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Prof. Andréa E. M.

Stinghen
Nutrição

• Macronutrientes:

• Micronutrientes;
Macronutrientes
• São requeridos em grande quantidade pois
são os principais constituintes dos
compostos orgânicos.
– Carbono;
– Oxigênio;
– Hidrogênio;
– Nitrogênio;
– Enxofre;
– Fósforo;
Micronutrientes
• São necessários ao desenvolvimento
microbiano, mas em quantidades variáveis,
dependendo do elemento e do
microorganismo.

• Fe, Mg, Mn, Ca, Zn, K, Na, Co, Cl, Mb, Se,
etc.
Micronutrientes
• Componentes de proteínas;

• Cofatores enzimáticos;

• Componentes de estruturas;

• Osmorreguladores;
MEIOS DE CULTURA

Soluções nutrientes para promover o crescimento de microrganismos.

Classes Quimicamente definidos (sais, compostos orgânicos purificados, água)


Complexos (utilizam hidrolisados – caseína, carne, soja, levedura)

Não existe um meio de cultura universal, mas


Existem vários tipos meios para diversas finalidades

Para obter sucesso no cultivo de microrganismos é necessário o conhecimento de


suas exigências nutricionais, para que os nutrientes sejam fornecidos de forma e
proporção adequada.
MEIOS DE CULTURA
Meios de Cultura
• Meios Seletivos;

• Meios Diferenciais;
Classificação das bactérias -
Nutricional
• Autotróficas: Independem compostos
orgânicos pré formados como fonte de
carbono; Podem produzir energia a partir
de CO2 e Água, por exemplo;

• Heterotróficas: Requerem um fonte de


carbono pré formada em seu meio de
crescimento, como substrato oxidável para
a produção de ATP;
Fatores de Crescimento
• Várias bactérias heterotróficas possuem
uma imensa variedade de exigências
nutritivas;

• Não possuem a capacidade de sintetizar


determinados compostos orgânicos
essenciais para o seu metabolismo;
Influência dos Fatores
Ambientais
• Temperatura:
– Cada tipo de bactéria apresenta uma
temperatura ótima de crescimento;
– Ultrapassado o limite superior, rapidamente
ocorre desnaturação do material celular e
consequente morte da célula;
– Temperaturas inferiores a ótima levam a uma
desaceleração das reações metabólicas, com
diminuição da velocidade de multiplicação
celular;
Classificação quanto a
temperatura ótima de
crescimento
• Psicrófilos:
– Entre 12 e 17º C
• Mesófilos:
– Entre 28 e 37º C
• Termófilos:
– Entre 57 e 87º C
Quanto a utilização do Oxigênio
• O oxigênio pode ser indispensável, letal ou
inócuo para os microorganismos, dessa
forma podemos classifica-los em:
– Aeróbios estritos;
– Microaerófilos;
– Facultativos;
– Anaeróbios estritos;
Efeito do oxigênio no crescimento microbiano

Meio gelatinoso com


indicador redox:
Rosa quando oxidado
Incolor quando
reduzido

Durante as reações de redução do


O2 são formados vários
intermediários tóxicos.
Ex: H2O2, OH°, O2-
Os microrganismos aeróbios e
facultativos utilizam enzimas como
a catalase para destruir as formas
tóxicas
Aeróbio Anaeróbio Facultativo Microaerófilo Anaeróbio
aerotolerante
Crescimento Microbiano
• Em microbiologia, o termo crescimento
refere-se a um aumento do número de
células e não ao aumento das dimensões
celulares;

– Crescimento populacional: Definido como


o aumento número ou da massa
microbiana;
CRESCIMENTO MICROBIANO
• Em microbiologia crescimento geralmente é o aumento do número de
células
• Na maioria dos procariotos ocorre a fissão binária: crescimento e divisão

Varia de minutos até dias


Depende muito das condições
ambientais

Escherichia Coli - 20 minutos


Pisolithus microcarpus – 2,5 dias
• crescimento em presença de oxigênio
• ausência de fermentação
• fosforilação oxidativa
• Ausência fosforilação oxidativa
• Fermentação
• Morte na presença de oxigênio
• Deficiência de determinadas enzimas
superóxido dismutase
O2- +2H+  H2O2
catalase
H2O2  H2O + O2
peroxidase
H2O2  H2O /NAD  NADH
Anaeróbios tolerantes

• respiração anaeróbica
• tolera a presença de oxigênio
Anaeróbios Facultativos
• fermentação
• respiração aeróbica
• sobrevive em oxigênio

• A maioria
Bactéria microaerofílica

• crescimento
– Baixa concentração de oxigênio
• morre
– Alta concentração de oxigênio
Proteínas Polissacarídeos Lipídios

