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EST2010SP9
BELO HORIZONTE, MG
JULHO/2010
Alex Andrade Hercy
Cláudio Barbosa Soares
Tatiane Silva Cardoso Muglia
Vladimir Queiroz
BELO HORIZONTE, MG
JULHO/ 2010
ÍNDICE
1 – Introdução............................................................................................................................................ 3
2 – Problema.............................................................................................................................................. 4
3 – Objetivo................................................................................................................................................ 5
4 - Justificativa........................................................................................................................................... 5
5 – Revisão Bibliográfica............................................................................................................................ 5
5.1 O Fogo............................................................................................................................................. 5
5.2 Classificação do Incêndio................................................................................................................ 6
5.3 Medidas de Segurança Contra Incêndio ......................................................................................... 7
5.4 Sistemas Inteligentes de Prevenção e Combate a Incêndios..........................................................8
6 – Desenvolvimento.................................................................................................................................. 9
6.1 Sistemas de Detecção de Incêndios................................................................................................ 9
6.1.1 Detectores de Gás................................................................................................................. 10
6.1.2 Sistema Modular de Detecção de Incêndio............................................................................12
6.1.3 Detector de Fumaça e Temperatura....................................................................................... 12
6.2 Sistemas de Combate a Incêndio.................................................................................................. 14
6.2.1 Inergen................................................................................................................................... 14
6.2.2 Sprinklers............................................................................................................................... 15
6.2.3 Misting.................................................................................................................................... 16
7 – Conclusão.......................................................................................................................................... 17
8 – Bibliografia......................................................................................................................................... 18
Figuras
Figura 9: Sprinkler....................................................................................................................................16
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1 – Introdução
O fogo está presente na Terra desde o início de sua formação, passando a coexistir
com o homem depois do seu aparecimento. Os primeiros contatos, que os habitantes
tiveram com o fogo, foram por meio de manifestações naturais como os raios que
provocavam e ainda provocam grandes incêndios florestais.
Com a evolução, o homem passou a utilizar o fogo como parte integrante da vida para
sua iluminação, aquecimento, cozimento da comida, etc. Nesse período, o homem
dominava, plenamente, as técnicas de obtenção do fogo tendo-o, porém, como um
fenômeno sobrenatural (Apostila do CONCURSO/2008 – Prevenção e Combate a
Incêndio, doc. Eletrônico, 2008).
Quando não são causados por ações naturais, os incêndios são decorrentes da falha
humana, material ou ambas; predominando segundo dados estatísticos a falha dos
seres humanos, como descrito a seguir:
• Brincadeiras de Crianças;
• Exaustores, Chaminé, Fogueira;
• Balões;
• Fogos de Artifícios;
• Displicência ao cozinhar;
• Descuido com fósforos:
• Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis;
• Aparelhos Eletrodomésticos;
• Pontas de Cigarros;
• Vazamento de Gás Liqüefeito de Petróleo (G.L.P.);
• Ignição ou Explosão de Produtos Químicos;
• Instalações Elétricas Inadequadas;
• Trabalhos de Soldagens;
• Ação Criminosa;
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O incêndio pode ser propagado rapidamente por meio da transmissão do calor
liberado, para outra parte do combustível ainda não incendiado, ou para outro corpo
combustível distante, também não incendiado. Este processo poderá ocorrer sob três
formas: Condução, Convecção e Irradiação (Apostila do CONCURSO/2008 –
Prevenção e Combate a Incêndio, doc. Eletrônico, 2008).
Praticamente em todos os lugares existe uma situação onde somente será preciso a
elevação da temperatura para se ter um incêndio, já que o oxigênio está presente em
toda atmosfera da Terra e é vital à vida humana, e o combustível também está
presente em diversos ambientes do cotidiano do ser humano. Em vista disso, este
trabalho tem por objeto de estudo apresentar os diversos sistemas inteligentes de
prevenção e combate a incêndios decorrentes de ações naturais ou falhas humanas e
materiais.
