Você está na página 1de 11

Aluno: André Luiz Romano Madureira | Turma: GM-22 | Tema: 1 (Qual o interesse das

grandes potências nesse conflito?) | Professora: Tânia Lima | Disciplina: História

Projeto Humanidade - Questão Palestina - Pesquisa


 
Introdução:

Ao analisarmos os fatos de maior importância dos últimos tempos na região da


Palestina encontraremos: um Estado em busca de seu reconhecimento, uma Nação a
procura de seu território e uma cidade reduto de esperanças e aspirações de ambos.
É com a interação destes três fatos que a conturbada história da região é escrita e
modificada a cada segundo, persistindo nos seus interesses e disposta a guerra ou
paz.
Mas a essência da “Cidade dos 3.000 Anos” permanece e quer sobreviver, pois sua
função não se baseia somente nestas duas partes.
Partindo desta premissa este trabalho visa, de forma sucinta, esclarecer os fatos que
fizeram Jerusalém uma cidade tão disputada entre Palestinos e Israelenses
demostrando a disparidade dos anseios que conseguiram fortificar uma realidade.
 
Antecedentes históricos:

Na Antigüidade, a Palestina foi habitada por diferentes povos nômades. Os primeiros


habitantes historicamente reconhecidos foram os cananeus, seguidos pelos filisteus
(cerca de 3000 A.C.). De acordo com os registros históricos, os hebreus (judeus),
também um povo nômade, invadiram a região por volta de 1200 A.C.. Dois séculos
mais tarde (1000 A.C.), sob o comando de Davi, era fundado o primeiro Reino Judeu
na Palestina. Este durou cerca de 80 anos, quando fragmentou-se em dois: o de
Israel, ao norte, e o de Judá, ao sul.
O Reino de Israel foi destruído pelos Assírios em 721 A.C. e o de Judá pelos
babilônios em 586 A.C., ocasião em que os judeus foram levados para o cativeiro da
Babilônia. Em 520 A.C., Ciro, rei da Pérsia, que derrotara os babilônios, permitiu o
retorno dos judeus à Palestina, a região foi ocupada pelos macedônios e pelos
romanos. Sob o império romano ocorreram duas grandes revoltas, em 70 e em 132.
Depois dessa última, os judeus foram massacrados e dispersados (Diáspora). Nos
séculos seguintes, a Palestina sofreu sucessivos domínios estrangeiros, até que, em
637, foi ocupada pelos árabes muçulmanos, e no século XVI pelos turcos otomanos.
Mas, com o declínio gradual do governo turco, toda a região de Jerusalém ficou
abandonada. Sendo somente ressuscitada no século XIX, com as freqüentes
atividades missionárias que, através de estudos de geografia bíblica e arqueologia, as
grandes potências européias faziam procurando posições geopolíticas no Oriente
Médio. Tornando a cidade de Jerusalém um ponto estratégico para tal.
Em 1917, as forças Britânicas entraram em Jerusalém, acabando com quatro séculos
de domínio otomano e começando a administração Britânica, que depois da 1 ª Grande
Guerra começou a administrar a região Palestina com um mandato da Liga das
Nações.
 
O Movimento Sionista:

Até meados do século XIX, a maior parte dos judeus vivia na Europa Oriental. O
comércio e a usura constituíam suas principais atividades econômicas. A ascendência
da burguesia como classe dominante após o colapso da ordem feudal nesta parte do
mundo, alterou profundamente a situação das comunidades judias. Os Estados
autoritários, especialmente o russo, na época dos czares, começaram a estimular o
anti-semitismo na população, acusando os judeus de serem responsáveis pelo
desemprego e pelas constantes crises econômicas. Aos olhos da grande massa, o
judeu aparecia como o explorador direto, o “homem do dinheiro”. O resultado foi o
surgimento de uma reação violenta contra os judeus, obrigando-os a iniciar uma onda
migratória, primeiro para a Europa Ocidental, depois para os Estados Unidos e
América Latina. Foi nessa conjuntura que surgiu o nacionalismo judeu, tomando forma
no movimento sionista.
O principal teórico do movimento sionista foi Theodr Herzl, um jornalista austríaco que
em 1896, publicou o livro “ O Estado Judeu”, no qual defendia a fundação de um lar
nacional judeu na Palestina. No afã de encontrar apoio, Herzl chegou a procurar
inclusive o Kaiser alemão, mas  foi a Grã-Bretanha a potência colonial que abraçou a
idéia, animada pelas declarações do tipo “para a Europa, constituiríamos na região
uma muralha contra a Ásia, seríamos a sentinela avançada da civilização contra a
barbárie. Permaneceríamos como Estado neutro em relação constante com toda a
Europa, que deveria garantir nossa existência.”(trecho do livro de Herzl)
 
O Mandato Britânico:

