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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

Metodologias de operacionalização – (parte I)

Introdução:

A Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares não constitui um fim mas, sim um processo que pretende conduzir à reflexão e originar mudanças
concretas e práticas de trabalho e funcionamento, contribuindo para identificar os pontos fracos e fortes, contribuindo para esclarecer necessidades e
orientar para uma mais clara definição dos objectivos e prioridades da Biblioteca Escolar.

No presente ano lectivo vamos aplicar pela primeira vez o MABE na Biblioteca Escolar do Reguengo Grande por se tratar de uma Biblioteca do 1.º
Ciclo/JI. No entanto as duas outras Bibliotecas agora pertencentes ao Agrupamento de Escolas da Lourinhã já iniciaram esta avaliação há dois anos atrás.
Depois de analisarmos a situação concluímos que já tinham avaliado o s Domínios A e B e que por isso, no presente ano avaliaremos o Domínio C.1.

Demos conhecimento desse facto ao Director do Agrupamento, ao Conselho Pedagógico e pretendo apresentar, fundamentar e dar conhecimento
desta decisão na reunião de estabelecimento de ensino que acontecerá no próximo dia 22 de Novembro às 17:30 na EB1 de Reguengo Grande. Nesta
reunião estarão presentes os docentes das áreas curriculares e de enriquecimento curricular do 1.º Ciclo. Posteriormente, em data a combinar, reunirei com
o pessoal docente, não docente e animadoras das actividades de Animação e Apoio à Família do pré – escolar.

As actividades serão desenvolvidas com todos os docentes, animadores e alunos da EB1 de Reguengo Grande, ao longo do ano lectivo

Aurora de Fátima Lopes de Carvalho – Agrupamento de Escolas da Lourinhã - EB1/JI Reguengo Grande
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de operacionalização – (parte I)
C. Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade
C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

Indicadores Pontos Fortes Pontos fracos Evidências Acções a privilegiar para a


melhoria

C.1.1 Apoio à aquisição e A BE apoia as actividades Melhorar a oferta de Horário da BE. Reforçar a articulação
desenvolvimento de métodos de livres de leitura, pesquisa, espaços, tempos e Grelha de registo com as Áreas de
trabalho e de estudo autónomos. estudo e execução de trabalhos oportunidades para o diário de frequência e Enriquecimento
escolares, realizadas pelos desenvolvimento de ocupação da BE Curricular e Apoio à
alunos fora do horário lectivo e actividades de leitura, Grelhas de avaliação Família.
dos contextos formais de investigação e estudo com das actividades Dar formação na área da
aprendizagem. alunos ou grupos. dinamizadas pela BE literacia da comunicação
Os alunos desenvolvem hábitos Os alunos ainda não Aplicação do e da informação, aos
de trabalho e aprendem a conhecem nem praticam Questionário (QA3) alunos da turma do 3.º e
organizar a sua própria muitas técnicas de estudo aos alunos 4.º ano, no horário da
aprendizagem, revelando uma variadas: nem exploram Observação de actividade de Apoio ao
progressiva autonomia na informação de diferentes utilização da BE Estudo (45min) + (90min)
execução das tarefas escolares. tipos de documentos, (GO5). às 3.ªs feiras, na
raramente tomam notas, componente lectiva da
não elaboram fichas de turma, para preparar os
leitura ou resumos, não alunos e melhor apoiar as
identificam palavras-chave, actividades livres de
não sublinham, não leitura, pesquisa, estudo e
executam esquemas, não execução de trabalhos
produzem e editam muitos escolares, realizadas pelos
trabalhos escritos mas alunos fora do horário
recorrem sempre que lectivo e dos contextos
necessário ao uso do formais de aprendizagem.
computador e da Internet.
C.1.2 Dinamização de actividades
livres, de carácter lúdico e cultural. Os alunos encontram na BE um Registos de reuniões e Aumentar a participação
conjunto de propostas de encontros sobre a da BE na dinamização de
actividades visando a utilização preparação, o actividades culturais.
criativa dos seus tempos livres, desenvolvimento, e a Rentabilizar as iniciativas

