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Estado do Rio Grande do Sul


Prefeitura Municipal de Pinhal da Serra

LEI N.º 171, 03 de julho de 2003.

Dispõe sobre o Regime Jurídico dos


Servidores Públicos Municipais de
Pinhal da Serra,RS.

ANTONIO GIORDANO DA COSTA, PREFEITO MUNICIPAL DE


PINHAL DA SERRA-RS, no uso legal de suas atribuições; Faz saber que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou em seção extraordinária do dia 02 de julho de 2003, SANCIONA E PROMULGA A
SEGUINTE LEI:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - A presente Lei institui o REGIME JURÍDICO


DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS dos Poderes Executivo e Legislativo, da
Administração direta e indireta de Pinhal da Serra,RS.

Art. 2º - As disposições da presente Lei aplicam-se aos


servidores municipais.

Art. 3º - Cargo Público é um lugar criado na organização


dos servidores públicos, com denominação própria, para ser provido por um titular que
preencha os requisitos mínimos estabelecidos em Lei.

Parágrafo Único - Cargo é um conjunto de deveres, obrigações,


atribuições e responsabilidades cometida a uma pessoa.

Art. 4º - O vencimento dos cargos correspondera aos padrões


básicos, previamente fixados em Lei.

CAPÍTULO II

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DO PROVIMENTO , EXERCÍCIO E VACÂNCIA

SEÇÃO I

DOS CARGOS PÚBLICOS

Art. 5º - Os cargos públicos serão de carreira ou isolados.

Parágrafo Único - Os cargos públicos são acessíveis a todos os


brasileiros natos ou naturalizados, ou estrangeiros que preencham os requisitos da Lei.

Art. 6º - As atribuições a serem desenvolvidas pelos titulares dos


cargos públicos, serão estabelecidas em regulamento, observadas as diretrizes fixadas em
Lei que as instituir.

Art. 7º - Não se permitirá que haja equivalência entre


diferentes carreiras, no tocante as respectivas natureza de trabalho.

Art. 8º - O sistema da classificação de cargos, a organização geral


do pessoal, bem como as disposições e procedimentos relativos à promoção e acesso, serão
estabelecidos e definidos em regulamentos especiais.

SEÇÃO II

DO PROVIMENTO

Art. 9º - Os cargos públicos são providos por :

I - Nomeação;

II - Promoção e acesso;

III - Reintegração;

IV Readmissão;
-
V - Aproveitamento;

VI - Transferência.

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Art. 10 - São requisitos mínimos obrigatórios para o provimento do


cargo público:

I - Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro nos


termos da Constituição Federal;

II Ter 18 anos;
-
III - Estar no gozo dos direitos políticos e civis;

IV - Ter capacidade física e mental;

V - Não ter sido condenado por qualquer dos crimes


especificados no artigo 15 do presente Estatuto

Parágrafo Único - A prova dos requisitos dos incisos I e II deste


artigo só será exigida no caso de provimento por nomeação.

Art. 11 - É de competência exclusiva do Prefeito Municipal prover,


por ato, os cargos públicos, respeitadas as prescrições legais.

§ 1º - O provimento de cargos da Câmara Municipal será feito


pela sua mesa diretiva.

§ 2º - O ato referente ao provimento conterá as seguintes


indicações.

I - Os elementos de identificação, o fundamento legal, o padrão


de vencimento correspondente ao cargo que se dará o
provimento;

II - No caso de vacância, o motivo que a determinou e o nome do


ex-ocupante;

SEÇÃO III

DA NOMEAÇÃO

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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Art. 12 - A nomeação será feita:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou


isolado;

II - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de


Lei, deva assim ser provido;

III - em função gratificada, na forma da Lei.

§ 1º - A nomeação para cargos de provimento efetivo de carreira


ou isolado, será procedido mediante realização de Concurso Público de provas ou provas e
títulos, conforme natureza do cargo.

§ 2º - As nomeações em cargos de provimento em


comissão e função gratificada, especificados em Lei, serão de livre nomeação ou
exoneração.

Art. 13 - As nomeações obedecerão rigorosamente a ordem de


classificação dos candidatos habilitados em concurso.

Art. 14 - Será tornada sem efeito, por ato, a nomeação, caso


a posse não realize dentro do prazo estabelecido.

Art. 15 - Não poderá ser nomeado para cargo público, aquele que
tenha sido condenado por furto, roubo, latrocínio, estupro, abuso de confiança, falência
fraudulenta, falsidade cometida contra a administração pública ou Defesa Nacional.

SUBSEÇÃO II

DO CONCURSO

Art. 16 - A investidura em cargo público de provimento


efetivo efetuar-se-á mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme a
natureza do cargo.

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Art. 17 - A aprovação em concurso público não cria direitos à


nomeação, mas esta, quando se der, respeitará a ordem de classificação dos candidatos
habilitados.

Parágrafo Único - O Edital fixará os critérios de desempate.

Art. 18 - Os concursos serão realizados conforme legislação


pertinente.

Parágrafo Único - Os regulamentos, instruções e exames


aos concursos assegurarão a fiel observância dos dispositivos legais e regulamentos
referentes aos cargos públicos.

Art. 19 - Na realização dos concursos, observar-se-á, sem


prejuízo de outras exigências ou condições regulamentares, as seguintes orientações
básicas:

I - Os concursos serão realizados quando a administração


municipal julgar oportuno e terão validade por período de até
02 ( dois ) anos, a contar da data da homologação, e serão
prorrogáveis por igual período , a critério da administração;

II - Os Editais deverão conter exigências que permitam ao


candidato comprovar os requisitos e qualificações que
acompanham a especificação do cargo;

III - Os Editais poderão estabelecer limites de idade, tendo em


vista a natureza das atribuições e especificações do cargo,
assim como circunstâncias especiais, a critério da
administração;

IV - Aos candidatos se assegurarão meios amplos de recursos, nas


fases de homologação das inscrições, publicação de
resultados parciais ou globais, homologação de concursos e
nomeações de candidatos.

SUBSEÇÃO III

DA POSSE

Art. 20 - Posse é a investidura em cargo público .

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§ 1º - Não haverá posse nos casos de promoção, acesso ou


reintegração.