Em 1917, todo o território da Palestina tornou-se área de influência da Grã-Bretanha,


que ocorreu em forma de mandato, declarado pela Liga das Nações, até 1948, ano da
criação do Estado de Israel.
Neste período, os interesses ingleses se confundiam com os do movimento sionista,
interessado na criação de um Estado Judeu com autonomia para abrigar todos os
Judeus dispersados pelo mundo. Tanto que em 2 de novembro de 1917, a Inglaterra
expede a Declaração de Balfour, esta declaração culminou os esforços sionistas
assegurando o apoio britânico ao plano de colonizar a Palestina e lá estabelecer um
Estado Judeu. O projeto visava a criação de um “lar nacional do povo Judeu”, mas não
incluía qualquer salvaguarda dos direitos da população existente, na época a
população era predominantemente composta de não-judeus.
Note-se que em 1917, ano em que foi emitida a declaração, os britânicos não
possuíam nenhuma soberania ou domínio sobre a Palestina. Nesta época, a Palestina
ainda fazia parte do Império Otomano. A Grã-Bretanha passou efetivamente a
administrar a Palestina em 1922, após a derrota do Império Otomano, e ano em que a
Liga das Nações confinou à Grã-Bretanha o mandato de Administrar a Palestina.
Durante o mandato Britânico a sede de todas as entidades administrativas se situavam
em Jerusalém; por sua vez foi permitido às comunidades judaica e árabe o direito de
gerirem seus próprios assuntos internos. E como estipulado pelo mandato, foi criada a
“Agência Judaica” órgão com poder de representação diante das autoridades
britânicas, governos estrangeiros e organizações internacionais.
Através das campanhas de imigração a quantidade de judeus que chegavam eram
imensas, a maioria vindos da Rússia, Polônia e Alemanha, possibilitando com que a
comunidade judaica se restabelecesse. Mas desde o início, encontrou a oposição por
parte dos nacionalistas árabes extremistas, que desencadearam períodos de intensa
violência. A partir daí, o sionismo e o nacionalismo árabe se polarizaram em uma
situação potencialmente explosiva.
Reconhecendo os objetivos opostos dos dois movimentos nacionalistas, os ingleses,
que já tinham uma vez feito a partilha sob o mandato (1922), recomendaram uma nova
partilha (1937) do território situado a oeste do rio Jordão em dois estados, um judaico
e outro árabe, ficando Jerusalém e os lugares santos sob tutela britânica. Mas, a
população minoritária deveria se transferir e a corrente imigratória seria limitada. Os
palestinos ficaram perplexos com o desmembramento de sua pátria, e com a retirada
forçada de sua população do virtual Estado judaico.
Atos de violência contínuos em larga escala dos árabes contra os judeus, fizeram a
Grã-Bretanha, em maio de 1939, publicar um Livro Branco, impondo restrições
drásticas à imigração judaica, e negando assim os judeus europeus um refúgio à
perseguição nazista. Determinava, um período de dez anos, durante o qual a Grã-
Bretanha continuaria a governar a Palestina. Depois, o país deveria se transformar
num Estado independente, binacional, onde árabes e judeus compartilhariam o
governo de maneira a serem garantido os interesses essenciais de cada comunidade.
Os sionistas condenaram veemente o Livro Branco, considerando um golpe fatal ao
seu programa e uma traição ao seu “lar nacional”. Os palestinos desconfiaram das
intenções inglesas por estender o mandato por mais dez anos. Em suma, cada um
queria a região da Palestina para si, e a Grã-Bretanha sabia, mas era tarde para impor
seu projeto pela força.
A inabilidade britânica de conciliar as exigências conflitantes das comunidades árabes
e judaicas fizeram com que no dia 2 de abril de 1947 entregasse o problema a ONU,
que aceitou a moção para depois de demorados debates, a Assembléia, adotou uma
resolução pela qual se estabeleceu o Comitê Especial das Nações Unidas para a
Palestina (UNSCOP), para estudar o problema.
No dia 3 de setembro de 1947, o Comitê submeteu a Assembléia dois planos, um da
maioria e um da minoria. O plano da maioria propunha o término do Mandato Britânico
e a partilha da Palestina: a criação de um Estado Árabe e um Estado Judeu, com uma
união econômica entre eles e um corpus separatus para a cidade de Jerusalém, que
ficaria sujeita a um regime especial internacional, a ser administrado pelas Nações
Unidas. O plano da minoria previa o término do Mandato, mas propunha o
estabelecimento de um Estado Federal, que compreenderia um Estado Árabe e um
Estado Judeu, com Jerusalém como sua capital.
Nas Nações Unidas, um novo comitê ad hoc reestudou as propostas do UNSCOP,
adotando o plano da maioria que foi levado a Assembléia Geral, no dia 29 de
novembro de 1947, na qual foi aceito.
 
