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DISCIPLINA: CONTROLE I.
SÃO LUÍS – MA
2010
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
SÃO LUÍS – MA
2010
2
SUMÁRIO.
1. Objetivo...............................................................................................................................4
2. Introdução...........................................................................................................................4
2.1. Efeito Peltier................................................................................................................4
2.2. Célula Peltier................................................................................................................5
3. Planta...................................................................................................................................6
3.1. Parâmetros do Sistema................................................................................................7
4. Projeto do Controlador PI....................................................................................................9
5. Projeto do Compensador...................................................................................................14
6. Projeto do PI por alocação de polos..................................................................................17
7. Conclusão...........................................................................................................................21
8. Script MATLAB...................................................................................................................22
9. Bibliografia.........................................................................................................................27
3
1. Objetivo.
2. Introdução.
2.1. Efeito Peltier.
Ocorre quando é fornecida corrente a um sistema composto por duas placas de materiais
semicondutores de tipos diferentes (N e P) ou de metais diferentes, gerando aquecimento e
resfriamento em dos materiais, em outras palavras, um aquece e outro resfria.
Existem várias aplicações para o efeito peltier entre eles podemos citar: resfriamento de
câmaras, incubadoras, esterilizadoras, etc.
4
Em nosso projeto utilizaremos uma célula Peltier para variar a temperatura em uma
câmara.
2.2.Célula Peltier.
Consiste em um módulo termoelétrico que aplica os efeitos Seebeck e Peltier formado por
pares semicondutores P e N. Nesse tipo de célula, quanto maior o número de pares, maior
será a capacidade térmica do módulo. Esse módulo consistirá em nosso atuador
Há também outro efeitos físicos associados ao atuador, podemos destacar o efeito Joule
devido a passagem de corrente há um aquecimento intrínseco originado pela resistência dos
materiais.
I ² Rm
Ph= +α p ,n T h I (1)
2
I ² Rm
Pc= −α p ,n T c I (2)
2
Onde,
I é a corrente do circuito;
Rm é a resistência do módulo;
αp,n é o coeficiente de Seeback;
Tc é a temperatura do lado frio;
Th é a temperatura do lado quente;
Ph é a potência do lado quente;
Pcé a potência do lado frio.
5
3. Planta.
A planta proposta consiste em uma câmara com um corpo de prova, a célula peltier
acoplada à carcaça da câmara. O corpo de prova é um bloco de alumínio. Há também três
sensores para medir a temperatura externa, interna e do bloco. O diagrama da planta
encontra-se na figura 1.
Figura 1 – Planta.
d To
mo c o =K ¿, o (T ¿ −T o) (3)
dt
dT¿
m¿ c ¿ =K ¿ ,o ( T o−T ¿ ) + K ¿,ext ( T ext −T ¿ ) +u célula (4)
dt
Onde,
mo é a massa do objeto;
co é a constante calorimétrica do objeto;
Kin,o é a térmica do ambiente interno;
min é a massa do ar contida na câmara;
cin é a constante calorimétrica do ar;
Kin,ext é a térmica do ambiente externo;
ucélula é a função do atuador.
K ¿, ext Rm
T o ( s )= 2
T ext ( s )+ 2
I (s ) (5)
a s + bs+c a s +bs +c
Onde,
6
m¿ c¿ mo c o
a= ; (6)
K ¿, o
( K ¿ ,ext −α pn ) . mo c o
b=(m¿ c¿ +m o c o+ ); (7)
K ¿ ,o
c=K ¿, ext −α pn (8)
25,548
G ( s )= 4 2 3
I ( s ) (9)
7,2526∙ 10 s +1,1362 ∙10 s+1
Polos: -0,0147;-0,0009;
Ganho: 3,5226e-4.
Através desses resultados, podemos dizer que todos os polos do sistema estão no LHP
do plano complexo, o que significa que a planta é estável. Porém há necessidade de “levar”
esses polos mais para esquerda do plano. Para tal tarefa, iremos projetar um controlador PI.
