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PREVIDÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Contribuições
Contribuições
Contribuições
Contribuições–
––
–Retenções
Retenções
Retenções
Retenções-
--
-Benefícios
Benefícios
Benefícios
Benefícios
Leandro A. Lunardi
Leandro A. Lunardi
Leandro A. Lunardi
Leandro A. Lunardi
llunardi@acto.com.br
2009
2009
2009
2009
Leandro A. Lunardi
llunardi@acto.com.br
Previdência Social – Contribuições e Retenções
2
SUMÁRIO
Parte I
Contribuições
1. Segurados.................................................................................................................................... 3 2.
Contribuição do empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso................................. 9 3.
Contribuição devida pelos contribuintes individuais e pelos segurados facultativos................... 12 4.
Contribuição previdenciária do transportador autônomo............................................................. 13 5.
Contribuição da empresa............................................................................................................. 13 6.
Contribuição previdenciária da associação desportiva - clube de futebol profissional................ 16 7.
Contribuição do produtor rural...................................................................................................... 16 8.
Consórcio de produtores rurais.................................................................................................... 18 9.
Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos....................................................... 18 10.
Arrecadação e recolhimento das contribuições – vencimento................................................... 19
Parte II
Retenções Previdenciárias
11. Contratos de cessão de mão-de-obra e empreitada................................................................. 20
11.1. Legislação de referência......................................................................................................... 20
11.2. Introdução............................................................................................................................... 20
11.3. Cessão de mão-de-obra – conceito........................................................................................ 21
11.4. Empreitada – conceito............................................................................................................. 21
11.5. Fato gerador da retenção........................................................................................................ 21
11.6. Empresas optantes pelo simples............................................................................................ 23
11.7. Cooperativas de trabalho e outras entidades.......................................................................... 23
11.8. Dispensa da retenção............................................................................................................ 23
11.9 Destaque da retenção.............................................................................................................. 24
11.10 Apuração da base de cálculo da retenção............................................................................. 24
11.11 Deduções da base de cálculo................................................................................................ 25
11.12 Recolhimento do valor retido.................................................................................................. 25
11.13 Compensação da retenção ( conforme IN/RFB nº 900, de 30.12.2008)............................... 26
11.14 Obrigações da empresa contratada....................................................................................... 27
11.15 Obrigações da empresa contratante...................................................................................... 27
11.16 Retenção na Construção Civil................................................................................................ 28
11.17 Inaplicabilidade da retenção previdenciária........................................................................... 29
Parte III
12 . Retenção de 11% sobre a Remuneração do Contribuinte Individual....................................... 30
- contribuinte individual: definição
- extinção da escala de salário-base
- retenção de 11% sobre os valores pagos ao contribuinte individual
- remuneração mensal total inferior ao limite mínimo do salário de contribuição
- contribuinte individual: inscrição no INSS
- base de cálculo quando o tomador for entidade filantrópica e empresa optante pelo Simples
- base de cálculo quando transportador autônomo
- prestação de serviço concomitante e prestação de serviço a pessoa física
- dispensa da retenção
- contribuinte individual aposentado, síndico e ministro de confissão religiosa
- comprovante de pagamento
- forma de recolhimento
Leandro A. Lunardi
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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Parte I
CONTRIBUIÇÕES
1 SEGURADOS
1. 1 Segurados Obrigatórios
- Pessoas Físicas
O Regime Geral de Previdência Social tem por segurados obrigatórios todos aqueles que exercem
atividade remunerada, sejam eles empregados, trabalhadores avulsos, profissionais autônomos,
empresários ou produtores rurais. Podem ser classificados em: empregados, empregados
domésticos, contribuintes individuais, trabalhadores avulsos e segurados especiais.
1.1.1 - Empregados
São considerados “segurados empregados” para o Regime Geral de Previdência Social, e, nesta
qualidade
contribuintes obrigatórios para o sistema:
- Atividade exercida no Brasil:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua
subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses,
prorrogável, presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular
e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da Lei n.