§ 2º - Só poderá ser empossado em cargo público


municipal, quem atender os requisitos mínimos estabelecidos no artigo 10 do presente
estatuto.

§ 3º - Quando do provimento por reintegração,


aproveitamento ou reversão, estarão dispensadas as exigências previstas nos incisos I e II
do artigo 10, de conformidade com o que dispõe o parágrafo único do mesmo artigo.

Art. 21 - No ato da posse o candidato deverá declarar por


escrito, se é titular de outro cargo ou função pública.

Art. 22 - Para a investidura nos cargos de provimento efetivo


a posse será dada pelo Prefeito.

§ 1º - Para a investidura nos cargos de provimento em


comissão será dada pelo Prefeito.

§ 2º - O Prefeito dará posse, também, aos servidores de


provimento efetivo, a serem investidos nos cargos em comissão, de chefia ou assessoria.

Art. 23 - Do termo de posse constará o compromisso de


fiel cumprimento dos deveres e atribuições do cargo.

Parágrafo Único - O servidor deverá declarar, obrigatoriamente,


no termo de posse, sua declaração de bens.

Art. 24 - Em casos especiais, a critério da administração, poderá


haver posse mediante instrumento de procuração pública.

Art. 25 - Cumpre ao Chefe do Setor de Pessoal fazer verificar


se foram atendidas as condições legais de investidura.

Art. 26 - A posse deverá verificar-se no prazo de até 30 ( trinta )


dias a partir da data do ato de nomeação.

Parágrafo único - Se a posse não se der dentro do prazo


previsto, a nomeação será declarada sem efeito por ato do Prefeito.

SUBSEÇÃO IV

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DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 27 - Estágio Probatório é o período de 03 anos de efetivo


exercício do servidor municipal nomeado para o cargo de provimento efetivo de classe
isolada ou de carreira.

Parágrafo Único - No período de estágio serão apurados os


seguintes requisitos:

I - Idoneidade Moral;

II - Disciplina;

III - Pontualidade;

IV - Assiduidade;

V - Aptidão;

VI - Dedicação ao serviço.

Art. 28 - Sem prejuízo do sistema existente de avaliação de


mérito, o responsável da unidade de serviço, onde o servidor realiza o estágio probatório,
três meses antes do término deste, tendo em conta os requisitos especificados no parágrafo
anterior, informará sobre o mesmo ao órgão de pessoal.

§ 1º - O órgão de pessoal emitirá, em seguida, parecer escrito,


definindo-se a favor ou contra a confirmação do estagiário.

§ 2º - Se contrário à confirmação, dar-se-á vista ao


estagiário, pelo prazo de 10 ( dez ) dias para apresentar defesa.

§ 3º - Julgando o parecer e a defesa, o órgão competente


encaminhará ao Prefeito o respectivo relatório.

§ 4º - A apuração dos requisitos de que trata o parágrafo único do


artigo 27 deverá processar-se de modo que a exoneração do servidor possa ser feita antes
do término do estágio probatório.

§ 5º - Não havendo observância deste artigo e seus


parágrafos, o servidor será considerado estável, cumprindo-se, assim, o aludido estágio
probatório.

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SUBSEÇÃO V

DO EXERCÍCIO

Art. 29 - No assentamento individual do servidor serão


registrados o início, a interrupção e o reinício do exercício.

§ 1º - Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão de


pessoal os elementos necessários à abertura de assentamento individual.

§ 2º - O responsável da unidade administrativa em que o servidor


tenha exercício, comunicará ao órgão de pessoal o início do exercício e as alterações que
nestes venham a ocorrer.

Art. 30 - Ao responsável da unidade administrativa para onde for


designado o servidor, compete dar-lhe exercício.

Art. 31 - O exercício do cargo terá início dentro de 30 ( trinta ) dias


contados:

I - Da data da publicação oficial do Ato no caso de


reintegração;

II - Da data da posse nos demais casos.

§ 1º - O servidor que não entrar em exercício dentro do prazo


será exonerado.
§ 2º - O exercício não se interrompe com a promoção, e passa a ser
contado, na nova classe, a partir da publicação do Ato.

§ 3º - O prazo referido poderá ser prorrogado pelo mesmo período,


a requerimento do interessado.

Art. 32 - O servidor só poderá desempenhar suas funções na


unidade administrativa em que for lotado.

§ 1º - O afastamento do servidor de sua unidade


administrativa para outra, só se verificará com prévia autorização do Prefeito, para fim
determinado e prazo certo.

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§ 2º - Atendida sempre a conveniência do serviço, o


Prefeito poderá alterar a lotação do servidor, “ex ofício” ou a pedido.

§ 3º - A inobservância deste artigo acarretará sanção ao servidor


e ao responsável da unidade administrativa.

Art. 33 - O servidor não poderá ausentar-se do município


para estudos ou missões de quaisquer natureza, com ou sem vencimento, sem autorização
expressa do Prefeito ou de quem este delegar.

Art. 34 - O servidor designado para estudo ou aperfeiçoamento


fora do município, em prazo superior a três meses, com ônus para os cofres públicos,
deverá prestar serviço por tempo mínimo equivalente ao dobro da duração do estudo ou
aperfeiçoamento.

Art. 35 - O número de dias em que o servidor estiver afastado do


seu cargo no que dispõe o artigo 34 serão contados como efetivo exercício para todos os
efeitos.

Art. 36 - Será afastado do exercício, até decisão final passada em


julgado, o servidor que for preso, preventivamente ou em flagrante, ou, ainda, condenado
por crime inafiançável.

SUBSEÇÃO VI

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 37 - A substituição se dará por força de ato da administração.

§ 1º - No caso de substituição, o servidor que desempenhá-la,


receberá vencimento igual ou equivalente ao do substituído, salvo se este for inferior ao
seu.

§ 2º - Mesmo que, para determinado cargo, não esteja prevista


substituição, poderá, por ato da autoridade competente, ocorrer a substituição,
provadas as necessidades e conveniência da administração.

§ 3º - Em caso excepcional, atendida a conveniência da


administração, o titular do cargo de chefia ou assessoria poderá ser nomeado ou designado
cumulativamente como substituto para outro cargo da mesma natureza, até que se verifique
a nomeação ou designação do titular.

