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Estágio Supervisionado
de Estágio Supervisionado
Cleonice da Rosa
Sumário......................................................................................................................iii
Resumo ......................................................................................................................iv
1. Introdução...............................................................................................................5
1.1 Capítulo 1.1............................................................................................................5
1.1.1 Capítulo 1.1.1.......................................................................................................5
3. Resultados Alcançados...........................................................................................7
Bibliografia...............................................................................................................10
6. Tratamento de água..............................................................................................17
6.1 1.1.8. Produtos auxiliares...................................................................................33
7. B. Oxidação avançada......................................................................................34
8. C. Auxiliares de Floculação..............................................................................34
8.1.1.1 Caracterização da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos................................38
8.1.1.2 52
8.1.1.3 52
8.1.1.4 Monitoramento da água ( tipos de análise, periodicidade )............................52
iv
RESUMO
leitura na íntegra.
CPGCC
5
1. INTRODUÇÃO
período do estágio.
7
3. RESULTADOS ALCANÇADOS
Plano de Desenvolvimento.
8
4. RECURSOS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
• a descrição do problema
Organização
AGRADECIMENTOS
os agradecimentos”
experiência.
13
14
DEDICATORIA
15
2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO
WWW.comusa.com.br
A COMUSA surgiu, em Novo Hamburgo, a partir dos constantes colapsos no sistema de
abastecimento de água na década de 80. Formou-se uma comissão com o ideal de criar
uma companhia municipal de saneamento, para amenizar a falta d’água. Em 20 de
dezembro de 1989, com a Lei Municipal 184/89, a Prefeitura autorizou a criação de uma
empresa de economia mista, chamada Companhia Municipal de Saneamento, cuja sigla
passou a ser conhecida como COMUSA, sendo esta fundada em 17 de junho de 1991. Teve
como missão desenvolver uma política de saneamento capaz de proporcionar um aumento
significativo na qualidade de vida da população.
O principal objetivo da Comusa é gerenciar o sistema de saneamento básico, compreendido
pelo abastecimento de água potável e esgoto cloacal no município. No ano de 1998 a
COMUSA passou a operar o Sistema de Abastecimento de Novo Hamburgo e, em 1º de
junho de 2008, tornou-se autarquia, passando a se chamar COMUSA - Serviços de Água e
Esgoto de Novo Hamburgo.
Hoje a COMUSA produz em média 1,7 bilhões de litros de água por mês, para abastecer
74.024 economias ativas, com estimativa de uma população de 257.945 habitantes. Após
18 anos de sua fundação e 11 de atividade, a COMUSA fornece água potável a 98% da
área urbana da cidade.
Contudo, pouca atenção foi dada ao tratamento do esgoto na cidade até 2008, ocasionado
uma necessidade de redirecionamento das ações da Autarquia para esse desafio. Diante
atuais 2% de esgoto tratado vão saltar para 80% nos próximos anos.
17
6. TRATAMENTO DE ÁGUA.
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TRATAMENTO DE ÁGUA
Definidos os padrões, em conseqüência, define-se tratamento de água.
Tratar água é condicionar as concentrações das impurezas, nelas contidas,
aos padrões estabelecidos . Em particular, potabilizar uma água é
enquadrar sua qualidade aos valores do padrão de potabilidade.
Para sabermos da necessidade e da complexidade de tratamento que uma
água vai exigir, devemos antes de mais nada, submetê-la a exames que
indiquem os valores de parâmetros das impurezas nela contida e que estão
nos padrões. Esse primeiro exame deve ser o mais completo possível para
que tenhamos as informações necessárias sobre os processos de
tratamento a que deverá ser submetida a água que pretendemos usar.
A simples aparência não trás evidência conclusiva sobre a qualidade da
água escolhida. Casos de imprevidência quanto a exame da água que vai
ser destinada a consumo de comunidades existem e mostram o alto custo
que tal negligência pode acarretar.
Muitas vezes, a complexidade, e por conseqüência o custo do tratamento,
pode ser tão alto que justifica a troca de manancial. Outras vezes, a água a
ser utilizada é de tão boa qualidade que não exige tratamento. A eventual
adição de um desinfetante passa a ser uma prevenção para eventuais
contaminações que possam ocorrer na rede de distribuição.
Normalmente, as águas superficiais tomada para uso público são turvas,
possuem cor e arrastam microorganismos em seu escoamento. Na maioria
dos casos, o chamado tratamento convencional é o indicado para
potabilização dessas águas. Ele é composto das seguintes operações
unitárias:
18
Mistura rápida,
Coagulação floculação,
Sedimentação,
Filtração,
Desinfecção,
Correção final do pH.
Outros processos podem eventualmente, serem necessários, tais como,
aeração para remoção de ferro e manganês, absorção em carvão ativado
para remoção de produtos orgânicos que promovam gosto e odor, troca
iônica para redução de dureza, etc.
No entanto, a quase totalidade dos tratamentos existentes atendem a
seqüência do tratamento convencional sobre o qual vamos nos ater nos
capítulos seguintes.
2.0 Características Físico-Químicas da Água
2.1 Cor devido a presença de substâncias dissolvidas na água, na maioria
de origem orgânica (húmus), mas também pode ser devido a presença de
sais de ferro e manganês. Além do aspecto estético, as substâncias
responsáveis pela cor podem provocar incrustrações e corrosão.
2.2 Turbidez - decorrente da presença de sólidos suspensos finamente
divididos ou em estado coloidal.
O efeito da presença destas substâncias na água é a de que as águas
turvas perdem a transparência. Assim como no caso da cor, a turbidez é
inconveniente pelo aspecto estético, pelas incrustrações, além do fato de
alojar no seu interior muitos microorganismos de significado sanitário.
2.3 pH (potencial hidrogeniônico) a determinação do pH nos indica a
concentração de íons H e OH presentes em uma solução.