6.019/74;
c) aquele que presta serviço no Brasil à missão diplomática ou à repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o
não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação
previdenciárias do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
d) o bolsista e o estagiário que prestam serviços à empresa, em desacordo com a Lei n. 6.494, de
07/12/1977;
e) o servidor civil titular de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações de direito público, desde que,
nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social;
f) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e
fundações,
ocupante de emprego público;
g) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de
21/11/94, bem como aquele de investidura estatutária ou de regime especial que optou pelo regime
da legislação trabalhista, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18/11/94;
h) o escrevente e o auxiliar contratados até 20/11/1994 por titular de serviços notariais e de registro,
sem
relação de emprego com o Estado;
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo
quando coberto por regime próprio de previdência social, a partir de 01/03/2000, em decorrência da
Lei nº 9.876/99;
j) o servidor da União (incluídas suas autarquias e fundações de direito público) ocupante,
exclusivamente,
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração:
k) o servidor da União (incluídas suas autarquias e fundações de direito público), ocupante de
emprego
público e, a partir de 10/12/1993, em decorrência da Lei nº 8.745/93, o contratado por tempo
determinado
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do
art. 37
da CF/88;
l) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime
próprio
de previdência social;
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária (agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira) ou pesqueira, em área urbana ou rural, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou por intermédio de prepostos (terceiros) e com auxílio de empregados utilizados a
qualquer título, ainda que de forma não contínua;;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o
auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou
de ordem religiosa, quando mantidos pela entidade a que pertençam, salvo se obrigatoriamente
filiados à Previdência Social em razão de outra atividade ou a outro regime previdenciário militar
ou civil, ainda que na condição de inativos, a partir de 09/10/1979, data de publicação da Lei nº
6.696.
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de
previdência social;
e) o titular de firma individual urbana ou rural;
f) o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o diretor não empregado que,
participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito por assembléia geral dos
acionistas, para cargo de direção de sociedade anônima, desde que não mantidas as características
inerentes à relação de emprego;
g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;
h) o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador não empregado (e não sócio) que recebam
remuneração decorrente de seu trabalho na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana
ou rural;
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de
direção condominial, desde que recebam remuneração (ainda que de forma indireta como, por
exemplo, isenção da taxa de condomínio), a partir de 06/03/1997, data da publicação do Decreto nº
2.172;
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não;
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da
Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo
único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma
dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal;
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade
cooperativa
mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
o) o cidadão recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste
serviço
remunerado, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem
intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por
conta
própria;
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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p) a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas eleitorais por partido político
ou por candidato a cargo eletivo, em face do art. 100 da Lei nº 9.504/97 determinar entre as partes
inexistência de vínculo empregatício;
Enquadram-se nas situações previstas nas letras “j” e “l”, acima, os seguintes trabalhadores, entre
outros:
1 - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade
profissional
sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só
veículo;
2 - aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em
automóvel
cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei n. 6.094, de 30.08.1974;
3 - aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial
em via
pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei n. 6.586, de
06.11.1978;
4 - o trabalhador associado à cooperativa de trabalho que, nessa qualidade, presta serviços a
empresas ou
a pessoas físicas, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
5- o membro de conselho fiscal de sociedade por ações;
6 – o diarista, assim considerado aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta
própria, a
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos;
7 - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a
delegação do
exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a
partir de
21/11/1994, data de publicação da Lei nº 8.935;
8 - aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros
ou
assemelhados;
9- a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins lucrativos;
10 - o médico-residente de que trata a Lei n. 6.932, de 07.07.1981;
11 - o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com
mais
de seis toneladas de arqueação bruta, na exclusiva condição de parceiro outorgante;
12 – o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura dos
elementos
animais ou vegetais, com o auxílio de empregado;
13 - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei n. 4.591, de 16/12/1964.
14 - o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei n.
6.855, de
18.11.1980;
15 - o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares, que atuam em conformidade com a Lei n.
9.615, de
24/03/1998 (Lei Pelé).
16 - o atleta não profissional em formação, maior de dezesseis e menor de vinte e um anos de idade,
que
receber auxílio financeiro da entidade de prática desportiva formadora, sob a forma de bolsa de
aprendizagem nos termos da Lei nº 9.615, de 24.03.1998 (Lei Pelé).
17 – o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13/07/1990, quando
remunerado; e
18 – o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira
de que
trata o §6º do art. 201 do Decreto nº 3.048/99;
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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1.1.5 – Trabalhadores Avulsos
Considera-se trabalhador avulso todo aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza
urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do
órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei n. 8.630, de 25/02/1993, ou do sindicato da
categoria, assim considerados:
a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga,
vigilância de embarcação e serviços de bloco, na área dos portos organizados e de instalações
portuárias
de uso privativo;
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f ) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
1.1.6 – Segurados Especiais
São considerados “segurados especiais”:
a) o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rural, o pescador artesanal e seus assemelhados,
que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem
auxílio eventual de terceiros, em sistema de mútua colaboração e sem utilização de mão-de-obra
assalariada, bem como seus respectivos cônjuges, companheiros e filhos maiores de dezesseis anos
de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar
respectivo.
b) a contar de 22/11/2000 o parceiro outorgante proprietário de imóvel rural com área total de no
máximo quatro módulos fiscais, que ceder em parceria ou meação até 50% (cinqüenta por cento) da
área de seu imóvel rural, desde que outorgante e
outorgado continuem a exercer a atividade individualmente ou
em regime de economia familiar (Decretos nºs 3.668/2000 e 4.845/2003);
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da
família é indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem utilização de empregado. Não integram o grupo familiar os genros ou noras,
sogros(as), tios(as), sobrinhos(as), primos(as), netos(as) e os afins.