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Art. 38 - Os efeitos da substituição cessam automaticamente com a


reassunção do titular ou com a vacância do cargo.

SUBSEÇÃO VII

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 39 - A reintegração é o reingresso no serviço público do


servidor demitido.

Art. 40 - A reintegração se dará:

I - No cargo anteriormente ocupado;

II - Se o cargo a que se refere o inciso anterior houver sido

transformado, reintegrará no cargo resultante de


transformação;

III - Se o cargo do inciso I tiver sido extinto em cargo de


vencimento equivalente, respeitada a habilitação profissional.

Parágrafo Único - Não sendo possível fazer reintegração na forma


deste artigo, será o servidor posto em disponibilidade, no cargo que exercia , com
vencimentos integrais.

Art. 41 - Reintegrado judicialmente, o servidor que lhe tiver


ocupado o lugar, será exonerado de plano ou será reconduzido, se for o caso, ao cargo
anterior, mas sem direito a indenização.

Art. 42 - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica e


será aposentado quando incapaz.

SUBSEÇÃO VIII

DO APROVEITAMENTO

Art. 43 - Aproveitamento é o reingresso no serviço público do


servidor em disponibilidade.

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§ 1º - O aproveitamento dependerá de comprovação de capacidade


física e mental, mediante inspeção médica.

§ 2º - O aproveitamento far-se-á a pedido ou “ex-ofício”, respeitada


sempre a habilitação profissional.

Art. 44 - O aproveitamento se fará obrigatoriamente no mesmo


cargo ou em cargo de classe e de natureza e vencimento compatíveis com o anteriormente
ocupado.
Art. 45 - Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá
preferência o de maior tempo de disponibilidade e no caso de empate ou de maior tempo de
serviço público.

Art. 46 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade, se o servidor não tomar posse no prazo legal, salvo em caso de doença
comprovada.

SUBSEÇÃO IX

DA READAPTAÇÃO

Art. 47 - Readaptação é a investidura do servidor estável em cargo


mais compatível com a sua capacidade física ou mental.

Art. 48 - A readaptação far-se-á:

I - Quando se verificar modificações no estado físico ou psíquico


de saúde do servidor que lhe diminuam a eficiência no
desempenho do cargo.

II - Quando se comprovar em processo administrativo, que a


capacidade intelectual do servidor não corresponde às
exigências do desempenho do cargo que titular.

III - O servidor possui necessárias aptidões e habilitações para o


desempenho regular do novo cargo em que deva ser readaptado.

Parágrafo Único - A readaptação será feita por ato do Prefeito.

Art. 49 - A readaptação não acarretará diminuição de vencimento e


será feita mediante transferência, ressalvando-se ao readaptado o direito de concorrer em
iguais condições, para promoções e acessos com demais servidores da classe em que
pertencia anteriormente.

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Art. 50 - Somente poderá ser readaptado o servidor estável.

SEÇÃO IV

DA VACÂNCIA

Art. 51 - A vacância do cargo decorrerá de:

I - Exoneração;

II - Demissão;

III - Posse em outro cargo de acumulação proibida;

IV - Aposentadoria;

V - Falecimento;

VI - Por abandono de cargo.

Art. 52 - Dar-se-á a exoneração:

I - A pedido;

II - “ex-ofício” ;

a - Quando se tratar de provimento em comissão ou substituição;

b - Quando o servidor não satisfazer as condições do estágio


probatório;
c - Quando o servidor não tomar posse dentro do prazo legal.

§ 1º - No curso de licença para tratamento de saúde expedida pela


autoridade competente, o servidor não poderá ser exonerado.

§ 2º - O servidor submetido a processo administrativo , só poderá


ser exonerado do cargo após conclusão de processo administrativo a pedido da comissão
processante e por decisão final do Prefeito Municipal.

§ 3º - O ato de exoneração só terá efeito a partir de sua publicação.

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CAPÍTULO III

DO REGIME DO TRABALHO

SEÇÃO I

DO HORÁRIO E DO PONTO

Art. 53 - O Prefeito determinará, quando não estabelecido em lei ou


regulamento, o horário de expediente das repartições.

Art. 54 - O horário normal de trabalho de cada cargo ou função é o


estabelecido na legislação específica.

Art. 55 - Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço,


poderá ser instituído sistema de compensação de horário, hipótese em que a jornada diária
poderá ser superior a oito horas, sendo o excesso de horas compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, observada sempre a jornada máxima semanal.

Art. 56 - A freqüência do servidor será controlada:

I - pelo ponto;

II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos servidores


não sujeitos ao ponto.

§ 1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o


comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica, diariamente, a sua entrada e
saída.

§ 2º - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado dispensar o


servidor do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.

SEÇÃO II

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DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 57 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias,


considerando-se, também, os dias não úteis.

Parágrafo único - O número de dias será convertido em anos,


considerando o ano civil com 365 ( trezentos e sessenta e cinco ) dias.

Art. 58 - Será considerado como de efetivo exercício o


afastamento em virtude de:

I - Férias a qualquer título;

II - Casamento até cinco dias, contados do ato;

III - Luto, pelo falecimento de cônjuge 05 (cinco) dias e 02


(dois) dias no caso do pai, mãe, irmão, filho, sogro e sogra,
a contar do falecimento;

IV - Licença por acidente em serviço ou doença profissional,


bem como para tratamento de saúde;

V - Licença gestante;

VI - Licença paternidade;

VII - Convocação para o serviço militar; júri e outros serviços


obrigatórios por Lei;

VIII - Missão ou estudo, quando o afastamento for expressamente


autorizado pelo Prefeito ou Mesa Diretora da Câmara;

IX Desempenho de mandato eletivo Federal, Estadual ou


- Municipal ;

X - Afastamento por inquérito administrativo desde que o


servidor tenha sido declarado inocente.

XI - Provas de competições esportivas, quando o afastamento


for autorizado pelo Prefeito ou por quem ele delegar;

XII - Licença para concorrer a cargo eletivo.

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SEÇÃO III

DA ESTABILIDADE

Art. 59 - Estabilidade é a garantia constitucional do servidor em


permanecer no serviço, desde que, nomeado em caráter efetivo, tenha transposto o estágio
probatório.