Reações de
aminoácidos monossacarídeos glicerol
degradação
+
glicose ácidos
graxos
Reações
Anaeróbias Produtos da
piruvato fermentação:
ATP + NADP

Acetil-CoA cadeia de transporte


Reações de elétrons
Aeróbias Ciclo do ácido
tricarboxílico
(Krebs) ATP + NADP

Catabolismo da célula bacteriana


Catabolismo do açúcar
1. Glicólise (via de Embden- Meyerhof Parnas)
(EMP)
– A maioria das bactérias
– Também em animais e plantas
Glicose  piruvato
2 ADP + 2Pi +2 NAD  2 piruvato + 4 ATP + 2 NADH + 2 H+

2. Via das pentoses (hexose monofosfato)


– Produz NADPH
– comum em plantas e animais
Glicólise
NAD NADH
Glicose Piruvato
C6 C3
ADP ATP
NADH NAD
Piruvato Álcoois de cadeia curta
Ácidos graxos
(C3) (C2-C4)
NAD NADH
ATP
NADH NAD
Ciclo de Krebs (C4-C6 compostos intermediários)

NAD NADH
Piruvato 3CO2
(C3) (C1)

Fosforilação oxidativa
NADH NAD
O2 H2O
ADP ATP
• Piruvato  CO2

– NAD  NADH
– glicólise
– Ciclo de Krebs / Fosforilação oxidativa
– NADH  NAD
– ADP  ATP
• converte O2 em H20 (oxidativa)

• converte ADP em ATP (fosforilação)


• cadeia de transporte de elétrons
• ubiquinonas/citocromo intermediário
Ciclo de Krebs

C6
-CO2
Piruvato Acetato
(C3) (C2)
C4
+ CO2

Piruvato
(C3)
Ciclo de Krebs

C6
Acetato
Ácidos graxos (C2)

C4 C4 + C2

Ciclo do glioxilato
açúcar Ácidos graxos

- C6 C6
isocitrato
piruvato Acetil coA citrato
C3 C2
+ oxalacetato Alfa
C5 cetoglutarato
C4

Reações do ciclo do C2
glioxilato succinato
glioxilato C2
Ciclo de Krebs (TCA) malato acetato
C4

Ciclo do glioxilato C4 fumarato

C4
Ciclo de Krebs
biossintético
produtor de energia

• Remoção de produtos intermediários


– deve ser reorientado

• Via única de reorientação enzimática


– açúcar
– ácidos graxos
Temperatura ideal de crescimento
• Mesófilos:
– temperatura corpórea humana
* patógenos
* oportunistas
• piscrófilo
– Próximo a temperatura de Congelamento
• termófilo
– Próximo a temperatura de ebulição
• A maioria tem como ideal o pH neutro
• Algumas crescem e podem sobreviver em meios
- ácidos
- alcalinos
• Carbono
• Nitrogênio
• Fósforo
• Enxofre
• Íons metálicos (p.ex. ferro)
(Quelante de Ferro)
Receptor

Fe 2+/S

Fe 2+/S
Turbidez
Unidades formadoras de colônia (UFC)

colônia
Contagem total
• Determinação da biomassa microbiana

• Matéria seca;
• Medidas óticas.

Figura. Separação de células por filtração


Métodos Indiretos

• Constituintes celulares (ATP, DNA, NADH);


• Dosagem de elementos do meio de cultura (substrato, consumo de
O2, propriedades reológicas do meio de cultura, entre outros.
Log do estacionário
número de
microorganis
mos vivos /
turbidez morte

fase exponencial

Tempo (horas)

Curva de crescimento
• Fase lag
• Rearranjo do sistema enzimático (síntese de enzimas);
• Traumas físicos (choque térmico, radiação, entre outros);
• Traumas químicos (produtos tóxicos, meio de cultura).
Não há variação da concentração de biomassa no tempo, portanto:

• Fase intermediária
• Aumento gradativo da concentração celular
• Fase log ou exponencial
• Células plenamente adaptadas;
• Velocidades de crescimento elevadas;
• Consumo de substrato;
• Interesse prático.
• Fase de redução de velocidade
• Diminuição da concentração de substrato limitante;
• Acúmulo de produto(s) no meio
• Fase estacionária
• Término do substrato limitante;
• Acúmulo de produtos tóxicos;
• Concentração celular constante em seu valor máximo.
• Fase de declínio
• Redução do crescimento celular;
• Consumo de material intracelular (lise).

 Não só para a concentração celular se dispõe de


gráficos, mas também para o consumo de substrato e
formação de produto.
Tempo de geração
• Tempo necessário para dobrar massa
bacteriana

• Exemplo:
100 bactérias presentes no tempo zero
Se o tempo de geração é 2h
Após 8h massa = 100 x (2.2.2.2) = 100 x 24
= 1600 bact.

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