Não se considera segurado especial:
I - O membro do grupo familiar que possui outra fonte de rendimento, qualquer que seja a sua
natureza,
ressalvados os rendimentos provenientes de:
a) pensão por morte deixada pelo segurado especial e os benefícios de auxílio-acidente, auxílio-
reclusão e pensão por morte, cujo valor seja inferior ou igual ao menor benefício de prestação
continuada;
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b) os recebidos pelo dirigente sindical que mantém o mesmo enquadramento perante o RGPS
anterior à da investidura no cargo;
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h) o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de
previdência social;
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XI - o abono do Programa de lntegração Social / Programa de Assistência ao Servidor Público;
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b) deverá ser calculada em separado e recolhida até o dia 20 do mês de dezembro, antecipando-se o
vencimento para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário no dia 20;
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descontando-a da respectiva remuneração, devendo recolher o valor arrecadado juntamente com a
contribuição a seu cargo até o dia 20 do mês seguinte ao da competência.
Em face da dedução permitida aos contribuintes individuais a retenção a ser efetuada pela empresa
contratante deverá se dar no percentual de 11% (onze por cento), incidente sobre o total da
remuneração paga, devida ou creditada, a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado
contribuinte individual, observado o limite máximo do salário-de-contribuição.
Quando o total da remuneração mensal, recebida pelo contribuinte individual por serviços prestados
a uma ou mais empresas, for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição (inferior ao
salário mínimo vigente), o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição
incidente sobre a diferença entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneração total
recebida, aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de 20% (vinte por cento).
Aplica-se esta obrigatoriedade de retenção à cooperativa de trabalho em relação à contribuição
previdenciária devida pelo seu cooperado contribuinte individual, devendo os 11% incidir sobre a
quota a ele distribuída relativa à prestação de serviço.
4 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO
Para o condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista) e para o auxiliar de condutor,
em automóvel cedido em regime de colaboração, o salário-de-contribuição a ser considerado para
apuração da contribuição previdenciária corresponde, desde 09.07.2001 (Portaria n. 1.135, de
05.04.2001), a 20% do rendimento bruto auferido pelo frete, carreto ou transporte de passageiros,
não se admitindo a dedução de valores relativos a gastos com combustível e manutenção do veículo,
ainda que figure discriminada no documento parcela a este título.
Este tratamento diferenciado se estende igualmente ao operador de máquinas e ao cooperado filiado
a
cooperativa de transportadores autônomos.
Exemplo:
• Serviço de frete prestado em 02.08
• Valor bruto cobrado: R$ 1.000,00
• Salário-de-contribuição: R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00
• Contribuição previdenciária: R$ 200,00 x 20% = R$ 40,00
Contribuição para o SEST e o SENAT
Além da contribuição individual para a Previdência Social, o condutor autônomo de veículo
rodoviário (inclusive o taxista), o auxiliar de condutor autônomo, bem como o cooperado filiado a
cooperativa de transportadores autônomos, estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o
Serviço Social do Transporte (SEST) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(SENAT), prevista no art. 7º da Lei nº 8.706/93.
Os percentuais devidos são 1,5% para o SEST e 1,0% para o SENAT, incidentes sobre o salário-de-
contribuição do transportador, correspondente a 20% sobre o rendimento bruto auferido pelo frete
ou carreto - Portaria MPAS n. 1135/2001.
Sendo o serviço prestado a pessoas físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a
missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira, caberá ao próprio contribuinte
individual recolher as contribuições para o SEST e o SENAT, juntamente com sua contribuição
previdenciária.
Sendo o serviço prestado a pessoa jurídica ou cooperativa de trabalho, a contribuição para o SEST e
o SENAT será descontada do trabalhador e recolhida ao INSS pelo tomador dos serviços, em GPS
(§ 3º do artigo 2º do Decreto n. 1.007/93).
5 – CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
5.1 - Contribuições sobre a Folha de Pagamento
Leandro A. Lunardi
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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A) Contribuição destinada à Seguridade Social
- 20% sobre o total das remunerações pagas aos empregados e trabalhadores avulsos.
- Instituições financeiras, empresas de seguro ou previdência complementar e similares: acréscimo
de
2,5%.
B) Contribuição destinada ao financiamento da aposentadoria especial e benefícios por
incapacidade
- 1%, 2% ou 3% conforme o risco de acidente do trabalho seja considerado leve, médio ou grave.
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
15
A base de cálculo da referida contribuição será o montante da remuneração paga aos empregados de
todos os estabelecimentos aos quais se refere o recolhimento, sobre a qual incidirá 0,2%, obtendo-se
assim o valor correspondente a 20% de 1% da contribuição devida ao SENAI.
