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FACULDADE PITAGORAS

LÉCIO JOSÉ DE BARROS FILHO

A VIABILIDADE DO PREGÃO ELETRÔNICO

IPATINGA

2010
LÉCIO JOSÉ DE BARROS FILHO

A VIABILIDADE DO PREGÃO ELETRÔNICO

Trabalho apresentada à Faculdade


Pitágoras de Ipatinga/MG como requisito
parcial à obtenção do título de bacharel
em Direito.

IPATINGA
2010

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INDICE

Introdução _______________________________________________________ 04
O que é processo licitatório ___________________________________________ 05
Modalidades de licitação ___________________________________________ 06
O que é o pregão eletrônico ___________________________________________ 08
Porque é mais viável usar o pregão eletrônico _________________________ 09
Conclusão _______________________________________________________ 12
Bibliografia _______________________________________________________ 13

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INTRODUÇÃO

O Processo Licitatório está pautado na Lei n.º 8.666, de 21 de Junho de 1993, implantado
pelo Governo Federal. Assim, subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A Medida Provisória n.º
2.026/00 foi o primeiro passo para criação da nova lei, regulamentada pelo Decreto n.º
3.555/00. Por meio da Lei n.º 10.520, de 17 de julho de 2002, o Governo Federal instituiu o
“Pregão Eletrônico” como uma das modalidades da Lei de Licitações no âmbito da União,
Estados e Municípios para a aquisição de bens e serviços comuns.

A disputa pelo fornecimento de bens e serviços é feita em sessão pública, por meio de
propostas e lances pelas empresas fornecedoras, levando em conta sempre o critério do
menor preço para a classificação e habilitação dos licitantes. Há, ainda, a possibilidade de
negociação entre governo e o fornecedor que apresentar a menor proposta, buscando
sempre as melhores condições de fornecimento.

O pregão é uma nova modalidade de licitação que busca incrementar a competitividade e a


agilidade nas contratações públicas. O aumento da competitividade ocorre devido ao
número maior de participantes em face do oferecimento de maiores quantidades de lances,
após a apresentação de propostas, sendo fixado determinado valor como teto máximo para
aquisição. Por meio dessa modalidade, as entidades governamentais vêm divulgando entre
os meios de comunicação que o valor final de um bem ou serviço contratado está sofrendo
redução.

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O QUE É PROCESSO LICITATÓRIO

Licitação é o procedimento administrativo para contratação de serviços ou aquisição de


produtos pelos governos Federal, Estadual, Municipal ou entidades de qualquer natureza.
No Brasil, para licitações por entidades que façam uso da verba pública, o processo é
regulado pela lei ordinária brasileira nº 8666/93.

O ordenamento brasileiro, em sua Carta Magna (art. 37, inciso XXI), determinou a
obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens e contratações de serviços e
obras realizados pela Administração no exercício de suas funções.

É composto de diversos procedimentos que têm como meta os princípios constitucionais da


legalidade, da isonomia, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência
com o intuito de proporcionar à Administração a aquisição, a venda ou uma prestação de
serviço de forma vantajosa, ou seja, menos onerosa e com melhor qualidade possível, é a
chamada "eficiência contratória".

Isso acontece utilizando-se de um sistema de comparação de orçamentos chamados de


propostas das empresas que atendam as especificações legais necessárias, todas constantes
dentro do edital. A empresa que oferecer maiores vantagens ao governo, será a escolhida
para o fornecimento do produto ou do serviço. Oferta mais vantajosa, na legislação
brasileira entende-se pelo critério de menor preço ou a de melhor técnica ou a de técnica e
preço ou, por fim, a de maior lance ou oferta para os casos de alienação de bens ou de
concessão de direito real de uso. Dentre estes, o critério 'menor preço' é comumente mais
utilizado. Ao lado deste, figuram o critério de 'Melhor Técnica', quando se leva em
consideração, além do preço, a qualificação do licitante e as características de sua proposta;
e 'Maior Lance', utilizado quando o objetivo é alienar (vender) bens públicos, como ocorre
nos leilões.