Parágrafo Único - O estágio probatório para o nomeado por


concurso é de 03 ( três ) anos.

Art. 60 - Ninguém poderá ser efetivado como servidor se não for


através de Concurso Público de provas ou de provas e títulos.

Art. 61 - Estabilidade não se consolida no cargo, mas no serviço


público.

§ 1º - O servidor estável pode ser removido , transferido pela


administração , conforme as conveniências do serviço , sem qualquer ofensa à sua
efetividade ou estabilidade.

§ 2º - Extinguindo-se o cargo em que se encontrava o servidor ,


ficará ele em disponibilidade remunerada , até o seu aproveitamento em outro cargo de
natureza e vencimentos compatíveis com o que ocupava.

Art. 62 - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude


de sentença judicial transitado em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe
seja assegurada ampla defesa.

Parágrafo Único - Invalidada por sentença judicial a demissão do


servidor estável , será ele reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou colocado em
disponibilidade.

SEÇÃO IV

DAS FÉRIAS

Art. 63 - O servidor terá direito ao gozo de 30 ( trinta ) dias de


férias por ano, concedidas de acordo com a escala organizada para este fim.

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Parágrafo Único - O gozo de férias que trata este artigo poderá ser
concedido em dois períodos, de acordo com a conveniência do serviço e crivo do chefe da
repartição.

Art. 64 - O servidor terá direito de férias após 12 ( doze ) meses de


efetivo exercício no serviço.

Art. 65 - As férias serão pagas com 1/3 ( um terço ) a mais do que


a remuneração normal.

Parágrafo Único - O servidor , a critério da administração poderá


converter 1/3 ( um terço ) do período de férias em pecúnio , gozando o restante.

Art. 66 - Aos professores serão concedidas as férias de acordo com


a escala do setor subordinado, prevalecendo as normas contidas no Estatuto do Magistério.

Art. 67 - É proibida a acumulação de férias , salvo por imperiosa


necessidade do serviço e no máximo por dois períodos , atestado de ofício pelo responsável
do setor em que está lotado o servidor.

Art. 68 - As férias serão concedidas na seguinte proporção:

I - 30 ( trinta ) dias , quando, durante o período aquisitivo, não


houver faltado ao serviço por mais de 06 ( seis ) vezes;

II - 24 ( vinte e quatro ) dias, quando, durante o período


aquisitivo, houver faltado ao serviço de 07 ( sete ) à 15
( quinze ) vezes;

III - 18 ( dezoito ) dias, quando, durante o período aquisitivo,


houver faltado ao serviço de 16 (dezesseis ) à 23 ( vinte e três
) vezes;

IV - 12 ( doze ) dias, quando, durante o período aquisitivo,


houver faltado de 24 ( vinte e quatro) à 32 ( trinta e duas )
vezes.

Parágrafo Único - Na contagem de cada período aquisitivo de


direito de férias, serão considerados de efetivo exercício os afastamentos a que se refere o
Artigo 69 do presente Estatuto.

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SEÇÃO V

DAS LICENÇAS

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 69 - Conceder-se-á licença:

I - Para tratamento de saúde – LS;

II - Para repouso à gestante – LG;

III - Para tratar de interesse particular - LI;

IV - Para concorrer a mandato eletivo – LCME;

V - Por desempenho do mandato eletivo – LDME.

VI - Licença Luto – LL;

VII - Licença Casamento – LC;

VIII - Licença Paternidade – LP;

Art. 70 - Finda a licença, o servidor reassumirá imediatamente o


exercício.

Art. 71 - A competência para concessão de licença será do Prefeito,


com observância neste Estatuto, podendo ser delegada.

Art. 72 - O servidor em licença comunicará ao órgão de pessoal o


endereço onde poderá ser encontrado.

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SUBSEÇÃO II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE - LS

Art. 73 - A licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício,


dependerá de prévia inspeção médica e seguirá a legislação pertinente.

Parágrafo Único - O servidor licenciado para tratamento de saúde


não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de ter cassada sua
licença.

Art. 74 - O servidor que se recusar a submeter-se a inspeção


médica será punido com suspensão, até ser efetivada a inspeção.

Art. 75 - O servidor em curso de licença poderá ser examinado a


pedido ou de ofício e se for considerado apto para reassumir o serviço, imediatamente
retornará, sob pena de apurar com faltas os dias de ausências.

SUBSEÇÃO III

DA LICENÇA GESTANTE - LG

Art. 76 - À servidora gestante será concedida licença, de acordo


com a legislação da Previdência Social.

SUBSEÇÃO IV

LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES - LI

Art. 77 - O servidor estável poderá obter licença, sem vencimento,


para tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo de 03 ( três) meses.

§ 1º - O servidor requerente aguardará em exercício a concessão


de licença , sob pena de demissão por abandono do cargo.

§ 2º - A licença não será concedida quando inconveniente ao


interesse do serviço , desde que fundamentada pelo órgão competente.

§ 3º - Uma vez concedida a licença, não poderá ser revogada.

§ 4º - A licença interesse será concedida após 5 (cinco) anos de


efetivo serviço e não pode ser repetida nos próximos 5 (cinco) anos.

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Art. 78 - É vetada a concessão da licença para tratar de interesse


particular, a servidor lotado em cargo de livre nomeação e exoneração.

Art. 79 - A licença para tratamento de interesses particulares será


concedida mediante pedido devidamente instruído.

SUBSEÇÃO V

DA LICENÇA PARA CONCORRER A MANDATO ELETIVO – LCME

Art. 80 – O servidor ocupante de cargo efetivo fará jus à licença


remunerada, com vencimento integral, a partir do registro de sua candidatura a cargo
eletivo, segundo a legislação pertinente.

Parágrafo Único - O servidor candidato a cargo eletivo que exerça


cargo em comissão ou função de direção, chefia, assessoramento, dele será exonerado a
partir do dia imediato ao registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

SUBSEÇÃO VI

DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO ELETIVO - LDME

Art. 81 - O servidor municipal exercerá o mandato eletivo,


respeitada as disposições deste artigo e da legislação especial pertinente.