O recolhimento é efetuado mensalmente, até o último dia útil do mês subseqüente ao do fato
gerador, através de guia própria — ‘‘Guia de Recolhimento da Contribuição Adicional’’, no Banco
do Brasil, preferencialmente, ou Departamentos Regionais do SENAI ou Departamento Nacional.
5.2 – Contribuição sobre os pagamentos efetuados a contribuintes individuais
- A partir de 01.03.2000 – Lei n. 9.876, de 26.11.1999: alíquota de 20%.
- Instituições financeiras: acréscimo de 2,5%.
Observações:
I - As cooperativas de trabalho não se encontram sujeitas à contribuição de 20% sobre as
importâncias por elas pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de
remuneração ou retribuição que, por seu intermédio tenham prestado a empresas.
II – Quando da contratação pelas empresas de serviços prestados por contribuinte individual
transportador autônomo, relacionados portanto à frete, carreto ou transporte de passageiros, a
contribuição de 20% deverá incidir sobre 11,71% até a data de 08.07.2001 (Decreto 3048/99, art.
201, §4º c/c art. 267). A partir de 09.07.2001, a incidência será sobre a alíquota de 20% (Portaria n.
1135, de 05.04.2001).
III – Entidades Religiosas e Instituições de Ensino Vocacional: as entidades religiosas e as
instituições de
ensino vocacionalse encontram isentas da contribuição previdenciária sobre os valores distribuídos
a seus ministros ou membros, sob a condição de que estes valores independam da natureza e da
quantidade do trabalho desenvolvido.
Cooperativas de Produção
Será devida pela cooperativa de produção a contribuição adicional de 12 (doze), 09 (nove) ou 06
(seis) pontos percentuais, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado
filiado, quando o exercício de atividade na cooperativa o sujeite a condições especiais que
prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física e permita a concessão de aposentadoria especial
após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição.
Como o segurado cooperado, em relação à cooperativa para a qual presta serviços e para fins
previdenciários, não é considerado "empregado" e sim "contribuinte individual", a cooperativa de
produção, ao repassar a remuneração devida a este cooperado já se encontra obrigada a contribuir
com 20% aos cofres previdenciários, alíquota esta incidente exatamente sobre o valor total da
remuneração distribuída. Isenção deste encargo existe somente para a cooperativa de trabalho, posto
que é a empresa contratante dos serviços que assume tal obrigação tributária.
Assim, com o acréscimo instituído pela Medida Provisória n. 83, de 12.12.2002, convertida na Lei
n. 10.666, de 08.05.2003, a cooperativa de produção deverá contribuir nos seguintes percentuais,
caso o cooperado exerça atividade sujeito a riscos que propiciem aposentadoria especial:
I - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 15
anos de
contribuição = 32% (20% originais + 12% de acréscimo).
II - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 20
anos de
contribuição = 29% (20% originais + 9% de acréscimo)
III - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 25
anos
de contribuição = 26% (20% originais + 6% de acréscimo).
Obs.: A contribuição adicional deverá incidir somente sobre o valor da remuneração dos cooperados
cuja
exposição a agentes nocivos permita a concessão de aposentadoria especial.
Leandro A. Lunardi
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Previdência Social – Contribuições e Retenções
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5.3 – Contribuição sobre serviços prestados por cooperativas
A Lei n. 9.876 (artigo 1º), publicada no Diário Oficial da União em 29.11.1999, ao alterar a Lei n.
8.212/91, acrescentou ao artigo 22 o inciso III trazendo uma nova contribuição previdenciária, de
cunho obrigatório, às empresas contratantes de serviços através de Cooperativas de Trabalho.
A partir de março/2000, as empresas estão obrigadas à contribuição previdenciária quando da
contratação de serviços por intermédio de cooperativas de trabalho, prestados por cooperados, na
alíquota de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, sendo
admitido deduzir da base-de- cálculo os valores referentes a equipamentos e materiais utilizados
nesta prestação de serviços (Decreto n. 3.048/99, art. 219, §§ 7º e 8º).
Obs.: Cooperativas de serviços médicos e odontológicos – tratamento diferenciado – aplicação da
Orientação Normativa n. 20, do Secretário da Previdência Social (DOU de 23.03.2000). Base-de-
cálculo variável (30% ou 60% da NF) conforme plano completo ou básico. Atualmente, as regras
constam da IN SRP 03/2005, art. 289 e seguintes.
A contribuição previdenciária a cargo da empresa, quando da contratação de serviços de transporte
rodoviário por intermédio de cooperativa de trabalho é de 15% (quinze por cento), incidentes sobre
a parcela correspondente ao valor dos serviços que serão prestados pelos cooperados. O valor
resultante da aplicação destes 15%, entretanto, não poderá ser inferior a 20% do valor bruto da nota
fiscal ou fatura. (Portaria n. 1.135, de 05.04.2001).
