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OS Estados não constituem os únicos actores que detêm o domínio das relações
internacionais, encontramos as organizações internacionais, as organizações não
governamentais, as religiões, os poderes erráticos, os indivíduos, embora muitos actores
não reconhecem estes como actores internacionais , não esquecendo um elemento
fundamental na cena internacional que são as multinacionais que é o objecto do nosso
estudo.
Assim sendo, o fenómeno das Empresas Multinacionais não é novo, teve o seu
início no século XIX, com o desenvolvimento e expansão do capitalismo, suscitando
actualmente curiosidades e muitas controvércias. Como resultado deste fenómeno,
muitas empresas europeias especialmente britânicas, alemãs, frasensas, holandesas e
norte- americanas se implantaram em vários territórios para asseguar o controlo e
aprovisionamento das matérias-primas para um melhor rendimento.
Este trabalho tem como objectivo geral esclarecer aos leitores, como as
empresas multinacionais na qualidade de actores das relações internacionais instaladas
em vário Estados têm estado a cooperar para o desenvolvimento económico e social, e
como objectivo específico compreender as políticas levadas a cabo pelas mesmas e a
participação directa em vários projectos sociais com vista a sua contribuição no
desenvolvimento económico e social dos países.
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CAPÍTULO I
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Países em Via de Desenvolvimento como principais países de acolhimento do IDE e a
indústria suplanta o sector primário como primeiro sector a atraí-lo. A entrada em crise
nos ano 70 já não trava a expansão do IDE no mundo nem a sua concentração nos
PVDs. A dinâmica do IDE aumenta Em 1982 e 1990, a fase de crescimento mais rápido
da sua história.
Deste modo a soberania exercida pela metrópole sobre o seu império, teve como
consequência não só de proteger as empresas metropolitanas instaladas no ultramar
contra a concorrência estrangeira, como também para servir de cobertura à mobilidade
de capitais e nos fluxos de trocas que se haviam desenvolvido no quadro de um único
Estado.
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Consequentemente, surgiram críticas quanto a actuação destas empresas, pelo
facto destas tenderem aproveitar as economias de escala, cresciam mais rapidamente e
melhor que os Estados e num futuro breve, dominariam a economia mundial com
eficácia.
Mas tarde, a partir dos anos 70, diversificaram-se as multinacionais tanto na sua
situação geográfica como nas suas actividadas, com destaque no sector dos serviços.
Desenvolveram-se os bancos americanos, europeus e japoneses, foram instaladas filiais
de seguradoras americanas, europeias e japonesas em vários países do mundo,
construtoras de automóveis, multinacionais eletrónicas e grandes superfícies
dependentes da mesma empresa-mãe, disputando mercados mais competitivos onde
oferecem-se custos de produção mais baixos.
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As Empresas Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são
empresas que possuem matriz num país e possuem actuação em diversos países.
Geralmente são grandes empresas que instalam filiais em outros países em busca de
mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-obra baratas e que pelo seu
poder financeiro, são capazes de influenciar nas relações internacionais.
1
DALLIER, Patrick, PELLET, Alain, QUOC DINH, Nguyen, 2000, p. 627.
2
Max GOUNELLE. Ob.cit.Pag.121-125.
3
Em: Michel BELANGER, Instituto Económico Internacional. Lisboa, Instituto Piaget, 1997, Pág.249
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Sobre este assunto, afirma-se que as multinacionais:
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sectores mais úteis para o país, fuga fiscal, etc.) e políticos (pressões exercidas pela
empresa sobre o poder local, etc).
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em circunstancias excepcionais, como crises económicas ou grandes privatizações, a
necessidade de reestruturar um determinado sector passa obrigatoriamente, pela venda
de activos nacionais a grupos do exterior.
Além disso, após alguns anos o impacto do Investimento Directo Estrangeiro são
difíceis de distinguir no que diz respeito a estas duas alternativas, com excepção dos
resultados no âmbito da concentração de mercados. Por exemplo uma aquisição fusão
transfronteiriça pode ser seguida de transferências de novas ou melhores tecnologias,
nomeadamente quando a multinacional em questão tem como objectivo aumentar a
eficiência da empresa onde investiu capital.
Por norma, concluiu Inês Sequeira, a aquisição de uma companhia local por
accionistas estrangeiros não gera mais trabalho e pode conduzir a despedimentos. Em
contrapartida, o investimento estrangeiro na compra de novas empresas tem como
consequência o aumento de postos de trabalho. Mas, as diferenças mais evidentes
notam-se ao nível da competitividade sectorial: o aumento de fusões e aquisições
conduz tendencialmente, a concentração do mercado e a práticas anticompetitivas.
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multinacionais é imposta pela vontade de utilizar todos os recursos disponíveis através
de uma acção integrada.
a) Sucursais- que prestam um certo número de serviços, mas que não têm
autonomia de procedimentos e de gestão face a sede;
4
FERNANDES, António José. Relações Internacionais: Do Mundo da Europa. Iajai: Universidade do Vale,
1998. Pag 25-66
5
Indem. Pag 68
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d) Jont-venture- são associações de capital em cada uma das empresas
participantes não pode deter mais de 50% do capital total da empresa em questão;
CAPÍTULO II
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um Estado ou governo e uma multinacional, o Estado poder defender os privilégios que
adquiriu no exterior. Neste tipo de relação os governos assistem aos investimento no
estrangeiro das multinacionais da sua nacionalidade na expectativa de que essas
operações revertam a favor do interesse nacional8
8
Idem. Pág. 32
9
MERLE, Marle- Socologia de las Relaciones Internacionales. Universidade Alianza. Madrid. 200.página
429
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Neste estudo, deixa-se os indivíduos e as Organizaçõe-não governamentais e
toma-se como alvo de análise as Empresas Multinacionais 10 por serem elas capazes até
mesmo de sobrepujar o poder decisório de diversos Estados, considerados soberanos.
A questão da personalidade jurídica das multinacionais face ao direito
internacional continua em aberto, bem como a possibilidade destas se encontrarem
vinculadas directamente por normas internacionais e para além das expressões
Personalidade Jurídica Internacional e Empresas Multinacionais, também são
consideradas Soberanas e Globalizadas
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CONCLUSÃO
Constata-se que os programas sociais das multinacionais têm tido algum sucesso
mas é preciso fazer-se mais na área social, chegando até mesmo nas áreas mais remotas
e mais necessitadas do país. Por outro lado acredita-se que a contribuição mais
importante das multinacionais é o apoio ao crescimento económico que é feito através
de investimentos, criação de empregos, do apoio as leis, da assistência a educação e na
transferência de conhecimentos e competências.
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BIBLIOGRAFIA
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