Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – ICA


CURSO: ENG. FLORESTAL
DISCIPLINA: PROTEÇÃO FLORESTAL

QUEIMA CONTROLADA

Alberone Pinto 20092002


Andrey Martins 992006
Juhn Henin Muroi 20092040
Rosiane Souza 20102111
Sonia Telma Oliveira 20102113
1. INTRODUÇÃO
• O fogo é um fenômeno natural;
• Ele é ferramenta fundamental no manejo da
vegetação (quando utilizado racionalmente);
• A queima é uma tecnologia agrícola muito
utilizada na região amazônica.
• Queimada não é sinônimo de incêndio.
2. Definição para Queima Controlada

É a aplicação controlada do fogo sobre


combustíveis (madeira, serrapilheira, matéria
orgânica, e outros);
3. CLASSIFICAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS
FLORESTAIS
Classificados de acordo com sua distribuição vertical:

1. Combustíveis do solo:
Materias que estão abaixo da superfície do solo da floresta
( húmus, raizes de arvores, turfa, etc.)

2. Combustíveis superficiais:
Todos materias depositados sobre o piso da floresta ( folhas, galhos,
casca, frutos, etc.)

3. Combustíveis aéreos:
Materiais encontrados nos sub-bosques e parte superior das copas a uma
distância de 1,8 metros da superfície.
4. CLASSIFICAÇÃO DE PERICULOSIDADES DOS
COMBUSTÍVEIS:
4.1. Perigosos:
Galhos e ramos pequenos, com diâmetro < 1 cm, folhas
liquens, musgos, herbáceas são materiais que possuem
menor temperatura de ignição

4.2. Semi-Perigosos:
Materiais geralmente lenhosos com: troncos caídos e ramos >
1 cm de diâmetro. São materiais compactados ou de
dimensões grossas que queimam lentamente.
Apresentam ignição lenta e difícil, mas desenvolvem intenso
calor.
4.2. Combustíveis verdes (exceto coníferas):
• Às vezes são considerados não inflamáveis;
• O calor liberado pela queima de outros
combustíveis pode tornar este inflamável;
• O conteúdo de umidade é a mais importante
propriedade que controla a infalibilidade dos
combustíveis.
5. DIFERENÇAS ENTRE FOCOS DE CALOR, INCÊNDIO E QUEIMADAS:

5.1. Foco de calor:


• Qualquer temperatura registrada acima de 47
°C
• Não é necessariamente um foco de fogo ou
incêndio.
5.2. Queimadas:
• Antiga prática agropastoril ou florestal;
• Utilizada de forma controlada para viabilizar a
agricultura ou renovar pastagens;
• Queima controlada é uma ação planejada com
objetivos definidos e efeitos esperados.
5.3. Incêndio Florestal:
• É o fogo sem controle que incide sobre
qualquer vegetação;
• É provocado pelo homem (intencional ou
negligencial) ou pela causa natural (raios
solares, por exemplo);
• São os mais danosos eventos que provocam
alterações nas formações vegetais, sejam
naturais ou plantadas.
6. COMO FAZER UMA QUEIMADA CONTROLADA

• É preciso adotar vários procedimentos para evitar a


proliferação do fogo;
• É fundamental o conhecimento da área;
• Evitar queimar grandes áreas (dificuldade no controle);
• Evitar fazer sob vento forte;
• Escolher temperaturas amenas;
• Após o término da queimada, permanecer no local por
mais 2 horas;
• Possuir sempre às mãos equipamentos úteis no combate.
7. USO DO FOGO
7.1. No preparo do terreno:
• Instrumento mais barato
• Custa 10% do valor de qualquer outro
tratamento
7.2. No controle de espécies indesejáveis:
• É recomendado desde que estas sejam mais
sensíveis ao fogo do que aquelas que se deve
proteger.
7.3. No controle de pragas e doenças:
• Utilizada para erradicar culturas ou individuos
contaminados com pragas ou doenças.