Simplificadamente, a maior presença de íons H caracteriza uma amostra
ácida, enquanto a maior presença de íons OH indicará uma amostra básica
ou alcalina.
Uma água ácida tem característica corrosiva, assim como uma água
altamente alcalina pode ser cáustica. Além disso, o pH interfere diretamente
nas reações que se processam no tratamento da água.
2.4 Alcalinidade esta determinação analítica quantifica a presença de
carbonatos, bicarbonatos e/ou hidróxidos, todas de características básicas.
A presença da alcalinidade é fundamental para o processo químico na
clarificação (coagulação), assim como garante a eliminação do gás
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carbônico, altamente corrosivo, e a neutralização de outros compostos de
natureza ácida.
2.5 Dureza relacionada à presença de sais de cálcio e magnésio. Os íons
Ca* e Mg* têm a tendência de formar incrustrações em superfícies onde há
troca de calor, causando, por exemplo, o bloqueamento dos tubos das
caldeiras. Nestas condições, pode haver ruptura por superaquecimento no
local das incrustrações e corrosão por aeração diferencial. Além disso,
essas incrustrações provocam perda de eficiência das superfícies de troca
de calor e permitem a concentração de produtos altamente corrosivos.
2.6 Sulfatos geralmente estão presentes como sulfato de cálcio, sódio e
magnésio, em concentrações que variam desde 5 a 200 ppm. Estes
compostos geram os mesmos inconvenientes da dureza, uma vez que
precipitam e formam incrustrações.
2.7 Ferro a presença de ferro ferroso (Fe*) nas águas subterrâneas não é
notada pelo fato deste íon ser solúvel. Porém, quando exposto ao oxigênio
ou outro agente oxidante, é transformado em ferro férrico (Fe*), quando
então torna-se insolúvel e de coloração marrom avermelhada, prejudicando
a utilização da água. Além de conferir cor e sabor a água, o Fe* provoca
incrustrações, promovendo rupturas ou bloqueamento em tubos de caldeira
ou trocadores de calor. Por serem depósitos muito porosos, permitem a
concentração de produtos altamente corrosivos sob os mesmos. O ferro
pode ainda provocar a deterioração de certos tipos de resina,
especialmente as aniônicas.
2.8 Manganês os problemas derivados da presença de manganês são
semelhantes aos ocasionados pelo ferro. Quando na forma de manganês
manganoso (Mn*) é muito solúvel em água, e conseqüentemente mais
difícil de removê-lo. A exposição a um agente oxidante promove a sua
oxidação para manganês mangânico(Mn*), insolúvel e de coloração
marrom.
2.9 Sílica Solúvel (sílica reativa) - a sílica geralmente está presente na
forma de ácido silícico ou de silicatos solúveis: em combinação com a
dureza forma incrustrações duríssimas e de difícil remoção. Tem a
tendência a passar para o vapor em caldeiras de alta pressão, formando
depósitos em superaquecedores. Para fins potáveis a sílica não apresenta
inconvenientes.
2.10 Cloretos geralmente estão presentes na água bruta na forma de
cloretos de sódio, cálcio e magnésio, em concentrações que podem variar
desde 3 a algumas centenas de ppm. A presença de sais de cloretos,
muitos solúveis, propiciam a corrosão.
2.11 Oxigênio Consumido (OC) - a matéria orgânica presente nas águas
naturais é proveniente de matéria vegetal em decomposição e dos produtos
de excreção animal e dos seres humanos. Podemos quantificar sua
20
presença indiretamente através da determinação do oxigênio consumido
para sua oxidação química. A presença de matéria orgânica pode provocar
alterações estéticas, além de indicar contaminação. Em água para indústria
provoca deterioração das resinas de troca iônica, além de depósitos e
incrustrações.
2.12 Oxigênio Dissolvido (OD) a presença de oxigênio é necessário a
manutenção da vida, porém é muito prejudicial aos equipamentos, já que é
corrosivo ao ferro e ligas de cobre. Sua remoção é necessária quando a
água se destina a alimentação de caldeiras.
2.13 Gás Carbônico (CO2) oriundo da decomposição da matéria orgânica,
absorvido do ar ou resultante da redução de bicarbonatos em função do pH
do meio, é altamente corrosivo ao ferro e ligas de cobre.
2.14 Amônia ( NH3) apresenta-se muitas vezes dissolvida nas águas
brutas, podendo estar na forma de compostos orgânicos. O hidróxido de
amônio na presença de OD em água é corrosivo ao cobre e suas ligas. Em
concentrações elevadas é corrosivo ao cobre, mesmo na ausência de OD.
2.15 Gás Sulfídrico (H2S) pode ser originário da decomposição da matéria
orgânica e pela decomposição do sulfito de sódio usado na caldeira como
sequestrante do oxigênio. O gás sulfídrico reage com o metal e forma
depósitos de sulfeto de ferro.
2.16 Sólidos Totais e Sólidos Dissolvidos as impurezas presentes na água
podem estar na forma dissolvida ou em suspensão, perfazendo um TOTAL
que varia de 20 a 1000 mg/l. Dos sólidos totais, geralmente predomina a
forma dissolvida, constituída principalmente de sais inorgânicos.
A concentração de sólidos dissolvidos na água de alimentação da caldeira
pode ser acompanhada através do condutivímetro, uma vez que a
condutividade está diretamente relacionada ao teor de sais dissolvidos.
2.17 Sólidos em Suspensão a natureza das substâncias em suspensão e
na forma coloidal na água são as mais diversas. Geralmente são
constituídas de argila, areia, óleos, matéria orgânica, sílica coloidal, ácidos
húmicos e fúlvicos, organismos como bactérias e esporos. Este material em
suspensão, principalmente, complexos de sílica coloidal, ácidos húmicos,
fúlvicos e microorganismos provocam deterioração das resinas
desmineralizadoras.