A ocupação sionista:

Estimulados pela Declaração Balfour e pelas facilidades de emigração dadas pelo


governo britânico, muitos judeus começaram a implantar diversas colônias agrícolas
na Palestina através da compra de terras de proprietários turcos e sírios.
Devido ao limite a imigração imposto pela Grã –Bretanha, os sionistas mais
exacerbados passaram a fazer uso de ações violentas para expulsar os palestinos de
suas terras. Foi assim que surgiu o grupo Irgun Zvi Zevmi (Organização do Exército de
Israel) em 1938. O Irgun especializou-se em jogar bombas incendiárias nos mercados
árabes das principais cidades palestinas. Menahem Begin, aquele que anos mais
tarde viria a se tornar um dos mais famosos primeiros ministros de Israel, foi um de
seus membros mais ativos.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Os atritos com os ingleses foram
suspensos, mas uma ala radical do Irgun não aceitou a trégua e fundou o Stern
(Lutadores pela Liberdade de Israel). Foram os membros desta facção os
responsáveis pelo massacre de Deir Yassin, em 1947, no qual 254 palestinos foram
barbaramente assassinados.
Entre 1939 e 1944, período da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha tentou mas
não conseguiu deter a imigração em massa de judeus que fugiam das perseguições
nazistas na Europa.
 
Criação do Estado de Israel e guerra da independência (1948/1949):

Pouco antes de os ingleses completarem sua retirada do território da Palestina, no dia


14 de maio de 1948, a Agência Judaica proclamava ,em Tel Aviv, o novo Estado de
Israel. A declaração não mencionava Jerusalém, mas relatava a necessidade do povo
de Israel em manter seguros os Lugares Santos. Imediatamente depois do
estabelecimento do novo Estado, os palestinos juntamente com as forças dos cinco
Estados Árabes (Jordânia, Egito, Líbano, Arábia Saudita e Iraque) invadem Israel,
dispostos a prevenir a independência e retomar o controle sobre a região. O primeiro
ato da Guerra da Palestina.
Com a proclamação do novo Estado, em 1948, o território de Israel é invadido pelos
exércitos árabes, desencadeando a chamada Guerra da Independência, que perdurou
cerca de 15 meses. Nos primeiros meses de 1949, negociações diretas, conduzidas
sob auspício da ONU, entre Israel e cada um dos países invasores (exceto o Iraque
que se recusou a negociar com Israel) levaram a acordos de armistício que refletiam
as posições ao fim do combate. Israel não somente manteve seu território, como se
apropriou de uma parte designada ao Estado Palestino: a planície costeira, a Galiléia e
todo Neguev. O restante do território palestino foi tomado pela Jordânia e pelo Egito; a
primeira anexou a margem oeste (Judéia e a Samaria), enquanto o Egito assumiu o
controle da faixa de Gaza. Jerusalém foi dividida em duas partes, a parte oriental
incluindo a cidade velha ficou sob controle jordaniano, enquanto a parte ocidental sob
domínio de Israel.
Com o término da guerra a comunidade palestina, simplesmente, perdeu todo o seu
território “prometido”, que ocasionou um problema ainda maior: os refugiados. A
grande maioria da população fugiu ou foi expulsa das áreas que vieram a formar
Israel. Em Jerusalém, as forças jordanianas ocupavam sua parte oriental, enquanto
Israel ocupava a ocidental, desde o acordo de armistício no começo de 1949. Para
resolver vários problemas, as partes concordaram com a formação de um comitê
especial responsável pela formação de programas de acordo com os princípios já
existentes na cidade, incluindo o livre acesso aos Lugares Santos e a reabertura de
institutos culturais e humanitários mantidos pelas três religiões mais atuantes; mas
esses compromissos não foram honrados pela Jordânia, além disso demoliram a
grande maioria dos bairros judeus da Cidade Velha, incluindo sinagogas, sem contar
com a violação de túmulos no Cemitério Judeu nos Montes das Oliveiras.
A partir destes acontecimentos, Israel retomou as negociações junto as Nações
Unidas para determinar uma solução para a Cidade Velha, argumentando que
Jerusalém era uma parte inseparável do sue Estado, sendo sua capital eterna,
tornando inaceitável sua divisão; e expondo as barbáries cometidas pelo Governo
Jordaniano no patrimônio histórico mundial. Por sua vez, a ONU reagiu.
A posição da ONU em relação a Jerusalém era única: sua internacionalização. Em
freqüentes relatórios recomendavam que a Cidade de Jerusalém fosse posta sob
efetivo controle das Nações Unidas, com autonomia local máxima para as
comunidades árabes e judias, estas idéias foram levadas para a Comissão de
Conciliação para a Palestina com o indulto de elaborar propostas detalhadas para a
implementação do regime de internacionalização permanente. A Comissão entabulou
discussões com os representantes dos Estados Árabes e de Israel, enquanto as
delegações árabes estavam dispostas a aceitar o princípio do regime de
internacionalização, Israel declarava-se incapaz de aceitar um tal regime ( aceitava um
regime internacional para os Lugares Santos e Cidade Velha, que se encontravam fora
do controle israelense, no domínio jordaniano). Outros planos da Comissão foram
apresentados mas, foram ignorados.
Até que, com a Resolução 303, a Assembléia Geral reafirmou sua intenção,
solicitando ao Conselho de Tutela que Complementasse o Estatuto de Jerusalém e
procedesse imediatamente ao seu cumprimento. A 4 de abril de 1950, o Conselho de
Tutela aprovou um Estatuto, mas logo chegou a conclusão de que nenhum dos dois
Estados estariam dispostos a implementar o projeto. Pois, Israel já tinha transferido
seus escritórios ministeriais para Jerusalém e proclamara a cidade como sua capital;
desde então até 1967 nenhuma medida foi tomada pelas Nações Unidas para por em
vigor a internacionalização de Jerusalém.
 
