Você está na página 1de 1

Risco de adenocarcinoma é maior em pacientes com esofagite e esôfago de Barrett

Como resultado do objetivo original de melhor conhecer os aspectos epidemiológicos


da doença do refluxo gastrintestinal, equipe de pesquisadores dinamarqueses lider
ada por Annmarie Lassen, Ph.D, em artigo publicado no American Journal of Gastroe
nterology sob o título Esofagite, incidência e risco de adenocarcinoma esofágico: um est
udo de coorte populacional , atentam para o fato de que o risco de adenocarcinoma
esofágico é aumentado em pacientes com refluxo ácido.

Para eles, a contribuição das lesões de Barrett, nesses casos, ainda é desconhecida, o q
ue fez com que estudassem a incidência de lesões de esofagite diagnosticadas por end
oscopia e o risco de adenocarcinoma esofágico entre pacientes com esofagite previa
mente diagnosticada. Segundo o artigo, a equipe coletou em bancos de dados de cin
co populações base informações sobre endoscopia, diagnóstico de esofagite e diagnóstico de
cer esofágico com relação ao período de 1974 a 2002 . Dessa forma, os pesquisadores cobrir
am todos os cidadãos da região de Funem County (população de 470.000 habitantes), onde s
e localizou, segundo eles, o estudo.

Em 2002 a incidência de lesões de esofagite foi 2,4 por 1000 pessoas anos (95% de int
ervalo de confiança, 2.3 2.6); 18,3 por 1000 pessoas (17,9 18,7) tinham diagnóstico prévio
de esofagite , apontam os pesquisadores. De acordo com eles, a incidência decaiu po
r ano de calendário e idade, sendo maior entre homens do que entre mulheres, além de
estar relacionada proximamente com a taxa de endoscopia.

Além disso, a equipe também revela que, entre 11.129 pacientes com esofagite previam
ente diagnosticada, 15 tiveram adenocarcinoma esofágico durante os anos de pesquis
a (26 por 100.000 pessoas anos), sendo que o número esperado era 2,79 e a taxa de
incidência padrão, 5,38 (3,01 8,87). Dez dos 15 pacientes com adenocarcinoma esofágico
tinham diagnóstico prévio de esôfago de Barrett , afirmam no artigo.

Na conclusão, a equipe alerta para o fato de o risco de adenocarcinoma esofágico ser


aumentado em cinco vezes em casos de esofagite previamente diagnosticada. Mas a
maioria dos adenocarcinomas ocorreram entre pacientes que apresentavam esôfago de
Barrett , ressaltam.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

Você também pode gostar