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Texto Raios Cosmicos
Texto Raios Cosmicos
Eles são fragmentos de matéria bilhões de vezes menores que um grão de poeira, mas podem carreg
àquela de um tijolo arremessado à mão, com toda força, contra um muro, por exemplo. Penetram a
direções do espaço, e, ao se chocarem com átomos que formam o ar, desencadeiam uma ’chuveirada
desses estilhaços subatômicos chega ao solo e penetra o corpo humano à razão de dezenas a cada se
Esses viajantes espaciais são os raios cósmicos, as partículas mais energéticas das quais a ciência tem
mecanismos de aceleração imprimem tamanha energia a eles? Essas são apenas duas das muitas qu
pesquisa em raios cósmicos uma das mais instigantes da atualidade.
Neste artigo, o leitor ainda terá a chance de saber como as idéias lançadas a exatos 100 anos por Ein
propriedades dessas misteriosas partículas ultra-energéticas.
A viagem ao Observatório Pierre Auger é longa. Do Rio de Janeiro, toma-se um avião para Buenos A
Mendoza, na Argentina. A sede do observatório fica em Malargüe, cidade no planalto pré-andino, a c
chegar lá, carro ou ônibus ‐ e carretas pesadas, quando se trata de carregar equipamentos. É uma via
movimento, acompanhando a cordilheira dos Andes, com vistas espetaculares ‐ em particular, a do v
Malargüe é uma corruptela do nome Malal-Hué , termo que significa 'curral de pedra' na língua map
habitam a região. Ao todo, pelo menos 15 horas de viagem. Os 80 km finais da estrada vão costeando
detectores do observatório ‐ 3 mil km 2 de área instrumentada, equivalentes a três vezes a do municí
tivemos duas reuniões por ano para discutir a evolução do projeto, analisar os dados produzidos e d
para completar o observatório. Reuniões com cientistas vindos de toda parte, enfrentando a longa vi
Já se vão quase nove anos desde que começamos esse projeto. A colaboração Pierre Auger foi formad
Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em Paris, em novemb
juntamo-nos a colegas argentinos nessa reunião para defender a proposta de construir a sede sul do
Concorríamos com os sul-africanos, que traziam uma carta de apelo do então presidente Nelson Ma
observatório, uma região no oeste da África do Sul, perto da fronteira com a Namíbia. Os argentinos
presidente ‐ nome, hoje, que preferem esquecer.
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2005/214/um-einstein-gigantesco-no... 16/1/2011