3.0 Características Biológicas
A água in natura contém uma série de organismos, que conforme sua
natureza, interferem diretamente no seu tratamento. Entre estes destacam-
se:
3.1 Algas embora sejam responsáveis pela produção de grande parte do
oxigênio da natureza, podem acarretar também alguns problemas, como:
21
- aumento do teor de matéria orgânica
- produção excessivas de lodo
- liberação de vários compostos, os quais podem ser tóxicos ou produzir
sabor e odor desagradáveis
- formação de camadas de algas nas superfícies de reservatórios,
aumentando a turbidez e dificultando a penetração da luz, aderir às paredes
de reservatórios, decantadores, piscinas, tec.
- colmatação do leito de filtros, etc.
3.2 Organismos Patogênicos podem ser de vários tipos bactérias, vírus,
protozoários e vermes sendo originários principalmente de dejetos de
pessoas doentes ou portadoras. A ingestão ou contato com essa água
contaminada provocará a transmissão de doenças a outros seres humanos.
As bactérias do grupo coliforme são utilizadas como indicadores de
poluição. Dentro do grupo coliforme existe os chamados coliformes totais e
coliformes fecais.
Os coliformes totais apresentam tempo de vida na água superior ao das
bactérias patogênicas.
Os coliformes fecais vivem normalmente no organismo humano, existindo
em grande quantidade nas fezes. Apresentam um grau de resistência ao
meio semelhante ao que é apresentado pelos principais patogênicos
intestinais que podem ser veiculados pelas águas, portanto, a ausência de
coliformes fecais reduz muito a possibilidade de contaminação por
patogênicos.
3.3 Principais doenças associadas com a água
Doença Agente Causal Sintomas
Ingestão de Água Contaminada
Disenteria bacilar Bactéria (Shigella dysenteriae) Forte diarréia
Cólera Bactéria (Vibrio cholerae) Diarréia extremamente forte,
desidratação, alta taxa mortes
Leptospirose Bactéria (Leptospira) Icterícia, febre
Salmonelose Bactéria (Salmonella) Febre, náusea, diarréia
Febre Tifóide Bactéria (Salmonella Typhi) Febre elevada, diarréia,
ulceração do intestino delgado
22
Disenteria amebiana Protozoário (Entamoeba histolytica) Diarréia com
sangramento, abscessos
no fígado e intestino fino
Giardíase Protozoário (Giardia Lamblia) Diarréia leve a forte, náusea,
indigestão e flatulêcia
Hepatite infecciosa Vírus (vírus da Hepatite A) Icterícia e febre
Gastroenterite Vírus (enterovirus,parvovirus , rotavírus) Diarréia leve a forte
Paralisia infantil Vírus (Poliomielites vírus) Paralisia
Contato com água Contaminada
Escabiose Sarna (Sarcoptes scabiei) úlceras na pele
Tracoma Clamídea (Chlamydia tracomatis) inflamação dos olhos, cegueira
total
ou parcial
Verminoses, tendo a Água como um Estágio no Ciclo
Esquistossomose Helminto (Schistosoma) Diarréia, aumento do baço e do
fígado,
hemorragias
Transmissão através de insetos, tendo a Água como Meio de Procriação
Malária Protozoário (Plasmodium) Febre, suor, calafrios, gravidade
variável com o tipo de Plasmodium
Febre Amarela Vírus (Flavivirus) Febre, dor de cabeça, prostração,
náusea e vômitos
Dengue Vírus (Flavivirus) Febre, forte dor de cabeça,dores nas
juntas e músculos, erupções
Filariose Helminto (Wuchereria bancroft) Obstrução de vasos, deformação
de
Tecidos
4.0 - Impurezas X Principais Problemas para Sistemas Industriais
5 Processos de Tratamento de Água
5.1 Introdução
23
Os processos empregados em tratamento de água dependem largamente
do propósito pelo qual o manancial será usado e da qualidade da água
tratada. Para uso doméstico é desejável remover quaisquer materiais,
sejam em suspensão sejam em solução, que sejam prejudiciais à aparência
ou ao aspecto estético da água. É absolutamente necessário remover ou
destruir quaisquer microorganismos nocivos e remover substâncias
químicas prejudiciais. De outro modo, os requisitos industriais para a
qualidade da água variam em função de seu uso. Por exemplo, para a
geração de vapor o controle da formação de depósitos em canalizações é
de suma importância, enquanto que as indústrias têxteis ou de papel
exigem ausência de ferro e manganês.
Em geral, os vários métodos normalmente empregados na prática do
tratamento de água usualmente têm como objetivo principal a redução da
quantidade total de substâncias estranhas na água. Mesmo quando o
processo de tratamento envolve a adição de certos materiais, o resultado
final é usualmente a remoção de mais material do que a quantidade que
havia sido adicionada. Existem casos, entretanto, nos quais certos
constituintes são removidos pela substituição de outras substâncias e, em
algumas circunstâncias, o conteúdo de determinadas substâncias pode ser
deliberadamente aumentado de maneira a conferir certas características
desejáveis à água.
5.2 Para Consumo Humano/Potável
Em virtude do aumento da população e da industrialização, as águas
naturais em geral não são potáveis. Podem, às vezes, apresentar
características estéticas adequadas, porém análises físico-químicas e
bacteriológicas indicarão a necessidade de um tratamento simplificado
(apenas desinfecção) ou de um tratamento completo para garantir sua
potabilidade.
O tratamento convencional é composto de várias etapas, as quais podem
ser utilizadas em várias combinações.
- Coagulação
- Floculação
- Decantação
- Filtração
- Desinfecção
- Fluoretação
- Correção do pH
24
A fluoretação deve fazer parte do processo de tratamento da água para
abastecimento público, por sua atuação comprovada na redução da cárie
dental.
