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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS II
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
BELÉM/PA – 2009
UNIVERDIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS II
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
BELÉM/PA - 2009
1. INTRODUÇÃO
O Brasil, possuidor de uma fruticultura diversificada, é considerado o
terceiro maior produtor de frutas frescas, com cerca de 38 milhões de
toneladas anuais, atrás da China e Índia (BEZERRA, 2004). Dentre esses
frutos, o açaí (Euterpe oleracea, Mart.), típico da Amazônia, teve uma produção
no país de aproximadamente 740 mil toneladas de 1999 até 2004 (MONTEIRO,
2006).
Dentre as frutas da Amazônia, o açaí é uma das mais nutritivas. Contém
alta concentração de fibras (que contribuem para o bom funcionamento do
aparelho digestivo), de antocianinas (compostos fenólicos também encontrados
no vinho tinto com propriedades antioxidantes), de minerais cálcio é potássio,
além de vitamina E (MESSIAS, 2009).
A peroxidase é uma enzima associada a reações de deterioração
oxidativa em frutas e vegetais in natura e produtos processados (HAMMER,
1993). Na reação enzimática o peróxido de hidrogênio ou outro peróxido
orgânico, como o peróxido de metila ou o etil hidrogênio, é reduzido, enquanto
que um doador de elétrons é oxidado. O doador de elétrons pode ser
ascorbato, fenóis, aminas ou outros compostos orgânicos (ROBINSON, 1991).
Em muitos casos o produto da oxidação é colorido e serve como base para a
determinação colorimétrica da atividade da peroxidase (VÁMOS-VIGYÁZÓ,
1981).
A peroxidase pode causar mudanças indesejáveis no aroma, gosto, cor,
textura e também a perda de nutrientes (HAARD, 1977). A peroxidase pode
participar da destruição de vitamina C, catalizar o branqueamento dos
carotenóides na ausência de ácidos graxos insaturados e a descoloração de
antocianinas. Catalisa a reação de degradação de ácidos graxos insaturados,
produzindo voláteis que alteram o sabor (RICHARDSON et al, 1985) .
No açaí, em que enzimas naturais termorresistentes estão presentes, há
limitação na temperatura máxima que pode ser atingida no processo. Este
máximo ocorre devido o processo térmico fornecer suficiente letalidade para os
microrganismos, mas insuficientes para a inativação da enzima. Isto é uma
conseqüência da diferença de degradação microbiana e enzimática à
temperatura (D e Z). (MAGALHÃES, 1992).
2. MATERIAL E MÉTODO
2.1. MATERIAL
• Polpa de açaí;
• Soluções tampão pH 3, 4, 5, 6 e 7;
• Água destilada;
• Tubos inoxidáveis;
• Recipientes de vidro;
• Papel alumínio;
• Papel filtro;
• Pipetas;
• Béqueres;
• Balões volumétricos;
• Tubos eppendorf;
• Tubos de ensaios;
• Cubetas;
• Reagentes:
○ Ácido acético
○ Ácido cítrico;
○ Acetato;
○ Hidróxido de sódio (NaOH);
○ Parafenilenodiamina (p-pda);
○ Fosfato dibásico (KH2PO4)
○ Fosfato monobásico (K2HPO4).
• Equipamentos:
○ Ultrassom (UltraSonic Clear);
○ Banho-maria (Quimis Q-215 M2);
○ Balança analítica;
○ Balança-semi-analitica;
○ Medidor de pH;
○ Espectrofotômetro (BioPharma Ultrospec 200);
1.1. MÉTODO
1.1.1.Método I – Preparo das soluções Tampão
Na aula prática do dia 18 de Semtebro, realizou-se o preparo de 5 soluções
tampão com o intuito de utiliza-las em aulas futuras. Definiu-se que seriam
preparadas soluções com valores de pHs 3, 4, 5, 6 e 7. Para o preparo da
solução pH 3 utilizou-se ácido cítrico e pKa 3,13, para as soluções pH 4 e 5
utilizou-se ácido acético e pKa 4,75 e as outras soluções, pH 6 e 7, utilizaram-
se os fosfatos e pKa 6,86. Nos cálculos para o preparo das soluções
considerou-se a concentração por meio de relação matemática, densidade e
volume, para assim obter o volume de ácido e concentração de base
necessária.
Para calcular a massa de reagente sólidos utilizou-se a equação a
seguir:
M= mM.mol x V
pH=pKa+logbaseácido
Solução p-pda 2 %
Cubeta H2O2 (µL) Açaí (µL)
tampão (µL) (µL)
1 2790 100 0 10
2 2790 100 100 10
3 2780 100 100 20
4* 2750 100 100 50
5 2700 100 100 100
6 2600 100 100 200
7 2400 100 100 400
*Amostra realizada em triplicata.
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.1. DETERMINAÇÃO DO PH ÓTIMO
As enzimas dependem do próton livre para a sua atuação, para manter
sua conformação molecular e permitir o encaixe do substrato específico, desse
modo o estudo relacionado aos processos oxidativos do material em estudo
será melhor controlado conhecendo exatamente o pH em que a enzima atual
em sua maior velocidade.
O Gráfico 1 mostra o comportamento da peroxidase com a utilização de
diferentes valores de pH.