Universidade Estadual de Londrina/Departamento de Psicologia Geral e
Análise do Comportamento – Londrina - PR
Palavras–chave: Equivalência de estímulos, discriminação condicional instruída,
estrutura de treino.
Estudos anteriores demonstraram que existe a possibilidade da formação de
classes de estímulos equivalentes, quando as relações são estabelecidas por meio de discriminação condicional instruída. Nesses estudos o número de participantes que formou classes equivalentes foi inferior ao observado naqueles em que as respostas foram modeladas por contingências. No entanto, esses procedimentos não foram comparados diretamente. O presente experimento visou fazer esta comparação, tendo-se avaliado a porcentagem de acertos nos testes de equivalência, em que o tipo de estímulo, o número de estímulos por classe, o número de tentativas e a seqüência dos blocos foram os mesmos para ambos. Investigou-se ainda, o efeito de diferentes estruturas de treino: linear (Lin), comparação como nódulo (CaN) e modelo como nódulo (SaN). Dezoito estudantes de um curso de Psicologia foram distribuídos em seis grupos e realizaram as tarefas individualmente. Os grupos com respostas modeladas realizaram as tarefas no microcomputador (Lin-micro, CaN-micro e SaN-micro), utilizando o software Equivalência. Os grupos com respostas instruídas realizaram as tarefas em formulário impresso (Lin-papel, CaN-papel e SaN-papel). As fases do procedimento foram: treino das relações de linha de base; teste de linha de base, com critério de 90% de acertos; teste de simetria e teste de equivalência. Os resultados mostram que 100% dos participantes dos Grupos CaN-micro e CaN-papel; 66,6% dos participantes do Grupo SaN-papel; 33,3% do Grupo SaN-micro e nenhum dos três participantes dos Grupos Lin-micro e Lin-papel formaram classes equivalentes. A análise dos dados, feita por meio de ANOVA, revelou que não houve efeito do tipo de treino, mas houve efeito do tipo de estrutura. Na comparação dos pares, constatou-se que o desempenho dos participantes foi significativamente maior quando a estrutura de treino foi CaN e SaN, do que LIN, não tendo havido diferença significante entre CaN e SaN. Estes resultados permitem concluir que o procedimento de discriminação condicional com respostas instruídas é tão eficaz quanto aquele em que as respostas foram modeladas por contingências e que a estrutura de treino é uma variável que afeta de forma semelhante o desempenho dos participantes em ambos os procedimentos.