2 – Problema
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3 – Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns dos principais sistemas
inteligentes de prevenção e combate a incêndio existentes atualmente, de forma a
identificar suas aplicações, modo de funcionamento e principalmente sua importância
na prevenção e combate aos incêndios que possam existir em diversos locais.
4 - Justificativa
5 – Revisão Bibliográfica
5.1 O Fogo
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Logo, o fogo é o resultado de um processo exotérmico de oxidação onde um composto
orgânico em contato com uma substância comburente, como o oxigênio do ar, ao
atingir a energia de ativação, também conhecida como temperatura de ignição, entra
em combustão. Esta energia de ativação necessária para inflamar o combustível pode
ser fornecida por meio de uma faísca ou de uma chama, que após o inicio da
combustão é mantida, pelos combustíveis, que geram mais calor, liberando mais
gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis pela
liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia (NILTON, 1996).
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propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e deixam
resíduos quando queimados;
b) Classe B: Caracteriza-se por incêndio em líquidos inflamáveis que
queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como
óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
c) Classe C: Caracteriza-se por incêndio em equipamentos elétricos
energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição,
fios, etc;
d) Classe D: Caracteriza-se por incêndio em metais pirofóricos como
magnésio, zircônio, titânio, entre outros. Estes metais inflamam-se em
contato com o ar ou produzem centelhas e até explosões, quando
pulverizados e atritados.
Por outro lado, as medidas de proteção contra incêndio são aquelas que devem ser
adotadas para evitar os efeitos nocivos do incêndio que já se desenvolve no edifício,
com o intuito de proteger a vida humana e os bens materiais. Estas medidas são
necessárias ao sistema de segurança contra incêndio, caso as medidas de prevenção
a falhem permitindo o surgimento do incêndio. Elas têm como objetivo principal a
limitação do crescimento do incêndio; extinção inicial do incêndio; precaução contra a
propagação entre edifícios; evacuação segura do edifício; precaução contra o colapso
estrutural; e rapidez, eficiência e segurança das operações de combate e resgate
(BERTO, 1991).
Ainda de acordo com Berto (1991) podemos dividir as medidas de proteção contra
incêndio em dois grupos: proteção passiva e proteção ativa.
A proteção passiva é formada por medidas que devem ser definidas no projeto civil e
arquitetônico do edifício e que independem de uma ação para o seu funcionamento
em caso de incêndio, sendo que o seu uso não impeça a adoção de outras medidas
paralelamente, como por exemplo: a acessibilidade à construção para as equipes de
resgates, a implantação de rotas de fugas, o estudo da estrutura, dos elementos
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constitutivos e dos compartimentos a fim de evitar a propagação do incêndio, entre
outras. (LEITE E ASSIS, 2009)
A proteção ativa, ao contrário da passiva, é composta por equipamentos e instalações
contra incêndio que dependem de uma ação para o seu funcionamento, seja manual
ou automática. O objetivo destas instalações é uma detecção rápida do incêndio, para
que, dessa forma, seja mais seguro o abandono dos ocupantes do edifício e tornando
possível um combate e controle mais eficazes do fogo. Destacam-se como principais
sistemas de proteção ativa:
a) Sistema de detecção e alarme automáticos de incêndio (detectores de fumaça,
temperatura, raios infravermelhos, etc. ligados a alarmes automáticos) - NBR
9441;
b) Sistema de iluminação de emergência – NBR 10898;
c) Sistema de controle / exaustão da fumaça de incêndio.
d) Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - NBR 13434
Detectar o incêndio em seu estágio inicial é fundamental para se conseguir evitar sua
propagação de forma a conter ao máximo as perdas. Neste sentido, a ativação dos
sistemas de proteção deve ocorrer o mais breve possível. (EVANGELISTA, 2008)
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Sistemas inteligentes de prevenção a incêndios monitoram constantemente as
condições do ambiente e detectam automaticamente mudanças que indiquem a
existência de focos de incêndio e ativam, sem necessidade da ação humana, os
sistemas de alerta e de combate a incêndios. Basicamente são módulos de controle
(painéis) que integram todo sistema de detectores, alarmes e sistemas de combate, de
forma autônoma e ininterrupta.