5.3 Para Fins Industriais
Já para sistemas industriais normalmente as águas necessitam para
adequá-las a fins específicos de cada indústria. Abaixo seguem alguns
exemplos de fluxogramas de tratamento de água para alguns tipos de fins
específicos.
Exemplos de fluxogramas de processo de tratamento:
5.3.1 Fluxograma de Tratamento de Água para Indústria de Refrigerantes
Água Bruta = Coagulação = Dealcalinização = Cloração = Abrandamento =
Sedimentação = Filtração = Filtro de carvão ativado =
Remoção de Fe, Mn = Para processo Industrial
Para lavagem de garrafas, a água passa pelo filtro de carvão ativado e
depois pelo Abrandamento por troca iônica.
5.3.2 Fluxograma de Tratamento de Água para Indústria de Polpa e Papel
Água Bruta = Coagulação = Sedimentação = Filtração = Resina Catiônica
R-Na ( onde é feita remoção de Fe, Mn, Ca, Mg) = Para processo Industrial
e lavagem de polpa.
Para papéis especiais após a Filtração a água passa pelo processo de
Desmineralização .
5.3.3 Fluxograma de Tratamento de Água Indústria Têxtil
Água Bruta = Coagulação = Sedimentação = Filtração = Abrandamento =
Dealcalinização = Remoção de Fe, Mn = Para o processo Industrial.
5.3.4 Fluxograma de Tratamento de Água Indústria de Plástico
Água Bruta = Coagulação = Sedimentação = Filtração = Resina Catiônica
(remoção de Fe e Mn) = Para o processo Industrial.
5.4 Métodos Usados com Maior Freqüência para Remoção de Impurezas
em Processos Industriais
Os processos de tratamento de água para uso industrial podem ser
classificados em:
- externos se referem a processos utilizados para alterar a qualidade da
água antes do ponto de aplicação, fora do processo.
25
- internos se referem a processos limitados basicamente a aditivos
químicos utilizados para alterar a qualidade da água no ponto de utilização
ou dentro do processo.
A escolha do processo de tratamento depende da concentração das
impurezas na água bruta, da qualidade desejável da água e de outras
considerações de ordem econômica.
Processos x Impurezas
O2
CO2
NH3
H2S
Ca*,
Mg*
Fe,
Mn
Sili-ca
STD
SST
Cor/
Turb.
OC
Micro
-org.
Aeração
X
X
X
X
Clarificação
X
26
X
X
X
X
Desinfecção
X
X
X
Desaeração
X
X
X
X
Abrand. frio
X
X
Abrand. Quente
X
X
Troca catiônica
X
X
X
Troca aniônica
X
X
Desmineralização
X
27
X
X
X
Sulfito de sódio
X
Hidrazina
X
Fosfatos
X
Quelatos
X
X
6.0 - Conceituação Básica
1)Pré cloração Adição de agente oxidante (cloro), para combater algas e
reduzir a matéria orgânica; ferro e manganês.
2)Aeração Intercâmbio de gases da atmosfera com a água com objetivo de
eliminar odor, ferro e manganês.
3)Clarificação Conjunto de processos destinados a remover principalmente
turbidez, cor, sólidos em suspensão e microorganismos.
3.1) Coagulação Chama-se coagulação ao processo de desestabilização da
matéria coloidal tornando-a passível de aglomeração e posterior
decantação.
3.2) Floculação Processo de aglutinação de partículas transformando-as
em partículas maiores (flocos).
3.3) Decantação Separação dos flocos formados por sedimentação em
tanques apropriados.
3.4) Filtração Eliminação de partículas e microorganismos, ainda restantes
na água, após o processo de decantação através de filtros.
4)Para uso humano (potável)
A água para consumo humano normalmente possui esses processos de
tratamento:
28
4.1) Desinfecção Adição de agente desinfetante (cloro), para eliminação de
possíveis microorganismos restantes e manutenção de teor de cloro
residual para combater alterações na qualidade da água que possam
ocorrer durante a distribuição.
4.2) Fluoretação Adição de flúor para prevenir a cárie dentária.
4.3) Correção do pH Adição de cal na água para evitar a agressividade
(corrosão) sobre as instalações hidráulicas do sistema.
5.0) Para uso industrial é comum encontrarmos os seguintes termos:
5.1) Desaeração Remoção de gases dissolvidos na água, principalmente
oxigênio, através de aquecimento com injeção de vapor contra corrente.
5.2) Abrandamento Redução da dureza empregando cal sodada (cal +
barrilha), que provocam a precipitação de compostos de cálcio e magnésio.
Pode ser realizada a frio ou aquecida através de contato direto com vapor.
5.3) Troca Catiônica Emprego de leitos com resinas catiônicas que retiram
cátions da água, entre os quais de cálcio e magnésio, eliminando assim a
dureza.
5.4) Troca aniônica Emprego de leitos com resinas aniônicas que retiram
ânions da água, entre os quais cloretos, sulfatos, silicatos, e outros.
5.5) Desmineralização Emprego de resinas catiônicas e aniônicas,
produzindo água com teor mínimo de sais e sólidos dissolvidos.
5.6) Dealcalinização Processo de redução ou eliminação da alcalinidade.
5.7) Sulfito Emprego de sulfito de sódio para eliminação de oxigênio
dissolvido na água.
5.8) Hidrazina Atua de maneira semelhante ao sulfito de sódio, tendo a
vantagem de não aumentar o teor de sólidos dissolvidos.
5.9) Fosfatos Emprego de fosfatos, normalmente de sódio, que evitam
incrustações pois provocam a precipitação de compostos de cálcio e
magnésio na forma de lodos mais moles.
5.10) Quelatos Compostos químicos que formam complexos estáveis com
vários cátions, entre os quais de cálcio e magnésio.