Guerra do Canal de Suez (1956):

O Presidente Nasser do Egito resolveu nacionalizar o Canal de Suez que fora


construído pela Inglaterra e pela França durante o século XIX. Com a nacionalização
do Canal, Israel estava ameaçado de não poder irrigar o deserto de Neguev situado
dentro de seu território e de não ter mais saída para o Mar Vermelho, já que o porto de
Eliat fora fechado pelos egípcios. Os exércitos de Israel atacaram o Egito
conquistando a Península do Sinai reabrindo o porto de Eliat.
Esse movimento israelense, apoiada pela França e pela Inglaterra, levou os EUA e a
URSS a exigirem que Israel voltasse às suas fronteiras inicias para evitar maiores
conflitos. As tropas da ONU foram deslocadas para lá a fim de garantir a desocupação
das terras árabes. O conflito árabe-israelense agravou-se ainda mais a partir de 1964
com a criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que
desencadeou uma série de guerras contra Israel com objetivo de retomar os territórios
ocupados e criar um Estado Palestino.
 
Guerra dos seis dias: a anexação de Jerusalém:

Em 5 de junho de 1967, percebendo uma “possível” investida egípcia, Israel


desencadeia um ataque surpresa para com a outra nação, seguida de invasão e
ocupação da Faixa de Gaza, da Península do Sinai, da Cidade Velha de Jerusalém,
da margem ocidental do Jordão e da região do Golã. O motivo argumentado fora o da
legítima defesa para o Conselho de Segurança da ONU.
Os conflitos perduraram por seis dias, até a substituição das fronteiras entre Israel e
os Estados Árabes (Síria, Egito e Jordânia). Este conflito ficou conhecido como a
Guerra dos Seis Dias. Quando a Guerra dos Seis Dias estourou, Israel entrou em
contato com a Jordânia através da ONU e da Embaixada Americana, propondo o não
ataque ao seu território caso os jordanianos não revidassem o primeiro ataque sofrido.
Todavia, os jordanianos atacaram o lado oeste de Jerusalém. Poucos dias depois, as
forças israelenses deslocaram o exército jordaniano do lado oeste e leste, anexando a
margem oeste do Rio Jordão. Jerusalém estava reunificada.
No término da batalha, o Knesset aprovou a lei de Administração do Território
Ocupado, autorizando o governo a aplicar a lei, jurisdição e administração israelenses
no território dominado. A Cidade Velha de Jerusalém estaria obrigada a respeitar estas
normas. Mas, para os israelenses, a retomada de Jerusalém tinha outro significado,
era a possibilidade de reencontrar, após 20 anos, os Lugares Santos de sua religião
negados quando esta estava na administração jordaniana e de unificar, ou melhor
anexar, a parte árabe de sua capital histórica.
Mas. Para poder realizar seu sonho várias medidas foram tomadas contrárias ao
direito internacional como a deportação de pessoas, dinamitação, confisco e
expropriação de propriedades árabes. As Nações Unidas, em decorrência a esses
fatos tomados por Israel para modificar o status de Jerusalém, declararam essas
medidas inválidas, indicando a revogação dessas medidas e a desistência de
empreender qualquer ato que pudesse modificar o status de Jerusalém.
A ONU, verificando o não cumprimento de suas indicações, reiterou seu pedido.
O Conselho de Segurança também condenou as ações de Israel em Jerusalém,
deplorando a falta de qualquer atenção, por Israel, às Resoluções da Assembléia
Geral e do Conselho de Segurança. Proclamou a invalidade das medidas tomadas
para mudar o status de Jerusalém, e a necessidade de reincidi-las.
Israel jamais deu atenção a essas Resoluções das Nações Unidas. A sua posição em
relação a Jerusalém é que, ao tempo de Davi e Salomão, era uma cidade judia e com
esse fundamento reclama o direito de restaurar seu caráter judeu. E, a medida tomada
para tal, é de retirar muçulmanos e cristãos e encher com o maior número possível de
judeus possível a Cidade Santa.
A anexação de Jerusalém violou o Direito Internacional, as Resoluções das Nações
Unidas e a própria história, ao deixar dois mil anos de ocupação muçulmana.
 