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Metodologias de operacionalização – (parte I)
que lhes permitem desenvolver avaliação das programadas, partilhando-
a sensibilidade estética e o actividades realizadas. as com outras escolas e
gosto e interesse pela artes, Registos sobre a BE.
ciências e humanidades. preparação, o Melhorar os mecanismos
Os alunos usufruem de um desenvolvimento e a de promoção e marketing
programa de animação cultural, avaliação das da BE, valorizando e
regular e consistente, traduzido actividades. divulgando junto da
num conjunto de iniciativas, de Questionário aos comunidade educativa e
que são exemplo: exposições, alunos (QA3). local o seu programa de
espectáculos, palestras, Planos anuais de animação cultural.
debates, sessões de poesia, actividades do Continuação da
teatro, concursos, jogos, Agrupamento, da dinamização do Grupo de
celebração de efemérides, Escola, das BEs e da Amigos da Biblioteca
ciclos de música e de cinema, BE de Reguengo Mágica
outros. Grande Que conta com o
Fotos e vídeos das envolvimento e
actividades colaboração dos pais e
dinamizadas ex: encarregados de educação
encontros com (EE) e da comunidade na
escritores ou organização e
ilustradores, dinamização de eventos
concursos, exposições, que visão o financiamento
feiras do livro… de alguns bens e eventos
da BE.

C.1.3 Apoio à utilização autónoma Os alunos beneficiam de Os alunos não desfrutam de Horário da BE. Organizar uma escala
e voluntária da BE como espaço de acesso livre e permanente à uma boa colecção na área Observação da entre o pessoal docente,
lazer e livre fruição dos recursos. BE. da literatura infantil/ utilização das BE não docente e outros
Os alunos adquirem hábitos de juvenil, dos jogos (GO5). recursos humanos
utilização livre da BE, educativos, da música e dos Estatísticas de eventualmente
cultivando um clima de filmes de ficção. utilização das BE em disponíveis, para
liberdade, respeito e situação de utilização flexibilizar o horário de
descontracção. livre. funcionamento da BE,
Os alunos dispõem de Resultados da assegurando a abertura
condições favoráveis à avaliação das em horário extra-lectivo
utilização individual e em colecções Incentivar o empréstimo
pequenos grupos da BE. documentais. domiciliário,
nomeadamente nos
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períodos de férias.
Solicitar à BM e
Bibliotecas do
Agrupamento o
empréstimo de
documentos para leitura
recreativa de modo a
reforçar os fundos
documentais.

C.1.4 Disponibilização de espaços, Os alunos propõem e


tempos e recursos para a iniciativa A formação de monitores é organizam autonomamente Registos de Valorizar mais e divulgar
e intervenção livre dos alunos. incentivada, bem como o apoio projectos e actividades. actividades/ projectos melhor o trabalho
dos alunos mais velhos aos promovidos pelos organizado e realizado
mais jovens e a entreajuda alunos. autonomamente pelos
entre todos. Plano de actividades alunos.
da BE. Auxiliar na orientação do
Questionário aos trabalho dos núcleos/
alunos (QA3). clubes.
Produzir materiais
específicos de apoio para
os monitores.
Apoiar os alunos na
criação de núcleos/ clubes
onde podem promover a
sua livre expressão
nomeadamente jornal de
parede, grupos de teatro e
dança.

C.1.5.Apoio às actividades de
enriquecimento curricular (AEC) e A BE planeia com os Plano de actividades Prever a possibilidade de
actividades de animação e apoio à responsáveis a realização de As AEC/AAAF recorrem da BE. a BE estruturar alguma
família (AAAF), conciliando-as AEC/AAAF, sempre que estas muito raramente ao espaço Horário da BE. oferta própria ou prestar
com a utilização livre da BE.. têm lugar no espaço da BE ou e materiais da BE. Registos de alguma colaboração, em
(Só para Educação Pré-escolar e 1.º Ciclo do
têm por base a utilização dos reuniões/contactos. domínios da sua acção, a
Ensino Básico)
seus recursos. Estatísticas de docentes ou entidades

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Metodologias de operacionalização – (parte I)
utilização da BE em envolvidos na
A BE participa activamente nas AEC/AAAF. organização de
AEC/AAAF organizadas pela AEC/AAAF.
escola ou outras entidades, Programar com os
assegurando as actividades de docentes a utilização da
que é responsável ou apoiando BE no âmbito das
os outros docentes na sua AEC/AAAF.
concretização. Organizar acções
informais de formação
sobre a BE junto dos
A ocupação e utilização dos docentes.
recursos da BE são Melhorar a difusão dos
rentabilizadas em horário recursos existentes na BE.
extra-lectivo quer em
actividades livres, quer em
AEC/AAAF.