26/11/2008 08:28:45
Estação de Tratamento de Água - GUARAÚ
Publicado por Portal Tratamento de Água
1.1. Considerações Teóricas
1.1.1. Coagulação
1.1.2. Floculação
Após a coagulação, as partículas coloidais estão prontas para serem agrupadas pela
30
força mecânica ou hidráulica dos floculadores.
1.1.3. Decantação
1.1.4. Filtração
Os filtros são constituídos por meios filtrantes e camada suporte. O meio filtrante
normalmente é composto por carvão antracito e a areia (dupla camada), somente
areia (camada simples), ou areia grossa (alta taxa ou camada profunda). A camada
suporte é formada por pedregulhos em camadas de diferentes granulometrias.
1.1.5. Correção do pH
A ETA Guaraú dispõe de três pontos para aplicação de alcalinizante. Além da pré e
pós, há a possibilidade de se efetuar uma inter-alcalinização. A cal utilizada na ETA
Guaraú é a cal virgem granulada, recebida em containers de 1.000kg e transferido
por sopradores do térreo ao sexto andar, onde fica o reservatório de
armazenamento com capacidade para 270 toneladas.
A cal virgem é dosada e transformada em leite de cal por cinco extintores de cal,
com um consumo diário de aproximadamente 20 toneladas.
1.1.6. Desinfecção
Na estação usa-se o cloro líquido que é fornecido por caminhões tanque com
capacidade de 18 a 22 toneladas, O cloro líquido passa para o estado gasoso
através dos evaporadores instalados na casa de química, para ser dosado por
cloradores de controle automático. O gás cloro é misturado à água tratada e
aplicado nos diversos pontos do processo sob forma de ácido hipocloroso (HOCI)
preferencialmente.
1.1.7. Fluoretação
A aplicação de carvão em pó é feita por meio de uma suspensão em água. Uma vez
que o processo de adsorção se dá em meio aquoso, é necessário aplicar vácuo à
mistura carvão/água, a fim de expulsar o ar dos microporos, preenchendo os com
água.
B. OXIDAÇÃO AVANÇADA
Em alguns casos o uso de cloro como oxidante no inicio do processo não é adequado
ou pode prejudicar o tratamento ou a qualidade da água. Em eventos de floração de
algas, a aplicação de cloro ocasiona a lise da membrana celular das algas, liberando
toxinas e outras substâncias causadoras de gosto e odor. Alem disso, o uso
concomitante do cloro e do carvão ativado diminui a eficiência de ambos, uma vez
que o cloro oxida a superfície do carvão. Por outro lado, quando a depleção de
oxigênio dissolvido no manancial, ocorre ressolubilização de ferro e manganês do
sedimento o que causa problemas de qualidade da água final.
C. AUXILIARES DE FLOCULAÇÃO
35
Uma vez adicionado o sal de ferro ou alumínio, inicia-se a formação de flocos
(coagulação). Estes, em condições hidráulicas adequadas, devem aglomerar-se até
atingirem o tamanho e peso ideais para que possam sedimentar.
A fim de auxiliar a formação de flocos, bem como torná-los maiores e mais pesados,
adicionam-se polímeros orgânicos em conjunto com os sais metálicos.
As longas cadeias precisam ser ativadas para que o polímero tenha eficiência
máxima. A ativação consiste em aplicar uma agitação adequada, quando da mistura
do polímero com a água, para “abrir” as cadeias e permitir a interação entre o
polímero e o floco.
ARROIO PAMPA
A nascente do Arroio Pampa inicia na Vila Diehl, próximo ao Travessão (Dois Irmãos). Esse arroio
estende-se até o Rio dos Sinos, na confluência dos municípios de Campo Bom e Novo Hamburgo,
percorrendo uma extensão de cerca de 8.000 metros entre os bairros: Vila Diehl, São José, São
Jorge e Canudos. Seu principal afluente é o Arroio Peri, com cerca de 3.500 metros. Ele nasce no
bairro São Jorge e alcança o Pampa em Canudos, próximo ao cruzamento entre as ruas Ícaro e
Nápoles.Devido à intensa urbanização ocorrida na região, principalmente na década de 80, boa
parte deste arroio encontra-se bastante degradada, seja pelo lançamento de esgotos e lixo, seja
pelos efeitos da ocupação de suas margens - sub-habitações e atividades econômicas exercidas
no local. Mesmo com o re-assentamento de moradores das margens do Pampa para loteamentos,
a partir de 2002, observam-se ainda entulhos de construções e resíduos industriais e domésticos
nas margens e no leito do arroio. Em uma retrospectiva histórica, constatamos que a imprensa
publicou reportagens sobre mutirões de limpeza, promovidos principalmente pela TERRAGUAR -
Associação de Proteção Ambiental em 1994, 1999, 2000; projeto polêmico sobre desvio do Pampa
como meio de minimizar os efeitos da degradação na captação e no saneamento de suas águas
(1995); re-assentamento de moradores das margens do Pampa (2002), aprovação de recursos
para implantação de tratamento de esgoto no Loteamento Morada dos Eucaliptos, bairro Canudos
(2005).Nas margens do arroio, onde houve a remoção das sub-habitações, foram construídos
gabiões, segundo lei vigente que determina a largura de 6 metros de leito. Nas suas margens, as
escolas municipais (Eugênio N. Ritzel, Rodrigues Alves, Monteiro Lobato, Samuel Dietchi, Arnaldo
Reinhardt, Martha Wartenberg....) estão participando da reposição da mata ciliar, com o plantio de
mudas de árvores nativas, como os salseiros, ingazeiros, pitangueiras, chal-chal, amoreiras,
araçazeiros, etc.A principal nascente desse arroio, localizada no canto da pedreira de arenito
botucatu (Vila Pica-pau), foi transformada em um poço para o abastecimento de água à
comunidade invasora (Monitoramento do Projeto MONALISA - 2005).
