A mistura da tradição europeia com os ritmos musicais dos africanos
criou no Brasil um dos maiores espectáculos populares do mundo. O carnaval nasceu no Egipto, passou pela Grécia e por Roma, foi adaptado pela Igreja Católica e desembarcou aqui no séc. XVII, trazido pelos portugueses. Não se sabe ao certo qual a origem da palavra carnaval. Para alguma etimologia essa palavra se aplicava à Terça-feira gorda, a partir de quando a Igreja Católica proibia o consumo de carne. Outros apontam sua origem da palavra latina carnelevamen, que significa "adeus carne". Essa palavra pode ser interpretada também como carnes levedem, "prazer da carne", que marcam os momentos prazeres que antecedem o período da quaresma, que é um período de abstinência. A explicação sobre a origem do carnaval tem controvérsias, mas tem sido atribuída às festas da antiguidade clássica e Idade Média.
Em Roma, comemoravam-se as Saturnais de 16 a 18 de Dezembro,
para a glória do deus Saturno. Tribunais e escolas fechavam as portas, escravos eram alforriados e dançava-se pelas ruas. A abertura da festa era um cortejo de carros imitando navios, com mulheres e homens nus dançando. No dia 15 de Fevereiro, comemoravam-se as Lupercais, dedicados à fecundidade. "As lupercais, sacerdotes de Pá, saiam pelados, banhados em sangue de cabra, e perseguiam os transeuntes, batendo-lhes com uma correia" (Revista Super interessante ano 9 n.º 2 p.22). Em Março, os Bacanais, deus grego Baco e Dionísio deus romano, celebrando a primavera inspirados por Como e Momo.
Procurando assumir o controlo dessas festas, a Igreja Católica buscou
abolir a permissividade dos carnavais. Na Idade Média Tertúlias, são Cipriano, são Clemente de Alexandria e o papa Inocêncio II foram grandes inimigos do carnaval mas, no séc. XV, o papa Paulo II foi tolerante e chegou a autorizar as corridas de cavalos, carros alegóricos, batalhas de confesses, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares, dando-lhe um sentido litúrgico religioso. Na Rússia, a Maslenitsa festa que encerra o inverno, com corridas de esqui, patinação, muita vodka e danças. "No carnaval de Colónia, na Alemanha, as mulheres armam-se com tesouras e saem pelas ruas para cortar as gravas dos homens. Em Veneza, a tradição consagrou os fogos de artifícios e foliões mascarados. Na Bolivianas mineiros de Ouro veneram a mãe-terra, Achanava, dançando fantasiados de demónios. Em New Orleans, nos EUA, pessoas invadem as ruas do French Quarter, na Terça-feira atrás de músicos que tocam toda a noite" (Super interessante ano 9 n.º 2 p.22).
No Brasil colonial, no séc. XVII o Entrudo português constituiu a forma
mais comum de brincar o carnaval. Os foliões se lambuzavam com caças de farinha e bexigas d'água. O primeiro baile aconteceu em 1840, no Hotel Itália, no Rio. Em 1845, os ricos aderiam à polca checa e os negros dançavam jongo. Em 1848, o sapateiro português José Nogueira de Azevedo Prates, saiu pelas ruas do rio tocando bombo. Deu origem aos primeiros blocos de rua.
Os cordões começaram com as sociedades carnavalescas, em 1866. Na
Bahia, em 1895, nascia o primeiro afoxé: estava inventada a batucada. Depois da Guerra dos Canudos, em 1897, uma gentarada foi morar no Morro da Saúde, criando a primeira favela do Rio. O primeiro samba, foi escrito em 1917: pelo telefone, de Donga. O Rei Momo foi instituído pelo jornal carioca A Noite, em 1933, como símbolo do Carnaval. O primeiro Rei Momo foi o compositor Sílvio Caldas. Em 1935, o desfile das escolas de samba foi legalizado pela prefeitura do Distrito Federal. Com o rádio, a festa difundiu-se e profissionalizou-se. Com a televisão, virou indústria. O antropólogo Roberto Da Marta, autor de Carnavais, Malandros e Heróis (Rio, ed. Zahar, 1979) define a folia como um rito inversão, que subverte as hierarquias quotidianas: transforma os pobre em faraó, ricos em mascarados, homens em mulheres, recatos em luxúria. É uma compensação da realidade.
A mistura da tradição europeia com os ritmos musicais dos africanos
criou no Brasil um dos maiores espectáculos populares do mundo. O carnaval nasceu no Egipto, passou pela Grécia e por Roma, foi adaptado pela Igreja Católica e desembarcou aqui no séc. XVII, trazido pelos portugueses.
