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Lixo eletrônico

Lixo eletrônico

O rítmo acelerado dos avanços tecnológicos no campo dos dispositivos eletroeletrônicos tornam os
equipamentos, em pouco tempo, ultrapassados e ineficientes frente as exigências de seus usuários, que optam
por trocá-los por modelos mais novos. Esta situação pode ser observada tanto em residências, quanto em
escritórios, escolas e empresas, e inclui os mais variados equipamentos, tais como: computadores,
equipamentos de telecomunicação, diversos equipamentos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, celulares,
entre outros.
Os equipamentos rejeitados são, na maioria dos casos, reduzidos à condição de lixo (lixo eletrônico ou "e-
waste") e têm como destino o lixo comum, chegando aos aterros sanitários ou lixões. Aproximadamente 50
milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados todo ano no mundo, representando 5% de todo o lixo
gerado pela humanidade. As conseqüências para os seres humanos, animais e ambiente são graves, pois esses
equipamentos possuem diversas substâncias e elementos químicos extremamente nocivos à saúde,
principalmente os metais pesados. As pessoas podem se contaminar pelo contato direto, no caso de
manipulação direta de placas eletrônicas e outros componentes perigosos dos eletroeletrônicos nos lixões a
céu aberto, comuns em certos locais da Ásia e África. A contaminação pode também ocorrer indiretamente ou
de forma acidental, pois quando um eletrônico é jogado em lixo comum e vai para um aterro sanitário, há
grande possibilidade de que os componentes tóxicos contaminem o solo chegando até o lençol freático,
afetando também a água. Se essa água for usada para irrigação ou para dessedentar o gado, os elementos
chegarão ao homem através da alimentação. Medidas estão sendo tomadas e os fabricantes, cada vez mais,
estão sendo pressionados a eliminar ou diminuir a quantidade de componentes tóxicos na fabricação dos
produtos, entretanto, a produção de equipamentos inofensivos ao meio ambiente ou facilmente recicláveis
ainda é uma utopia. Além disso, os equipamentos obsoletos continuam chegando, em ritmo acelerado e sem
controle, aos lixões.

Os danos causados pelos componentes tóxicos são diversos. A seguir são citados os principais efeitos nocivos
ao organismo causados por alguns dos elementos e substâncias, bem como seus usos mais comuns:

Arsênico: Causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão.
Onde é usado: Celular.

Belírio: Causa câncer no pulmão.


Onde é usado: Computador, celular.

Cádmio: Causa envenenamento, danos aos ossos, rins e pulmões.


Onde é usado: Computador, monitores de tubo antigos, baterias de laptops.

Chumbo: Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo.


Onde é usado: Computador, celular, televisão.
Mercúrio: Causa danos cerebrais e ao fígado.
Onde é usado: Computador, monitor e TV de tela plana.

Retardantes de chamas (BRT): Causam desordens hormonais, nervosas e reprodutivas.


Onde é usado: Diversos componentes eletrônicos, para prevenir incêndios.

PVC: Se queimado e inalado, pode causar problemas respiratórios.


Onde é usado: Em fios, como isolante elétrico.

Resíduo eletrônico ou lixo eletrônico (termo que não deve ser confundido com spam), é o nome dado aos
resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (o que inclui televisores, telemóveis,
computadores, geladeiras e outros dispositivos).

Tais resíduos, descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua
composição metais pesados altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo Em contato com o
solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam doenças
graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões.

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