6 - Contribuição Previdenciária da Associação Desportiva - Clube de Futebol Profissional
A contribuição empresarial destinada à Seguridade Social – da associação desportiva que mantém
equipe
de futebol profissional corresponde a 5% (cinco por cento) da receita bruta decorrente:
a) dos espetáculos desportivos de que participe no território nacional, em qualquer modalidade
desportiva,
inclusive jogos internacionais.
b) de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos de publicidade ou
propaganda e de transmissão dos espetáculos desportivos (contribuição devida a partir de 12/01/97).
Com relação à contribuição incidente sobre a folha de pagamento, a associação desportiva que
mantém
equipe de futebol profissional é obrigada a:
a) descontar e recolher a contribuição dos empregados, atletas ou não, bem como de trabalhadores
avulsos que lhe prestarem serviços;
b) recolher a contribuição para Terceiros (4,5%);
c) recolher a contribuição de 20%, incidente sobre o valor pago ou devido a contribuintes
individuais que
lhe prestarem serviços;
7 – Contribuição do Produtor Rural
7.1 – Contribuição sobre a Folha de Pagamento
Os produtores rurais estão obrigados à contribuição sobre a folha de pagamento somente para
terceiros. A contribuição para o financiamento dos benefícios por incapacidade, bem como também
a contribuição destinada ao financiamento da Seguridade Social, serão calculadas sobre o valor da
comercialização dos produtos.
Os percentuais relativos às contribuições para terceiros variam conforme o FPAS em que estiver
enquadrado o produtor rural. São considerados “terceiros”, para os quais contribuem os produtores
rurais, os seguintes órgãos: Salário-Educação; INCRA; SENAR; SEST; SENAT. Exemplos:
a) produtor rural pessoa jurídica: 2,7% (2,5% para o SE e 0,2% para o INCRA)
b) produtor rural pessoa física: 2,7% (2,5% par o SE e 0,2% para o INCRA)
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7.2 – Contribuição sobre os pagamentos efetuados a contribuintes individuais - Produtor Rural
Pessoa Jurídica
- Período de 01/05/1996 a 29/02/2000 - Lei Complementar nº 84/96: alíquota de 15% (regra geral).
- A partir de 01/03/2000 – Lei nº 9.876, de 26.11.1999: alíquota de 20%.
7.3 – Contribuição sobre a Comercialização da Produção Rural
A) Percentuais
- Produtor rural pessoa física e segurado especial (Lei nº 9.528/97):
•
Seguridade Social = 2,0%
•
SAT = 0,1%
•
SENAR = 0,2%
•
Total = 2,3%
- Produtor rural pessoa jurídica (Lei nº 8.870/94, art. 25):
•
Seguridade Social = 2,5%
•
SAT = 0,1%
•
SENAR = 0,25%
•
Total = 2,85%
B) Responsabilidade pelo Recolhimento
A contribuição incidente sobre a produção rural é sempre devida pelo produtor. A responsabilidade
pelo
recolhimento pode ser do próprio produtor ou do sub-rogado.
- Produtor rural pessoa jurídica: a partir de 14/10/1996 (MP n. 1523) a responsabilidade pelo
recolhimento
será sempre do produtor rural, qualquer que seja seu adquirente.
- Produtor rural pessoa física e segurado especial: responsabilidade pelo recolhimento somente
quando comercializar a produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente com
consumidor, no varejo ou quando do recebimento de prêmio do seguro da produção sinistrada. Nas
demais hipóteses a responsabilidade será do adquirente, consignatário ou cooperativa, que ficam
sub-rogados nas obrigações do produtor rural.
Obs. 1: O adquirente ou consignatário pessoa física somente será responsável pelo recolhimento (na
condição de sub-rogado) se tiver adquirido os produtos para revender a consumidor pessoa física,
no varejo.
Obs. 2: Com relação à comercialização da produção rural com o exterior, desde 12/12/2001 os
valores auferidos pelos respectivos produtores não mais servirão de base-de-cálculo às
contribuições previdenciárias (imunidade tributária conferida pela Emenda Constitucional n. 33, de
11/12/2001 (DOU de 12/12/2001).
7.3.1 – Base-de-Cálculo da Contribuição
a) o valor da receita bruta, no caso da comercialização da produção e/ou dos respectivos
subprodutos e
resíduos;
b) o valor do arremate da produção rural dada em garantia ou penhora;
c) o preço de mercado da produção rural dada em pagamento, em permuta, em ressarcimento, em
indenização e/ou compensação;
d) o valor recebido como prêmio do seguro da produção sinistrada;
Não integra a base de cálculo das contribuições do produtor rural pessoa física e do segurado
especial, a
partir de agosto/94:
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a) o produto vegetal destinado ao plantio e reflorestamento e o produto animal destinado à
reprodução ou
criação pecuária ou granjeira, quando comercializados, entre si, por produtores rurais;
b) o produto animal utilizado como cobaia para fins de pesquisas científicas no País;
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Contribuição previdenciária:
a) renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à
Seguridade Social de sua esfera de governo, excetuando-se parcela destinada ao FIES (Fundo de
Financiamento ao Estudante de Nível Superior);
b) 5% sobre o movimento global de apostas no prado de corridas; e
c) 5% sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos.
