Você está na página 1de 4

PAREDE TORÁCICA

O Tórax se comunica com as clavículas se extendendo na inserção jugular.


Inferiormente, o tórax se comunica com o abdome, na região do arco costal (rebordo
das cartilagens costais, principalmente da 7ª a 10ª costela).
A parede torácica tem diversas funções:
 Proteger os órgãos internos (torácicos)
 Proteger alguns órgãos abdominais (fígado e baço)
 Permite a fixação de vários músculos, tanto intrínsecos (tem a sua origem e
inserção no próprio tórax) quanto extrínsecos (saem do tórax e se projetam
para fora, como músculos reto do abdome; do dorso (serrátil anterior),
esternocleidomastóideo, alguns músculos que se projetam para os membros
superiores, como o latíssimo do dorso e peitoral maior)
 Os músculos mais profundos do tórax ajudam a manter a tensão nos espaços
intercostais (mm. Intercostais) durante a expiração e inspiração, permitindo os
movimentos respiratório (de expansão e retração da caixa torácica).

Estratigraficamente, a parede torácica é composta por, de externo para


internamente:
 Pele
 Tela subcutânea (quantidade variável de gordura, glândulas sudoríparas, vasos
sanguíneos, nervos)
 Fáscia de revestimento (forma a fáscia de cada músculo da parede torácica,
fixando esses músculos e o esqueleto, variando apenas no nome, dependendo
do músculo que estiver revestindo) e a musculatura
 Caixa torácica (abertura superior e superior)
 A abertura superior é delimitada por vértebra T1, posteriormente,
incisura jugular anteriormente e, lateralmente, as primeiras costelas
com seus respectivos espaços costais
 A abertura inferior é delimitada, posteriormente, pela T12, se
extendendo pela última, penúltima costela, seguindo o arco costal
(limite látero-anterior), culminando na articulação xifo-external.

Existe uma veia extensa, na tela subcutânea, que se une com as veias da parede
do abdome drenando, junto com as outras veias menores. Seu nome é veia
tóracoepigástrica. A veia tóracoepigástrica drena para a veia axilar.

MÚSCULOS
 Peitoral maior
Inserção no tubérculo maior do úmero, se extende até a clavícula. Realiza a
adução do braço. Auxilia a respiração. Entre o músculo peitoral maior e o
deltóide, há um sulco que passa a veia cefálica, o sulco deltopeitoral. A fáscia é
chamada de fáscia peitoral.
 Peitoral menor
Seccionando o peitoral maior, observa-se o peitoral menor; logo, é profundo ao
peitoral maior. Se fixa no processo coracóide e nas 3ª a 5ª costelas. A função é
auxiliar na respiração, principalmente na inspiração profunda, junto com o
peitoral maior, elevando as costelas. É revestido pela fáscia clavipeitoral. Há
estruturas que atravessam essa fáscia, como o nervo peitoral lateral.
 Subclávico
Músculo que fica profundo ao peitoral maior, embaixo da clavícula. Se extende
entre a 1ª costela (origem) e a clavícula (inserção, porção distal), ajuda a
manter estável a articulação esternoclavicular.
 Serrátil anterior
Contorna a parede torácica, com diversas denteações, desde a 1ª até a 9ª
costelas (inserções), até se fixar na escápula (origem). É anterior, lateral e
posterior. Função: fazer a abdução da escápula; função auxiliar na inspiração
(Elevação das costelas durante a inspiração profunda). A direção das fibras é
súpero-inferior.

Existe um outro grupo de músculos que, apesar de não estarem no tórax, eles
se inserem no tórax, o grupo dos Mm. Escalenos, que se inserem, inferiormente na 1ª
e na 2ª costelas e, superiormente, na cervical C3 a C7, para a flexão anterior ou lateral
do pescoço. Eles tem um papel importante na inspiração, pois elevam as 1ª e 2ª
costelas, sendo os principais auxiliares. O plexo braquial passa nessa região.
 Mais Anterior: Escaleno anterior (se insere na 1ª costela)
 Médio: Escaleno médio (se insere na 1ª costela)
 Mais posteior: Escaleno posterior (se insere na 2ª costela)