A Guerra do Yom Kippur ( 1973):

O dia do Yom Kippur, “Dia do Perdão” para os israelenses, é um dia em que não se
faz guerra. Nesse dia, o Egito e a Síria programaram um ataque surpresa ao Estado
de Israel, que não devolvera as terras ocupadas em 1967, na Guerra dos Seis Dias. O
Egito chegou a penetrar 15 Km em território israelense apesar dos bombardeios que
sofria.
O ataque surpresa permitiu a reconquista da margem oriental do Canal de Suez por
forças egípcias e só chegou ao fim com um cessar-fogo que foi imposto pelos EUA e
pela URSS além, é claro, da ONU.
 
A Atuação da OLP:

Criada em 1964, a mais alta inst6ancia política palestina, só reconhecida em 1974 no


mundo árabe e já por mais de 80 países como a única representante legítima do povo
palestino, a Organização para Libertação da Palestina (OLP), presidida desde 1969
por Yasser Arafat, constitui basicamente uma frente política, que agrupa diversas
organizações, entidades e personalidades políticas.
As quatro principais organizações integrantes da OLP eram: Al Fatah, Frente Popular
para a Libertação da Palestina (FPLP), Al Saika e Frente Democrática Popular para
Libertação da Palestina (FDPLP).
A OLP tornou-se guerrilheira e representou um forte motivo para a invasão de Israel
na Guerra dos Seis Dias. Em 1970, a OLP é expulsa da Jordânia e muda-se para o
Líbano e para a Síria.
A crise se intensifica em 1973 quando a OPEP (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo) boicotou o fornecimento de petróleo aos países que apoiassem Israel.
Era a crise do petróleo com sérias conseqüências para as economias dos países de
quase todo o mundo, inclusive o Brasil.
Em 1982, Arafat muda de estratégia, depois que Israel invade o Líbano, passa à
ofensiva diplomática. Só em 1988 é que o Conselho Nacional Palestino, ainda
comandado por Arafat, declara o objetivo de criar um Estado e reconhece a existência
de Israel.
Falando na sede da ONU, em Genebra, Arafat reconhece Israel pela primeira vez e
renuncia ao terrorismo. Os EUA respondem abrindo diálogo com Arafat e a OLP.
Itzhak Rabin em 1992 passa a negociar diretamente com a OLP e em 1993, Israel e a
OLP firmam o acordo de paz com Washington.
Dando continuidade as negociações, em 1994, discutem sobre a autonomia palestina
na Cisjordânia. Ocorreram uma série de atentados, que dificultaram o processo de
paz, e Israel e a OLP retomaram as negociações em 1995. O assassinato de Rabin
(primeiro ministro de Israel) e a vitória de Likud, em 1996, as negociações novamente
foram refreadas.
 
A Unificação oficial de Jerusalém:

Apesar de todas as resoluções das Nações Unidas, em 1980, o Knesset israelense


unificou Jerusalém oficialmente, tornando-a a capital do Estado de Israel. O
Presidente, o Knesset, o Governo e a Suprema Corte teriam sua sede oficial na
cidade. Os Lugares Santos seriam protegidos contra qualquer tipo de violação ao livre
acesso dos membros das diversas religiões aos lugares sagrados.
Diversos países reconheceram a capital, criando uma discussão internacional sobre a
validade do ato, visto que a região era protestada pelas Nações Unidas e pelos
palestinos, que teria ou não vinculatividade perante a comunidade internacional.
Certamente os únicos opositores explícitos foram os Estados vizinhos; para a ONU
acostumada pelo não cumprimento de suas resoluções, não haveria motivos para
declarações pois seu interesse para a cidade era o de internacionalizar.
 

Os palestinos e a conjuntura internacional:

Soluções para o conflito árabe-israelense pareciam surgir. A 17 de setembro de 1978,


