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Sessão 5

Síntese da Sessão 5:
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização (Parte II)

Durante a presente formação foi proporcionada a oportunidade de reconhecer a


importância da auto-avaliação da BE e da utilização do MAABE uma vez que se constitui
como:
• instrumento de auto-regulação e de melhoria contínua;
• factor de mudança;
• mecanismo de afirmação e reconhecimento do valor das BE assim como de
envolvimento e responsabilização dos diferentes actores.

Por conseguinte, a operacionalização do Modelo de Auto-Avaliação torna evidente o


principal objectivo desta sessão: identificar instrumentos de recolha de evidências
adequados e extrair desses instrumentos as informações (evidências) que melhor
esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com um
determinado indicador ou conjunto de indicadores.
Para este efeito, usou-se como base de trabalho o sub-domínio A.2 onde se identificam
instrumentos / evidências, pretendendo-se com o exercício proposto estabelecer nexos
coerentes entre, por um lado, indicadores, respectivos factores críticos e instrumentos, e
por outro, evidências que viabilizam, traduzem e permitem melhorar a avaliação desses
indicadores em cada Domínio ou Subdomínio.
De salientar ainda, que decorrente desta sessão, era de grande relevância a
sensibilização para a importância de analisar resultados, mais do que constatar factos,
combatendo a mera recolha de dados de forma vaga e geral em que o registo de
Evidências não se circunscreve à mera descrição dos resultados obtidos, mas permite
uma apreciação sustentada nas mesmas e na análise de informação delas decorrente.
Isto é, se especifique ou concretize o que deve ser feito, de modo a que as propostas de
melhoria possam ser entendidas como verdadeiras acções realistas, tangíveis e
exequíveis, apontando prioridades, etapas, destinatários ou estratégias.

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A actividade solicitada estruturou-se mais uma vez em duas fases.

Na primeira fase, solicitou-se que:

a) Localizassem nos instrumentos propostos pelo MAABE para o Sub-Domínio A2,


questões ou itens que fossem ao encontro dos factores críticos definidos para cada
um dos seus Indicadores, utilizando para execução deste exercício, uma tabela
sugerida e preenchendo apenas a última coluna;

b) Seleccionassem um Indicador do Sub-domínio A2 à escolha, e produzissem três


enunciados avaliativos passíveis de integrar a coluna das Evidências do respectivo
Relatório de Avaliação, partindo de dados supostamente recolhidos com aqueles
instrumentos;

c) Partindo de algumas ideias de possíveis acções de melhoria do MAABE, identificadas


nas tabelas, imaginassem uma dessas ideias do Sub-domínio A2 enquadrada
enquanto aposta futura de melhoria da biblioteca num determinado tópico,
identificando-a e procurando operacionalizá-la de forma efectiva e objectiva,
constituindo-se como uma verdadeira proposta de melhoria.

Na segunda fase da actividade, solicitava-se que no Fórum de interacção, cada


formando apresentasse em um ou dois posts uma ou duas sugestões de melhoria
decorrentes da sua experiência de trabalho sobre esta fase de operacionalização do
Modelo e interagisse com os colegas formandos no esclarecimento das questões que por
ele/s tiverem sido colocadas.

Esta sessão, sendo uma sequência da anterior, permitiu a consolidação de conceitos e de


práticas, intrínsecos e decorrentes, do próprio modelo. A formulação de perguntas e
dúvidas é de extrema relevância para a compreensão e aprofundamento do MAABE.
Os trabalhos revelaram, mais uma vez, uma leitura atenta da documentação fornecida,
mas continuam a evidenciar dificuldades na concretização de algumas tarefas propostas.

Na primeira fase do trabalho, para a actividade n.º 1, de uma forma geral, os formandos
apresentaram várias propostas de questões ou itens a ser observados, para cada um dos
indicadores do subdomínio em estudo. Contudo, em alguns trabalhos, as questões ou
itens não estão adequados ao factor crítico/indicador; há células que não foram
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preenchidas, havendo, no entanto, questões ou itens que permitiam dar resposta a esse
factor crítico ou indicador; há células que foram preenchidas mas com um enunciado
vazio de conteúdo, como por exemplo:
Indicador Factor crítico Questões ou Itens dos Instrumentos...
Organização de A BE produz materiais informativos Avaliação por parte dos professores das
actividades de formação e/ou lúdicos de apoio à formação competências das BE para a sua
de utilizador dos utilizadores utilização autónoma

Neste caso, não foi indicada nenhuma questão ou item presente nos instrumentos de
recolha de evidências propostos pelo MAABE.

Na actividade n.º 2, verificaram-se algumas dificuldades na compreensão da tarefa que


era solicitada, na medida em que, alguns formandos:
• apresentaram enunciados para três indicadores diferentes, contrariamente ao que
era pedido (três enunciados para um só indicador);
• foram produzidos enunciados que não eram valorativos, mas sim uma constatação
de factos, o que mais uma vez, não correspondeu ao que foi pedido no guia da
sessão. Por exemplo, o enunciado ”De acordo com os dados obtidos, a partir da
análise do Questionário aos alunos - QA1 (questão 7, … % dos alunos participam
em actividades para aprender a usar a BE: localização de livros, fazer pesquisa e
outras.” o termo outras, pela sua abrangência neste contexto, não deveria ser
usado. Para além disso, há a constatação de um facto, não há indicação valorativa,
poderia ter sido acrescentado que aquelas actividades propiciaram (ou não) uma
utilização mais autónoma da BE.

Na actividade n.º 3, novamente, a dificuldade mais evidenciada foi a pouca concretização


da acção de melhoria a implementar, não tendo sido seguida a orientação do Guia da
Sessão em que se solicitava que a enunciação de propostas fosse sintética e o mais
objectiva possível.

Relativamente, à segunda fase da tarefa, mais uma vez se verificou que houve quem
tivesse investido mais, comentando questões concretas, comparando com o seu próprio
trabalho e apresentando sugestões, e quem tivesse feito uma apreciação mais superficial.

As formadoras

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