HISTÓRICO
37
Os dados de qualidade das águas utilizados neste trabalho foram gerados pela Rede de
Monitoramento da Fepam, em operação mensal desde 1990.
Foram também utilizados os dados gerados pela CORSAN - Companhia Riograndense de
Saneamento e DMAE - Departamento Municipal de Águas e Esgotos de Porto Alegre, que
juntamente com a Fepam participaram da Rede Integrada de Monitoramento do Rio dos
Sinos – Comitesinos, que operou de 1990 a junho de 1996. A Metroplan realizava a
informatização dos dados desta Rede Integrada.
A Rede Integrada foi suspensa em 1996, mas a Fepam continuou o monitoramento em
seus locais de amostragem.
Posteriormente, em janeiro de 2000, teve início a Rede Integrada do Pró-Guaíba,
também com a participação da Fepam, Corsan e Dmae, mas neste trabalho são
utilizados apenas os dados gerados pela Fepam na Rede Pró-Guaíba
As coletas e análises são realizadas pelo Departamento de Laboratório da FEPAM, e os
dados são armazenados e interpretados pelo Departamento de Qualidade da FEPAM.
Em 2005 a freqüência de amostragem no rio dos Sinos passou a ser bimestral.
DESCRIÇÃO DA ÁREA
A bacia hidrográfica do rio dos Sinos está situada a nordeste do Estado, entre os
paralelos 29° e 30° sul possui uma área de 3.820 km2, correspondendo a 4,5% da bacia
hidrográfica do Guaíba e 1,5% da área total do Estado do Rio Grande do Sul, com uma
população aproximada de 975.000 habitantes, sendo que 90,6% ocupam as áreas urbanas
e 9,4% estão nas áreas rurais. Esta bacia é delimitada à leste pela Serra Geral, pela
bacia do Caí à oeste e ao norte, e ao sul pela bacia do Gravataí.
Seu curso d'água principal tem uma extensão aproximada de 190 Km, e uma
precipitação pluviométrica anual de 1.350mm. Suas nascentes estão localizadas na Serra
Geral, no município de Caraá, a cerca de 60 metros de altitude, correndo no sentido
leste-oeste até a cidade de São Leopoldo onde muda para a direção norte-sul,
desembocando no delta do rio Jacuí entre a ilha Grande dos Marinheiros e ilha das
Garças, a uma altitude de 12 metros.
Seus principais formadores são o rio Rolante e Paranhana, além de diversos arroios. O
rio Paranhana recebe águas transpostas da bacia do Caí, das barragens do Salto, Divisa e
Blang.
A cobertura vegetal da bacia está muito reduzida, os remanescentes localizam-se,
predominantemente, nas nascentes do rio dos Sinos e seus formadores.
Para efeito de caracterização hidrológica e hidráulica o rio dos Sinos foi dividido em 03
sub-trechos distintos:
Os trechos superior e médio têm escoamento regular por jusante e o trecho inferior
sofre influência do Delta do Jacuí, existindo represamento e até mesmo refluxo.
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A porção superior do rio dos Sinos (de Caraá até Rolante) apresenta vegetação ciliar e
pequenos banhados. São áreas de baixa densidade populacional, com pequenas
propriedades rurais cuja agricultura é diversificada (culturas de arroz, cana de açúcar e
hortaliças, etc). A pecuária também é pouco desenvolvida, mas encontramos pequenas
criações de gado leiteiro, suínos e aves.
Na porção média do rio dos Sinos (entre Taquara e Sapiranga) a densidade populacional
aumenta, mas as duas grandes cidades (Sapiranga e Taquara) não estão localizadas
próximas às margens. Esta porção do rio não apresenta uma característica tão rural
como a porção superior.
O principal afluente do rio dos Sinos na porção média é o rio Paranhana, que drena
municípios como Taquara, Igrejinha, Três Coroas e parte de Gramado e Canela.
O trecho inferior, de Campo Bom até a foz no delta do Jacuí é de grande concentração
populacional e industrial, onde os principais arroios formadores drenam grandes centros
urbanos, como Campo Bom (arroio Schmidt), Novo Hamburgo (arroio Pampa e arroio
Luiz Rau), São Leopoldo (arroio Peão e canal João Corrêa), Estância Velha e Portão
(arroio Portão/Estância Velha), Sapucaia do Sul (arroio José Joaquim) e Esteio e zona
norte de Canoas (arroio Sapucaia).
Caracterização da Bacia
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A bacia hidrográfica do Rio dos Sinos é formada por 32 municípios que ocupam uma área de
3.800 km2. Localiza-se na região leste do Estado, tendo ao norte a Serra Geral, onde faz divisa
com o curso superior do Caí. O vale do Caí continua sendo seu vizinho a oeste até o encontro de
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ambos no Delta do Jacuí. Ao sul fica a cadeia de morros que faz o divisor de águas do Sinos e
Gravataí, que é outro formador do Guaíba. A leste fica a cadeia montanhosa onde o rio nasce no
interior do município de Caraá, a cerca de 600 metros de altitude.
O Rio dos Sinos – curso principal da bacia homônima - é um dos principais rios de domínio do
Estado do Rio Grande do Sul, e forma, junto com mais sete rios, a Região Hidrográfica do Lago
Guaíba.
Figura 1: As bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul; G20 corresponde à bacia do Rio
dos Sinos
O Rio dos Sinos tem cerca de 190 km de curso até sua foz no município de Canoas que, somados
aos demais corpos d’ água da bacia, totalizam uma rede de drenagem de 3.471 km de extensão.