Dentre este grupo, se encontram os sistemas de detecção automática de fogo, que
constitui num certo número de detectores, de fumaça ou calor, ligados a um painel
central de monitoração. Segundo EVANGELISTA (2008) detectores de fumaça ou
gases combustíveis são preferíveis aos de calor, devido à quantidade de fumaça
produzida no estágio inicial de um incêndio.
Além dos sistemas de detecção existem também sistemas automáticos de alarme que
visam enviar automaticamente um sinal ao corpo de bombeiros mais próximo a fim de
que a equipe de resgate e combate ao incêndio chegue ao local o mais rápido
possível.
Os sistemas citados nos parágrafos anteriores têm por objetivo a detecção e o alerta
do incêndio. Se junta a eles o sistema de supressão automática de incêndio que
possui funcionamento através de água (sprinklers/misting) ou gás (dióxido de
carbono).
Apesar da grande importância dos sistemas inteligentes de prevenção e combate a
incêndios EVANGELISTA (2008) destaca a importância da existência de um sistema
manual de incêndio para funcionar como apoio no caso de pane ou defeito dos
equipamentos automatizados.
6 – Desenvolvimento
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6.1.1 Detectores de Gás
O detector portátil IST – JL 268 é projetado com haste flexível e possui sensibilidade
ajustável, 30 níveis de luz / indicação em três cores, botão de “reset” (re-
estabelecimento), alarme de indicação de bateria baixa, auto-teste e aviso de falha de
sensor, “Warm-up” automático, tempo de resposta rápido.
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O IST-TC100N é um detector de gás projetado para detectar um de uma série de
gases, detectar a concentração desse gás em particular, e fornecer um alarme quando
as concentrações de gases atingem níveis predefinidos.
O IST-TC100N funcionará stand-alone e com suas próprias saídas de 4 a 20 mA e
contatos de relês, permitem conexão a sistemas analógicos tais como: PLC , Painéis
de Monitaração e Centrais de Alarmes. Adequado para detecção de gás em refinarias,
plantas de produtos químicos, estações de GLP, caldeiras a gás, e pinturas a spray e
etc.
DETECTORES DE GÁS SÉRIE GD
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6.1.2 Sistema Modular de Detecção de Incêndio
O MTD 533 é um detector híbrido de incêndio, pois utiliza um sensor de fumaça com
confirmação de temperatura resultando em uma detecção antecipada do
desenvolvimento de focos de incêndio. O sensor de temperatura também tem a função
de detectar o fogo quando o mesmo se desenvolve sem a presença de fumaça e o
fogo se desenvolve rapidamente elevando muito a temperatura.
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Os alarmes de fumaça e temperatura são sinalizados e parametrizados
separadamente, exibindo na central dois estágios auto monitorados e, a compensação
de auto derivação que garante uma operação otimizada. Além da saída com controle
programável, o detector possui um sinal de aviso quando a temperatura ambiente se
torna muito elevada (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).
Primeiro a luz dispersa pela fumaça (efeito Tyndall) atinge o elemento receptor e é
convertida em sinal eletrônico. Se o sinal alcança o valor de alarme, um alarme e
enviado automaticamente para a unidade de controle. Um estágio avançado de alerta
monitora constantemente o detector para contaminação e comunica a sua condição à
unidade de controle (central). Esta característica de auto-monitoramento garante que o
detector funcione de maneira ótima (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).
O UTD 533 (Detector Universal de Temperatura) detecta fogos com e sem emissão de
fumaça. Segundo o fabricante, é o detector ideal para locais onde há a possibilidade
de rápida evolução de fogo e o desenvolvimento de altas temperaturas ou, locais
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aonde devido às condições do ambiente, detectores de fumaça não podem ser
empregados (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).
