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Aulas - Direito Constitucional - TRF Tre
Aulas - Direito Constitucional - TRF Tre
CONSTITUCIONAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
TRF/TRE
I. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
É comum apontar-se os conceitos sociológico,
político e jurídico. O conceito sociológico foi
desenvolvido por Ferdinand Lassalle e enfatiza
os fatores reais de poder na sociedade. O
conceito político está relacionado a Carl Shimitt,
para quem a constituição se refere à decisão
política fundamental. O conceito jurídico está
ligado a Hans Kelsen e entende a Constituição
como uma norma jurídica fundamental. Kelsen
também elaborou um, conceito lógico de constituição
ao desenvolver a norma fundamental hipotética
que não é norma jurídica, mas um fundamento lógico
para o sistema de normas.
II. CLASSIFICAÇÕES DAS
CONSTITUIÇÕES
Critério formal: escritas e não escritas; As constituições escritas são
reduzidas a um documento. As não escritas abrangem textos esparsos,
precedentes judiciais e costumes constitucionais.
A) A Supremacia da Constituição
Presidente da República,
mesa da Câmara dos Deputados,
direitos sociais,
direitos de nacionalidade,
PRINCÍPIO DA IGUALDADE:
Todos são iguais perante a lei. A
Constituição proíbe as distinções que não
se destinem a atender a uma finalidade
juridicamente protegida.
É possível, por exemplo, exigir idade máxima
para provimento de um cargo público, se as
respectivas atribuições assim exigirem.
A) Direitos e garantias individuais:
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de
lei. Nenhuma obrigação pode ser imposta
às pessoas sem previsão em lei no
sentido formal.
A) Direitos e garantias individuais:
INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO:
A casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou durante o dia,
por determinação judicial. O conceito de
domicílio é amplo. Também inclui o lugar
em que alguém exerce, de modo
particular, uma profissão, a exemplo de
escritório de advocacia.
A) Direitos e garantias individuais:
INVIOLABILIDADE DO SIGILIO DA
CORRESPONDÊNCIA E DAS COMUNICAÇÕES
TELEGRÁFICAS, DE DADOS E DAS
COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS:
A correspondência, as comunicações telegráficas,
de dados e as comunicações telefônicas, em
regra não podem ser interceptadas. A
Constituição permitiu as interceptações
telefônicas por ordem judicial. Prevaleceu o
entendimento de que era imprescindível a
existência de lei regulamentando a
possibilidade de interceptações telefônicas.
Para tal finalidade, foi editada a lei n 9.296 de
24/07/96. As interceptações somente são
cabíveis para prova em investigação criminal e
em instrução processual penal.
A) Direitos e garantias individuais:
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO:
A Constituição estabelece a plena liberdade de associação
para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. A
criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
independem de autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento. As associações só poderão
ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se para a dissolução o
trânsito em julgado. As entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente. Existe o
entendimento de que o direito de representação se distingue
da legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo.
Logo, no caso de representação, a autorização dos
representados é imprescindível, enquanto, no caso de mandado
de segurança coletivo não é exigida.
A) Direitos e garantias individuais:
PROTEÇÃO DA SEGURANÇA JURÍDICA:
A Constituição assegura a estabilidade das
relações jurídicas, por isso veda a
aplicação retroativa da lei para atingir o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada. A proteção ao direito
adquirido deve ser reconhecida inclusive diante
das chamadas leis de ordem pública, a exemplo
das que prevêem planos econômicos.
A) Direitos e garantias individuais:
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI PARA O
JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA
A VIDA:
A Constituição reconheceu a instituição do júri e
definiu os seguintes princípios: a plenitude de
defesa, o sigilo das votações, a soberania dos
veredictos, a competência para o julgamento
dos crimes dolosos contra a vida. Não fica
excluído o recurso contra as decisões, no entanto o
Tribunal ao julgar a apelação determinará, se for o
caso, que novo julgamento seja realizado pelo júri.
Prevalece o entendimento de que se o réu
possuir prerrogativa de foro concedida pela
Constituição federal, não será submetido a
julgamento pelo júri, predominando o foro
especial.
A) Direitos e garantias individuais:
DIREITO DE PETIÇÃO E DE OBTER CERTIDÕES:
São a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas o direito de petição aos
poderes públicos em defesa de direito ou contra
ilegalidade ou abuso de poder, bem como a
obtenção de certidões em repartições públicas
para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal. Se for negado o
direito de certidão, é cabível mandado de
segurança.
A) Direitos e garantias individuais:
PLENITUDE DA TUTELA JURISDICIONAL:
A lei não excluirá da apreciação do poder
judiciário lesão ou ameaça a direito.
O ingresso em juízo não está condicionado à exaustão
de esferas administrativas.
Apenas em relação aos litígios decorrentes de
competições esportivas, a Constituição estabelece que
o Poder Judiciário somente admitirá ações após
esgotarem-se as instâncias da justiça Desportiva
regulada em lei. No entanto, existe o prazo máximo
de 60 dias para que a justiça Desportiva profira
decisão final.
A) Direitos e garantias individuais:
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL:
Não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal.
Trata-se de garantia constitucional da
liberdade.
A) Direitos e garantias individuais:
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL:
Ninguém será privado da liberdade ou dos seus
bens sem o devido processo legal.
Tem a sua origem na Magna Carta Inglesa. É também
previsto na Declaração Universal dos Direitos do
Homem. Implica a ampla defesa e o
contraditório, que deverão ser assegurados aos
litigantes em processo judicial ou
administrativo e aos acusados em geral. Por
outro lado, também é possível apreciar o devido
processo legal do ponto de vista substantivo ou
material, identificando-o com a proporcionalidade e a
razoabilidade.
A) Direitos e garantias individuais:
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA
INOCÊNCIA:
Ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado da sentença penal
condenatória.
Entende a jurisprudência que a presunção de
inocência não impede a prisão do réu
condenado antes do trânsito em julgado da
sentença. Não é possível lançar o nome do
réu no rol dos culpados, enquanto não
transitar em julgado a condenação.
A) Direitos e garantias individuais:
MANDADO DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS, HABEAS
DATA, MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR:
O Mandado de Segurança se destina a proteger direito
líquido e certo não amparado por habeas corpus ou
habeas data contra ilegalidade ou abuso de poder,
praticado por autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica, no exercício de atribuições do Poder Público.
Direito líquido e certo é o que pode ser demonstrado
mediante prova documental. Os particulares, como por
exemplo, concessionários de serviços públicos e
dirigentes de estabelecimentos de ensino superior,
podem responder a mandados de segurança, em
relação aos atos praticados no exercício de atribuições
delegadas do Poder Público.
A) Direitos e garantias individuais:
OBSERVAÇÃO!!!!
membros ,
poderes indicados para os municípios,
Insuficiência de desempenho ;