10 - ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES – VENCIMENTO
10.1 - Empresas, Contribuintes Individuais, Segurados Facultativos e Empregadores Domésticos
A – a empresa é obrigada a:
a) arrecadar a contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu serviço,
descontando-a
da respectiva remuneração;
b) recolher o produto arrecadado na forma da letra “a” acima e as contribuições a seu cargo
incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados
empregado, contribuinte individual e trabalhador avulso a seu serviço, e sobre o valor bruto da nota
fiscal ou fatura de
serviço, relativo a serviços que lhe tenha sido prestados por cooperados, por intermédio de
cooperativas de trabalho, até o dia 20 (vinte) do mês seguinte àquele da emissão da nota fiscal ou
fatura, antecipando-se o vencimento para o dia útil anterior, quando não houver expediente bancário
no dia vinte (20); e
c) recolher as contribuições provenientes do faturamento e do lucro, na forma e prazos definidos
pela
legislação tributária federal vigente.
d)A contar de 1º de abril de 2003, se encontra a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do
segurado contribuinte individual (autônomos e empresários) a seu serviço, descontando-a da
respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo
também até o dia dois do mês seguinte ao da competência.
B – os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição,
por iniciativa própria, no dia quinze do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem,
prorrogando- se o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário
no dia quinze, facultada a opção pelo recolhimento trimestral.
C – o empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado
doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no dia 15 (quinze) do mês
seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil
imediatamente posterior, se não houver expediente bancário neste dia. Observe-se que durante o
período da licença-maternidade da empregada doméstica caberá ao empregador apenas o
recolhimento da contribuição a seu cargo.
10.2 - Contribuinte Individual e Segurado Facultativo - Recolhimento Trimestral - Possibilidade
Os contribuintes individuais e o segurado facultativo que contribuem sobre o valor do salário
mínimo poderão optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias. Esta
faculdade cabe também ao empregador doméstico, cujo empregado a seu serviço receba o
equivalente ao salário mínimo.
Observe-se que a referida opção é de livre iniciativa do segurado e/ou empregador doméstico,
independendo, assim, de autorização do INSS.
Para o recolhimento trimestral, o contribuinte deverá respeitar o trimestre civil, registrando no
campo “4 –
Competência” da Guia da Previdência Social – GPS – o último mês do respectivo período.
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O recolhimento das contribuições deverá ocorrer no dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do término
do respectivo trimestre civil. Não havendo expediente bancário no dia 15, o recolhimento deverá ser
prorrogado para o primeiro dia útil imediatamente posterior.
10.3 - GPS - Guia da Previdência Social - Contribuição de Valor Inferior a R$ 29,00 - Recolhimento
–
Critérios
- A partir de 01/12/2000: vedada a utilização de GPS de valor inferior a R$ 29,00. (Resolução n.
39/2000,
da Diretoria Colegiada do INSS).
A contribuição previdenciária devida que, no período de apuração resultar valor inferior a R$ 29,00
(vinte e nove reais), deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos
períodos subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 29,00 (vinte e nove reais), quando
então deverá ser recolhida no prazo de vencimento estabelecido pela legislação para este último
período de apuração.
10.4 Consulta Tributária à RFB – Matéria Previdenciária
Conforme autorizado pela legislação que estabelece o Processo Administrativo Fiscal (Decreto nº
70.235/1972, arts. 46 e seguintes), o contribuinte poderá formular consulta sobre dispositivos da
legislação
tributária aplicáveis a fato determinado.
No âmbito previdenciário, desde 1º.06.2007, com o advento da Receita Federal do Brasil (RFB),
tais
processos de consulta estão a ela submetidos. Neste trabalho analisaremos os procedimentos
aplicáveis à
formulação de consulta à RFB, bem como seus efeitos
A consulta quanto à interpretação da legislação tributária previdenciária, nos termos daInstrução
Normativa RFB nº 740/2007 , formulada por escrito, é o instrumento que o contribuinte possui para
dirimir
dúvidas referentes a determinado dispositivo da legislação tributária, relacionado com sua atividade.
A consulta deve circunscrever-se a fato determinado, descrevendo suficientemente o seu objeto e
indicando as informações necessárias à elucidação da matéria.
Na petição devem ser indicados os dispositivos da legislação que ensejaram a apresentação da
consulta,cuja interpretação se requer, bem como a descrição minuciosa e precisa dos fatos.