7
Pole-Zero Map
1
1
0.013 0.009 0.0062 0.0042 0.0026 0.0012
0.8
0.8
0.02
0.6
0.6
0.4
0.4 0.04
0.2
0.2
Imaginary Axis
-0.2
0.2
-0.4 0.04
0.4
-0.6
0.6
0.02
-0.8
0.8
0.013 0.009 0.0062 0.0042 0.0026 0.0012
-1
-0.015 -0.01 -0.005 10
Real Axis
Degrau G(s)
30
25
20
Amplitude
15
10
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Time (sec)
Podemos observar na figura 3, que o nosso tempo de subida é muito alto, logo o
sistema demorará a alcançar a temperatura que queremos na saída, o que justifica o uso de
um controlador. Para o sistema natural, obtemos os seguintes valores de resposta ao degrau:
8
Valor de overshoot (Mp) = 0;
Impulso G(s)
0.02
0.018
0.016
0.014
0.012
Amplitude
0.01
0.008
0.006
0.004
0.002
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Time (sec)
Analisando via diagrama de Bode (figura 5), observamos que nosso atuador possui a
sua frequência de corte localizada em aproximadamente -3dB e f c=0,02 rad/s o eu nos permite
afirmar que o sistema trabalha melhor com sinais DC.
Bode Diagram
40
System: g_sys
20 Frequency (rad/sec): 0.0201
Magnitude (dB): -3.09
Magnitude (dB)
-20
-40
-60
-80
0
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
-5 -4 -3 -2 -1 0
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
9
4. Projeto do Controlador PI.
c ( t ) =k p e ( t ) +k i∫ e ( t ) dt (10)
Na equação 10, o primeiro termo, representa a ação proporcional, que tem o fim principal
reduzir o tempo de subida e reduzir o erro de regime. Essa ação é proporcional ao erro e(t) e
se anula quando esse erro se torna nulo. A desvantagem dessa ação se dá pelo fato do valor
máximo ser aumentado e o tempo de acomodação ser influenciado de forma não previsível.
Para corrigir tais deficiências, dispomos de outra ação: a ação integral, que na equação 10 é
representada pelo segundo termo.
ki
(
C ( s) = k p +
s )
(11)
No projeto, realizamos dois testes: com controlador em malha aberta, e com controlador
em malha fechada. Para o teste em malha aberta consideramos o seguinte diagrama de
blocos:
R(s) Y(s)
( k + ks )i
G(s)
p
25,548(k p ∙ s+ k i )
Y ( s )= (12)
7,2526 ∙10 4 s3 +1,1362 ∙10 3 s2 + s
Através da figura abaixo, podemos ver que há um polo na origem, o que caracteriza um
sistema instável, logo não podemos utilizar a planta com controlador em malha aberta.
10
Pole-Zero Map
1
1
0.013 0.009 0.0062 0.0042 0.0026 0.0012
0.8
0.8
0.02
0.6
0.6
0.4
0.4 0.04
0.2
0.2
Imaginary Axis
-0.2
0.2
-0.4 0.04
0.4
-0.6
0.6
0.02
-0.8
0.8
0.013 0.009 0.0062 0.0042 0.0026 0.0012
-1
-0.015 -0.01 -0.005 10
Real Axis
400
350
300
250
Amplitude
200
150
100
50
0
0 500 1000 1500
Time (sec)
R(s) + ki Y(s)
-
( k p+
s ) G(s)
11
Para o digrama de blocos da figura 9, temos:
C ( s )G (s )
Y ( s )= R ( s) (13)
1+C ( s ) G ( s )
25,548(k p ∙ s +k i )
Y ( s )= 4 3 3 2 (14)
7,2526 ∙10 s +1,1362 ∙10 s + s ( 25,548 ∙ k p +1 ) +25,548 ∙ k i
s0 a2 b 2 0
Determinando a1, b1, a2 e b2, para termos as condições de BIBO estabilidade, temos:
a 2=0 (17)
b 1=25,548∙ ki (18)
b 2=0 (19)
Para o projeto, utilizamos a técnica de erro e tentativas direcionado pelas equações (16) e
(17). Para ki=0,002 e kp=20.
