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Possui como conteúdo 3 grande temas: a atividade agrária; a estrutura agrária e o "fundus'
(imóvel rural). Todavia há institutos que não são pertencentes ao direito agrário, mas
possuem conteúdo agrário, como o ITR; Terras Devolutas e Desapropriação. Seriam,
assim, institutos conexos ao direito agrário.
MINIFÚNDIO: é o imóvel rural que possui/menos de 1 módulo rural e que não garante a
subsistência do agricultor e de sua família, por que a extensão de área é tão pequena que
não atinge o grau de subsistência familiar, mesmo que se trabalhe intensamente, a produção
não garante a subsistência mínima. É área de possibilidade inferiores às da propriedade
familiar.
excede 600 MÓDULOS rurais; devido ao princípio da justiça
social distributiva, a propriedade produtiva independentemente de seu tamanho, não
poderá ser desapropriada, assim se o latifúndio for produtivo, não sofrerá desapropriação;
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. Estados e Municípios também podem desapropriar, mas não para
interesse social (reforma agrária) e sim de utilidade pública.
Contudo houve a preocupação de que não seja um capitalismo selvagem, devendo ser
oportunizado o lado social. A justiça social encontra-se prevista no art. 2° do Estatuto da
Terra, ao determinar que fica garantido a todos o acesso a propriedade da terra, sendo que o
grande instrumento disto vem a ser a reforma agrária. c) Princípio do fortalecimento da
economia nacional: Se dá pelo aumento da produtividade do setor primário, o que passa
pela necessidade de uma reforma agrária, extinguindo as terras improdutivas, sejam elas
latifúndios os minifúndios, c pela necessidade de uma política agrícola que aumente a
capacidade econômica e produtiva do agricultor. d) Princípio do progresso econômico e
social do rurícola: é uma das bases da política agrícola, prevista pelo art. 87 da CF/88. É
muito importante também para se determinar o modulo rural, que deve ser a quantidade
suficiente de terras para garantir uma vida digna para o rurícola e sua família, assegurando-
lhe, ainda, o desenvolvimento social e econômico. e) Princípio da reformulação da estrutura
fundiária: tanto quanto nas terras particulares quanto nas terras públicas, sendo esta
reformulação o grande desafio da reforma agrária.
1-Y INTRODUÇÃO
Regularização fundiária é a regularização sobre terras devo lutas.
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Quem trata da regularização das terras devolutas é o ente federado a qual pertence às
terras. Se por exemplo as terras devolutas são do estado da Bahia, eaberá a Bahia
regularizar as suas terras.
óY 0 que são terras devolutas? Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja,
propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular mesmo estando
ocupadas. O termo "devolutas" relaciona-se com a decisão de devolução desta terra
para o domínio público ou não, dependendode ações denominadas discriminatórias.
A discriminação de terras devolutas tem a grande finalidade de separar as terras que seriam
de dominialidade pública das de dominialidade privada. Atualmente tal processo ocorre
aplicando-se a lei 6383/76. Com esse procedimento, vindo o Poder Público (União,
Estados, DF e Municípios) arrecadar e fazer o registro dessas terras, passarão elas a
receberem uma destinação(afetação) deixando de ser terras devolutas e passando a serem
terras em sentido estrito.
A Constituição da Bahia deter que as terras que sofreram processo de discriminação, virão
a ser destinadas preferencialmente a reforma agrária ou para reservas ambientais.
A Constituição Brasileira de 1988 cita no seu artigo 20, II, as terras devolutas como sendo
bens da União, desde que sejam indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei. Já o art. 26, IV, determina que as demais pertencem ao Estado, desde que
não sejam compreendidas entre as da União.
Há momentos em que a lei permite a ALIENAÇÃO das terras do Estado, transmitindo a
propriedade da terra ao particular. Através da DOAÇÃO o estado também transmite a
dominialidade da terra para o particular. A PERMISSÃO DE USO e CONCESSÃO DE
DIREITO REAL DE USO, também são meios de conceder ao particular o uso da terra, mas
na propriedade continua sendo do Estado.