Parte II
RETENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
11. CONTRATOS DE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA E EMPREITADA
11.1. Legislação de Referência
Lei nº 9.711/98
IN/SRP nº 03/2005
IN/RFN nº 900/2008
11.2. Introdução
A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada,
inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter
11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à
Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a
denominação social e o CNPJ/CEI, da empresa contratada.
Os valores pagos a título de adiantamento deverão integrar a base de cálculo da
retenção por ocasião do faturamento dos serviços prestados.
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11.3. Cessão de Mão-de-Obra - Conceito
Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências
ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua
atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de
trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não
sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.
Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se
repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução
seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.
Por colocação à disposição da empresa contratante entende-se a cessão do
trabalhador, em caráter não-eventual, respeitados os limites do contrato.
11.4. Empreitada - Conceito
Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço
ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser
utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa
contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.
11.5. Fato Gerador da Retenção
Cessãode Mão-de-Obra ou Empreitada
Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou
empreitada, os serviços de:
I -limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em
outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins,
rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou
de áreas de uso comum;
II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física
de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;
III - construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de
edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que
se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou
de instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;
IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento,
capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas
daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração,
marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;
V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por
operação de teclados ou de similares;
VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o
processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.
Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento
eletrônico não estão sujeitos à retenção.
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Cessão de Mão-de-Obra
Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, os
serviços de:
I - acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou
dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição de uso;II - embalagem,
relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à
preservação ou à conservação de suas características para transporte ou guarda;
III - acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação ordenada
dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em palets,
empilhamento, amarração, entre outros;
IV - cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa
contratante, ainda que executados periodicamente;
V - coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a separação, o
tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos,
exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo containers ou caçambas
estacionárias;
VI - copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de
qualquer produto alimentício;
VII - hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada,
paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;
VIII - corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão
do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações;
IX - distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via
pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou
de amostras, entre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários
contratantes;
X - treinamento e ensino assim considerado o conjunto de serviços envolvidos na
transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;
XI - entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário
documentos diversos tais como conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de
cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;
XII - ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos
destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;
XIII - leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações
aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), consumo de água, de gás ou de
energia elétrica;
XIV - manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando indispensáveis ao seu
funcionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratante;
XV - montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em
processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer
objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;
XVI - operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua movimentação
ou funcionamento envolvendo serviços do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel
eletro-eletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;
XVII - operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a
conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático,
de rodovia, de via pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários;
XVIII - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de
subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo;
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São serviços profissionais regulamentados pela legislação federal, entre outros, os prestados por
administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos,
arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários,
biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas
domésticos,
economistas,
enfermeiros,
engenheiros,
estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos,
geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas,
médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias,
taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e
tecnólogos.
11.9 Destaque da Retenção
Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a contratada
deverá destacar o valor da retenção com o título de “RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA
SOCIAL”.
O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados,
apenas para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, fatura ou recibo de prestação
de serviços.
A falta do destaque do valor da retenção, conforme previsto no caput, constitui
infração ao § 1º do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.
11.10 Apuração da Base de Cálculo da Retenção
Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos
manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no
recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que
comprovados.
O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado
na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de
apuração da base de cálculo da retenção.
Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos
manuais, cujo fornecimento pela contratada esteja apenas previsto em contrato, desde que
discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de
cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a:
I - 50% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;
II - 30% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os
serviços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos
corram por conta da contratada;
III - 65% quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por cento, quando se referir às demais
limpezas, aplicados sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, mas não estiver
prevista em contrato, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, a cinqüenta por cento
do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, desde que haja a
discriminação de valores nestes documentos, observando-se, no caso da prestação de serviços na
área da construção civil, os percentuais abaixo relacionados:
I - pavimentação asfáltica: 10%;
II - terraplenagem, aterro sanitário e dragagem: 15%;
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III - obras de arte (pontes ou viadutos): 45%;
IV - drenagem: 50%;
V - demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto manuais:
35%
Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de mais
de um dos serviços referidos nas alíneas I a V acima, cujos valores não constem individualmente
discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual
correspondente a cada tipo de serviço conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o
contrato não permitir identificar o valor de cada serviço.
Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou utilização de equipamento, e o
uso deste equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o
valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço
de transporte de passageiros, onde a base de cálculo da retenção corresponderá 30% do valor bruto
da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.
Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços,
a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o
fornecimento de material ou utilização de equipamento, com ou sem discriminação de valores em
contrato.
11.11 Deduções da Base de Cálculo
Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam:
I - ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de
alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme Lei nº 6.321, de
1976;
II - ao fornecimento de vale-transporte de conformidade com a legislação própria.
O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que figure discriminado na nota
fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base de
cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporários.
