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Cimento e poluição

Publicado em 22/04/2009

O cimento Portland está no centro dos problemas ambientais causados pelo concreto. Cerca de uma tonelada de dióxido de
carbono (CO2), o principal responsável pelo efeito estufa, é emitida para cada tonelada de cimento produzido. Por isso,
alguns pesquisadores desejam eliminar completamente o uso de cimento Portland e criar um concreto com emissão zero ou
negativa.

A fabricação de cimento envolve basicamente a queima de pedra calcária e de outros minerais a cerca de 1.500°C, criando
um produto intermediário chamado clinker. A indústria, particularmente nos EUA e na Europa, tem reduzido as emissões
de dióxido de carbono por meio do uso de fornos e de processos mais eficientes. Mas cerca de metade do CO2 do cimento
não pode ser eliminado – ele resulta de uma reação chamada calcinação, que ocorre quando o calcário começa a queimar.

Para reduzir as emissões de carbono do concreto a zero, diferenças abordagens estão sendo testadas. Na Califórnia (EUA),
próximo a uma usina elétrica a gás, a empresa Calera está desenvolvendo um processo que conduz os gases da chaminé
através de um recipiente contendo água do mar. O CO2 cria bolhas que precipitam minerais carbonatos, que poderiam ser
usados como cimento. Em certa medida, o processo imita o que os corais e outros organismos marinhos calcificantes fazem.

A Calera calcula que produzir uma tonelada desses minerais consumiria meia tonelada de CO2, e por isso o concreto
resultante teria emissões negativas – ou seja, reteria dióxido de carbono permanentemente.

A empresa britânica Novacem está desenvolvendo um cimento que não usa carbonatos e produz um concreto que absorve o
dióxido de carbono. A canadense Carbon Sense Solutions espera injetar CO2 no cimento úmido, aprisionando o gás por
meio de carbonização (um processo que ocorre naturalmente, embora muito lentamente).

Fonte: Zero Hora

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