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C.

STJ:
PROCESSO CIVIL. PROVA. GRAVAÇÃO DE CONVERSA TELEFONICA FEITA PELA AUTORA DA AÇÃO DE INVE
STIGAÇÃO DE PATERNIDADE COM TESTEMUNHA DO PROCESSO. REQUERIMENTO DE JUNTADA DA FITA,
APOS A AUDIENCIA DA TESTEMUNHA, QUE FOI DEFERIDO PELO JUIZ. TAL NÃO REPRESENTA PR
OCEDIMENTO EM OFENSA AO DISPOSTO NO ART. 332 DO CPC, POIS AQUI O MEIO DE PRODUÇÃO DA
PROVA NÃO E ILEGAL, NEM MORALMENTE ILEGITIMO. ILEGAL E A INTERCEPTAÇÃO, OU A ESCUTA D
E CONVERSA TELEFONICA ALHEIA. OBJETIVO DO PROCESSO, EM TERMOS DE APURAÇÃO DA VERDADE
MATERIAL ("A VERDADE DOS FATOS EM QUE SE FUNDA A AÇÃO OU A DEFESA"). RECURSO ESPECI
AL NÃO CONHECIDO. VOTOS VENCIDOS.
(REsp 9.012/RJ, Rel. Ministro CLAUDIO SANTOS, Rel. p/ Acórdão Ministro NILSON NAVES,
TERCEIRA TURMA, julgado em 24/02/1997, DJ 14/04/1997, p. 12735)
E. TJ/RS:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. OFENSAS À ATUAÇÃO PROFISSIONAL. GRAVAÇÃO DE CONVERS
EFÔNICA. UM DOS MEIOS DE CONVICÇÃO. PROVA LÍCITA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENI
ZATÓRIO. CRITÉRIOS.
A gravação de conversa feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro não
constitui prova ilícita.
Palavras dirigidas à autora que, de per si, são suficientes para causar danos morais
.
Danos in re ipsa.
Valor da condenação fixado de acordo com as peculiaridades do caso concreto, bem com
o observados os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Quantum arbitrado
na origem mantido.
NEGADO PROVIMENTO AO APELO.
(Apelação Cível Nº 70033031840, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Tass
aubi Soares Delabary, Julgado em 10/03/2010)
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. UTILIZAÇÃO DE GRAVAÇÃO EM PROC
AL. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. RELAÇÃO JURÍDICA NEGOCIAL. INOCORRÊNCIA DE DANOS MORAIS.
1.A parte autora não comprovou a prática de qualquer ato levado a efeito pela ré que d
esse azo à reparação de eventuais danos sofridos, ônus que lhe cabia e do qual não se desi
ncumbiu, a teor do que estabelece o art.333, inc. I, do CPC.
2.A autora pleiteia indenização por suposto ato ilícito cometido pela parte ré, quando d
a gravação não autorizada da sua voz, em reunião realizada com a parte demandada, gravação
ue posteriormente foi utilizada em processo judicial movido em face da sua empre
gadora.
3. Nos termos do art. 5º, X e XII, da Constituição Federal, é direito de todo cidadão a in
violabilidade da intimidade, da vida privada, assim como é assegurado o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, s
o, no último caso, por ordem judicial. O mesmo diploma legal também estabelece que são
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, em seu art. 5º, inc
iso LVI.
4.No feito em exame, inexiste a alegada ilicitude, pois a gravação de conversa telefôn
ica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, qua
ndo há investida ilícita deste último ou para comprovar relação de ordem negocial, não cara
teriza violação do direito à privacidade.
5. A par disso, em se tratando de relação negocial, a qual não está protegida pelo sigil
o contratual, é usual entre os seus partícipes que haja gravação das conversas entabulad
as para consecução de seus objetivos, bem como que estas sirvam de base para efetivação
dos pactos daí decorrentes ou o acertamento destes. Portanto, a utilização de meio físic
o ou eletrônico para consignar as tratativas feitas não importa em ilicitude, mas me
ro exercício do direito das partes envolvidas na relação negocial havida. 6.Danos mora
is. Somente os fatos e acontecimentos capazes de abalar o equilíbrio psicológico do
indivíduo são considerados para tanto, sob pena de banalizar este instituto, atribui
ndo reparação a meros incômodos do cotidiano.
Negado provimento ao recurso.
(Apelação Cível Nº 70031251275, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jo
Luiz Lopes do Canto, Julgado em 14/10/2009)
APELAÇÕES CÍVEIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. PUBLICAÇÃO JORNALÍSTICA DE ENTREVISTA COM PREFEIT
. MANIFESTAÇÕES OFENSIVAS À HONRA DO EX-PREFEITO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO.
1. GRAVAÇÃO DE CONVERSA. PROVA LÍCITA. Gravação contendo conversa mantida entre as partes
em gabinete público configura prova lícita. Incabível a alegação de ilicitude da prova, vi
sto que coletada por jornalista em entrevista, autorizada pelo interlocutor.
2. PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL. O nexo de causalidade entre dano e co
nduta ilícita dolosa do réu mostra-se presente. Coexistência, portanto, dos requisitos
necessários para a configuração da responsabilidade civil aquiliana. Assim, cabível a c
ondenação do apelado ao pagamento de valor a título de danos morais. Quantum indenizatór
io majorado.
1º APELO DESPROVIDO. 2º APELO PROVIDO. UNÂNIME.
(Apelação Cível Nº 70019425313, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Odon
anguiné, Julgado em 20/06/2007)
RESPONSABILIDADE CIVIL. GRAVAÇÃO MAGNÉTICA DE CONVERSA TELEFÔNICA POR UM DOS INTERLOCUTO
RES. PROVA LÍCITA. NÃO CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL.
Na hipótese, ausente conduta ilícita por parte dos demandados ao utilizarem como mei
o de prova em procedimento de exceção de suspeição a gravação magnética de conversa telefôn
or um dos interlocutores.
Precedentes jurisprudenciais.
APELO DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70005887773, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jos
rado Kurtz de Souza, Julgado em 27/04/2006)

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