Seus principais afluentes são, no sentido das cabeceiras para a foz: o rio Rolante, o Rio da Ilha e o
rio Paranhama, todos pela margem direita e com nascentes na região serrana (municípios de São
Francisco de Paula e Canela). Na porção inferior recebe, ainda, contribuições dos arroios
Sapiranga, Pampa, Luis Rau, Portão, João Corrêa, Sapucaia e outros. O Rio dos Sinos tem três
modos diferentes de correr, que são definidos pela declividade do seu fundo: o trecho superior –
primeiros 25km, entre as cotas 600 e 60m onde o fluxo do rio é bastante rápido e encachoeirado; o
trecho médio – com 125km entre as cotas 60 e 5m onde o rio se desloca normalmente; e o trecho
inferior – com 50km e cuja declividade é praticamente nula, apresentando um escoamento muito
lento.
O clima da região é subtropical com médias anuais em torno de 20 graus e cerca de 1.600 mm de
chuva por ano, bem distribuídos nas quatro estações.
Exemplos de vazões normais e de estiagem, na bacia Sinos, em metros cúbicos por segundo.
Local Vazão Normal Vazão de
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Estiagem
Um fator que favorece a situação da bacia do Rio dos Sinos é a contribuição de água
proveniente da bacia do rio Caí, através do Sistema Hidrelétrico do Salto, que com um
túnel desvia entre 5 a 9m3/s para dentro do rio Paranhana. Cerca de 10% da vazão normal
do Rio dos Sinos em sua foz não é gerada na própria bacia, mas proveniente da
transposição do rio caí.
No alto da serra, nas regiões de maior altitude, encontramos os campos de cima da serra onde
muitos dos seus formadores nascem em pequenos banhados da altitude. Isto em função da pouca
profundidade do solo e do clima muito frio. Na zona norte e oeste nas encostas da serra geral,
onde o solo, derivado da rocha basáltica, tem maior fertilidade predomina a mata subtropical muito
rica e diversificada tanto em animais como em plantas. Esta vegetação forma a proteção dos solos
das cabeceiras dos rios e são fundamentais para protegê-los das chuvas, bem como recolhê-las e
facilitar a sua entrada no solo rumo às vertentes primeiras do vale.
Já nas partes alagadiças, junto ao curso médio e inferior, há um ecossistema em que a fertilidade
natural trazida pelas cheias e a presença constante da umidade no solo formam uma paisagem
típica: os banhados. Eles funcionam como um filtro biológico e local de reprodução de peixes e
outros animais do rio. Além disso, atuam como reguladores da vazão, absorvendo o excesso das
cheias e liberando água nos períodos de seca. Ainda contribuem em muito para a limpeza natural
da poluição e como fonte de renovação da vida. São habitados por muitos animais e plantas
típicas de ambientes alagados, em especial aves, anfíbios e vegetação flutuante. São
fundamentais para a saúde do rio.
Junto às margens do rio e seus afluentes existe a mata de galeria. Ambiente que recebe este
nome por formar um corredor no meio do qual corre o rio. Possuem uma parte ocupada por
cidades, lavoura e pecuária, existindo poucos lugares intactos.
O rio e seus afluentes na parte mais alta se caracteriza por ser um rio de corredeiras e águas
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translúcidas muito oxigenadas, porém de pequena largura. Já na parte média e inferior ele
percorre lentamente uma região mais plana. É um trecho de menos oxigênio dissolvido onde as
águas são mais turvas devido aos sedimentos em suspensão trazidos pelas chuvas. Isto faz com
que, de um modo geral, as espécies aquáticas mais exigentes em termos de oxigenação
predominem nas partes altas do rio, enquanto as mais adaptadas a uma menor oxigenação vivam
nas partes mais baixas. Obviamente que esta distribuição sofre muitas influências dos efeitos da
poluição e de outras interferências humanas.
Antigamente a região era habitada por populações indígenas. Mas estas populações foram
expulsas da região ou miscigenaram-se com novos migrantes. Hoje há somente uma pequena
reserva guarani na parte alta do rio. Estes povos chamavam o rio de Cururuai e Itapuí. A primeira,
significando “Rio dos Ratões do Banhado” e a segunda, “ Rio das Pedras que Gritam”. Ambas as
denominações relacionadas com este mamífero aquático que costuma gritar de suas tocas. O
nome Sinos é posterior e teria vindo da sinuosidade do rio no seu curso inferior.
No final do século XVIII instalou-se na região que é hoje São Leopoldo, um projeto agrícola do
império que visava a produção e linho cânhamo, cuja sede até hoje existe. O empreendimento
fracassou e o império brasileiro recém entronizado com a independência do país resolveu
colonizar a região com uma população agricultora que servisse de apoio logístico para suas
campanhas militares no Prata.
Em 1824 chegaram os primeiros colonos alemães. Estes foram distribuídos em pequenos lotes
familiares que iniciaram a ocupação da região. Inicialmente dedicaram-se a agricultura – atividade
que ainda perdura em muitos locais do vale. Com o tempo foram se formando pequenos núcleos
comerciais que, usando o rio como meio de transporte, fizeram florescer um intenso comércio com
Porto Alegre e começaram a gerar uma mudança econômica na região. Aos poucos se instalou
um artesanato de couro que produzia arreios e calçados para regiões vizinhas.
Na virada do século, a construção da estrada de ferro traz novo impulso econômico à região. As
oficinas de artesãos vão evoluindo para pequenas e médias indústrias de calçados. São
construídas represas para gerar energia elétrica e é instalado um parque fabril que evolui
rapidamente
Na década de 60, com a criação da Feira Nacional do Calçado – Fenac e o início das exportações
de calçados a região torna-se o principal pólo exportador deste produto no país. Fenômeno que
trouxe muitos recursos ao vale e serviu de atração para uma imensa massa de migrantes expulsos
do campo pela revolução agrícola. Isto gerou um crescimento rápido e desordenado da região,
especialmente nos seus núcleos urbanos.
Toda esta população têm-se valido do rio para os mais diversos usos. Além de via natural de
transporte, o Rio dos Sinos tem sido fonte de abastecimento de água aproximadamente 1,5 milhão
de habitantes.
