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ABORTAMENTO

aula 2
resumo pelos alunos
Profª. Esp. Shirley Kellen Ferreira
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS – Marcos e Jordani
Alterações de ordem imunológica é o principal fator causador do aborto
espontâneo recorrente, que é caracterizado pela perda sucessiva de três ou
mais gestações antes da vigésima semana de gravidez. Em estudo realizado no
ambulatório em 2006, verificou-se que a causa mais freqüente do aborto
recorrente foi o fator imunológico. Dentro disso, 94% dos casos estavam ligados
ao fator aloimune”, disse.
O fator aloimune é um processo de rejeição do feto pelo sistema
imunológico da mãe por falta de anticorpos bloqueadores que protegem as
células embrionárias. “Esses anticorpos protegem o feto contra os fatores de
agressão do organismo materno. Quando a mãe não os produz, o bebê não
pode se desenvolver Segundo Barini, nesses casos o organismo da mulher não
consegue adaptação imunológica para as características do homem, uma vez
que não produz anticorpos contra os antígenos desse. A vacina então é
produzida com glóbulos brancos do pai e introduzidas no organismo da mãe,
fazendo com que ela produza os anticorpos bloqueadores, impedindo a
interrupção da gravidez.
Além do fator aloimune, os abortos podem ser causados também pelo
fator auto-imune, segundo Barini trata-se de reações de auto-agressão
imunológica – em que o organismo da mãe gera substâncias contra partes
específicas do seu organismo – que, em vez de promover auto-agressão,
podem ser eventualmente nocivas ao feto.
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS – Marcos e Jordani

“Um exemplo disso é a alteração da coagulação sangüínea


provocada pelos anticorpos antifosfolípides, que podem gerar uma
trombose, dificultando a irrigação da placenta e matando o embrião”,
explicou Barini.Ricardo Barini, outros fatores concorrem em menor
proporção para a morte do embrião, como os de caráter hormonal,
anatômico, genético, infeccioso.
Muitas mulheres que engravidam não conseguem produzir
progesterona em quantidade adequada problemas anatômicos
favorecem igualmente a ocorrência de abortos recorrentes. Entre eles,
as mais comuns são malformações uterinas, foi responsável pela
introdução no Brasil de vacinas que corrigem o fator imunológico,
viabilizando a gravidez em 85% dos casos. A terapêutica começa por
uma série de exames, que identificam se a mulher produz anticorpos
contra as células do homem. Caso isso não ocorra, o passo seguinte é
coletar sangue do companheiro dela. A amostra é então fracionada,para
que possam ser separados os leucócitos (glóbulos brancos) das
hemácias (glóbulos vermelhos). Os glóbulos brancos são
posteriormente purificados e injetados na candidata a mãe por via
intradérmica.
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS
Uma das causas auto-imunes de abortamento de repetição é a
presença no plasma materno de duas variedades de auto-
anticorpos que conferem um maior risco de trombose
(principalmente de vasos placentários):
O anticoagulante lúpico e o anti-cardiolipina.
A síndrome de anticorpo anti-fosfolipidio engloba os dois auto-
anticorpos descritos antes. Manifestações clínicas, além de
abortamentos espontâneos de repetição, incluem tromboses
venosas (2/3 dos casos) e arteriais (1/3 dos casos) e uma variedade
de manifestações neuropsiquiátricas.
´ Outros achados laboratoriais, alem da presença desses auto-
anticorpos, consistem em falso VDRL, trombocitopenia e
prolongamento do tempo de tromboplastina parcial (TTP).
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS
Os episódios de abortamento habitual ocorrem com
maior freqüência no 2° trimestre.
O anticoagulante lúpico e uma imunoglobulina da
classe IgG ou IgM que interfere com testes de
coagulação in vitro que utilizam um ou mais fosfolipídios.
Apesar do nome anticoagulante, esta condição está
relacionada a trombose e a maioria das pacientes que o
apresentam não terem lúpus eritematoso sistêmico.
O anti-cardiolipina e um auto-anticorpo dirigido
contra um fosfolipídio, podendo ser uma IgG, IgA ou IgM.
Nessas pacientes, o mecanismo de perda fetal parece
envolver trombose e infarto placentário. Os achados
laboratoriais da síndrome incluem trombocitopenia e
prolongamento do FIT.
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS
Grávidas portadoras de um desses auto-anticorpos
devem receber profilaticamente heparina não fracionada
em baixas doses (5.000UI, SC, 12/12h) e aspirina em
baixas doses, se houver história de aborto de repetição.
Pacientes com historia de trombose devem usar
anticoagulante oral fora da gravidez e, na gestação, usar
heparina venosa ou subcutânea em doses terapêuticas
nas primeiras 14 sem. (pelo potencial teratogênico -
síndrome warfarínica) e apos 36 sem., devido ao risco
de sangramento fetal provocado pelo anticoagulante
oral. Nesse período intermediário, o cumarínico é
permitido.
Etiologia
3 - FATORES IMUNOLOGICOS
Causas alo-imunes parecem estar envolvidas
também com abortamento. Uma homologia paterna e
materna envolvendo o antígeno de histocompatibilidade
maior (HLA) seria um fator de risco, ou seja, quanto
maior for a "igualdade" entre antígenos do pai e da mãe,
maior é a probabilidade de abortamento.
Tentativas de tratamento são feitas com injeção de
leucócitos paternos, que tem um custo enorme e os
resultados não são animadores. Pode ser feito também
com imunoglobulina de vários doadores, que apresentou
melhores resultados.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara

O endométrio é a membrana mucosa que reveste a parede


uterina, formado por fibras musculares lisas e estimulado por
hormônios ovarianos chamados estrogênio (produzido pelos
folículos) e progesterona (produzida pelo corpo lúteo ou
amarelo), tem um aumento na sua espessura devido à grande
concentração destes hormônios no sangue (ocorrendo o
contrário na menstruação). É o endométrio que permite o
alojamento do embrião na parede do útero (nidação). É ele
também que, durante os primeiros meses de gravidez, permite
a formação da placenta, que vai proporcionar, ao longo de toda
a gestação, nutrientes, oxigênio, anticorpos, e outros
elementos, bem como eliminar todos os produtos tóxicos
resultantes do metabolismo, essencial à sobrevivência, saúde
e desenvolvimento do novo ser. O endométrio é composto por
três camadas histológicas:profunda ou basal; intermadiária ou
esponjosa e superficial ou compacta.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara

As camadas média e superficial fomam a


camada funcional do endométrio, desprendendo-se
por ocasião da menstruação. A camada basal que
não é eliminada permite a renovação do endométrio
para o próximo ciclo menstrual. Existem algumas
ginecopatias que acometem o endométrio, que
podem acarretar o abortamento,
Tais como:
• Hiperplasia endometrial, atrofia do endométrio e
endometriose.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara

Hiperplasia endometrial

A Hiperplasia Endometrial (HE) é conhecida como a


proliferação exagerada do endométrio levando a alterações
estruturais, arquiteturais, glandulares e até mesmo citológicas
do tecido, variando desde simples proliferações desordenadas
vistas em endométrio proliferativo, até quadros de alteração
citológica que lembram as alterações presentes no
adenocarcinoma bem diferenciado. São várias as alterações da
arquitetura endometrial na hiperplasia e, entre elas, podemos
citar o aumento do número de glândulas em relação ao
estroma; as glândulas apresentam-se ramificadas e com
estruturas complexas papilares, ocorre também alterações
citológicas que diferem completamente do epitélio endometrial
normal.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara

Hiperplasia endometrial

A hiperplasia constitui a simples expressão do endométrio à


estimulação estrogênica prolongada (seja exógena ou endógena), sem
o efeito contrabalanceador da progesterona. Normalmente ocorre nos
extremos etários da vida reprodutiva da mulher, devido aos ciclos
anovulatórios. Outras possíveis causas de hiperplasia endometrial
podem ser o uso de estrógenos por longos períodos sem a
administração concomitante de progestágenos ou mesmo neoplasias
ovarianas produtoras de estrogênio. Mulheres obesas são mais
predispostas ao aparecimento de hiperplasias, pois o tecido adiposo,
além de armazenar estrógenos, pode converter andrógenos
circulantes em mais estrógenos.
Devido à espessura aumentada do endométrio, o sintoma
predominante é o sangramento uterino anormal (menorragia,
polimenorréia, etc). Outros sintomas como dor abdominal em cólica e
aumento discreto do tamanho do útero podem estar presentes.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara

Atrofia endometrial

Atrofia do endométrio é a diminuição da


espessura da camada mais interna do útero. Durante
o ciclo menstrual normal essa camada vai ficando
mais espessa, de modo a poder receber um óvulo
fecundado e permitir a formação da placenta, que é
por onde o feto recebe nutrição de sua mãe. Um
endométrio atrofiado (muito fino) não permitirá a
evolução da gravidez. O tempo em que isso pode
ocorrer é imprevisível e varia de pessoa para
pessoa.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose
À presença do endométrio fora de sua
localização habitual, fora do útero, dá-se o nome de
endometriose. Sendo ele da mesma constituição que
o endométrio normal, seu desenvolvimento se faz
pelos mesmos mecanismos que o primeiro, ou seja,
ele cresce a partir de estímulos hormonais
(estrogênicos) originados nos ovários. Esses
estímulos se iniciam a cada novo ciclo. Assim
sendo, a cada menstruação também haverá
sangramento onde existe endométrio, ou seja, isto
também acontecerá onde houver focos
endometrióticos.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose
Como esta localização anômala de tecido é
aparentemente aleatória, vários são os órgãos que
podem abrigá-lo, sendo os pélvicos os mais
acometidos. Desta forma, pode-se encontrar
endometriose nos ovários, na parte externa e parede
do útero (doença chamada de adenomiose), nas
tubas (antigamente denominadas trompas) uterinas,
bexiga e no revestimento interno de todo o abdômen
(peritônio). Mas ainda há outros locais onde este
tecido pode ser encontrado como a parede
abdominal, diafragma, pulmões, trato urinário,
intestino delgado, reto e outros menos freqüentes.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose

A endometriose pode impedir a gestação de


várias formas. A endometriose na pelve, por
exemplo, pode inflamar o tecido vizinho e produzir o
crescimento de um tecido cicatricial (aderências). As
faixas de tecido cicatricial podem unir os ovários, as
tubas e os intestinos entre si. As aderências podem
interferir com as tubas uterinas. Se os ovários são
separados das tubas, os oócitos (óvulos) podem ter
dificuldades para alcançá-las depois da ovulação.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose
A endometriose pode impedir a gestação de
várias formas. A endometriose na pelve, por
exemplo, pode inflamar o tecido vizinho e produzir o
crescimento de um tecido cicatricial (aderências). As
faixas de tecido cicatricial podem unir os ovários, as
tubas e os intestinos entre si. As aderências podem
interferir com as tubas uterinas. Se os ovários são
separados das tubas, os oócitos (óvulos) podem ter
dificuldades para alcançá-las depois da ovulação.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose

Os pesquisadores determinam outras possíveis causas


que relacionam a endometriose com a infertilidade. Implantes
localizados longe das tubas e dos ovários podem impedir a
fertilidade e há evidências de que algo, talvez prostaglandinas
ou outras substâncias produzidas por estes implantes, podem
interferir na ovulação, com a entrada do oócito na tuba e com a
fertilização. Os estudos mostraram que o risco de aborto
espontâneo é maior em mulheres com endometriose não
tratada. Atualmente não se sabe porquê a endometriose causa
um risco maior de aborto. Além disso, substâncias químicas
que podem ser tóxicas para o embrião foram achadas no
líquido abdominal de mulheres com endometriose.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio - Meire e Nara
Endometriose

