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Agostinho
Pedro Filipe de Moura Ribeiro Vilar
Filosofia Medieval
remoque, àqueles cujo pensamento "ainda volita ao redor das ideias, ideias da
sucessão dos tempos paasados e futuros." (Confissões [C], livro 11, § 11, pg.
277).
que o tempo nunca é todo presente" (idem); e mais adiante pergunta ainda: "Quem
poderá prender o coração do homem, para que pare e veja como a eternidade
imóvel determina o futuro e o passado, não sendo nem passado nem futuro? (C,
pg. 278).
Ao longo das páginas que vão do parágrafo 'Que faria Deus antes da Criação?'
Pensamos que uma possível resposta repousa numa ideia tutelar de Deus e da
humana:
"Precedeis [Deus], porém, todo o passado, alteando-vos sobre ele com a vossa
eternidade sempre presente. Dominais todo o futuro porque está ainda para vir."
Quando este Santo nos diz que se ninguém lhe perguntar pelo tempo ele sabe o
que é o tempo, mas se alguém o fizer já não o consegue dizer é porque a nossa
perguntas sobre ela constituem brechas, rupturas, que abrem espaço e inscrevem
para o pretérito, já não seria tempo mas eternidade" (idem, pg. 280)