Na hipótese da empresa contratada emitir duas notas fiscais, faturas ou recibos, relativos ao mesmo
serviço, uma contendo o valor correspondente à taxa de administração ou de agenciamento e a outra
o valor da remuneração dos trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a retenção incidirá
sobre o valor de cada uma dessas notas, faturas ou recibos.
11.12 Recolhimento do Valor Retido
A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante, no dia 20 do mês seguinte ao da
emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, prorrogando- se este prazo
para o primeiro dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário neste dia, informando,
no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da empresa
contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta seguida da
denominação social da empresa contratante.
Quando para um mesmo estabelecimento da contratada forem emitidas mais de uma nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços, na mesma competência, a contratante deverá efetuar o
recolhimento dos valores retidos num único documento de arrecadação.
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A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese, crime contra a
Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº 9.983, de 14 de
julho de 2000, ensejando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais (RFFP).
A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por competência e
por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados
envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensando
os valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social pelo estabelecimento.
Havendo subcontratação poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contratante
os valores retidos da subcontratada e comprovadamente recolhidos pela contratada, desde que todos
os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço. Para esse fim, a
contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços as
retenções da seguinte forma:
I - retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a onze por
cento do valor bruto dos serviços;
II - dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total
correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços subcontratados;
III - valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à diferença entre a
retenção, apurada, e a dedução efetuada , que indicará o valor a ser efetivamente retido pela
contratante.
11.13 Compensação da Retenção ( Conforme IN/RFB nº 900, de 30.12.2008)
O valor retido deve ser compensado pela empresa contratada com as contribuições
devidas à Previdência Social.
Assim, a empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da
nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o
valor retido quando do recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive as devidas
em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a retenção esteja:
I - declarada em GFIP na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços; e
II - destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços ou que a
contratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.
A compensação da retenção somente poderá ser efetuada com as contribuições previdenciárias, não
podendo absorver contribuições destinadas a outras entidades ou fundos, as quais deverão ser
recolhidas integralmente pelo sujeito passivo.
Para fins de compensação da importância retida, será considerada como competência da retenção o
mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.
O saldo remanescente em favor do sujeito passivo poderá ser compensado nas competências
subseqüentes, devendo ser declarada em GFIP na competência de sua efetivação, ou objeto de
restituição, não se aplicando o limite de 30% aplicável às compensações em geral.
A compensação do valor retido somente poderá ser feita pelo estabelecimento que
sofreu a retenção.
Leandro A. Lunardi
llunardi@acto.com.br
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A compensação dos valores retidos, nos casos de obra de construção civil mediante empreitada
total, deve ser realizada na matrícula do Cadastro Específico do INSS (CEI) da obra para a qual foi
efetuada a retenção.
No caso de obra de construção civil, é admitida a compensação de saldo de retenção
com as contribuições referentes ao estabelecimento responsável pelo faturamento da obra.
11.14 Obrigações da Empresa Contratada
A empresa contratada deverá elaborar:
I - folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada estabelecimento ou obra de
construção civil da empresa contratante, relacionando todos os segurados alocados na prestação de
serviços, na forma prevista no art. 225 do RPS;
II- GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada estabelecimento da
empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando os códigos de recolhimento
próprios da atividade, conforme normas previstas no Manual da GFIP;III - demonstrativo mensal
por contratante e por contrato, assinado pelo seu
representante legal, contendo:
a) a denominação social e o CNPJ da contratante ou a matrícula CEI da obra de
construção civil;
b) o número e a data de emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
serviços;
c) o valor bruto, o valor retido e o valor liquido recebido relativo à nota fiscal, fatura
ou recibo de prestação de serviços;
d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por
estabelecimento da contratante, conforme o caso.
A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP distintas por
estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou prestar serviços, quando,
comprovadamente, utilizar os mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes,
alternadamente, no mesmo período, inviabilizando a individualização da remuneração desses
segurados por tarefa ou por serviço contratado.
Considera-se serviços prestados alternadamente aqueles em que a tarefa ou o serviço contratado
seja executado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou várias obras de
uma mesma contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa mesma competência, e que não
envolvam os serviços que compõem o CUB.
A contratada legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a
registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições
sociais, inclusive a retenção sobre o valor da prestação de serviços.
O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção;
III - o valor líquido a receber.
Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, faturas ou recibos de
prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratante, a empresa contratada
deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, por contratante, conforme
disposto no inciso
11.15 Obrigações da Empresa Contratante
A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem
cronológica, durante o prazo ded ez a n o s, as notas fiscais, as faturas ou os recibos de prestação de
serviços, as correspondentes GFIP e, se for o caso,as cópias dos demais documentos relacionados
direta ou indiretamente com os serviços prestados .
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empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, referente à competência anterior à da
prestação
de serviços ou declaração da empresa onde é empregado de que já é descontado sobre o limite
máximo.