Mudanças também, possívelmente no sistema imune


seriam capazes de explicar o risco maior de abortar. causas
que relacionam a endometriose com a infertilidade. Implantes
localizados longe das tubas e dos ovários podem impedir a
fertilidade e há evidências de que algo, talvez prostaglandinas
ou outras substâncias produzidas por estes implantes, podem
interferir na ovulação, com a entrada do oócito na tuba e com a
fertilização. Os estudos mostraram que o risco de aborto
espontâneo é maior em mulheres com endometriose não
tratada. Atualmente não se sabe porquê a endometriose causa
um risco maior de aborto. Além disso, substâncias químicas
que podem ser tóxicas para o embrião foram achadas no
líquido abdominal de mulheres com endometriose. Mudanças
também, possívelmente no sistema imune seriam capazes de
explicar o risco maior de abortar.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.1 - Do Endométrio
As alterações no endométrio determinam
abortamentos subclínicos anteriores a
amenorréia e nos primeiros dias da falha
menstrual, pois não permitem a implantação ou
a adequada nutrição do ovo.
Os distúrbios mais frequentemente
encontrados incluem: endométrios atróficos,
hiperplásicos, não secretores ou mistos.
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4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas Gislângela e Maira
O útero está localizado entre a bexiga e o reto, é
um órgão muscular que mede aproximadamente 7
cm e sua forma é semelhante a uma pêra. É o
encarregado de acolher o bebê, que no útero vai
viver e se desenvolver durante nove meses.
Antes de você nascer, esse órgão do seu corpo se
forma com a união de duas partes. Porém, às vezes,
ele pode não se formar completamente, produzindo
malformações congênitas. Geralmente, você pode
viver com elas sem perceber
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas Gislângela e Maira
Aqui apresentamos algumas delas e suas
principais características:
- O caso mais freqüente é o do útero bicorno. Nesse
caso, o útero tem forma de coração, e não de pêra,
com dois extremos superiores maiores.
- Outro caso é o do útero unicorno, que tem a
metade do tamanho habitual, contando somente
com uma trompa de Falópio.
- Um caso pouco freqüente é o útero duplo. Nesse
caso, uma parede de tecido chamada septo divide o
útero, criando duas cavidades inferiores.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas Gislângela e Maira

Essas anomalias podem causar problemas em sua


fertilidade, mas, na maioria dos casos, não impedem a
concepção, embora a tarefa se torne um pouco mais difícil.
No tocante à gravidez, a principal influência dessas
malformações no desenvolvimento do bebê é que elas não
proporcionam o espaço suficiente. Por esse motivo, são mais
prováveis os partos prematuros, já que chega uma hora em
que o bebê não tem mais espaço onde crescer. Também é
provável que, estando próxima a data do parto, o bebê
continue sentado dentro da barriga, sendo necessário fazer
uma cesariana.
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4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas Gislângela e Maira

Em caso de dúvida sobre este assunto, consulte seu


médico. Ele poderá examinar seu útero e suas trompas e
determinar se existe alguma anormalidade. Geralmente, são
realizadas ultra-sonografias ou também pode ser indicada uma
laparoscopia.
Se seu caso for um dos citados anteriormente, é muito
importante que você consulte seu médico regularmente, para
cuidar de sua saúde e da do bebê. O obstetra deverá fazer um
check-up constante dos dois. Mantenha-se tranqüila, tire todas
as suas dúvidas e, diante de qualquer alarme, não deixe de
informar o médico.
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4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas
As malformações uterinas podem
determinar abortamentos, mas
dependendo do tipo de malformação, a
gravidez pode transcorrer normalmente
em ate 70% dos casos.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas
O útero unicorno costuma trazer problemas a
gravidez que pode ter um prognostico pior se houver
corno comunicante hipoplásico com endométrio
funcionante pelo risco de rotura durante a gravidez.
Alem disto, o tamanho menor de um hemiútero
explica a maior incidência de aborto, parto prematuro,
parto pélvico e cesariana.
Sempre esta indicada a correção do útero unicorno
(que apresenta outro corno hipoplásico, seja este
comunicante ou não) pelo risco de rotura na
eventualidade de uma gravidez.
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4 – GlNECOPATIAS
4.2 - Malformações Uterinas
Os úteros bicorno e didelfo tem um alto índice de
abortos que podem ser prevenidos por cerclagem
profilática; se esta medida não for bem sucedida em
levar adiante a gravidez, estão indicadas as correções
cirúrgicas. O útero septado é mais bem corrigido via
histeroscópica, com a destruição do septo, e o útero
bicorno e o didelfo através do procedimento de
Strassmann, que faz uma junção dos dois cornos.
Deve-se atentar para a obrigatoriedade da
cesariana após estes procedimentos, devido ao risco de
rotura com o trabalho de parto.
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4 – GlNECOPATIAS
4.3 - Distopias Uterinas Kattiany e Honória
Distopia significa deslocamento parcial
ou total de um órgão de sua localização
anatômica habitual, quase sempre em
caráter permanente.
As distopias do útero são as mais
freqüentes. As alterações anormais na
estática uterina são: Retroversão; Prolapso
uterino; inversão Uterina.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.3 - Distopias Uterinas Kattiany e Honória

