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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

HPV e Diagnóstico
• O método mais simples de detecção do HPV é a observação
das verrugas genitais a olho nu. Entretanto, estima-se que
apenas 1% dos pacientes com infecções pelo HPV apresentam
condilomas típicos (verrugas visíveis) e que a grande maioria
dos casos são subclínicos, portanto, assintomático, o que
muitas vezes dificulta um diagnóstico .
O diagnóstico das infecções subclínicas baseia-se
principalmente no exame de Papanicolaou ou citopatológico
e na Genistoscopia, que se utilizam de reagentes e lentes de
aumento.
Outros métodos, como biópsia dirigida e biologia molecular,
são utilizados na identificação da infecção, sendo que o PCR
ou a  captura híbrida utilizados principalmente nos casos de
infecções recorrentes e persistentes para identificação do
DNA HPV
HPV de alto e baixo risco
Os tipos de HPV genitais podem ser divididos em 2
grandes grupos (alto e baixo risco), dependendo da
sua associação com o desenvolvimento de câncer do
trato genital inferior.
Os tipos principais de HPV de baixo grau são os tipos 6
e 11, que são muito encontrados nas verrugas genitais.
Já os tipos principais de HPV de alto grau são os tipos
16 e 18, que podem ser identificados nos carcinomas
de colo uterino, vulva, vagina, ânus e pênis.
Diagnóstico das infecções
Subclínicas

O diagnóstico é essencialmente clínico


(anamnese e exame físico). Eventualmente
recorre-se a uma biópsia da lesão suspeita.
BIÓPSIA DIRIGIDA
• Após a visualização das lesões através da
colposcopia, vaginoscopia, vulvoscopia,
peniscopia, procede-se à biópsia, que é a
retirada de um pequeno fragmento de tecido.
Esse procedimento é realizado com anestesia
local, e na sua grande maioria o tratamento já
é realizado ao mesmo tempo (cauterização
química, eletrocautério ou por laser).
BIOLOGIA MOLECULAR

• Neste método a identificação dos agentes infecciosos (vírus,


bactérias, fungos) é baseada na detecção do seu material
genético (DNA e RNA), onde se torna possível não só a
identificação, como também, a quantificação dos mesmos, em
um prazo de poucas horas.

• GENITOSCOPIA

A genitoscopia consiste no exame da região genital


masculina que inclui: pênis, uretra, escroto, pube,
região inguinal e região perineal.
Peniscopia

A realização da peniscopia segue três


tempos:
• 1º tempo: Exame do pênis a olho nu,
pesquisando-se condilomas acuminados,
por vezes minúsculos, e pápulas cor da
pele, transparentes, vermelhas, róseas,
leucoplásicas ou pigmentadas
2º tempo:
• O pênis é envolto com gaze embebida em
ácido acético a 5%, cobrindo a sua superfície e
elevando o prepúcio, já que a sua parte
interna é o local mais acometido.
3º tempo:
• São realizadas biópsias, nas lesões clínicas e subclínicas, e o
material colhido é encaminhado para histologia e pesquisa do DNA
viral.

A peniscopia tornou-se um método muito importante para localizar


as lesões suspeitas de estarem infectadas pelo HPV, por permitir o
diagnóstico de lesões subclínicas no homem assintomático.

Hoje utilizamos a videopeniscopia, que consiste em realizar a


peniscopia acompanhada por um sistema de vídeo, que possibilita
o acompanhamento do exame pelo paciente e a documentação do
exame.
Videopeniscopia

• paciente fica imóvel;


- permite a visualização da região inguinal,
perianal e perineal;
- facilita a coleta de exame;
- facilidade da realização do tratamento.
Uretroscopia

Consiste no exame da uretra. A uretra


pode ser um reservatório para o HPV, e a
infecção ocorre geralmente na uretra
distal. É um exame simples, pouco
agressivo e de grande utilidade,
principalmente nos casos que apresentam
recidiva freqüente.
Oroscopia
O exame da cavidade oral é fundamental, principalmente quando o
paciente pratica o sexo oral, ou quando a recidiva é freqüente. Geralmente
são encontradas na região lateral da língua, freio sublingual e gengiva.

Anuscopia/Retoscopia

Consiste na avaliação da região perianal, anal e retal. Inicialmente são


localizadas as lesões visíveis, e as lesões menores podem ser localizadas
utilizando-se o colposcópio e o anuscópio. Podem ser utilizados o ácido
acético e o azul de toluidina para a localização de lesões nas regiões
cutâneas. Essa avaliação é de suma importância, uma vez que a incidência
nessa região aumenta nos casos em que é comum a prática do sexo anal.
Pinça JCarvalho
• No colo uterino utiliza-se a pinça de Gaylor-Medina.
No pênis utilizamos a pinça de JCarvalho, que foi
desenvolvida para esse fim, com o intuito de colher
lesões microscópicas causando o mínimo de lesão.
Essa pinça permite a coleta de material suficiente
para exame com o mínimo de lesão, proporcionando
cicatrizes penianas imperceptíveis.

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