§ 1º - Investido no mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito, será


afastado de seu cargo, facultando-lhe optar pelo vencimento deste ou pelo subsídio.

§ 2º - Investindo no mandato de vereador, havendo compatibilidade


de horários, exercerá o mandato e o cargo, e receberá os vencimentos de seu cargo, sem
prejuízo do subsídio a que faz jus. Não havendo compatibilidade deverá optar pelo
vencimento do cargo ou pelo subsídio de Vereador.

§ 3º - Findo o mandato, o servidor reassumirá o seu cargo.

Art. 82 - O disposto do artigo anterior se alterará automaticamente


sempre que a Constituição Federal e/ou a Legislação Especial dispuser de maneira diversa,
ficando incorporado a este Estatuto.

SUBSEÇÃO VII

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LICENÇA LUTO - LL

Art. 83 – O servidor terá direito à Licença Luto, pelo falecimento de


cônjuge até 05 ( cinco ) dias e 02 ( dois ) dias no caso do pai, mãe, irmão, filho, sogro e
sogra, a contar do falecimento;

SUBSEÇÃO VIII

LICENÇA CASAMENTO – LC

Art. 84 – O servidor terá direito à Licença Casamento até 05 (cinco)


dias, contados do ato, mediante apresentação da certidão de casamento.

SUBSEÇÃO IX

LICENÇA PATERNIDADE – LP

Art. 85 – O servidor terá direito à Licença Paternidade até 05 (cinco)


dias, contados do nascimento.

CAPÍTULO IV

DO VENCIMENTO, REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 86 - Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efetivo


exercício do cargo, correspondente ao valor básico fixado em lei.

Art. 87 - Remuneração é o vencimento acrescido das demais


vantagens a que faz jus o servidor.
Art. 88 - O servidor poderá optar pelos vencimentos quando:

I - No exercício de cargo de comissão;

II - Quando no exercício de cargo eletivo;

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III - Quando designado para servir em qualquer órgão do Estado,


União, a pedido do Presidente da República ou do
Governador.

Art. 89 - O servidor perderá a remuneração dos dias que faltar ao


serviço, bem como dos dias de repouso da respectiva semana, sem prejuízo da penalidade
disciplinar cabível.

Art. 90 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum


desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá haver


desconto em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração, até o
limite de 40% (quarenta por cento) da remuneração.

Art. 91 - As reposições devidas por servidor à Fazenda Municipal


poderão ser feitas em parcelas mensais, com juros e correção monetária, e mediante
desconto em folha de pagamento.

§ 1º - O valor de cada parcela não poderá exceder a 40% (quarenta


por cento) da remuneração do servidor.

§ 2º - O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a importância


do prejuízo causado a Fazenda Municipal em virtude de alcance, desfalque, ou omissão de
efetuar o recolhimento ou entradas nos prazos legais.

Art. 92 - O servidor em débito com o Erário, que for demitido,


exonerado, ou que tiver a sua disponibilidade cassada, terá de repor a quantia de uma só
vez.

Parágrafo único - A não quitação de débito implicará em sua


inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.

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Art. 93 - Além do vencimento, poderão ser pagos ao servidor


gratificações e adicionais.

SEÇÃO II

DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 94 - Constituem gratificações e adicionais dos servidores


municipais:

I - gratificação natalina;

II - adicional por tempo de serviço;

III - adicional noturno.

IV - pela prestação de serviços extraordinários

SUBSEÇÃO I

DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 95 - A gratificação natalina corresponderá a um doze avos da


remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no
respectivo ano.

§ 1º - Os adicionais e as gratificações serão computados na razão de


1/12 de seu valor vigente em dezembro, por mês de exercício em que o servidor percebeu a
vantagem, no ano correspondente.

§ 2º - A fração igual ou superior a quinze dias de exercício no


mesmo mês será considerada como mês integral.

Art. 96 - A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de


dezembro de cada ano.

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Art. 97 - Em caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria do


servidor, a gratificação natalina será devida proporcionalmente aos meses de efetivo
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração, falecimento ou
aposentadoria.

Art. 98 - A gratificação natalina não será considerada para cálculo de


qualquer vantagem pecuniária.

Subseção II

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 99 - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de um


por cento por ano de serviço já prestado à Administração Pública direta ou indireta,
incidente sobre o vencimento da classe do servidor ocupante de cargo efetivo.

§ 1º - Computar-se-á para a vantagem o tempo de serviço


anteriormente prestado, sob qualquer forma de ingresso, desde que não concomitante.

§ 2º - O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que


completar o anuênio.

§ 3º- Para fazer jus ao adicional por tempo de serviço prestado a


outro ente público, ou em descontinuidade ao município, o servidor deverá apresentar
requerimento acompanhado da respectiva prova.

SUBSEÇÃO III

DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 100 - O servidor que prestar trabalho noturno fará jus a um


adicional de 20% sobre o vencimento do cargo.

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§ 1º - Considera-se trabalho noturno, para efeito deste artigo, o


executado entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte.

§ 2º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem


períodos diurnos e noturnos, o adicional será pago proporcionalmente às horas de trabalho
noturno.

SUBSEÇÃO IV

PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS

Art. 101 - O serviço extraordinário será remunerado por hora de


trabalho que exceda o período normal, com acréscimo de cinqüenta por cento em relação à
hora normal.

Parágrafo único - Salvo nos casos excepcionais, devidamente


justificados em dias úteis, não poderá o trabalho em horário extraordinário exceder a duas
horas diárias, nos dias úteis, e a oito horas nos demais dias.

Art. 102 - O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá ser


realizado sob a forma de plantões para assegurar o funcionamento dos serviços municipais
ininterruptos.

Parágrafo único - O plantão extraordinário visa a substituição do


plantonista titular legalmente afastado ou em falta ao serviço.

Art. 103 - O exercício de cargo em comissão ou de função


gratificada, não sujeito ao controle de ponto, exclui a remuneração por serviço
extraordinário

CAPÍTULO V

DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 104 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir


reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito ou de interesse legítimo.

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Parágrafo único - As petições, salvo determinação expressa em lei


ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito Municipal e terão decisão no prazo de trinta
dias.