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MODALIDADES DE LICITAÇÃO

No Brasil, os procedimentos licitatórios são orientados principalmente pelas Leis Federais


n° 8.666/1993 e 10.520/2002 que definem as seguintes modalidades de licitação:

 Concorrência
 Tomada de Preços
 Convite
 Concurso
 Leilão
 Pregão - presencial ou eletrônico (através de tecnologia da informação)

Segundo o artigo 22 da lei 8.666/1993 a Concorrência é a modalidade de licitação entre


quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os
requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

Tomada de Preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados


ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,


cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho


técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

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Leilão é modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis
inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para a alienação de bens imóveis prevista no artigo 19, a quem oferecer o maior lance, igual
ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.883, de
08.06.1994).

O Pregão é caracterizado por inverter as fases de um processo licitatório comum regido


pela lei 8.666/93. Ou seja, primeiro ocorre a abertura das propostas das licitantes e depois é
procedido o julgamento da habilitação dos mesmos. O Pregão é regido pela Lei Federal
Brasileira nº 10.520/2002.

A Licitação na modalidade Pregão Eletrônico foi introduzida na lei de licitações


posteriormente a 8.666/93 e pode ser realizada por sites específicos do órgão licitante.
Apesar de ter sua lei específica, ainda é subordinada a lei n° 8.666/93.

A diferença fundamental entre o pregão e as modalidades licitatórias mais comuns – que


estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios - é que a concorrência, tomada
de preços e convite começam com a análise da documentação de habilitação, para só depois
se passar às propostas de preços. No pregão, o processo começa com a análise das
propostas de preços, e somente a documentação de habilitação da vencedora será avaliada,
reduzindo-se assim sensivelmente a burocracia e o tempo.

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O QUE É O PREGÃO ELETRÔNICO

O pregão eletrônico é uma ferramenta de comércio, utilizando as tecnologias da


informática, com o objetivo de dotar o mercado de um sistema operacional eficiente e que
proporcione a competição e a transparência nos negócios, tanto para o setor privado quanto
para o público. A sistemática apresentada envolve elementos que compõe uma estrutura
sofisticada, mas de baixo custo, compreendendo todas as etapas de uma negociação, quer
seja de compra, venda ou troca.Todos os elementos da arquitetura conectam-se aos demais
elementos através de rede de computadores.

A experiência e a tradição das bolsas de mercadorias nas negociações de produtos em


mercados físicos é um fator de grande importância para a realização dos atuais negócios
utilizando a tecnologia da informática. As contribuições são muitas, desde a captação de
grande quantidade de fornecedores, por estarem mais próximos, até as garantias nas
realizações dos negócios.

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PORQUE É MAIS VIÁVEL USAR O PREGÃO ELETRÔNICO

Dados das administrações públicas demonstram que com o pregão presencial e, depois,
com o eletrônico, elas ganham em tempo, Também há ganho no preço porque aumenta a
competitividade em razão da abrangência do processo licitatório desse modelo", O pregão
eletrônico é tido como uma modalidade licitatória que oferece menores riscos quanto à
lisura dos processos, pois dificulta a combinação de preços entre concorrentes.

Segundo matéria veiculada ao site Comprasnet, com o título “Prefeitura de São Paulo
economiza com pregão eletrônico”, percebe-se que a apuração dos resultados é realizada
com foco no preço de mercado. Agilidade, transparência e economia são benefícios
obtidos.

A Prefeitura de São Paulo conseguiu uma economia de até


52% entre o preço de mercado e o valor da aquisição
realizada esta semana pelo pregão eletrônico. A operação foi
realizada segunda-feira no primeiro pregão eletrônico da
administração. O novo sistema de licitações agiliza o
processo de compras, gerando economia e dando maior
transparência às ações governamentais. O primeiro pregão
durou apenas 50 minutos e contou com a participação de 12
empresas fornecedoras de material de escritório. A
economia da Prefeitura entre o preço de mercado e o valor
de aquisição foi de mais de 50%. Já em relação ao valor da
menor proposta inicial, a Prefeitura conseguiu a redução de
preços em até 15%.