12
Degrau Malha Fechada C(s)G(s)
30
25
20
Amplitude
15
10
0
0 20 40 60 80 100 120
Time (sec)
0.03
0.025
0.02
Amplitude
0.015
0.01
0.005
-0.005
0 50 100 150 200 250 300
Time (sec)
13
Bode Diagram
10
Magnitude (dB)
-10
System: cmf_sys
-20 Frequency (rad/sec): 0.128
Magnitude (dB): -9.89
-30
-40
-50
0
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
-5 -4 -3 -2 -1 0
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
5. Projeto do Compensador.
Outro método utilizado para controle de atuadores é a análise feita através do lugar das
raízes (ou root lócus). Esse método é baseado no “caminho” que os polos do sistema
percorrem no plano “s” quando variamos o ganho do mesmo. Tal procedimento permite a
alocação de polos dominantes no sistema de modo a obter estabilidade e variação desejada na
figura de mérito. Muitas vezes e necessário, como no nosso projeto, afastar os polos da origem
para mais esquerda do LHP causando diminuição do t s. Baseando-se nisso, podemos
implementar o uso de compensadores.
s+d
H ( s )=K ∙ (20)
s +e
14
Figura 13: Diagrama de Blocos Projeto do Compensador em Malha Fechada.
25,548 ∙ s+25,548 ∙ d
P ( s )=1+ K ∙
7,2526∗10 ∙ s + ( 1,1362∙ 103 +7,2526∗10 4 ∙e ) s 2 + ( 1+1,1362∙ 103 ∙e ) s +e
4 3
(21)
Utilizando de testes, utilizamos d=−9,36 ∙10−4 e e=−5 .Utilizando a figura 14, que
contém o lugar das raízes do sistema, temos que o valor de K que nos retorna o t s mais
adequado para o processo é 6,48 ∙10 3. De posse desses valores, podemos construir nossa
função de transferência representada pela equação (22).
Rootlocus Compensador
3
0.89 0.81 0.7 0.56 0.38 0.2
2 0.95
1 0.988
Imaginary Axis
6 5 4 3 2 1
0
-1 0.988
-2 0.95
165,56 s+ 0,155
Y ( s )= (23)
72,526 s + 363,766 s 2+5,682 s +0,16
3
15
Degrau Malha Fechada H(s)G(s)
25
20
15
Amplitude
10
0
0 2 4 6 8 10 12
Time (sec)
Pela figura 15, percebemos que o sistema teve seu tempo de subida bem reduzido em
relação ao PI. Os parâmetros das figuras de mérito são:
16
Impulso Malha Fechada H(s)G(s)
0.4
0.35
0.3
0.25
Amplitude
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Time (sec)
Bode Diagram
0
-60
-80
0
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
-4 -3 -2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
17
Esta etapa do projeto utiliza a equação do polinômio característico e padrões pré-
determinados de ω n, σ , ω d e ζ .
Ou,
ω2n +2 ωn ζ −1
k p= (27)
7,2526∙ 104
ω2n
k i= (28)
7,2526 ∙ 104
4,6
σ= =0,018 (29)
ts
1,8
ω d= =0,02 (30)
tr
σ
ζ= =0,667 (32)
ωn
−2 −5
De posse desse valores, encontramos k p=3,77 ∙10 e k i=2,85 ∙10
18
A resposta ao degrau pode ser observada em:
30
25
20
Amplitude
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Time (sec) 4
x 10
Resultados que não são aceitáveis para o sistema térmico. Com isso, devemos utilizar
outro método para determinar os valores de k p e ki para o sistema.