o Presidente dos EUA, Jimmy Carter, o Primeiro Ministro de Israel, Menahem Begin, e
o Presidente do Egito, Anwar Sadat, assinaram os Acordos de Camp David,
regulamentando a paz entre egípcios e israelenses.
Os acordos, alcançados menos de um ano após a célebre visita do Presidente Sadat a
Israel (Dezembro de 1977), estabeleceram a programação para a retirada israelense
da Península do Sinai até 25 de abril de 1982, e uma série de itens referentes à
segurança e às relações dos dois países. Pretendia criar condições para a solução do
problema palestino. Pela assinatura desses acordos, os dois representantes
receberam o prêmio Nobel da Paz em 1978.
O êxito dos acordos não foi alcançado. Em todo o mundo árabe os acordos foram
veemente rejeitados, tanto pelos governos notoriamente conservadores como por
aqueles tidos como mais progressistas. Os dirigentes árabes acusavam Sadat de Ter
feito a paz em separado com Israel. A conferência de cúpula árabe, realizada entre 5 e
7 de novembro de 1978, em Bagdá, votou várias sanções contra o Egito.
A OLP também repudiou Camp David. E não apenas por se tratar de uma “paz em
separado” mas sobretudo por considerar que os acordos eram “um novo passo no
processo de eliminação da causa palestina”.
Reivindicaram uma completa autonomia e os direitos palestinos fundamentais.
Questionaram também o desmembramento permanente do povo palestino e a
imposição na qual os acordos foram estabelecidos.
Os acordos de Camp David isolaram profundamente o Egito do restante do mundo
árabe, e especialmente da OLP. O Presidente Sadat, que seria assassinado a 6 de
outubro de 1981, foi literalmente repudiado. Todavia, este isolamento foi
paulatinamente sendo rompido nos anos posteriores com o reatamento das relações
diplomáticas do Egito com o restante dos países árabes.
 
Relacionamento: palestinos e os países árabes:

Tidos como mais progressistas ou conservadores, os regimes árabes são, em sua


quase totalidade, dirigidos por governos autoritários, repressivos e atrelados a uma ou
mais potências imperialistas.
Freqüentemente, o apoio desses regimes à causa palestina implica tentativa de
manipulação, controle, ou se esbarra na eventual ameaça que a luta palestina possa
representar para a sobrevivência interna de tais governos autoritários. Afinal, apesar
de todas as suas limitações, a OLP tem uma proposta anti-imperialista e
revolucionária, diferente dos regimes árabes.
A questão palestina e o estado de beligerância contra Israel, como todas as situações
de guerra, constituem uma boa forma de desviar as atenções dos problemas internos
de países árabes. Se existe a solidariedade étnica, esta subordina-se sempre aos
interesses políticos do momento.
Em função de sua própria experiência nos últimos anos, a OLP cada vez mais se
esforça por conservar-se das querelas regionais, sem, entretanto, dispensar o apoio
material e político dos países árabes.
 
A invasão do Líbano:

Com o objetivo de destruir a estrutura militar da OLP, Israel promove, em julho de


1982, uma invasão em grande escala no Líbano. Milhares de civis palestinos e
libaneses são mortos pelos inúmeros bombardeios israelenses. Cercados em Beirute,
as forças palestinas são obrigadas a abandonar o Líbano sob proteção de uma Força
Internacional de Paz composta por efetivos franceses, italianos e norte-americanos.
Após a saída dos guerrilheiros palestinos ocorre uma das piores tragédias da história
contemporânea: o massacre dos acampamentos de refugiados de Sabra e Chatila,
habitados, em sua larga maioria, por mulheres, velhos e crianças. A chacina provocou
uma grande comoção internacional e uma comoção unânime de Israel, apontado
como principal responsável pela tragédia.
Entre outros sucessivos estragos, ocasionaram em 1983 a cisão da OLP, figurando
certamente entre os maiores danos já experimentados pelo movimento palestino
desde sua formação.

A Antifada e o Estado Palestino:

A saída dos combatentes palestinos do Líbano e a transferência do quartel-general da


OLP para a distante Tunís, pareciam indicar uma era de tranquilidade para a ocupação
israelense. Aconteceu exatamente o contrário. No dia 8 de Dezembro de 1987,
estalava a “revolta das pedras” nos territórios ocupados de Gaza e Cisjordânia. O
levante popular palestino, a antifada, trouxe novos elementos para a luta de libertação
nacional. O campo principal da luta foi transferido para o interior dos territórios
ocupados e o conflito árabe-israelense passou a Ter um contorno mais nítido centrado
no confronto palestino-israelense.
O desdobramento do sucesso da antifada, aliado a outros fatores favoráveis da
conjuntura internacional, resultou na proclamação do Estado Palestino pelo Conselho
Nacional Palestino, reunido em Argel, em novembro de 1988. Presidido por Yasser
Arafat, o novo Estado é imediatamente reconhecido por vários. A Carta de Declaração
de Independência trazia como fator surpresa o reconhecimento da resolução 181 da
ONU ( que determinou a partilha da Palestina), o que significava a aceitação do direito
de existência do Estado de Israel, até então recusado.
 