Há um grupos de músculos que se localizam profundos ao rombóides e


profundo ao latíssimo do dorso. Os músculos serrátil posterior superior (é inspiratório)
e serrátil posterior inferior (é expiratório).
Há outros músculos que participam da inspiração, desde a T1 até a T12, alguns
curtos, outros longos. As origens (procesoss transversos das vértebras torácicas) e
inserções (cólo da costela). Esses músculos são os levantadores da costela. Lembrando
que, na respiração, os mm. Principais são o diafragma e músculos intercostais.
Internamente a caixa torácica, na região posterior, relacionado às últimas
costelas, com fibras em sentido inferior para superior, se originam sempre nas
proximidades do ângulo das costelas e atravessam até 3 espaços intercostais,
inserindo-se até 3 costelas acima. Participam na expiração forçada. Esses são os
músculos subcostais.
Na parede torácica anterior, numa vista posterior (vista por dentro), há mais
uma musculatura, numa relação topográfica importante com uma artéria torácica
interna (mamária) e duas veias que passam entre essa musculatura e as cartilagens
costais. Essa musculatura se origina (inserção medial) no corpo do esterno e no
processo xifóide, se extende lateralmente, até se fixar (inserção lateral) nas cartilagens
costais, da 2ª até a 6ª costelas. Tem uma função discreta, no abaixamento da costela,
nos movimentos expiratórios forçados. Esses são os músculos transversos do tórax.
Os músculos mais importantes da parede torácica são os intercostais, externos
e internos. Os intercostais externos são músculos expiratórios, saem da costela
superior e chegam na costela inferior; se extendem anteriormente até o início a
cartilagem costal; não havendo intercostal externa nas cartilagens costais, havendo
apenas uma membrana fibrosa, membrana intercostal externa. Posteriormente, esses
músculos chegam até o tubérculo da costela. Os intercostais internos começam no
nível do ângulo da costela para frente (anterior), ou seja, vai da cartilagem costal até o
ângulo da costela. Do ângulo da costela até a os tubérculos do costela, temos a
membrana fibrosa, membrana intercostal interna. Têm origem na costela inferior e
inserção na costela superior. Lembrando que os intercostais internos são anteriores ao
externo numa vista interna da parte posterior da caixa torácica. Os intercostais
internos são expiratórios e os externos são inspiratórios. Entre as cartilagens costais, a
direção das fibras dos intercostais internos mudam; ou seja, os intercostais internos
entre as cartilagens costais têm quase o mesmo sentido do que os intercostais
externos. Entre as costelas, os intercostais internos são expiratórios e, na parte
intercartilagínea, são inspiratórios. Existe um músculo intercostal íntimo é uma parte
do intercostal interno.

MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA


 As costelas realizam o movimento lateral
 O esterno realiza o movimento súpero-inferior
 As costelas superiores realizam um movimento súpero-lateral durante a
expansão da caixa torácica.

INVERVAÇÃO
Os nervos da parede torácica saem do nervo espinal. Quando saem da coluna
vertebral, se dividem em dois ramos, ventral (anterior) e dorsal (posterior), entrando
na musculatura do dorso. O ramo posterior inerva a pele, a musculatura do dorso. A
região lateral e anterior é inervada pelo ramo anterior (chamado de nervo intercostal),
caminhando no espaço intercostal, de T1 a T11. A invervação de T12 é chamada de
nervo subcostal. Esses nervos originam diversos ramos, como os ramos comunicantes
com o tronco simpático, os ramos cutâneos laterais (perfuram a musculatura e saem
para a pele para inervar parte do tronco) e ramos cutâneos anteriores. Esses nervos
passam entre o intercostal interno e o intercostal íntimo (lembrando que o íntimo é
mais interno do que o interno). Entre esses dois músculos, ainda encontramos artérias
intercostais e veias intercostais. Mais internamente, encontramos a pleura parietal.
Entre a pleura parietal e as costelas, encontramos a fáscia endotorácica (de tecido
conjuntivo).
As características acima referem-se aos nervos intercostais típicos, entre o 3º
ao 6º. Os demais são atípicos. O 1º nervo intercostal não tem ramos cutâneos,
inervando apenas a 1ª costela. O 2º nervo intercostal (às vezes o 3º também pode
acontecer) tem o ramo cutâneo lateral bem longo, inervando a pele da axila e da
região medial do braço, chamado de nervo intercostobraquial. Do 7º ao 11º nervo
intercostal são nervos tóracoabdominais, pois se extendem até a parede anterior do
abdome, inernado-a.

VASCULARIZAÇÃO
A aorta torácica origina as artérias intercostais posteriores, desde T3 até T11,
percorrem nos espaços intercostais. As de T1 e T2 se originam da artéria suprema que,
por sua vez, se origina da artéria subclávia. Se extendem anteriormente pelos espaços
intercostais e se encontram com as artérias intercostais anteriores (que originam-se da
artéria torácica interna, principalmente), até o 6º espaço intercostal, passam
posteriormente às cartilagens. Lembrando que a torácica interna também se origina da
a. Subclávia. A partir do 6º espaço intercotal, a torácica interna deixa de existir e se
divide em duas (epigástrica superior e músculo-frênica). Dessa forma, o 7º, 8º e 9º, as
artérias instercostais anteriores saem da artéria musculofrênica. Os 10º e a 11º estão
entre as flutuantes, não havendo a. Intercotal anterior, apenas a intercotal posterior.

Em resumo: artérias intercostais posteriores passam pelos espaços intercostais. O 1º e


2º provêm da artéria suprema que, por sua vez, provém da subclávia. Do 3º ao 11º
provêm dá aorta torácica. Com relação as anteriores, do 1º ao 6º provêm da a.
Torácica interna. Do 7º ao 9º, provêm da a. Musculofrênica, uma parte da torácica
interna). O 10º e o 11º não possuem a. Intercostais anteriores.

As veias intercostais anteriores seguem a mesma diferenciação e caminho das


artérias intercostais anteriores. As veias intercostais posteriore seguem um padrão
diferente. A do 1º é chamada de veia intercostal suprema, desembocando nas veias
braquiocefálicas. A do 2º e 3º se juntam para formar a veia intercostal superior,
desembocando na braquiocefálica, do lado esquerdo e, do lado direto, desembocam
para a veia ázigo, que desemboca na veia cava superior. As do 4º ao 11º, do lado
direito, desembocam na veia ázigo; do lado esquerdo mais superiores drenam o
sangue para a v. Hemiázigo acessória e, do lado esquerdo mais inferiores drenam para
a v. Hemiázigo. Ambas as hemiázigos desembocam na veia ázigo.

Você também pode gostar