Distopias de Posição: O útero desloca-se


sozinho (histerocele) ou acompanhado da
bexiga e do reto (prolapso genital) em
direção à vulva, causando complicações
como: Hidronefrose (pelo cruzamento da
artéria uterina com o ureter); Ulceração e
infecção do colo uterino; Malignização.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.3 - Distopias Uterinas Kattiany e Honória

Rotação uterina: O útero gira em torno do seu


eixo conseqüente a uma tumoração ou aderência
anexial.
Inversão Uterina: É uma invaginação do fundo
uterino na sua própria cavidade atingindo, muitas
vezes, o colo uterino, podendo até exteriorizar-se na
vagina.
Distopias vaginais: Eversão ou prolapso da
mucosa vaginal associada com prolapso uretral
(uretrocele), vesical (cistocele) ou retal (retocele).
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.3 - Distopias Uterinas
Quando a retroversoflexão é
pronunciada, o abortamento pode ocorrer
devido aos distúrbios circulatórios. Com o
desenvolvimento do útero, a posição
anômala tende a se corrigir, excetuando-
se os casos em que o crescimento da
matriz promove seu encarceramento.
Etiologia
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4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

Numa gravidez normal, o colo do útero permanece firme,


comprido e fechado até as últimas semanas, quando começa a
amolecer, afinar e dilatar, preparando-se para dar passagem ao
bebê no parto vaginal. Ter incompetência istmo-cervical quer
dizer que seu colo do útero é mais fraco que o normal, ou que
sempre foi mais curto, e que tende a dilatar e afinar sem que
haja contrações, só pelo peso do bebê. O grande problema é
que a dilatação pode acontecer rápido demais e o bebê nascer
muito antes do tempo, ainda no segundo trimestre, quando
ainda não tem condições de sobreviver fora da barriga, com
menos de 20-22 semanas. É o chamado aborto espontâneo
tardio. Ou então o parto pode acontecer já no terceiro
trimestre, mas o bebê ainda é muito prematuro (com menos de
32 semanas de gravidez), o que pode causar problemas à
saúde dele.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

A incompetência pode ter origem em fatores


congênitos (má-formação) ou adquiridos (através de
traumas como operações, abortos, partos
traumáticos, dilatação forçada do colo uterino,
conização, entre outros). A incidência da
incompetência istmo-cervical segundo a literatura é
de 1/1000.A IIC é responsável em média de 23% dos
abortos espontâneos tardios no 2º trimestre.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

Se o médico considerar que a paciente corre risco de


estar com insuficiência cervical, pode pedir ultra-sons
transvaginais desde o começo da gravidez para medir o
comprimento do colo do útero e procurar sinais de
"apagamento" (afinamento). Quanto mais curto estiver o colo
do útero, maior é a possibilidade de haver parto prematuro ou
aborto tardio, dependendo do tempo de gravidez. Quando a
dilatação é observada no terceiro trimestre, o obstetra pode
receitar injeções de corticosteróide para ajudar a amadurecer
os pulmões do bebê, e orientar a mãe a ficar em repouso
absoluto, deitada, para evitar que o colo do útero sofra a
pressão do peso da criança. 
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

Existe um procedimento chamado circlagem,


que ajuda a manter o colo do útero fechado, tem
como finalidade reforçar a musculatura do orifício
interno do colo uterino. Ele é mais eficaz quando
feito em mulheres que sabidamente já sofrem do
problema.Nesse caso, a circlagem é feita entre 13 e
16 semanas, antes que as alterações no colo do
útero sejam muito visíveis.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

As condições para realização da circlagem são:dilatação


cervical menor que 4 cm, bolsa íntegra,ausência de
sangramentos e ambiente estéril.Os Cuidados pós-operatórios
são:evitar esforços físicos, prescrição de
uterolíticos,antibióticos,analgésicos; controle ultrasonográfico
periódico e proibição do coito . Fazer a circlagem depois da
detecção da insuficiência istmo-cervical é mais controverso,
porque alguns especialistas alegam que, além de poder não
funcionar, o procedimento traz riscos que podem acabar
provocando o próprio parto prematuro: infecção, ruptura da
bolsa e irritação do útero, causando contrações.
Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical Lara e Thayne

São motivos para ter atenção especial ao colo uterino: 

• Se já sofreu um aborto espontâneo no segundo trimestre, ou


teve um parto prematuro sem causa aparente.
 