Não se sabe ao certo qual a origem da palavra carnaval. Para alguma
etimologia essa palavra se aplicava à Terça-feira gorda, a partir de quando a Igreja Católica proibia o consumo de carne. Outros apontam sua origem da palavra latina carnelevamen, que significa "adeus carne". Essa palavra pode ser interpretada também como carnes levedem, "prazer da carne", que marcam os momentos prazeres que antecedem o período da quaresma, que é um período de abstinência. A explicação sobre a origem do carnaval tem controvérsias, mas tem sido atribuída às festas da antiguidade clássica e Idade Média.
Em Roma, comemoravam-se as Saturnais de 16 a 18 de Dezembro,
para a glória do deus Saturno. Tribunais e escolas fechavam as portas, escravos eram alforriados e dançava-se pelas ruas. A abertura da festa era um cortejo de carros imitando navios, com mulheres e homens nus dançando. No dia 15 de Fevereiro, comemoravam-se as Lupercais, dedicados à fecundidade. "As lupercais, sacerdotes de Pá, saiam pelados, banhados em sangue de cabra, e perseguiam os transeuntes, batendo-lhes com uma correia" (Revista Super interessante ano 9 n.º 2 p.22). Em Março, os Bacanais, deus grego Baco e Dionísio deus romano, celebrando a primavera inspirados por Como e Momo.
Procurando assumir o controlo dessas festas, a Igreja Católica buscou
abolir a permissividade dos carnavais. Na Idade Média Tertúlias, são Cipriano, são Clemente de Alexandria e o papa Inocêncio II foram grandes inimigos do carnaval mas, no séc. XV, o papa Paulo II foi tolerante e chegou a autorizar as corridas de cavalos, carros alegóricos, batalhas de confesses, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares, dando-lhe um sentido litúrgico religioso.
Na Rússia, a Maslenitsa festa que encerra o inverno, com corridas de
esqui, patinação, muita vodka e danças. "No carnaval de Colónia, na Alemanha, as mulheres armam-se com tesouras e saem pelas ruas para cortar as gravas dos homens. Em Veneza, a tradição consagrou os fogos de artifícios e foliões mascarados. Na Bolivianas mineiros de Ouro veneram a mãe-terra, Achanava, dançando fantasiados de demónios. Em New Orleans, nos EUA, pessoas invadem as ruas do French Quarter, na Terça-feira atrás de músicos que tocam toda a noite" (Super interessante ano 9 n.º 2 p.22).
No Brasil colonial, no séc. XVII o Entrudo português constituiu a forma
mais comum de brincar o carnaval. Os foliões se lambuzavam com caças de farinha e bexigas d'água. O primeiro baile aconteceu em 1840, no Hotel Itália, no Rio. Em 1845, os ricos aderiam à polca checa e os negros dançavam jongo. Em 1848, o sapateiro português José Nogueira de Azevedo Prates, saiu pelas ruas do rio tocando bombo. Deu origem aos primeiros blocos de rua. Os cordões começaram com as sociedades carnavalescas, em 1866. Na Bahia, em 1895, nascia o primeiro afoxé: estava inventada a batucada. Depois da Guerra dos Canudos, em 1897, uma gentarada foi morar no Morro da Saúde, criando a primeira favela do Rio. O primeiro samba, foi escrito em 1917: pelo telefone, de Donga. O Rei Momo foi instituído pelo jornal carioca A Noite, em 1933, como símbolo do Carnaval. O primeiro Rei Momo foi o compositor Sílvio Caldas. Em 1935, o desfile das escolas de samba foi legalizado pela prefeitura do Distrito Federal. Com o rádio, a festa difundiu-se e profissionalizou-se. Com a televisão, virou indústria.
O presidente da escola de samba paulista na Tom Maior, Março António
da Silva, exibiu na última segunda-feira o samba-enredo "Salve Salve São Bernardo, Pedaço do meu Brasil - Terra Mãe dos Paulistas!" ao prefeito em exercício de São Bernardo, Frank Aguiar.
Durante a visita, Silva aproveitou para mostrar as fantasias que estarão
na avenida, fez a entrega do convite oficial do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e convidou Aguiar a visitar o barracão para acompanhar a confecção dos carros alegóricos e fantasias.
O desfile contará com 3,2 mil componentes distribuídos em 23 alas e
cinco carros alegóricos, trazendo a descoberta da Serra do Mar, a fundação de São Bernardo, indústria move leira, dando ênfase aos mananciais e a Represa Billings, a Cidade da Criança, rota do Frango com Polenta e a produção cinematográfica da Companhia Vera Cruz, homenageando Mazzaropi. Além disso, haverá um carro, todo robotizado, com carcaças de automóveis, que mostrará a cidade como berço sindical e terá todos os convidados vestidos de vermelho, como Frank Aguiar, o prefeito Luiz Marinho e possivelmente Lula.