Art. 105 - O pedido de reconsideração deverá conter novos


argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a decisão ou ato.

Parágrafo único - O pedido de reconsideração, que não poderá ser


renovado, será submetido à autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a
decisão ou praticado o ato.

Art. 106 - Caberá recurso ao Prefeito, como última instância


administrativa, sendo indelegável sua decisão.

Parágrafo único - Terá caráter de recurso o pedido de


reconsideração quando o prolator do despacho, decisão ou ato houver sido o Prefeito.

Art. 107 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou


de recurso, é de dez dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.

Parágrafo único - O pedido de reconsideração e o recurso não terão


efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 108 - O direito de reclamação administrativa prescreverá, salvo


disposição legal em contrário, em um ano a contar do ato ou fato do qual se originar.

§ 1º - O prazo prescricional terá início na data da publicação do ato


impugnado ou da data da ciência, pelo interessado, quando o ato não for publicado.

§ 2º - O pedido de reconsideração e o recurso interromperá a


prescrição administrativa.

Art. 109 - A representação será dirigida ao chefe imediato do


servidor que, se a solução não for de sua alçada, a encaminhará a quem de direito.

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Parágrafo único - Se não for dado andamento à representação,


dentro do prazo de cinco dias, poderá o servidor dirigi-la direta e sucessivamente às chefias
superiores.

Art. 110 - É assegurado o direito de vistas do processo ao servidor


ou representante legal, junto à repartição pública.

CAPÍTULO VI

DO REGIME DISCIPLINAR

SEÇÃO I

DOS DEVERES

Art. 111 - São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;


II - lealdade às instituições a que servir;
III - observância das normas legais e regulamentares;
IV – cumprimento às ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal; e
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades


de que tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e conservação do
patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição;

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IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;


X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder;
XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e
convenientemente trajado ou com o uniforme que for determinado;
XIV - observar as normas de segurança e medicina do trabalho
estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI)
que lhe forem fornecidos;
XV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os colegas
de trabalho;
XVI - freqüentar cursos e treinamentos instituídos para seu
aperfeiçoamento e especialização;
XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas
hipóteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou quando determinado pela
autoridade competente; e
XVIII - sugerir providências tendentes a melhoria ou
aperfeiçoamento do serviço.

SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 112 - É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão capaz de


comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia,
prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pública, especialmente
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo, ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;

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VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades


públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral;
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de sua competência ou de seu
subordinado;
VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,
em detrimento da dignidade da função pública;
IX - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes
até o segundo grau;
X - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XI - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem
licença prévia nos termos da lei;
XII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIII - proceder de forma desidiosa no desempenho das funções;
XIV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares; e
XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.
Art. 113 - É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do
ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado,
respondendo porém civil ou criminalmente na forma da legislação aplicável, se de sua
conduta resultar delito penal ou dano moral.

SEÇÃO III
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 114 - O servidor responde civil, penal e administrativamente


pelos atos praticados enquanto no exercício do cargo.
Art. 115 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao Erário ou a terceiros.

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§ 1º - Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o servidor


perante a Fazenda Pública em ação regressiva, sem prejuízo de outras medidas
administrativas e judiciais cabíveis.
§ 2º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e
contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 116 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
contravenções imputados ao servidor.
Art. 117 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo
ou comissivo praticado por servidor investido no cargo ou função pública.
Art. 118 - As sanções civis, penais e administrativas poderão
cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 119 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor
será afastada no caso de absolvição criminal definitiva que negue a existência do fato ou a
sua autoria.

SEÇÃO IV
DAS PENALIDADES

Art. 120 - São penalidades disciplinares aplicáveis a servidor após


procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o direito de defesa:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - destituição de cargo ou função de
confiança.
Art. 121 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes.
Art. 122 - Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela
mesma infração.
Parágrafo único - No caso de infrações simultâneas, a maior
absorve as demais, funcionando estas como agravantes na gradação da penalidade.
Art. 123 - Observado o disposto nos artigos precedentes, a pena de
advertência ou suspensão será aplicada, a critério da autoridade competente, por escrito, na
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos casos
de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão.

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Art. 124 - A pena de suspensão não poderá ultrapassar a sessenta


dias.
Parágrafo único - Quando houver conveniência para o serviço, a
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de cinqüenta por cento
por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço e a exercer
suas atribuições legais.
Art. 125 - Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos
de:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
IV - inassiduidade ou impontualidade habituais;
V - improbidade administrativa;
VI - incontinência pública e conduta escandalosa;
VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço,
salvo em legítima defesa;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções;
XIII - transgressão do art. 112, incisos VIII a XIV.
Art. 126 - A acumulação de que trata o inciso XII do artigo anterior
acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo
de cinco dias para opção.
Art. 127 - A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X do art. 125
implicará em ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 128 - Configura abandono de cargo a ausência intencional ao
serviço por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 129 - A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente
será aplicada quando caracterizada a habitualidade de modo a representar séria violação dos
deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por advertência ou suspensão.
Art. 130 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o
fundamento legal.

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Art. 131 - A pena de destituição de função de confiança será


aplicada:
I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho;
II - quando for verificado que, por negligência ou benevolência, o
servidor contribuiu para que não se apurasse, no devido tempo, irregularidade no
serviço.
Parágrafo único - A aplicação da penalidade deste artigo não
implicará em perda do cargo efetivo.
Art. 132 - O ato de aplicação de penalidade é de competência do
Prefeito Municipal.
Parágrafo único - Poderá ser delegada competência aos Secretários
Municipais para aplicação da pena de suspensão ou advertência.
Art. 133 - A demissão por infringência ao art. 112 incisos VIII a
VIX, incompatibilizará o ex-servidor para nova investidura em cargo ou função pública do
Município, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo único - Não poderá retornar ao serviço público municipal
o servidor que for demitido por infringência do art. 125, inc. I, V, VIII, X e XI.
Art. 134 - A pena de destituição de função de confiança implicará na
impossibilidade de ser investido em funções dessa natureza durante o período de cinco anos
a contar do ato de punição.
Art. 135 - As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em
sua ficha funcional.
Art. 136 - A ação disciplinar prescreverá:
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou destituição de função de confiança;
II - em dois anos, quanto à suspensão; e
III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.
§ 1º - A falta também prevista na lei penal como crime prescreverá
juntamente com este.
§ 2º - O prazo de prescrição começará a correr da data em que a
autoridade tomar conhecimento da existência da falta.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar interromperá a prescrição.
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo prescricional
recomeçará a correr novamente, no dia imediato ao da interrupção.