O pregão comum, denominado presencial, determina evidentemente a presença da pessoa


que o conduz e de representantes que participam do certame, sendo realizado nos moldes
tradicionais, isto é, todos os atos (de abertura dos envelopes/propostas, oferecimento de
lances e abertura dos envelopes com documentos etc.) são realizados em sessão pública,
transcorrendo num ambiente real. Diferentemente, o pregão eletrônico tem seus atos
praticados num ambiente virtual, com a utilização dos recursos da tecnologia de

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informação, por meio da rede mundial de computadores (Internet). Dessa forma, os
anúncios publicados incentivam sua implantação por mencionarem várias vantagens
obtidas. Em matéria veiculada ao site Comprasnet, sob o título “Quais os benefícios
trazidos por um Pregão Eletrônico?”, são demonstradas as seguintes vantagens:

A implantação de uma plataforma de comércio eletrônico


gera um redesenho do processo de compras do órgão
público, garantindo a efetiva redução de custos de materiais
e serviços adquiridos, a melhoria do relacionamento
comercial e desenvolvimento de fornecedores, além de
trazer maior eficiência nos procedimentos administrativos e,
conseqüentemente, mais transparência do processo de
compras para a sociedade. [...]. Economia: Redução nos
custos dos processos internos de compras por realizar
atividades administrativas de forma automática e eletrônica.
Aplicação do número de fornecedores, aumentando a
concorrência e assegurando melhores preços. Agilidade:
Diminuição do tempo de compra, uso de telefone, fax e
processamento para cada iniciativa de compra. Segurança:
Garantia de compra uniforme e dentro das disposições
legais, além de acesso somente para usuários autorizados.
Confidencialidade das informações. Otimização de Pessoal:
Redirecionamento de recursos humanos das atividades
burocráticas, liberando tempo para negociação com
fornecedores. Transparência: Divulgação de todas as etapas
e participantes envolvidos nos processos de compras. Maior
publicidade das licitações. Impessoalidade: O certame é
realizado sem a presença dos interessados, diminuindo a
área de influência pessoal [...].

A vantagem prática do pregão eletrônico corresponde: ao tempo de execução, possuir uma


média do valor a ser pago, disponibilizar o processo para maior número de licitantes,
verificar documentos somente do vencedor, provocar o licitante para ofertar valor menor ao
ofertado anteriormente. No processo tradicional, os documentos de todos os participantes
são verificados antes da abertura das propostas, o valor das propostas não sofre redução, em
alguns casos os editais não mencionam limite de valores a ser pagos pelo produto/serviço.

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Também existe uma grande diferença no numero de funcionários utilizados para a
realização do pregão presencial para o eletrônico, uma vez que para o mesmo andar da
maneira tradicional é necessário no mínimo quatro funcionários empenhados no ditame do
processo, já com a realização do pregão pela internet, o numero cai para apenas dois, o que
remete no custo para se realizar, uma vez que na primeira opção teremos que disponibilizar
o dobro de proventos para os funcionários.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho pode expor de maneira incisiva, que a viabilidade da realização do


pregão eletrônica é determinante ao se observar que o mesmo trás benefícios em todas as
áreas à administração, reduzindo tempo, custos para realização e aumento da lisura da
integridade processual. Acredita-se que a modalidade pregão eletrônico contribui para a
obtenção de melhores resultados licitatórios.

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BIBLIOGRAFIA

QUAIS os benefícios trazidos por um Pregão Eletrônico?. Disponível em:


<http://www.comprasnet.gov.br/noticias/noticias1.asp?id_noticia=150>.

REALIZADO o primeiro Pregão Eletrônico do Governo Federal. Disponível em:


<http://www.comprasnet.gov.br/noticias/noticias1.asp?id_noticia=19>.

BRASIL. Lei 10.520/02, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados,


Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e
dá outras providências. Poder Executivo, Brasília, DfF, 17 de julho de 2002. 181º da
Independência e 114º da República.

BRASIL. Lei 8.666/93, de 21 de junho de 1993. Estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços (inclusive de publicidade), compras,
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. Poder Executivo, Brasília, DF, 21 de junho de 1993. 172° da
Independência e 105° da República.

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