Irá aparecer como um contrato pelo qual o poder público irá conceder ao particular o uso
de terras devolutas. Sempre terá um caráter precário, sendo que o poder público poderá vim
requerer a devolução das terras a qualquer tempo e independentemente do pagamento de
indenização. A permissão de uso somente poderá ser requerida pelo possuidor, ou seja, o
detentor da posse daquelas terras devolutas que esteja sendo efetivamente exploradas. O
máximo de terras devolutas que o particular poderá vim a ocupar com a finalidade de
explorá-las são de no máximo,500 hectarcs. Quem ocupar área superior será visto como
mero detentor dessas terras.
A concessão de direto real de uso, assim como a permissão de uso, será realizada
mediante contrato administrativo por tempo determinado, constituindo um direto real
resolúvel, pois é obrigatório que as terras devolutas venham um dia a retomar ao
patrimônio direto do poder público Estadual. Pode se dar entre um particular e o poder
público, visando terras devolutas, como também pode ser dar entre particulares, visando
bens particulares. O art. 178 da Constituição Estadual determina que o Estado poderá vir
a se valer da concessão do direito real de uso toda vez que achar conveniente, sendo o
instrumento de regularização fundiária mais utilizada pelo poder público. O caput desse
artigo dispõe ainda que caberá ao Estado determina qual será a destinação dada aquelas
terras devolutas, bem como o prazo para sua concessão e estipulação de outros requisitos.
A concessão pode ser transmitida intervivos ou mortis causa.A concessão de direito real
de uso apenas poderá incidir em áreas devolutas de até 100 hectares desde que sejam elas
exploradas e cultivadas pelo regime familiar, bem como que o possuidor tenha ali a sua
residência. Art. 179 da Constituição Estadual: determina que todas as terras públicas e
devolutas destinadas a irrigação apenas poderão vir a sofrer a regularização fundiária
através do instituto da concessão do direito real de uso, não podendo o Estado vendê-las,
doá-las ou fazer permissão de uso.
DOAÇÃO:
É espécie de contrato utilizado pelo poder público para vim a realizar a regularização
fundiária, estando prevista pelo art. 12, § único, da lei 3038/72, que dispõe que a
concessão gratuita de terras públicas dependeria de lei especial, bem como apenas será
realizada se em seu contrato, houver a previsão de c1ausula de reversão em beneficio de
pessoa jurídica de fins não lucrativos, empenhada em iniciativa de interesse social. Pela
lei 3442/75, que seria a lei especial que o art. 12, § único, da lei 3038/72, faz menção,
observa-se que a doação apenas poderá vim a ocorrer se: (1) a área não ultrapassar 100
hectares; (2) que o ocupante não seja proprietário de um outroimóvel rural; (3) que tenha
a posse mansa e pacifica daquelas terras; (4) que tenha tornado aquelas terras cultivadas
pelo seu trabalho ou pelo trabalho do conjunto de sua família; (5) que o'cultivo daquela
terra ocorra a pelo menos 5 anos; (6) tenha ele capacidade para desenvolver a área
ocupada; (7) que ele tenha nas terras a serem doadas a sua moradia. Outro caso de doação
é o previsto pelo art. 30,II, da lei 3442/75, é o caso de áreas continuas a ocupação de
pequeno produtor que esteja sendo beneficiado por projeto ou beneficiamento da
secretaria daagricultura, sendo que este tipo de doação é o que prepondera em nosso
Estado.
ALIENACÃO:
Obs.: Interpretação do artigo 18 da Constituição Estadual: Esse artigo diz que todos os
bens do estado dependem para serem alienado de: Autorização legislativa e Licitação
pública. Ás terrasdevolutas não precisam dessas duas exigências para serem alienadas.
Quem autoriza a alienação de terras devo lutas para a reforma fundiária é a CF no art 188,
através de autorização genérica.
Ao contrário dos demais bens públicos, a regularização fundiária das terras devolutas,
não tem por objetivo o enriquecimento do Estado. E na verdade seu maior objetivo é
concretizar os princípios do art. 171 da CE.
Com exceção das terras devolutas, no caso dos bens dominicais, todos os outros bens
dominicais ao serem alienados têm como objetivo principal o lucro do Estado; na
licitação desses bens, vencerá aquele que der mais dinheiro pelo bem.