7.4. Na melhoria das pastagens:


• Aumenta a palatabilidade, qualidade e
disponibilidade de gramíneas e ervas
forrageiras
8. TÉCNICAS DE QUEIMA CONTROLADA
• Usadas para minimizar custos em curto prazo e
também minimizar impactos ambientais.
8.1. Queima contra o vento:
• Consiste em fazer o fogo progredir na direção
contraria ao vento.
• Vantagem: técnica mais fácil e segura desde que o
vento seja constante em direção e velocidade.
• Desvantagens: tempo gasto na operação;
Necessidade da construção de aceiros.
8.2. Queima em faixas a favor do vento:
• Colocar uma linha de fogo ou uma série de
linhas de fogo de tal forma que nenhuma linha
individual possa desenvolver alta intensidade
anes de encontrar outra linha de fogo ou aceiro.
• Vantagens: alta versatilidade; é segura e de fácil
controle; a intesidade da queima pode ser
regulada e permite fuga a fauna.
• Desvantagens: necessita de pessoas com
experiência; requer mis atenção; a queima não
fica uniforme.
8.3. Queima em V ou U (ou Chevron)
• Utilizada para queima de áreas montanhosas;
• Consiste em acender linhas de fogo
simultaneamente.
• Vantagens: fácil controle; permite fuga a fauna
e queima rápida.
• Desvantagens: difícil realização em áreas
irregulares; não é recomendável para mata
com muito combustível.
9. APLICAÇÃO DA QUEIMA CONTROLADA

• Deve ser realizada quando existe a real necessidade


de sua aplicação

9.1. Estação do ano:


• Depende de vários fatores como: objetivos da queima,
tipo de vegetação, época de maior perigo de incêndio,
quantidade de combustível e condições climáticas.
• Normalmente as melhores estações são o outono e o
inverno.
9.2. Hora do dia:
• A determinação da melhor hora do dia é feita com
base na necessidade de controle do fogo, objetivos da
queima e aspectos de dispersão.
• Podem ser feitas de dia ou a noite.

9.3. Plano de queima:


É necessário um plano de queima controlada escrito e
detalhado para cada queima.
Os principais pontos abordados são: Descrição e
localização da área, objetivos da queima, condições
climáticas ideais, técnicas de queima, vigilância,
controle e rescaldo, avaliação da queima.
10. IMPACTOS DA QUEIMADAS
• Eliminam a microfauna e microflora do solo;
• Expõem o solo à erosão;
• Secam as nascentes da água;
• Afetam a qualidade do ar;
• Causam desequilíbrio entre pragas e
predadores;
• Diminuem a fertilidade do solo.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

• O uso do fogo nos meios agrícolas e florestais


é um assunto polêmico e muitas vezes mal
compreendido. A queima controlada, isto é, o
uso do fogo prescrito de maneira criteriosa e
técnica, pode ser uma valiosa ferramenta de
manejo florestal, diminuindo os custos da
implantação de florestas e protegendo-as de
incêndios destrutivos através da redução do
material combustível.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMBRAPA. Alternativas para a prática das queimadas na agricultura:
recomendações tecnológicas. Brasília, 2000. 63 p.
 
IBAMA. Gestão dos Recursos Naturais - subsídios à elaboração da Agenda 21
brasileira. Brasília, 2000.
 
QUEIMA CONTROLADA. Disponível em: <http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/queima.html>. Acessado em
27/01/2011
QUEIMAS: Como fazer uma queimada controlada: Disponível em:
<http://ambiente.hsw.uol.com.br/queimadas5.htm>. Acessado em: 29/01/2011
 
QUEIMADAS. Disponível em: <http://www.alegreonline.com/idaf/artigo_queimadas.html>. Acessada em
30/01/2011.
 
QUEIMADA: Temporada de queima. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/08/temporada-
de-queimadas-deve-seguir-ate-novembro-segundo-inpe.html>. Acessado em: 29/01/2011.
QUEIMADAS: Queimadas no Brasil aumentaram 85% em 2010. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/782546-queimadas-no-brasil-aumentaram-85-em-2010-informa-inpe.
shtml
>. Acessado em: 01/02/2011.
SOARES, R. V. Incêndios Florestais - Controle e Uso do Fogo. Curitiba : FUPEF, 213 p, 1985.
Queimadas. Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/queimadas5.htm>. Acessado em: 02/02/2011
PARÁ. Dispõe sobre a Autorização de Queima Controlada no âmbito do Estado do Pará e da outras
providencias. Instrução Normativa no. 51 de 08/09/2010.

Você também pode gostar