A Comunicação e divulgação das actividades a desenvolver na/pela Biblioteca Escolar às comunidades escolar e local será feita através de: cartazes, Jornal de parede,
jornal do Agrupamento, imprensa local, blog, e-mail, página do Agrupamento e outros

Limitações que poderão comprometer o bom funcionamento da BE: O curto horário de atendimento aos pais e encarregados de educação

Levantamento de necessidades: Falta de verbas que permitam cobrir despesas relacionadas com a dinamização das actividades e para o equilíbrio da colecção

Intervenientes na avaliação da Biblioteca Escolar: os alunos, a equipa da BE, o Director, os docentes, as assistentes operacionais, pais e encarregados de educação
(QEE1).

De acordo com o MABE o relatório Final da Avaliação deverá transmitir uma visão global do funcionamento da Biblioteca Escolar e será discutido e aprovado em
Conselho Pedagógico bem como o Plano de Melhorias que for delineado e que deverá ser assumido como instrumento de sistematização e de difuao de resultados a ser
apresentado aos Òrgáos de Gestão e de decisão pedagógica do Agrupamento. Esta avaliação deverá fazer parte da avaliação do Agrupamento permitindo aos avaliadores
externos da escola avaliar o impacto da BE na Escola, mencionando-o no relatório final de avaliação do Agrupamento.

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Os resultados da Avaliação deverão ser divulgados pelos diferentes canais de comunicação da BE com o exterior.

Conclusão:

Esperamos que os resultados obtidos com a Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar conduzam à reflexão e à mudança de práticas que envolvam efectivamente toda a
escola e que a Comunidade Educativa assuma o compromisso de uma maior cooperação e articulação curricular que contribua para uma melhoria dos resultados escolares
dos nossos alunos.

Calendarização do processo do Modelo de Auto Avaliação da Biblioteca Escolar de Reguengo Grande no ano lectivo de 2001/2011

Meses Actividades
Setembro, Outubro e Selecção do domínio a avaliar no ano lectivo 2010/2011, em reunião de professores bibliotecários
Novembro Informação ao Director e Conselho Pedagógico – apresentando razões e justificações
Formação MABE para dois dos professores bibliotecários
Formação PTE – Bibliotecas Escolares – Literacias e Currículo (frequentada pelos 3 PB)
Novembro e Dezembro Elaborar e ou adaptar os instrumentos a utilizar na recolha de evidências e definição das amostras.
Envio do documento do MABE a todos os docentes da EB1 de Reguengo Grande via e-mail.
Reuniões com todos os docentes da EB1/JI para lhes dar conhecimento de todo o processo
Janeiro Apresentar ao Conselho Pedagógico um PowerPoint onde se explique, de forma sucinta, o que é o MABE e qual o seu objectivo
1.ª Fase
Fevereiro, Março Recolha de evidências
Aplicação do questionário aos alunos QA3
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Metodologias de operacionalização – (parte I)
Aplicação da 1.ª Grelha de Observação (GO5) aos alunos dos 3.º e 4.ºs anos de escolaridade da EB1 de Reguengo Grande
Abril Tratamento e análise dos dados recolhidos no 2.º período
Aplicação da 2.ª Grelha de Observação (GO5) aos alunos dos 3.º e 4.ºs anos de escolaridade da EB1 de Reguengo Grande
2.ª Fase
Maio Recolha de evidências
Aplicação do questionário aos alunos QA3
Aplicação da 3.ª Grelha de Observação (GO5) aos alunos dos 3.º e 4.ºs anos de escolaridade da EB1 de Reguengo Grande
Tratamento e análise dos dados obtidos nas 1.ª e 2.ª fases de recolha de dados
Junho Conclusões
Registo no quadro síntese
Avaliação sobre o nível de desempenho da BE
Elaboração do relatório de Auto-Avaliação
Julho Comunicação dos resultados à Direcção do Agrupamento, ao Conselho Pedagógico e a toda a Comunidade Educativa e local
Definição de Acções a implementar no próximo ano lectivo.

Bibliografia:

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de Operacionalização (parteI)

Guia da Sessão

Aurora de Fátima Lopes de Carvalho – Agrupamento de Escolas da Lourinhã - EB1/JI Reguengo Grande

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