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O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar
no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era
marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao
termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma
grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a
seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno,
feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do
século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da
festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova
Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval
parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.

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A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela
Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de
privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a
Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está desse modo,
relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne
vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval". Em geral, o Carnaval tem a duração de três
dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de
penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira
gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos
Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e
participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se
por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, entre 17 a 23 de Dezembro. Todas as
atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária
para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam
presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius
princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram
retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval
incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter
de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente
a festa foi tomando o formato atual. De acordo com o modo contemporâneo o carnaval ainda é
considerado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o
mesmo aspecto.
Entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas
carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em
formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens
como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro,
embora sejam de origem européia. No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os
primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos tornaram-se mais
populares no começo dos séculos XX.
As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas
das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais. No
século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse
crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o
carnaval cada vez mais animado. A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e
chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais
tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá.
A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir
novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de
Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita
e animada. O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em
cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e
do maracatu. Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta
cidade durante o carnaval. Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por
músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os
blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.


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O carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval


de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais
em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da
Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou Sábado de Zé Pereira.Em fins do Século
XVII havia organizações, denominadas Companhias, que se reuniam para comemorar a Festa de
Reis. Essas companhias eram constituídas em sua maioria de pessoas de raça negra, escravos ou
não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia dos Santos Reis.
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No Século XVIII apareceu o Maracatu Nação, chamado


Maracatu de baque virado, que encenava a coroação do Rei
Negro, o Rei do Congo. A coroação era realizada na Igreja de
Nossa Senhora do Rosário (Igreja do Rosário dos Pretos). Com a
abolição da escravatura, começaram a aparecer agremiações
carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis
Magos. O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi
o Clube dos Caiadores, criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à
Matriz de São José, no bairro de São José, executando marchas. Seus participantes, levando nas
mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a
caiavam (pintavam), simbolicamente. No Século XX o Recife já dispunha de diversas
sociedades carnavalescas e recreativas, entre elas dois clubes (ainda hoje existentes): o Clube
Internacional do Recife e o Clube Português do Recife, inicialmente denominado Tuna
Portuguesa, além da Recreativa Juventude. O carnaval de rua realizava-se nas ruas da
Concórdia, Imperatriz e Nova, com desfiles de mascarados (os papangus e as máscaras de
fronha).

    
 

O Carnaval de Salvador é a maior manifestação popular do Mundo[1], batendo recordes


com cerca de 2.700.000 foliões em seis dias de festa, que festejam em três principais circuitos:
Dodô (Barra - Ondina), Osmar (Campo Grande-Avenida Sete) e Batatinha (Centro Histórico).
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Criado por Dodô e Osmar a famosa fobica, remodelação de um


velho Ford Bigode 1929, tornou-se o primeiro trio elétrico. Totalmente
mudado e pintado para a festa, a fobica virou o palco perfeito para à
guitarra baiana. Esta invenção transformou o carnaval de rua de Salvador.
Que hoje em dia é agitado por vários cantores famosos na Bahia.
Os shows dados em cima do trio elétrico são gratuitos e passam pelas ruas dos bairros
como Barra, Ondina e Campo Grande. Atraindo uma grande multidão de pessoas, tanto
anônimas quanto outros artistas e personalidades.
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No Estado da Bahia, o afoxé é formado principalmente por pessoas ligadas aos


preceitos do candomblé. Tendo como a sua manifestação carnavalesca o resgate da herança
cultural africana em seu ritmo, língua e vestimenta.


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Durante todo o período colonial as diversões que aconteciam na cidade do Rio de


Janeiro durante o carnaval não diferiam daqueles presentes em outros centros urbanos
brasileiros. Toda uma série de brincadeiras reunidas sob o termo Entrudo podiam ser
encontradas nas ruas e nas casas senhoriais da cidade. No final do século XVIII, essas diversões
consistiam basicamente no lançamento mútuo de limões de cheiro (dentro das casas senhoriais)
ou qualquer outro tipo de líquidos ou pós (nas ruas).Após a Independência do Brasil, a elite
carioca decide se afastar do passado lusitano e incrementar a aproximação com as novas
potências capitalistas. A cidade e a cultura parisienses serão os parâmetros a guiar as modas e
modos a serem importados.
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O carnaval da capital francesa será um dos elementos de


influência, fazendo com que a folia do Rio de Janeiro rapidamente
apresente bailes mascarados aos moldes parisienses. Inicialmente
promovidos ou incentivados pelas Sociedades Dançantes que existiam
na cidade (como a Constante Polka, por exemplo) esses bailes
acabariam por ser suplantados pelos bailes públicos, como o famoso
baile do Teatro São Januário promovido por Clara Delmastro, em 1846.


   
















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