O funcionamento de um sensor de temperatura tipo NTC se dá por meio do
monitoramento da temperatura ambiente e da razão de crescimento da temperatura.
Caso a temperatura fixa ajustada ou a razão de crescimento da temperatura forem
excedidos, o detector envia um sinal de alarme para a central de controle. A faixa
específica de detecção pode ser definida via central de controle (SECURITON, doc.
Eletrônico, 2010).
6.2.1 Inergen
Trata-se de um gás inerte, não corrosivo, não combustível e não reagente com a
maioria das substâncias. É obtido pela mistura de três gases: nitrogênio (52%),
argônio (40%) e dióxido de carbono (8%). Uma vez que estes gases ocorrem
naturalmente na atmosfera, o inergen não contribui para o efeito estufa e também não
representa risco para a camada de ozônio (TECNISIS, doc. eletrônico, 2010).
Este gás extingue o fogo através da redução do nível de oxigênio no ambiente até que
seja insuficiente para sustentar o processo de combustão, mas suficiente para a
manutenção da vida. A atmosfera normal de uma sala contém 21% de oxigênio e
menos de 1% de dióxido de carbono, entretanto se baixarmos a quantidade do
primeiro para valores abaixo de 15%, a maioria dos combustíveis não continuará
queimando (EVANGELISTA, 2008).
O inergen reduz o nível de oxigênio do ambiente para 12,5%, enquanto eleva a
concentração de dióxido de carbono para 4%. O aumento da quantidade de dióxido de
carbono aumenta a taxa respiratória e a capacidade de absorção de oxigênio pelo
organismo humano. Em síntese, o corpo humano é estimulado, pelo dióxido de
carbono, a respirar mais rápido e profundamente, para compensar a redução de
oxigênio na atmosfera. Sendo constituído por gases atmosféricos, não possui os
problemas de toxicidade associados aos agentes alternativos presentes no Halon,
originários de processos químicos; também não libera sub-produtos perigosos como o
ácido fluorídrico (resultante da decomposição térmica pela exposição ao fogo dos
produtos que contêm flúor em sua formulação) (EVANGELISTA, 2008).
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Figura 8: Instalação com cilindros de Inergen
Fonte: http://www.incendiostecnisis.com/inergen/conceito.html
6.2.2 Sprinklers
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Os sprinklers aplicam a água diretamente nas chamas e no calor, comportamento que
resfria o processo de combustão e previne a ignição de materiais combustíveis que
estejam próximos ao fogo.
Figura 9: Sprinkler
Fonte: http://www.google.com.br/images
6.2.3 Misting
Versão moderna dos sprinklers tradicionais o misting utiliza água sob pressão para
produzir minúsculas gotas, que, ao entrar em contato com o fogo, criam uma névoa de
vapor d’água que ajuda na rápida extinção do incêndio. Este sistema possui diversas
vantagens, entre as estas podemos citar que o misting não encharca os materiais que
protege, é inofensivo para humanos, fácil de ser reposto e não possui subprodutos
nocivos. Entretanto para que seu funcionamento se dê a contento é necessário um
grande incêndio, além de ser necessário a utilização de um suplemento de água
exclusivo (WOODS, doc. eletrônico, 2002).
O misting pode ser uma alternativa quando um sistema de sprinklers não oferece a
performance desejada, quando é necessário utilizar menos água do que a quantidade
empregada por sprinklers ou quando é preciso substituir um agente gasoso de
supressão de incêndios.
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Figura 10: Misting
Fonte: http://www.google.com.br/images
7 – Conclusão
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8 – Bibliografia
LEITE, Yuri Lima e ASSIS, Edílson Machado de. “Segurança contra incêndio e sua
importância em patrimônios histórico-culturais”. 2009.
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