• Se já se submeteu a um procedimento para retirada de lesões
pré-cancerosas no colo do útero

•Se teve alguma lesão no colo do útero num parto anterior ou


numa curetagem, ou fez aborto

•Se tem um colo do útero anormalmente curto. 


Etiologia
4 – GlNECOPATIAS
4.4 - Incompetência Istmo-cervical
O concepto não é retido até o fim da gestação, pois
a cérvice não se mantém fechada. A dilatação é indolor.
Ocorre a ruptura das membranas e a expulsão do
produto de concepção ainda imaturo. Na incompetência
istmocervical o aborto e tardio e geralmente com feto
vivo.
Suas causas compreendem a exposição ao
dietilestilbestrol, que já foi citado, além de fatores
adquiridos como tumores em região cervical, conização
e amputação do colo, uso de velas na dilatação do colo
e fatores relacionados ao parto como macrossomia e
Iacerações cervicais.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.1- Doenças Debilitantes Crônicas e Desnutrição
Uinayara e Fabiane
• Doenças debilitantes crônicas
• Tuberculose
• Hipertensão (DHEG)
• Espru celíaco
• Carcinomatose
• Obesidade
• Anemia
• Infecções (rubéola e toxoplasmose)
• Desnutrição
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.1- Doenças Debilitantes Crônicas e Desnutrição
Doenças debilitantes crônicas, como tuberculose e
carcinomatose, raramente causam abortamento.
Hipertensão também raramente associa-se a
abortamento, no entanto devemos lembrar que esta
condição pode levar a morte fetal (apos 20 semanas) e
parto prematuro.
Não existem ainda trabalhos conclusivos relacionando
a desnutrição ou a deficiência especifica de algum
nutriente com abortamento.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.2- Infecções Bruna e Patrícia
No período embrionário os agentes infecciosos
podem alterar o desenvolvimento do ovo de várias
formas, para tanto as possíveis conseqüências da
infecção dependerão de diversos fatores: agente
etiológico, locais lesados, reação da gestante frente
o invasor, tempo gestacional, características do
embrião.
As infecções viróticas, por exemplo, interferem
diretamente sobre os cromossomos tanto da mãe
quanto do concepto tendo como resultado
malformações congênitas.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.2- Infecções Bruna e Patrícia
Abaixo serão listados alguns dos organismos que podem
vir a trazer complicações em uma gestação:
Infecções Perinatais:
• Bacterianas: Clamídia, Gonorréia, Estreptococos do Grupo B,
Listeriose, Infecções por micoplasmas, Sífilis, Tuberculose.
• Parasitoses: Tricomoníase, Toxoplasmose, Parasitoses
intestinais.
• Viroses: Citomegalovírus, Hepatites virais, AIDS, Herpes,
Papilomatose, Gripe, Sarampo, Varicela, Parvovirose, Rubéola,
Herpes Zoster.
• Outras infecções: Candidíase, Vaginose Bacteriana, ITU,
Pediculose.
• Sífilis: De acordo com estudos realizados pela UNB, foram
ouvidas 30 mil mulheres, das quais 7 mil declararam já ter
sofrido aborto, estas foram submetidas a exames e constatou-
se que a SÌFILIS estava presente no exame de 35,3% dessas
mulheres.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.2- Infecções
Alguns estudos demonstraram associação de
abortamento espontâneo com infecção materna pelo
HIV-1, em gestantes com reação sorológica positiva
para sífilis, em mulheres que apresentam colonização
vaginal pelo Streptococcus do grupo B e em grávidas
apos infecção genital pelo Herpes simplex. Embora
alguns trabalhos tenham demonstrado uma maior
incidência de abortamento em pacientes com reações
sorológicas positivas para Ureaplasma urealyticum e
Mycoplasma hominis, estudos recentes não
confirmaram esta associação.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.3 - Desordens Endócrinas Dayana e Lauhuana

Doenças endócrinas, como insuficiência lútea: Produção


insuficiente de progesterona pelo corpo lúteo, e,
consequentemente, inadequado desenvolvimento do
endométrio;
Síndrome dos ovários policísticos: Um nível muito
elevado de LH na corrente sanguínea torna mais difícil para o
óvulo o desenvolvimento dentro do folículo, e para um embrião
a implantação no útero;
Diabetes mellitus, insulino dependente: em mulheres
diabéticas insulino dependentes sem um controle adequado
existe um risco duas a três vezes maior de abortar do que na
população em geral;
Doenças da tireóide: Hipo e Hipertiroideismo.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.3 - Desordens Endócrinas Dayana e Lauhuana

35% dos abortos habituais são causados de insuficiência do


corpo lúteo
Parece que a hipotiroidia não tem nada a ver com o aborto
O diabete é fator importante, porque ele aumenta a incidência dos
abortos, tal como as malformações.