-4
x 10 Impulso Alocação de Polos G(s)
2
1.5
1
Amplitude
0.5
-0.5
-1
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Time (sec) 4
x 10
19
Figura 18: Resposta ao Impulso Sistema por Alocação de Polos
Bode Diagram
50
0
Magnitude (dB)
-50
-100
-150
0
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
-5 -4 -3 -2 -1 0 1
10 10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
-4
x 10 Pole-Zero Map
3
1 1 1 1 1 1
1
2
1
1
Imaginary Axis
-1
1
-2
1
1 1 1 1 1 1
-3
-0.16 -0.14 -0.12 -0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0
Real Axis
20
Os polos ficaram muito próximos ao eixo imaginário, uma solução seria coloca-los mais
longe do eixo em questão.
7. Conclusão.
Sabemos que cada caso é um caso, por isso fica difícil determinar qual a melhor técnica
para obtenção de um melhor controle.
21
Por fim, o trabalho, além de interessante, foi de suma importância para aquisição de mais
conhecimentos na área de controle bem como a aplicação dos conhecimentos obtidos na
disciplina sendo aplicados em um problema real.
8. Script MATLAB.
%%%DISCIPLINA: CONTROLE I
%%%PARÂMETROS PLANTA%%%
clc;
clear all;
22
i=1;
num=[25.548];
g_sys=tf(num,den);
figure(i);
i=i+1;
pzmap(g_sys);
grid;
[z,p,k]=tf2zp(num,den);
figure(i);
i=i+1;
step(g_sys);
title('Degrau G(s)');
grid;
stepinfo(g_sys)
figure(i);
i=i+1;
impulse(g_sys);
title('Impulso G(s)');
grid;
figure(i);
i=i+1;
bode(g_sys);
title('Bode G(s)');
grid;
%%%PROJETO PI%%%
23
ki=0.002;
kp=20;
num1=[(25.548*kp) (25.548*ki)];
cma_sys=tf(num1,den1);
figure(i)
i=i+1;
pzmap(cma_sys);
grid;
figure(i);
i=i+1;
step(cma_sys);
grid;
num2=[25.548*kp 25.548*ki];
cmf_sys=tf(num2,den2);
figure(i);
i=i+1;
step(cmf_sys*25.5);
grid;
figure(i);
i=i+1;
impulse(cmf_sys);
24
title('Impulso Malha Fechada C(s)G(s)');
grid;
figure(i);
i=i+1;
bode(cmf_sys);
grid;
stepinfo(cmf_sys)
%%%Projeto do Compensador%%%%
d=9.36e-4;
e=5;
num3=[25.548 25.548*d];
lr_sys=tf(num3,den3);
figure(i);
i=i+1;
rlocus(lr_sys);
title('Rootlocus Compensador');
grid;
klr=6.48e3;
klr_sys=tf(klr*num3,den31);
figure(i);
i=i+1;
step(klr_sys*25.5);
25
grid;
figure(i);
i=i+1;
impulse(klr_sys);
grid;
stepinfo(klr_sys)
figure(i);
i=i+1;
bode(klr_sys);
grid;
%%%Alocação de Polos%%%%%
kpal=3.77e-2;
kial=2.85e-5;
num4=[25.548*kpal 25.548*kial];
cal_sys=tf(num4,den4);
figure(i);
i=i+1;
step(cal_sys*25.5);
grid;
figure(i);
i=i+1;
26
impulse(cal_sys);
grid;
stepinfo(cal_sys)
figure(i);
i=i+1;
bode(cal_sys);
grid;
figure(i);
i=i+1;
pzmap(cal_sys);
grid;
9. Bibliografia.
[1] Gene F. Franklin, David J. Powell, and Abbas Emami-Naeini. Feedback Control of Dynamic
Systems. Prentice Hall PTR, Upper Saddle River, NJ, USA, 2006.
[2] Katsuhiko Ogata. Engenharia de Controle Moderno. Ed. Rio de Janeiro: Prenttice - Hall do
Brasil, 2003.
[3] Denis Fabrício Sousa de S. Controlador PID para uma Célula Peltier. UFMA. 2010.
[4] J.V. da Fonseca Neto. Notas de Aula – Teoria de Controle - Realização de Sistemas de
Controle. 2010.
27