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SEÇÃO V
DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 137 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço


público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo
administrativo disciplinar sob pena de incorrer nas previsões do art. 111.
Parágrafo único - Quando o fato denunciado, de modo evidente,
não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de
objeto.
Art. 138 - As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas em
processo regular com direito a plena defesa, por meio de:
I - sindicância, quando não houver dados suficientes para sua
determinação ou para apontar o servidor faltoso;
II - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da
ação ou omissão torne o servidor passível de demissão, cassação da aposentadoria ou da
disponibilidade.

SUBSEÇÃO II
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 139 - A autoridade competente poderá determinar a suspensão


preventiva do servidor, até sessenta dias, prorrogáveis por mais trinta se,
fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para apuração de falta a ele
imputada.
Art. 140 - O servidor fará jus à remuneração integral durante o
período de suspensão preventiva.

SEÇÃO III
DA SINDICÂNCIA

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Art. 141 - A sindicância será cometida a servidor ocupante de cargo


efetivo, podendo este ser dispensado de suas atribuições normais até a apresentação do
relatório.
Parágrafo único - A critério da autoridade competente,
considerando o fato a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a uma comissão
de servidores, até o máximo de três.
Art. 142 - O sindicante ou a comissão efetuará, de forma sumária, as
diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável,
apresentando, no prazo máximo de trinta dias, relatório a respeito.
§ 1º - Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da representação e
o servidor implicado, se houver.
§ 2º - Reunidos os elementos apurados, o sindicante ou comissão
traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando o possível culpado, qual a
irregularidade ou transgressão e o seu enquadramento nas disposições estatutárias.
§ 3º - O sindicante abrirá o prazo de cinco (05) dias para o indiciado
apresentar defesa, antes de elaborar o relatório.
Art. 143 - A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos
elementos que instruíram o processo, decidirá, no prazo de cinco dias úteis:
I - pela aplicação de penalidade de advertência ou suspensão;
II - pela instauração de processo administrativo disciplinar, ou
III - arquivamento do processo.

§ 1º - Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão


devidamente elucidados, inclusive na indicação do possível culpado, devolverá o processo
ao sindicante ou comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a cinco
dias úteis.
§ 2º - De posse do novo relatório e elementos complementares, a
autoridade decidirá no prazo e nos termos deste artigo.

SUBSEÇÃO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 144 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por


comissão de três servidores efetivos, designada pela autoridade competente que indicará,
dentre eles, o seu presidente.

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Parágrafo único - A comissão terá como secretário, servidor


designado pelo presidente, podendo a designação recair em um dos seus membros.
Art. 145 - A comissão processante, sempre que necessário e
expressamente determinado no ato de designação, dedicará todo o tempo aos trabalhos do
processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispensados dos serviços normais
da repartição.
Art. 146 - O processo administrativo será contraditório, assegurada
ampla defesa ao acusado, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 147 - Quando o processo administrativo disciplinar resultar de
prévia sindicância, o relatório desta integrará os autos, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância concluir
pela prática de crime, a autoridade competente oficiará ao Ministério Público, e remeterá
cópia dos autos, independente da imediata instauração do processo administrativo
disciplinar.
Art. 148 - O prazo para a conclusão do processo não excederá
sessenta dias, contados da data do ato que constituir a comissão, admitida a prorrogação,
quando as circunstâncias o exigirem, mediante autorização da autoridade que determinou a
sua instauração.
Art. 149 - As reuniões da comissão serão registradas em atas que
deverão detalhar as deliberações adotadas.
Art. 150 - Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente
determinará a autuação da portaria e demais peças existentes e designará o dia, hora e local
para primeira audiência e a citação do indiciado.
Art. 151 - A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente e
contra-recibo, com, pelo menos, quarenta e oito horas de antecedência em relação à
audiência inicial e conterá dia, hora e local e qualificação do indiciado e a falta que lhe é
imputada, com descrição dos fatos.
§ 1º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser
certificado, com assinatura de, no mínimo, duas testemunhas.
§ 2º - Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido seu
endereço, será citado por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o
comprovante do registro e o aviso de recebimento.
§ 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será
citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais do Município, com prazo de
quinze dias.
Art. 152 - O indiciado poderá constituir procurador para fazer a sua
defesa.

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Art. 153 - Na audiência marcada, a comissão promoverá o


interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo de três dias para oferecer
alegações escritas, requerer provas e arrolar testemunhas, até o máximo de cinco.
§ 1º - Havendo mais de um indiciado, o prazo será comum e de seis
dias, contados a partir da tomada de declarações do último deles.
§ 2º - O indiciado ou seu advogado terão vista do processo na
repartição podendo ser fornecida cópia de inteiro teor mediante requerimento e reposição
do custo.
Art. 154 - A comissão promoverá a tomada de depoimentos,
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 155 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por
intermédio de procurador, assistir aos atos probatórios que se realizarem perante a
comissão, requerendo as medidas que julgar convenientes.
§ 1º - O presidente da comissão poderá indeferir pedidos
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos.
§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.
Art. 156 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do
intimado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição
do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a
indicação do dia e hora marcados para a inquirição.
Art. 157 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo,
não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º - As testemunhas serão ouvidas separadamente, com prévia
intimação do indiciado ou de seu procurador.
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem,
proceder-se-á a acareação entre os depoentes.
Art. 158 - Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a comissão
processante, se julgar útil ao esclarecimento dos fatos, reinterrogar o indiciado.
Art. 159 - Ultimada a instrução do processo, o indiciado será
intimado por mandado pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo
de dez dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, sendo fornecida cópia de
inteiro teor mediante requerimento e reposição do custo.