No aborto endócrino, a vitalidade do ovo pode ser avaliada


usando:
Esfregaços citohormonais vaginais – positivas (mal prognostico)
se o índice acidófilo > 10% e o índice cariopicnotico > 20%
Dosagens de hormônios plasmáticos ou de metabolitos urinários
Dosagens de gonadotrofinas coriônicas (coisa feia, se forem
baixos)
Ultrassom – atenção a – iregularidades de forma do saco
embrionário, forma afiada do saco, BCF, etc,
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.3 - Desordens Endócrinas
A insuficiência do corpo lúteo, com
produção hormonal inadequada, resulta
em desenvolvimento impróprio do
endométrio e é responsável por 35% dos
abortamentos habituais. O principal
hormônio secretado pelo corpo lúteo
(inicialmente) que apresenta fundamental
importância para a manutenção da
gravidez e a progesterona.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.3 - Desordens Endócrinas
Parece não haver uma incidência
aumentada de abortamento em mulheres
com hipotireoidismo clinico {Williams
Obstetrics 21ed). Alguns autores, no
entanto, demonstraram associação entre a
presença de auto-anticorpos para as
doenças da tireóide e um maior risco de
abortamento.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.3 - Desordens Endócrinas
Em pacientes diabéticas existe um
maior risco tanto de abortamento quanto
de malformações congênitas.
O risco esta intimamente relacionado
com o grau de controle metabólico durante
o primeiro trimestre.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.4- Trombofilias Gabriella e Susiany
As trombofilias são caracterizadas por
promoverem alterações na coagulação sanguínea
que resultam em maior risco para trombose. O
sucesso gestacional depende de uma adequada
circulação útero - placentária. Anormalidades nessa
rede vascular se relacionam com várias patologias
gestacionais entre elas: aborto, pré-eclampsia, óbito
fetal. As trombofilias podem ser divididas em dois
grupos: as adquiridas e as hereditárias.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.4- Trombofilias Gabriella e Susiany
Estudos realizados em diversas pacientes com
patologia relacionada a trombofilias houveram
aumento do risco de prematuridade espontânea nas
portadoras de trombofilias adquiridas e hereditárias,
mas o antecedente de parto prematuro permaneceu
como o maior fator de risco associado a
prematuridade espontânea.
Outros riscos relacionados a trombofilias são o
retardo do crescimento intra- uterino, descolamento
prematuro da placenta.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.4- Trombofilias Gabriella e Susiany
Alguns fatores que podem desencadear o
tromboembolismo durante a gravidez são:
->Grávida sob tratamento com anticoagulantes.
->Trombofilias de risco moderado com
tromboembolismo venoso em gravidez anterior.
->Antecedentes de trombose associada à história
familiar de trombofilia.
->Antecedentes de trombose venosa espontânea sem
fatores de riscos associados.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.4- Trombofilias Gabriella e Susiany
Em pacientes com risco para trombofilias devem
ser aplicadas condutas clínicas tais como: utilização
de meias elásticas de compressão graduada durante
toda a gravidez e durante 6-12 semanas após o parto
(para todas as grávidas com risco tromboembólico);
início da terapêutica com heparina baixo peso
molecular (HBPM) após o diagnostico de gravidez;
dosagem das plaquetas antes de 4-8 dias após o
início do tratamento com heparina.
Etiologia
5 - OUTRAS PATOLOGIAS
5.4- Trombofilias
O mutante fator V de Leiden (resistência a
proteína C ativada), a deficiência de
antitrombina III e as deficiências de proteína C e
S estão envolvidas também com abortamentos.
A conduta nessas pacientes envolve a
administração de heparina (na presença de
deficiência de proteínas C e S ou antitrombina
III) ou aspirina em baixas doses mais heparina
(na presença do mutante fator V de Leiden).
Etiologia
6 – OUTRAS CAUSAS - Mª Clara e Daiane;
Leticia e Fernanda