Do mesmo modo a indústria tem se utilizado dele como fonte de extração de água para os mais
diversos fins. A irrigação também busca no rio e seus afluentes uma fonte do líquido precioso. A
pesca artesanal é outra fonte de exploração de suas águas, mais como opção de lazer da
população que também dele se utiliza para banhos e esportes náuticos.
Suas margens são muito usadas para o descanso nas várias prainhas e recantos. A pesquisa
científica também tem se debruçado sobre o rio e seus ecossistemas naturais. Até mesmo a
construção civil busca no seu leito a areia para erguer as cidades do Vale.
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E como não poderia deixar de ser, ele tem sido o destino final de uma série de rejeitos da nossa
sociedade. As principais fontes de poluição são os esgotos cloacais, vários focos de lixo dispostos
de modo clandestino e inadequado e os efluentes industriais.
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A partir do Rio, vários arroios passam pela nossa cidade. Veja abaixo o mapa da bacia
hidrográfica.
Em entrevista com a bióloga responsável pelo laboratório de educação ambiental da COMUSA foi
informado que em média, consumimos cerca de 110 litros de água por dia.
Lavando louça
Lavando carros
Escovando os dentes
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Puxando a descarga
Entre outros
Esse número pode variar dependendo do quanto é utilizado de água em cada operação
mitigadoras.
FIGURA 2 : Fluxograma de uma ETA de ciclo completo e métodos de tratamento e disposição de resíduos
sólidos gerados nas unidades de sedimentação ou flotação e filtração.
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De acordo com Figura 2, os rejeitos provenientes da água de lavagem de filtros podem ser tratados junto com os
resíduos de decantadores ou flotadores, sendo que a água livre (fase líquida), pode ser afluente às unidades de
coagulação ou de floculação, retornando ao início do tratamento de água. A recuperação da fase líquida e a água de
lavagem de filtros dependem da eficiência de remoção de sólidos e da qualidade microbiológica da água,
principalmente na filtração que é uma operação de pré-concentração de sólidos e microrganismos, a recirculação
deve ser feita sem prejudicar os processos de tratamento na ETA.
Nos projetos de ETAs deve-se prever a remoção de sólidos nos decantadores ou flotadores, que pode ser feita por
meio de equipamentos mecânicos ou mecanismos hidráulicos, com auxílio de tubulações e acessórios que
permitam
a descarga do resíduo em intervalos regulares de tempo sem que haja necessidade de interrupção na operação
destas
unidades.
O tratamento de resíduos sólidos ou lodos de ETAs visa obter condições adequadas para a sua disposição final,
bem
como obter um estado sólido ou semi-sólido, envolvendo a remoção de água para concentrar os sólidos e reduzir
seu
volume. Em resumo, trata-se de aplicar algum método de separação sólido-líquido, podendo ser feita conforme as
etapas descritas por CORDEIRO (1987); AWWA (1997); FERREIRA FILHO & SOBRINHO (1998); RICHTER
(2001):
a) Adensamento: o adensamento consiste na produção do lodo concentrado, mais adequado para as etapas
seguintes de condicionamento e desidratação, ou na possibilidade de ser transportado economicamente para
a aplicação no solo como disposição final. Os adensadores podem ser por gravidade, flotação com ar
dissolvido ou adensadores de esteiras (mecanizados).
b) Condicionamento: o condicionamento de resíduos de ETAs pode ser feito com o auxílio de polímeros
catiônicos, aniônicos e não iônicos. O condicionamento com polieletrólitos aumentam o peso ou tamanho
dos sólidos dos lodos de sulfato de alumínio ou de ferro.
c) Desidratação: é a redução do volume de lodo adensado e condicionado para fins de disposição final. Pode
ser feita por meio de equipamentos mecânicos (centrífugas, filtros prensa de esteiras, filtros prensa de
placas ou filtros a vácuo) ou por meio de secagem natural, com a disposição em leitos de secagem ou
lagoas de lodo.
d) Disposição final: pode ser feita em aterros sanitários ou aplicação no solo. O uso de aterros sanitários
específicos para lodos de ETAs, aplica-se usualmente a lodos com um conteúdo relativamente baixo de
sólidos (menos que 25 %) e, portanto, de baixa resistência. A aplicação no solo pode ser na forma líquida,
semi-sólida ou sólida, dependendo do meio de transporte. Os lodos de sulfato de alumínio ou de cal como
condicionadores do solo fazem com que o solo retenha mais umidade, aumentando sua coesividade. Nesta
etapa os custos de transporte devem ser avaliados.
RESOLUÇÃO CONAMA No 237 (1997) Procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental como
instrumento de gestão ambiental. Ministério do Meio Ambiente, Brasil.
• Principal
• A empresa
• Atend. ao Consumidor
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o Direitos e Deveres
o Serviços
o Agência Virtual
• Sistema de Produção
o Captação
o Tratamento ETA
o Controle de Qualidade
o Distribuição
• Sistema de Esgoto
o Coleta
o Transporte
o Tratamento ETE
o Disposição Final
• Informações Úteis
o Economizar água
o Achar Vazamentos
o Doenças
• Atuação Ambiental
o Política Ambiental
o Áreas de Preservação
• Programas Sociais
• Álbum de Fotos
• Fale Conosco
Sistema de Água
Floculação;
Decantação;
Filtração;
Desinfecção.
Mistura Rápida
Floculação
Decantação
Filtração
Desinfecção
pH
Temperatura
Turbidez
Cor
Alcalinidade
Flúor
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Depois de receber o tratamento completo, a água é fluoretada, em
atendimento à Portaria do Ministério da Saúde. A fluoretação consiste
na aplicação de uma dosagem de composto de flúor (ácido fluorsilícico).
Ela reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de
formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos.
Periodicidade de análises:
http://carioca1960.blogspot.com/
http://www.blip.tv/file/640926