeu, tomando forma
no movimento sionista.
O principal teórico do movimento sionista foi Theodr Herzl, um jornalista austríaco que
em 1896, publicou o livro “ O Estado Judeu”, no qual defendia a fundação de um lar
nacional judeu na Palestina. No afã de encontrar apoio, Herzl chegou a procurar
inclusive o Kaiser alemão, mas foi a Grã-Bretanha a potência colonial que abraçou a
idéia, animada pelas declarações do tipo “para a Europa, constituiríamos na região
uma muralha contra a Ásia, seríamos a sentinela avançada da civilização contra a
barbárie. Permaneceríamos como Estado neutro em relação constante com toda a
Europa, que deveria garantir nossa existência.”(trecho do livro de Herzl)
O Mandato Britânico:
O dia do Yom Kippur, “Dia do Perdão” para os israelenses, é um dia em que não se
faz guerra. Nesse dia, o Egito e a Síria programaram um ataque surpresa ao Estado
de Israel, que não devolvera as terras ocupadas em 1967, na Guerra dos Seis Dias. O
Egito chegou a penetrar 15 Km em território israelense apesar dos bombardeios que
sofria.
O ataque surpresa permitiu a reconquista da margem oriental do Canal de Suez por
forças egípcias e só chegou ao fim com um cessar-fogo que foi imposto pelos EUA e
pela URSS além, é claro, da ONU.
A Atuação da OLP:
As pressões dos EUA por um acordo de paz entre Israel e os vizinhos árabes de
intensifica com o fim da Guerra do Golfo. Em outubro de 1991, realiza-se a
conferência árabe- israelense em Madri. Representantes palestinos participam como
membros da delegação jordaniana, diante da recusa israelense em negociar com a
OLP. Divergências sobre a autonomia palestina nos territórios ocupados provocam o
fracasso da conferência. Shamir, primeiro ministro israelense, rejeita o pedido
americano para congelar a instalação de colonos na Cisjordânia e em Gaza. Em
represália, os EUA bloqueiam um empréstimo de US$ 10 bilhões, destinado à
construção de moradias para imigrantes da antiga URSS em Israel. O impasse
começa a ser rompido com a vitória, nas eleições de julho de 1992, dos trabalhistas
liderados por Rabin, que defende negociações com os palestinos com base no
princípio de “terra em troca de paz”, o que pressupões concessões territoriais. Rabin,
ao assumir como primeiro ministro, anuncia o congelamento parcial da construção de
casas de colonos judeus nos territórios ocupados. Os EUA desbloqueiam o
empréstimo.
Em setembro de 1993, depois de meses de negociações secretas na Noruega, o
governo israelense e a OLP assinaram um acordo de paz, em Washington. O
chamado acordo de Oslo I prevê a instalação, por cinco anos, de um regime de
autonomia limitada para os palestinos, inicialmente na Faixa de Gaza r na cidade de
Jericó e ,mais tarde, em toda Cisjordânia. Fica estabelecido, também, que as tropas
israelenses se retirarão dos territórios, cujo politicamente será entregue a uma força
palestina.
Jericó tem 14 mil habitantes, enquanto a Faixa de Gaza possui cerca de 855 mil,
incluindo 5 mil colonos judeus distribuídos em 16 assentamentos. É uma das maiores
aglomerações humanas por quilômetro quadrado do mundo. A população atual
palestina é estimada em 7 milhões de habitantes. Grande parte dos palestinos ainda
vivem espalhados pelo mundo. No Oriente Médio, as maiores concentrações são as
da Jordânia, Líbano, Kuwait e Síria. Na América Latina, o Chile é o país com o maior
número de palestinos.
Só no terceiro ano da vigência do acordo é que serão discutidas as questões mais
polêmicas: a criação de um Estado palestino e o status de Jerusalém.
Em busca da reconquista da pátria:
O Governo atual:
Fontes:
http://www.elogica.com.br/users/emarinho/trab_mono/ensaios/palestina.htm
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/21473/210
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