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Parágrafo único - O prazo de defesa será comum e de quinze dias se


forem dois ou mais os indiciados.
Art. 160 - Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou não, a
comissão apreciará todos os elementos do processo, apresentando relatório, no qual
constará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi acusado,
as provas que instruíram o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a
absolvição ou punição do indiciado, e indicando a pena cabível e seu fundamento legal.
Parágrafo único - O relatório e todos os elementos dos autos serão
remetidos à autoridade que determinou a instauração do processo, dentro de dez dias,
contados do término do prazo para apresentação da defesa.
Art. 161 - A comissão ficará à disposição da autoridade competente,
até a decisão final do processo, para prestar esclarecimento ou providência julgada
necessária.
Art. 162 - Recebidos os autos, a autoridade que determinou a
instauração do processo:
I - dentro de cinco dias:
a) pedirá esclarecimentos ou providências que entender
necessários, à comissão processante, marcando-lhe prazo;
b) encaminhará os autos à autoridade superior, se entender que a
pena cabível escapa à sua competência;
II - despachará o processo dentro de dez dias, acolhendo ou não
as conclusões da comissão processante, fundamentando o seu despacho se concluir
diferentemente do proposto.
Parágrafo único - Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo para
decisão final será contado, respectivamente, a partir do retorno ou recebimento dos autos.
Art. 163 - Da decisão final, são admitidos os recursos previstos nesta
Lei.
Art. 164 - As irregularidades processuais que não constituam vícios
substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na apuração da verdade ou na decisão do
processo, não lhe determinarão a nulidade.
Art. 165 - O servidor que estiver respondendo a processo
administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido do cargo, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso
aplicada.
Parágrafo único - Excetua-se o caso de processo administrativo
instaurado apenas para apurar o abandono de cargo, quando poderá haver exoneração a
pedido, a juízo da autoridade competente.

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SUBSEÇÃO V
DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 166 - A revisão do processo administrativo disciplinar poderá


ser requerida a qualquer tempo, uma única vez, quando:
I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos
falsos ou viciados;
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a
inocência do interessado ou de autorizar diminuição da pena.
Parágrafo único - A simples alegação de injustiça da penalidade não
constituirá fundamento para a revisão do processo.
Art. 167 - No processo revisional, o ônus da prova caberá ao
requerente.
Art. 168 - O processo de revisão será realizado por comissão
designada segundo os moldes das comissões de processo administrativo e correrá em
apenso aos autos do processo originário.
Art. 169 - As conclusões da comissão serão encaminhadas à
autoridade competente, dentro de trinta dias, devendo a decisão ser proferida,
fundamentadamente, dentro de dez dias.
Art. 170 - Julgada procedente a revisão, será tornada insubsistente ou
atenuada a penalidade imposta, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.

CAPÍTULO VII
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

Art. 171 – A seguridade social dos servidores públicos de Pinhal da


Serra obedecera a legislação do regime geral da Previdência Social.

CAPÍTULO VIII
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL
INTERESSE PÚBLICO

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Art. 172 - Para atender a necessidades temporárias de excepcional


interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pessoal por tempo determinado.
Art. 173 - Consideram-se como de necessidade temporária de
excepcional interesse público, as contratações que visam a:
I - atender a situações de calamidade pública;
II - combater surtos epidêmicos;
III– substituição de servidores e em licença;
IV - atender outras situações que vierem a ser definidas em lei
específica.
Art. 174 - As contratações de que trata este capítulo poderão ser
feitas pelo prazo de até um ano, podendo ser prorrogada.
Art. 175 - Os contratos serão de natureza administrativa, ficando
assegurados os seguintes direitos ao contratado:
I - vencimento equivalente à percebida pelos servidores de igual ou
assemelhada função no quadro permanente do Município;
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso semanal
remunerado, adicional noturno e gratificação natalina proporcional,
nos termos desta Lei;
III - férias proporcionais, ao término do contrato;
IV - inscrição no Regime Geral da Previdência Social.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 176 - O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito


de outubro.
Art. 177 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias
corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando
prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja
expediente, salvo norma específica dispondo de maneira diversa.
Art. 178 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos
definidos em lei ou regulamento, como próprios de seu cargo ou função gratificada, não
decorre nenhum direito ao servidor.
Art. 179 - Os atuais servidores municipais ficam submetidos ao
regime desta Lei

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Art. 180 - Está Lei entra em vigor na data da sua publicação,


ficando revogadas as disposições em contrário, especialmente o Regime Jurídico de
Esmeralda, no que tange a sua aplicação junto a este município.

Pinhal da Serra-RS, 03 de Julho de 2003; 7º ano da emancipação e 3º ano da instalação.

ANTONIO GIORDANO DA COSTA


Prefeito Municipal de Pinhal da Serra

Registre-se e publique-se
PS, 03 de julho de 2003.

Anderson de Jesus Costa


Sec. Mun. da Administração

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Sumário PÁGINA

01- Disposições Gerais 01


02- Do Provimento, Exercício e Vacância dos Cargos Públicos 02
03- Da Nomeação 04
04- Do Concurso 05
05- Da Posse 06
06- Do Estágio Probatório 07
07- Do Exercício 08
08- Da Substituição 10
09- Da Reintegração 10
10- Do Aproveitamento 11
11- Da Readaptação 12
12- Da Vacância 12
13- Do horário e do Ponto 13
14- Do Tempo de Serviço 14
15- Da Estabilidade 15
16- Das Férias 16
17- Das Licenças 18
18- Do Vencimento e Das Vantagens 21
19- Das Gratificações e dos Adicionais 23
20- Da Gratificação Natalina 23
21- Do Adicional por Tempo de Serviço 24

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22- Do Adicional Noturno 25


23- Da Gratificação por serviços extraordinánio 25
24- Do Direito de Petição 26
25- Do Regime Disciplinar 27
26- Dos Deveres do Servidor 28
27- Das Proibições 29
28- Da Responsabilidade 30
29- Das Penalidades 31
30- Do Processo Disciplinar 33
31- Da Suspensão Preventiva 34
32- Das Sindicâncias 34
33- Do Processo Administrativo 35
34- Da Revisão do Processo 39
35- Da Seguridade Social 39
36- Da Contratação Temporária 40
37- Disposições Finais 40

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