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NOÇÕES GERAIS
Segundo Rubens Requião, o comércio pode ser entendido sob os aspectos econômico
e o jurídico.
Sob o aspecto econômico, comércio “é uma atividade humana que põe em circulação
a riqueza produzida, aumentando-lhe a utilidade”.
A. Período subjetivo-corporativista (século XII até meados do século XVII): o direito comercial era
um direito classista e fechado, privativo, em princípio, de pessoas matriculadas nas corporações
de comércio.
B. Período objetivo dos atos do comércio (a partir do fim do século XVII): em razão da incidência
do direito comercial sobre atos da vida civil, que nada tinham de comerciais, passou-se a entender
que comerciantes eram aqueles que praticavam determinados atos previstos em lei como
comerciais. O Código Comercial brasileiro de 1850 adotou a teoria dos atos do comércio, mas
não descreveu quais eram tais atos. Somente com a edição do Regulamento nº 737/1850 (art. 19),
hoje revogado, foram descritos os atos mercantis (compra, venda, troca ou locação de bem móvel
ou semoventes, operações de câmbio, banco e corretagem, seguros, fretamentos e riscos,
atividades marítimas e armação ou expedição de navios).
C. Período moderno do direito empresarial (a partir da década de 1940) – a atividade mercantil não é
mais caracterizada pela prática de atos do comércio, mas entendida como o “exercício
profissional de qualquer atividade organizada, exceto atividade intelectual, para a produção
ou circulação de bens e serviços”. Com essa teoria ampliou-se o campo de incidência do direito
comercial, que passou a abranger também os prestadores de serviços que se organizam
profissionalmente.
Para facilitar o acesso à justiça, a ME e a EPP devem ser admitidas como proponentes
de ações perante o Juizado Especial, na forma das Leis 9.099/95 (art. 8º, § 1º) e 10.259/01 (art. 6º, caput,
I).
Finalmente, quanto à recuperação judicial, os empresários individuais ou sociedades
empresárias enquadradas com ME e EPP podem se valer do plano especial previsto nos art. 70/72 da Lei
11.101/05. Referido plano abrange apenas créditos quirografários, poderá prever o parcelamento das
dívidas em até 36 parcelas mensais e tratará do pagamento da primeira parcela em até 180 dias contados
da distribuição do pedido, devendo a alienação ou oneração de bens ser autorizada pelo juiz universal.
Fonte é o local de onde provém alguma coisa. As fontes do direito comercial são
classificadas em primárias (positivadas) e secundárias (não positivadas).
FONTES PRIMÁRIAS
FONTES SECUNDÁRIAS
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.
A analogia constitui uma operação lógica pela qual as omissões da lei são supridas,
aplicando-se a uma determinada relação jurídica as normas de direito positivo disciplinadoras de casos
semelhantes.
INTRODUÇÃO
I - agente capaz;
A forma se refere ao modo pelo qual os atos empresariais podem ser praticados.
Somente são válidos os atos jurídicos praticados por empresários individuais e por sociedades
devidamente registrados.
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer,
responderá pelas obrigações contraídas.
A. Concessão dos pais e autorização do juiz – possível se o menor de 18 anos tiver, pelo menos, 16
anos completos.
B. Casamento – a idade núbil mínima é de 16 anos. Se o menor não tiver 18 anos, necessita de
autorização de ambos os pais ou de seus representantes legais para casar (art. 1.517).
Excepcionalmente, será permitido o casamento dos que não tenham 16 anos, em caso de gravidez
(art. 1.520).
C. Exercício de emprego público efetivo – na maioria dos casos, todavia, a Administração Pública
exige idade mínima de 18 anos.
D. Colação de grau em curso de ensino superior.
E. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que o
menor com 16 anos completos tenha economia própria.
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Em tais casos, é necessária a autorização judicial, mediante alvará, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização
ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem
prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo
da sucessão ou da interdição judicial, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar
do alvará que conceder a autorização (art. 974 e §§ 1º e 2º).
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos
riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo
juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos
adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará
que conceder a autorização.
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
IV - os pródigos.
Nada impede que os incapazes adquiram, por intermédio de seus representantes, por
exemplo, ações preferenciais de companhias abertas. Mas não deve ser admitida a aquisição de quotas de
sociedades contratuais simples ou limitada, mesmo quando o capital encontrar-se totalmente
integralizado, pois em alguns casos existe a possibilidade de sua responsabilização, especialmente em se
tratando de dívidas trabalhistas, previdenciárias e tributárias.
a. os deputados e senadores, que não podem ser controladores ou diretores de empresas que gozam
de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público (União, Estados, DF e
Municípios) ou nela exerça atividade remunerada (art. 54, II, “a” da CF).
II - desde a posse:
b. os funcionários públicos civis da União, Estado, DF e Municípios, exceto, na maioria dos casos,
conforme legislação própria, como sócio-cotista ou acionista, desde que não exerçam funções de
administração.
c. os militares da ativa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, de acordo com o art. 204 do
CPM, não podem exercer atividades mercantis e ficam sujeitos à suspensão do exercício do
posto, além do fato ser considerado crime.
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade
comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou
por cotas de responsabilidade limitada:
d. os corretores e leiloeiros, que, em verdade, exercem atividade empresarial, não podem exercer
outras atividades estranhas às suas funções.
e. os magistrados e membros do Ministério Público, assim como os funcionários públicos, podem
ser sócios ou acionistas de sociedades, desde que não exerçam qualquer função administrativa ou
de gerência (Leis Orgânicas da Magistratura e do MP).
f. os médicos, para exercício simultâneo da medicina, farmácia ou laboratório (Decreto
20.877/1931).
g. os falidos, exceto após a sentença declaratória da extinção das obrigações (art. 197 do Decreto-lei
7.661/1945 (revogado) e art. 158 e 181 da Lei 11.101/05).
h. os estrangeiros para as atividades previstas na CF, quais sejam:
I ) pesquisa e lavra de recursos minerais e o aproveitamento potencial de energia hidráulica
(art. 176, § 1º), que são atividades exclusivas de brasileiros natos e empresas constituídas
conforme as leis brasileiras.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere
o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no
interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e
administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas
atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 6, de 1995)
II ) propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora de sons e imagens, que é
privativa de brasileiros natos ou naturalizados (art. 222). Nos termos da Lei 10.610/02,
pelo menos 70% do capital votante de tais empresas deverão pertencer a brasileiro nato
ou naturalizado há mais de 10 anos.
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é
privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas
sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de
2002)
i. as sociedades e empresários individuais devedores do INSS (Lei 8.212/91, art. 95, § 2º, “d”).
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não
tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.