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Docente: Lúcia de Fátima.

Ética e Responsabilidade Social nos Negócios

Discente:

Ana Karla Couto de Melo.

RESUMO: Cap. 3 - A mudança histórica do conceito de


responsabilidade social empresarial.

Até o início do século XX, a premissa fundamental da legislação


sobre corporações era a de que tinham, como proposito, a realização de lucros
para seus acionistas.
Em 1919, a questão da ética, da responsabilidade e da
discricionariedade dos dirigentes de empresas abertas veio a publico com o
julgamento do caso Dodge versus Ford, nos Estados Unidos, que se tratava da
competência de Henry Ford, presidente e acionista majoritário da empresa,
para tomar decisões que contrariavam os interesses dos acionistas.
A suprema corte de Michigan foi favorável aos acionistas,
justificando que a corporação existe para beneficio de seus acionistas e que
diretores corporativos tem livre-arbítrio apenas quanto aos meios para alcançar
tal fim, não podendo usar os lucros para outros objetivos.
Em um contexto de expansão do tamanho das corporações e de seu
poder sobre a sociedade, diversas decisões nas cortes norte-americanas foram
favoráveis as ações filantrópicas das corporações.
A empresa socialmente responsável é aquela que responde às
expectativas de seus acionistas, ou aquela que está atenta para lidar com as
expectativas de seus stakeholders atuais e futuros, na visão mais radical da
sociedade sustentável.
O conceito de ética e responsabilidade social corporativa vem
amadurecendo quanto à capacidade de sua operacionalização e mensuração,
subdividindo-se em vertentes de conhecimento. Entre essas vertentes estão:
responsabilidade, responsividade, retitude e desempenho social corporativo,
desempenho social dos stakeholders, auditoria e inovação social.
A corporação tem sido historicamente vista como centro de
referencia para reflexão sobre ética e responsabilidade social nos negócios.
Nesse eixo de referencia, a responsabilidade social corporativa tende a ser
considerada uma atividade destacada da lógica econômico-financeiras da
empresa, encaixando-se na categoria de pós-lucro. Há um foco na
necessidade da corporação de realizar lucros para sobreviver, em que a
responsabilidade social corporativa torna-se, assim, uma ação instrumental.
O universo não gira em torno da empresa, nem ela merece o status
central ou especial.
Essa categoria de responsabilidade social corporativa normativa do
tipo pré-lucro faz com que as corporações sejam obrigadas a cumprir suas
responsabilidades sociais e morais antes de maximizar seus lucros, sendo um
meio eficiente e efetivo de controle social e uma base para a confiança nas
realações humanas e organizacionais.
A transposição da discussão da responsabilidade social para além
da corporação compreende adotar uma pespectiva orientada para a
sustentabilidade do próprio conceito, uma vez que expõe a necessidade de
uma efetiva rede de negócios que incorpore o conceito, uma vez que expõe a
necessidade de uma efetiva rede de negócios que incorpore o conceito da
responsabilidade social em todas as transações dos stakeholders associados a
essa rede de negócios. Surge também o conceito de sistema empreendedor
justo, no qual os benefícios e as responsabilidades são distribuídos com justiça
entre os stakeholders.
Muitas empresas, acadêmicos e a mídia vêm ressaltando
exclusivamente, contudo, a abordagem instrumental da responsabilidade social
corporativa como forma de melhorar a reputação da empresa, identificar
oportunidades de testar novas tecnologias e produtos e, assim, adquirir
vantagens competitivas no mercado globalizado.
Cada corporação pode ser analisada em sua conduta quanto ao
estagio em que se encontra, segundo esses três níveis, em cada uma das
dimensões das responsabilidades corporativas – social econômica e ambiental.
A visão de uma empresa sobre suas responsabilidades está
relacionada a como ela mede o desempenho dos recursos comprometidos para
o atendimento dessas responsabilidades.
Assim, os objetivos empresariais transcenderiam os aspectos
mensuráveis de emprego de fatores de produção, passando para uma forma
de organização que conciliasse os interesses do individuo, da sociedade e da
natureza, transitando do paradigma antropocêntrico, no qual a empresa é o
centro de tudo, para o ecocêntrico, no qual o meio ambiente é mais importante,
e a empresa, assim como outros agentes, insere-se nele.
Refletindo sobre as premissas das abordagens tradicional e
econcêntrica de gestão com relação à ética e responsabilidade social
corporativa, nota-se que o consumo responsável trata da responsabilidade do
ato de consumo e, por conseguinte, das pessoas na condição de
consumidores. A educação do consumidor para o consumo responsável deve
considerar dimensões ambientais, econômicas e sociais.
A cultura do consumismo, entretanto, é hegemônica em nosso
cotidiano, em uma mercantilização das relações sociais presentes e futuras dos
seres humanos.
Sabendo desta cultura as tendências e desafios para a
responsabilidade social nos negócios consistem em 3 : a avaliação de
desempenho, transcender as fronteiras da empresa e transparência
organizacional.

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