Acordos de paz:

As pressões dos EUA por um acordo de paz entre Israel e os vizinhos árabes de
intensifica com o fim da Guerra do Golfo. Em outubro de 1991, realiza-se a
conferência árabe- israelense em Madri. Representantes palestinos participam como
membros da delegação jordaniana, diante da recusa israelense em negociar com a
OLP. Divergências sobre a autonomia palestina nos territórios ocupados provocam o
fracasso da conferência. Shamir, primeiro ministro israelense, rejeita o pedido
americano para congelar a instalação de colonos na Cisjordânia e em Gaza. Em
represália, os EUA bloqueiam um empréstimo de US$ 10 bilhões, destinado à
construção de moradias para imigrantes da antiga URSS em Israel. O impasse
começa a ser rompido com a vitória, nas eleições de julho de 1992, dos trabalhistas
liderados por Rabin, que defende negociações com os palestinos com base no
princípio de “terra em troca de paz”, o que pressupões concessões territoriais. Rabin,
ao assumir como primeiro ministro, anuncia o congelamento parcial da construção de
casas de colonos judeus nos territórios ocupados. Os EUA desbloqueiam o
empréstimo.
Em setembro de 1993, depois de meses de negociações secretas na Noruega, o
governo israelense e a OLP assinaram um acordo de paz, em Washington. O
chamado acordo de Oslo I prevê a instalação, por cinco anos, de um regime de
autonomia limitada para os palestinos, inicialmente na Faixa de Gaza r na cidade de
Jericó e ,mais tarde, em toda Cisjordânia. Fica estabelecido, também, que as tropas
israelenses se retirarão dos territórios, cujo politicamente será entregue a uma força
palestina.
Jericó tem 14 mil habitantes, enquanto a Faixa de Gaza possui cerca de 855 mil,
incluindo 5 mil colonos judeus distribuídos em 16 assentamentos. É uma das maiores
aglomerações humanas por quilômetro quadrado do mundo. A população atual
palestina é estimada em 7 milhões de habitantes. Grande parte dos palestinos ainda
vivem espalhados pelo mundo. No Oriente Médio, as maiores concentrações são as
da Jordânia, Líbano, Kuwait e Síria. Na América Latina, o Chile é o país com o maior
número de palestinos.
Só no terceiro ano da vigência do acordo é que serão discutidas as questões mais
polêmicas: a criação de um Estado palestino e o status de Jerusalém.
 
Em busca da reconquista da pátria:

Sem a “guerra fria” dividindo as potências, a questão estratégica do petróleo do


Oriente Médio tornou-se mais evidente: era pacificar a região, afastando os radicais
(guerrilheiros do Hammas, terroristas xiitas, fundamentalistas muçulmanos ou judeus)
do poder. Para isso, seria necessário esfriar os ânimos dos judeus e muçulmanos,
fazendo-os ver que as potências do mundo estariam dispostas a ajuda-los desde que
houvesse tolerância entre os dois grupos. É claro que as potências também
mostraram que usariam a força, caso uma solução pacífica não fosse encontrada com
rapidez. Assim, em 1995, Yatsak Rabin e Yasser Arafat (líderes judeus e palestinos,
respectivamente) assinaram acordos dando início à criação do ESTADO PALESTINO,
não sem Ter grandes problemas com os radicais de ambos os lados que só
acreditavam na guerra. Em Israel, israelenses que ocupavam regiões palestinas só
desocuparam as áreas sob força do exército, entre os palestinos, os grupos terroristas
muçulmanos Hesbolah e Hammas prometeram exterminar todos os judeus e o
“traidor” Arafat.
Os radicais judeus conseguiram uma “vitória”: Rabin foi assassinado depois de uma
comemoração pelo da paz entre judeus e árabes. O assassino foi um judeu
fundamentalista e, pela primeira vez, um governante israelense foi assassinado por
um compatriota. Os terroristas palestinos ampliaram os atentados contra alvos civis
em Israel, pânico na população.
Sem ver uma ação decisiva de Arafat contra os terroristas palestinos e nem uma ação
concretas dos muçulmanos vizinhos e das potências ocidentais, Shimon Peres,
primeiro ministro de Israel, ordenou o bombardeamento de áreas do Sul do Líbano sob
suspeita de ali estarem escondidos terroristas palestinos. O resultado foi catastrófico:
centenas de civis indefesos e até soldados da ONU foram mortos nos bombardeios,
causando repulsa em todo mundo. O Iraque de Sadan Hussein e o Irã dos aiatolás
saíram fortalecidos do episódio e parece que a paz no Oriente Médio ainda é um
sonho distante ao final do século XX, especialmente apartir de 1996, quando foi eleito
Benjamim Netanyahu para o cargo de primeiro ministro israelense.
Netanyahu representa o partido Likud, contrário à existência de um Estado Palestino.
Quando assumiu o cargo, Netanyahu alterou as condições do acordo de Oslo,
executado em 1993. Isso foi possível pois esse acordo prevê que a cada 3 anos,
durante um período de 20 anos, líderes israelenses e palestinos se juntarão para rever
o acordo que visa a paz entre esses povo. Assim, na primeira etapa de
recondicionamento do acordo, em 1996, Netanyahu impôs o fato de que só haveria
novamente uma esperança de paz se os territórios sagrados, como Jerusalém, por
exemplo, ou ainda as colinas de Golã, não fizessem partes das terras a serem
devolvidas à Palestina, a fim de que não fosse possível a execução do acordo. Esta
paralisia desagrada externamente aos EUA e ao Reino Unido que critica o Likud.
O Governo de Netanyahu era a base de imposições, ou seja, nunca foi permitida uma
opinião, um diálogo. Ele faz parte do grupo dos religiosos ortodoxos, que são muito
dedicados à religião, cumpridores de todos os rituais, que são de extrema importância
na vida desses religiosos, assim como os territórios sagrados, como Jerusalém, que
deveriam ser devolvidos aos árabes.
Acordos de Wye Plantation – Após vários meses de tentativa, o governo norte-
americano intermedeia um acordo entre palestinos e israelenses, assinado em
Washington em 23 de outubro de 1998. A rodada de negociações, realizada num
centro de conferências em Wye Plantation (EUA), dura nove dias. No final, Israel
concorda em promover novas retiradas a Cisjordânia, com a condição de que a
Autoridade Nacional Palestina (ANP) se comprometa a anular da carta nacional da
OLP as cláusulas que pregam a destruição de Israel e implante um plano de
segurança nacional de combate ao terrorismo. Wye Plantation dá novo fôlego ao
processo de paz, cujo passo seguinte é o diálogo sobre o “status final” dos territórios
palestinos. É a parte mais difícil das negociações, porque envolve a questão de
Jerusalém – que ambos reivindicam como capital do seu Estado -, o retorno dos
refugiados palestinos e os assentamentos judaicos em Gaza e da Cisjordânia.
Em dezembro deste mesmo ano, Natanyahu interrompe a fase de negociações em
meio a uma crise política com membros da coalizão governista contrários ao acordo.

