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Grupo Dinamizador da detecção e Liquidação de processos de Execução


GDLE

Informação sobre recuperação do IVA/dedução do IVA


entregue/pago mas não cobrado, de acordo com os n.ºs
7 a 12 do artigo 78.º do CIVA

Primeira situação – Com processo judicial em curso


contra o devedor (pessoa singular ou colectiva) – sem
limite de valor
Se tiver um processo judicial em curso, contra o devedor, que seja uma execução ou
uma falência/insolvência desde que:

1. A execução tenha sido suspensa/extinta por inexistência total ou parcial de


bens e tenha sido inscrita no registo informático de execuções, consultável
por qualquer mandatário via CITIUS ou por qualquer pessoa em qualquer
tribunal;
2. A insolvência tenha sido decretada (é publicada em Diário da República e
no site www.citius.mj.pt)
3. Também é possível recuperar o IVA recorrendo ao acordo feito numa
conciliação para viabilização de empresas em situação de insolvência ou em
situação económica difícil (muito raro).

Nestas 3 situações deve ser comunicada ao adquirente do bem ou serviço, que seja
um sujeito passivo do imposto, a anulação total ou parcial do imposto, para efeitos
de rectificação da dedução inicialmente efectuada.

Os documentos, certificados e comunicações referentes à recuperação do imposto


devem integrar o processo de documentação fiscal previsto no artigo 121.º do
Código do IRC e no artigo 129.º do Código do IRS.

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Segunda situação – Com injunção ou sentença contra o


devedor (desde que este seja um particular ou sujeito
passivo (SP) que realize exclusivamente operações
isentas sem direito a dedução do IVA)
Créditos entre 750€ e 8.000€ IVA incluído (ou seja, recuperação do IVA de 140,24€
a 1.495,93€ -IVA a 23%).

a. Desde que, relativamente à dívida, haja, contra o devedor, uma


injunção com fórmula executória ou uma sentença condenatória em
processo declarativo.
b. O devedor seja um Particular ou SP que realize exclusivamente
operações isentas sem direito a dedução
c. O valor global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a
realização de diligências de cobrança por parte do credor e o
insucesso, total ou parcial, de tais diligências devem encontrar-se
documentalmente comprovados e ser certificados por revisor oficial
de contas.
d. Os documentos, certificados e comunicações referentes à
recuperação do imposto devem integrar o processo de
documentação fiscal previsto no artigo 121.º do Código do IRC e no
artigo 129.º do Código do IRS.

Terceira situação – Com sentença contra o devedor ou


execução com citação edital (hoje electrónica) (neste caso
o aplica-se a todos os devedores, mesmo os SP com direito
à dedução do IVA)
Créditos até 6.000€ IVA incluído (ou seja, recuperação do IVA até 1.122€ -IVA a
23%).

a. Desde que, relativamente à dívida, haja, contra o devedor, uma


sentença condenatória em processo declarativo ou uma execução em
que tenha sido citado editalmente.
b. O valor global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a
realização de diligências de cobrança por parte do credor e o
insucesso, total ou parcial, de tais diligências devem encontrar-se

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documentalmente comprovados e ser certificados por revisor oficial


de contas.
c. Importante: Nesta situação deve ser comunicada ao adquirente do
bem ou serviço, que seja um sujeito passivo do imposto, a anulação
total ou parcial do imposto, para efeitos de rectificação da dedução
inicialmente efectuada.
d. Os documentos, certificados e comunicações referentes à
recuperação do imposto devem integrar o processo de
documentação fiscal previsto no artigo 121.º do Código do IRC e no
artigo 129.º do Código do IRS.

Quarta situação – Sem processo judicial em curso contra o


devedor (desde que este seja um particular ou SP que
realize exclusivamente operações isentas sem direito a
dedução do IVA)

1) Créditos até 750€ IVA incluído - (ou seja, recuperação do


IVA até 140,24€ -IVA a 23%).

Condições:

Tenham passado mais de 6 meses após a data em que deveria ter pago.

O devedor seja um Particular ou SP que realize exclusivamente operações


isentas sem direito a dedução.

O valor global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a realização


de diligências de cobrança por parte do credor e o insucesso, total ou
parcial, de tais diligências devem encontrar-se documentalmente
comprovados e ser certificados por revisor oficial de contas.

Os documentos, certificados e comunicações referentes à recuperação do


imposto devem integrar o processo de documentação fiscal previsto no
artigo 121.º do Código do IRC e no artigo 129.º do Código do IRS.

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2) Créditos entre 750€ e 8.000€ IVA incluído (ou seja,


recuperação do IVA de 140,24€ a 1.495,93€ -IVA a 23%).

Desde que o devedor conste do Registo Informático de Execuções (RIE) como


tendo sido executado numa execução suspensa ou extinta por inexistência de
bens.
e
O devedor seja um Particular ou SP que realize exclusivamente operações
isentas sem direito a dedução.

a. O valor global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a


realização de diligências de cobrança por parte do credor e o
insucesso, total ou parcial, de tais diligências devem encontrar-se
documentalmente comprovados e ser certificados por revisor oficial
de contas.
b. Os documentos, certificados e comunicações referentes à
recuperação do imposto devem integrar o processo de
documentação fiscal previsto no artigo 121.º do Código do IRC e no
artigo 129.º do Código do IRS.

Importante:

c. Qualquer mandatário pode certificar que a consulta que fez ao


CITIUS/RIE demonstrou estar lá o devedor com a menção de ser
executado em execução que se tenha extinto ou suspenso por
inexistência de bens;
d. Qualquer pessoa pode dirigir-se a qualquer tribunal e pedir a
certidão que refira o mesmo (mais caro, em princípio).

3) Créditos entre 750€ e 8.000€ IVA incluído (ou seja,


recuperação do IVA de 140,24€ a 1.495,93€ -IVA a 23%).

Desde que o devedor conste da Lista Pública de Execuções como tendo sido
executado numa execução suspensa ou extinta por inexistência de bens.
e
O devedor seja um Particular ou SP que realize exclusivamente operações
isentas sem direito a dedução.

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a. Esta lista é consultável por qualquer pessoa


http://www.citius.mj.pt/Portal/execucoes/ListaPublicaExecucoes.a
spx
b. Qualquer mandatário pode certificar que a consulta que fez à Lista
Pública de Execuções demonstrou estar lá o devedor com a menção
de ser executado em execução que se tenha extinto ou suspenso por
inexistência de bens;
c. O valor global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a
realização de diligências de cobrança por parte do credor e o
insucesso, total ou parcial, de tais diligências devem encontrar-se
documentalmente comprovados e ser certificados por revisor oficial
de contas.
d. Os documentos, certificados e comunicações referentes à
recuperação do imposto devem integrar o processo de
documentação fiscal previsto no artigo 121.º do Código do IRC e no
artigo 129.º do Código do IRS.

Importante:
A consulta à Lista Pública de Execuções deve ser promovida também no momento
da contratação, dado que, caso conste da mesma desde essa data, aplica-se o n.º17
do art.78.º do CIVA, ou seja, torna-se impossível a recuperação do imposto
entregue excepto nos casos referidos na Primeira Situação.

O Presidente do GDLE
Jorge Almeida

20/04/2011

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