O valor da alienação de terras devolutas por posseiros ou ocupantes de terra é uníssono
estabelecido por decreto, e seu valor equivale ao valor da terra "nua".
As terras devolutas discriminadas e arrecadadas também podem ser afetadas para fins de
reforma agrária (art. 187 CE). O objetivo principal dessa discriminação e arrecadação é
o assentamento de trabalhadores rurais.
ALIENAÇÃO:Éa venda que o estado faz das terras devolutas segundo as regras legais.
Os Arts.174, 177 e 187 da constituição estadual e a lei 3030/72, prevê a alienação em
duas modalidades: Alienação simples e alienação excepcional.
O art.. 174 prevê limite da ocupação de terras devo lutas, que é de 500 hectares. Esse
limite podeser maior se for para instalação de algo para o desenvolvimento econômico do
estado.
A ALIENAÇÃO SIMPLES necessita da ocupação de área devoluta. Essa ocupação
(posse) deve ser caracterizada pelo cultivo e beneficiamento da terra. Estes requisitos
vão ser confirmados pelo órgão executor do estado (Secretaria de agricultura, irrigação e
reforma agrária). É necessário o documento de cadastramento da terra no INCRA, para
depois disso, o órgão do estado vai fazer a medição da terra e comunicar o ocupante da
terra para se manifestar sobre essa ocupação. Além da medição, faz-se também a
vistoria da área para saber se a terra está sendo cultivada e beneficiada. Se a terra, por
exemplo, é de 400 hectares, pelo menos metade da terra deve estar sendo cultivada e
beneficiada (art. 20, parag. 1° da Lei 3038/72). Depois da vistoria, vai para o setor
técnico elaborar a planta dessa terra. Se encaminha para o setor jurídico, para o PGE se
manifestar sobre a alienação. Por ultimo, é necessária a sentença administrativa
definindo essa alienação.
Pelo art. 187, o Estado só poderia fazer alienação de terras devolutas depois que tivesse
feito adiscriminação dessa terra devoluta. Dessa forma, o Estado presume que a terra é
devoluta e ai começa o processo de alienação. Todavia, essa presunção não é absoluta.
O particular (3º interessado) pode entrar com um recurso provando que a terra é
particular.
A administração pode cancelar o título dado ao posseiro, quando comprovada que a terra
não é devoluta. Esse título será nulo de pleno direito.
A ALIENAÇÃO EXCEPCIONAL é a alienação de terra devoluta quando a área for maior
de 500 hectares (art. 15 da lei 3038/72 e o art. 177 da CE) sua característica principal é que
ela requer a ocupação da terra, mas não exige o cultivo prévio da área. Ao invés de ter
cultivo, deve o posseiro apresentar projeto de interesse para o desenvolvimento econômico
do Estado (projeto de exploração do imóvel rural).
Esse projeto é recebido na secretaria de agricultura e será encaminhado para a secretaria de
Planejamento.
O posseiro deve demonstrar que com a implantação do projeto poderá desenvolver o
Estado ou qo projeto é totalmente rentável.
A secretaria de Planejamento emite parecer aprovando ou não o projeto e devolve pra a
secretaria de agricultura. Se for aprovado seguirá para a medição de terra, mas não precisa
de vistoria, pois não é necessário o cultivo e beneficiamento dessa terra.
Se o projeto não for cumprido no prazo estabelecido pelo estado, após tornar-
seproprietário, essa terra volta para o Estado.
A alienação maior de 2.500 hectares é necessária autorização do Congresso nacional.
Limite mínimos e máximos da área alienável: O módulo rural é indivisível. Assim, para
fins de transmissão a qualquer tipo, nenhuma área poderá ser divida por porção menor que
o módulo rural ou fração mínima de parcelamento.
Não pode ocorrer a legalização de posseiro em terras menores que o módulo rural ou
fração de mínima de parcelamento. Assim, esse é o limite mínimo de área alienável.
O limite Máximo da área alienável na alienação simples é o dobro da área efetivamente
beneficiada. A medida de 500 hectares é só parâmetro para diferenciar a alienação simples
da extraordinária.
O limite máximo de área alienável na alienação excepcional é a área contemplada no
projeto.
pde 2.500 hectares é, na verdade, o limite para ocupação de terra devoluta sem a
autorização do congresso nacional.