O Governo atual:

A política personalista e centralizadora de Benjamim Netanyahu já não estava mais


conseguindo agradar a todos os seus eleitores. Por causa disso, ex-likudistas,
descontentes com o seu governo, assim como imigrantes da ex-URSS, que temem a
expansão da influência dos ortodoxos, começaram a ver em outra pessoa uma
esperança para uma verdadeira paz entre Israel e seus países vizinhos: Ehud Barak,
57 anos, militar desde os 17, propunha uma política apaziguadora que, ao mesmo
tempo que garantisse uma formação de uma nova etapa do acordo, não ameaçasse a
segurança de Israel nos países conquistados.
Desta forma, nas eleições deste ano de 1999 disputadas por Ehud Barak e Benjamim
Netanyahu, foi eleito como primeiro ministro Ehud Barak, do Partido Trabalhista
(esquerda). Ele, por sua vez, apresenta mais disposição para uma renegociação das
terras a serem devolvidas, pois faz parte dos religiosos seculares, ou seja, que vêem a
religião sem obcessão.
Esse “moderado linha dura” apresenta ainda outro ponto a seu favor: o fato de ser um
sucessor próximo de Ytzak Rabin, que foi o principal iniciador do acordo de paz entre
árabes e judeus no Oriente Médio.
Ao ser eleito, Barak assumiu uma responsabilidade talvez maior do que qualquer outro
já eleito, pois além de Ter que acabar com o assentamento em terras negociadas e
dar continuidade ao processo de paz, estancados durante o governo Netanyahu, tem
também o desafio de propocionar a formação de um Estado Palestino (com exército
próprio), e negociar Jerusalém Oriental, que não é negociada por nenhum israelense,
mas é muito almejada pelos árabes.
Tudo isso tem que ser feito com muita disciplina e cautela, pois caso contrário, um
aguçamento nas desavenças entre os dois povos poderia alcançar áreas de grande
valor estratégico e econômico, como o Irã, Iraque ou Kwait, que são grandes
fornecedores de petróleo, e causariam problemas incalculáveis para todo o mundo, e
seria muito mais difícil, quase impossível de se reverter o caos.
 
A posição internacional durante a crise do petróleo (1973):

Os EUA, embora parcialmente dependente do petróleo importado, foram beneficiados


com a entrada de bilhões de petrodólares que os árabes passaram a investir no país.
Começaram a produzir petróleo no Alasca e os europeus, no Mar do Norte. O Brasil
passou a concentrar as pesquisas de petróleo na plataforma continental, hoje sua
principal área produtora.
A Europa, o Japão e os países subdesenvolvidos (Ásia, África e América Latina) foram
premidos pela arma do petróleo árabe. Os dois primeiros, tradicionais aliados de
Israel, desde 1973 começaram a reconhecer “os direitos inalienáveis do povo
palestino”. E, quanto aos países subdesenvolvidos, entre os quais o Brasil,
anteriormente bastante envolvidos com a posição norte-americana sionista, hoje, em
sua maioria, apoiam explicitamente as reivindicações da OLP- a “arma do petróleo”
sensibilizou a todos: ditaduras, democracias burguesas etc. Foi-se o tempo em que
palestino era sinônimo de terrorista.

Fontes:

http://www.elogica.com.br/users/emarinho/trab_mono/ensaios/palestina.htm
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/21473/210
37

Você também pode gostar