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• Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de

práticas económicas desenvolvido na Europa na


Idade Moderna, entre o século XV e os finais do
século XVIII. O mercantilismo originou um
conjunto de medidas económicas diversas de
acordo com os estados. É possível distinguir três
modelos principais: bulionismo ou metalismo,
colbertismo ou balança comercial favorável e
mercantilismo comercial e marítimo.
Metalismo : o ouro e a prata eram metais que deixavam
uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes
faziam de tudo para acumular estes metais. Além do
comércio externo, que trazia moedas para a economia
interna do país, a exploração de territórios conquistados era
incentivada neste período. Foi dentro deste contexto
histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das
sociedades indígenas da América como, por exemplo, os
maias, incas e astecas. Porém esta nação não promoveu o
investimento dessas riquezas em actividades lucrativas
como por exemplo, a indústria.
 Incentivos às manufaturas : o governo
estimulava o desenvolvimento de manufacturas
nos seus territórios. Como o produto
manufacturado era mais caro do que matérias-
primas ou géneros agrícolas, a sua exportação
era certeza de bons lucros..
 Proteccionismo Alfandegário : os reis
criavam impostos e taxas para evitar ao
máximo a entrada de produtos vindos do
exterior. Era uma forma de estimular a
indústria nacional e também evitar a saída de
moedas para outros países.
 Pacto Colonial : as colónias europeias
deveriam fazer comércio apenas com as suas
metrópoles. Era uma garantia de vender caro e
comprar barato, obtendo ainda produtos não
encontrados na Europa. Dentro deste contexto
histórico ocorreu o ciclo económico do açúcar
no Brasil Colonial
 Balança Comercial Favorável : o esforço era
para exportar mais do que importar, desta
forma entraria mais moedas do que sairia,
deixando o país em boa situação financeira.
 A actividade mercantil, como motor da
economia, gera a riqueza dos povos
 O comércio só gerava boa riqueza se se
exercesse no quadro de uma balança comercial
favorável
 O valor das vendas e dos fretes prestados
deveria exceder o valor das compras e dos
serviços pagos
 Acto de 1651 - proibição de entrada nos portos ingleses
de barcos que transportassem mercadorias que não fossem
de origem dos seus países
 Acto de 1660 – o comércio entre as colónias e a Inglaterra
de veria ser efectuado apenas, por barcos ingleses
 Acto de 1663 – Os colonos apenas podiam vender os seus
produtos à Inglaterra e só a aela poderiam comprar os
bens de que necessitassem: atrofiamento económico das
colónias da América do Norte
 Os Actos de Navegação de Cromwell
favoreceram o crescimento da marinha
mercante, o desenvolvimento do comércio e a
expansão colonial inglesa.
 Londres tornou-se um maior centro económico
do mundo, transformando-se num grande
entreposto de mercadorias coloniais como o
açúcar, o algodão, o tabaco e o chá
 Objectivos: crescimento económico e
engrandecimento da economia, pelo incremento à
produção manufactureira, pelo fortalecimento do
comércio externo e pelo alargamento das áreas
coloniais.
 Meios:
 Criação de manufacturas reais, apoiadas e protegidas
pelo Estado
 Modernização de técnicas e processos de fabrico
 Concessão de privilégios e fiscais e jurídicos às
indústrias
 Fiscalização e controlo rigoroso dos produtos
 Regulamentação do trabalho (tabelamento de
baixos salários e aumento do número de horas de
trabalho, de forma a que o custo final do produto
baixasse)
 Adopção de medidas aduaneiras proteccionistas:
taxas alfandegárias favoráveis à saída de produtos,
porém altamente punitivas para a entrada de outros
 Formação de companhias de comércio:
 Companhia das Índias Orientais
 Companhia das Índias Ocidentais
 Companhia do Senegal e da Guiné
 Companhia do Levante
 Companhia do Norte
 Alargamento das áreas coloniais, com a expansão
territorial nas Américas e no Oriente
 Não desenvolvimento da agricultura, o que provocou a
estagnação da economia rural, onde cerca de 80% da
população fazia parte da massa campesina com baixo
poder de compra, o que invalidou a criação de um forte
mercado interno
 Excessivo dirigismo estatal que diminuiu o estímulo à
livre iniciativa
 Elevados gastos com a guerra e despesas do Estado
 Oposição às medidas mercantilistas por parte da nobreza.
 "Para o seu fortalecimento, o Estado absolutista precisava dispor de
um grande volume de recursos financeiros necessários à
manutenção de um exército permanente e de uma marinha
poderosa, ao pagamento dos funcionários reais e à manutenção do
aparelho administrativo e ainda ao custeio dos gastos sumptuosos
da corte e das despesas das guerras no exterior.
 A obtenção desses recursos financeiros exigiu do Estado absolutista
uma nova política económica, conhecida como mercantilismo. Se
na Idade Média, no auge do feudalismo, a riqueza básica era a terra,
na Idade Moderna, no apogeu do absolutismo, os metais preciosos
(ouro e prata) passaram a ser a nova forma de riqueza.
 O absolutismo e o mercantilismo constituíam, pois, a dupla face do Antigo Regime.
O mercantilismo foi a política económica dos Estados modernos na sua fase de
transição para o capitalismo (por esse motivo, é também chamado pré-capitalismo
ou capitalismo comercial). Na definição de Edward MacNall Burns, o
mercantilismo foi um ‘sistema de intervenção governamental para promover a
prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado’.
 . Nesse sistema económico o Estado exercia um rígido controle sobre todas as
actividades produtivas, cujo objectivo era aumentar a produção de mercadorias,
regulamentar os diversos tipos de artigos produzidos e estabelecer um sistema de
tarifas alfandegárias para proteger o mercado nacional contra a concorrência externa
de outros países. O mercantilismo era, pois, uma forma de nacionalismo baseado no
intervencionismo estatal, no dirigismo económico e no proteccionismo
alfandegário.

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