Uso de Drogas: Êxtase, Inalantes, Heroína,


cocaína;
Uso de Álcool
Uso de Tabaco
Plantas Abortivas
Medicamentos Abortivos
Etiologia
6 – OUTRAS CAUSAS

Tabagismo aumenta a incidência de abortamento. Em mulheres que


fumam 14 cigarros por dia, o risco é de duas vezes quando comparado ao de
não-fumantes. Tanto o aborto espontâneo quanta as malformações estão
relacionados com o consumo freqüente de álcool durante as primeiras 8
semanas de gestação.
O consumo de cafeína (> 4 xícaras de café por dia) aumenta
discretamente o risco de abortamento.
São fatores de risco para o abortamento a exposição ao arsênico,
chumbo, formaldeído, benzeno, oxido de etileno, gases anestésicos e
radiação ionizante.
Não existe evidencia que laparotomias realizadas durante a gravidez
aumentem o risco de abortamento.
Tumores ovarianos e miomas pedunculados, por exemplo, são
geralmente removidos sem interferência com a gestação (Williams Obstetrics
2led).
Etiologia
6 – OUTRAS CAUSAS

Os traumatismos que promovem lesões


acentuadas no útero e no ovo podem levar ao
abortamento.
O ato sexual pode desencadear em algumas
pacientes abortamento devido a congestão e
estimulo da contratilidade uterina decorrentes do
orgasmo. Não se recomenda a abstinência para
todas as mulheres, apenas nos casos de
ameaça de abortamento.
Legislação para o Aborto no Brasil
– Joicce e Nathan

Atualmente no Brasil o aborto é considerado


crime, exceto em duas situações: de estupro e de
risco de vida materno. A proposta de um
Anteprojeto de Lei, que está tramitando no
Congresso Nacional, alterando o Código Penal,
inclui uma terceira possibilidade quando da
constatação anomalias fetais.
Legislação para o Aborto no Brasil
– Joicce e Nathan

Esta situação já vem sendo considerada pela Justiça


brasileira, apesar de não estar ainda legislada. Desde 1993,
foram concedidos mais de 350 alvarás  para realização de
aborto em crianças mal formadas, especialmente
anencéfalos. Os juízes inicialmente solicitavam que o médico
fornecesse um atestado com o diagnóstico da má formação,
além de outros três laudos para confirmação, outro laudo
psiquiátrico sobre o risco potencial da continuidade da
gestação e um para a cirurgia. Ao longo deste período estas
exigências foram sendo abrandadas. Em algumas
solicitações os juízes não aceitaram a justificativa, e não
concederam o alvará tendo em vista a falta de amparo legal
para a medida.
Legislação para o Aborto no Brasil
A Iegislação brasileira permite o abortamento somente em duas
situações especiais:

(1) Aborto em situações de risco para a gestante (aborto terapêutico).


Presença de doenças graves em que a gestação pode conduzir a risco de
vida para a paciente. Não é necessária a comunicação ao CRM, mas e
importante notificar a Comissão de Ética do hospital onde será realizado o
procedimento.
(2) Abortamento pós-estupro
Caso a paciente deseje interromper a gravidez, ela deve se dirigir ao hospital
com o boletim de ocorrência policial (BOP) e com o laudo do Instituto Medico
Legal (IML) comprovando o estupro. A equipe medica
deve solicitar: sorologia para sífilis, HIV e hepatite, tipagem sanguínea/fator
Rh e ultra-sonografia para confirmar a idade gestacional.
OBS: Em casos de malformações fetais graves incompatíveis
com a vida, a permissão para a interrupção da gravidez deve ser conseguida
perante autorização judicial e a equipe medica deve constituir laudo
justificando a interrupção.
Formas Clínicas e Condutas
1 - AMEAÇA DE ABORTAMENTO
2 - TRABALHO DE ABORTAMENTO,
ABORTAMENTO INEVITAVEL OU
ABORTAMENTO EM CURSO E
ABORTAMENTO INCOMPLETO
3 - ABORTAMENTO COMPLETO
4 - ABORTAMENTO INCOMPLETO
5 - ABORTAMENTO INFECTADO
6 - ABORTO RETIDO
7 - ABORTO HABITUAL
8 - INCOMPETENCIA ISTMO-CERVICAL

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