CLAUDIA CAROLINE DA C. PIMENTEL JOSÉ SANDYEL DE O. FIDELIS HIPOSUFICIÊNCIA EMPREGADOR X EMPREGADO
O objetivo deste trabalho é apresentar as considerações e o parecer do
grupo, no papel de Júri, com base nas argumentações apresentadas pelos representantes do Empregador e do Empregado, sobre a condição de hipossuficiência originada pelo desequilíbrio nas relações trabalhistas em face ao enfoque paternalista protecionista do Direito do Trabalho ao Trabalhador.
Inicialmente, como introdução as argumentações de hipossuficiência do
trabalhador, os representantes desta classe apresentaram relato sobre a evolução histórica da relação entre Empregador e Empregado caracterizada sempre pela presença do binômio “Abuso de poder x Submissão” no decorrer do tempo, que embora mais amenizada atualmente, ainda com forte presença, torna o trabalhador como refém do temor a perda de emprego e renda, essenciais para sua sobrevivência, apesar do Direito do Trabalho como um Direito Social que busca promover ao trabalhador uma qualidade de vida digna.
Os representantes do Empregador na sua tese, em defesa a hipossuficiência
desta classe devido a legislação protecionista atual, focaram os efeitos negativos gerados pelo paternalismo exagerado da Legislação trabalhista ao Empregado, que através dos benefícios patrocinados através de altos encargos sociais, custos gerados pela falta de equilíbrio entre as partes na Justiça do Trabalho, via de regra, pendendo sempre em apoio ao empregado, tendo como principal consequência a “quebra” de 90% das empresas abertas, antes de um ano de funcionamento, provocando mais desemprego. Por fim, reivindicaram mais apoio do governo a classe empresarial na formação do conhecimento empreendedor, bem como, uma necessária mudança na legislação trabalhista de forma a corrigir as distorções existentes.
Analisados os argumentos apresentados pelas partes, o Júri, justificou que o
dito “paternalismo” existente, é necessário no intuito do Direito do trabalho, com os benefícios sociais, promover ao trabalhador o mínimo necessário a uma vida digna, bem como, enfatizou que o dito “protecionismo”, na legislação, ao Empregado é o catalizador que busca compensar o desequilíbrio causado pela “cultura” do “Abuso de Poder x Submissão” que ainda sobrevive na maioria das empresas, e concluiu o parecer pela hipossuficiência da classe trabalhadora.